Depois que Joseph e Mariah, o casal francês, partiram, tomei posse da linda casa e fiquei a pensar o que estaria assombrando-os tanto para partirem tão depressa daquele lugar sem levar quase nada de seus pertences.
Estava a vasculhar a casa e na pequena cozinha havia pães frescos e vinho. Tentei comer e beber a comida dos humanos, o que me causou repulsa imediata. Guspi a comida no chão da cozinha:
-Nossa que coisa horrível! Que comida desprezível! – Murmurei para mim mesmo.
Novamente senti o cheiro de sangue. Mas felizmente era sangue animal e percebi que naquela mata onde era localizada minha casa havia muitos animais e que o desespero daquela família em ir embora logo daquele local era a ameaça dos animais e dos caçadores que rondavam aquela área.
Abri a janela da sala e pulei para fora em posição de caça, o que seria impossível de se enxergar aos olhos humanos. Comecei a correr o mais rápido possível atrás do que seria um urso.
Ataquei seu pescoço e coloquei meus dentes na sua veia, onde o pobre animal se debatia para livrar-se de minhas presas. Após ter acabado com o sangue do urso, senti próximo de onde caçava o cheiro de sangue humano novamente. Eles estavam atrás do urso que acabara de sugar o sangue. O monstro começou a tomar forma novamente, obstinado a matar os humanos, mas com uma força nunca vista antes, soltei um grunhido num tom ensurdecedor e sai correndo, longe de onde os humanos estavam. Consegui me concentrar no que diziam enquanto eu fugia:
-Vamos embora daqui, esse lugar deve estar assombrado!! Fujam, fujam não sabemos que diabo está acontecendo aqui!!! Nunca mais voltaremos a caçar nesta floresta!
Cheguei em minha casa, onde eu havia conseguido controlar o monstro e não havia cheiro de sangue humano. Dirigi-me ao meu escritório e comecei a vasculhar os livros que lá tinham nas estantes. Para minha surpresa percebi que todos eram de medicina.
Comecei a ler os livros numa velocidade anormal, guardando cada detalhe que pude colher, cada detalhe que pudesse agregar conhecimentos a minha existência.
No final daquela noite já havia lido mais de trinta livros e tomado todas as anotações possíveis em um papel, foi então que percebi que já tinha conhecimento em algumas doenças e que o autocontrole de hoje só provaria que logo mais eu estaria apto para salvar vidas como médico. Sim, tomado pela vontade de salvar vidas e ser o Dr. Cullen, por hora esse seria o significado da minha existência.
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