Sol Poente - Capítulo 9: De Volta Para Casa

- Rosalie, estes são Victoria e James, estão juntos. - ela apresentou uma mulher com um cabelo tão ruivo que pareciam chamas, e um homem loiro - Este é o meu marido, Laurent. Lembra-se dele?

- Claro. Como se transformou?

- James me achou. E você?

Ao longo do diálogo, descobri tudo. Suas vidas eram bem diferentes da minha, uma vez que se escondiam. Mas soube mais importante. Aquela... Victoria. Ela tinha razão, quanto a eles precisarem de mim. Precisavam se infiltrar na família Cullen para conseguir o que queriam. Queriam sangue humano. Queriam o sangue de Isabella Marie Swan.

Nunca gostei daquela garota, mas mata-la não me pareceu certo. E por um momento... Eles quase me fizeram acreditar que silencia-la era o que eu desejava, me lembrando de todo o sofrimento e dor que ela me fizera passar. E aquelas palavras... Foram quase como a correnteza do rio: Fortes e hipnotizantes. Quase levaram meu corpo e minha mente a fazer algo que nunca faria.

* * *

Pela noite, estava com muita sede, mas as únicas formas de vida ali existentes eram as árvores. As gotas frias da chuva, carregadas pelos ventos, batiam em suas copas, e em seguida, chegavam ao chão. É natural. É como tudo deve ser. Era um dos ciclos, um dos quais eu fugi: o ciclo da vida. E agora, longe da minha família, longe de Emmett, me sentia ainda mais deslocada. Eu queria apenas estar envolvida naqueles braços enormes, que apesar de gelados, ainda me pareciam quentes, tão aconchegantes! Como sentia saudades de...

- Imagino que pense que somos horríveis, - Vera interrompeu meus pensamentos - mas não somos. Apenas tentamos fazer da nossa vida a melhor possível. Veja, Rose, e perceba, que nunca será humana novamente, e que não vai adiantar fingir. Venha conosco. Tudo poderá ser como antes.

- Não. Você mesma acabou de dizer que não serei humana; então, como tudo poderia ser como antes?! Mas Vera, não serei humana, mas não materei. Não farei minha felicidade em cima do sofrimento do sofriemento dos outros. Já teve em mente o que a família e amigos dessas pessoas passam? Das pessoas que morrem para vocês se sentirem... Completos? Sei que essa é a vida mais prazerosa, mas não é a mais gratificante! Sei que nunca me sentirei bem sabendo que alguém derramará alguma lágrima por minha culpa. Não é a vida que eu escolheria para ninguém, e não é a vida que eu escolho para mim.

Assim, ela saiu silenciosamente. Acho que fui dura demais com ela, mas ela não era a mesma Vera de antes. A Vera de antes nunca machucaria alguém.

Foi só então que percebi que para eles nada disso era errado. Matar por prazer é errado, mas eles viam como queriam. Todos nós vemos o que queremos e como queremos, até mesmo quando queremos. Humanos ou não, sempre fazemos a nossa versão. E continuo pensando, como alguém pode preferir matar e ver tanto sofrimento? Como alguém pode se sentir completamente satisfeito consigo mesmo, fazendo tais atrocidades? Nem mesmo são dignos de viver... Certamente, muitos iriam argumentar sobre o gado que matam, ou sobre os animais dos quais já me alimentei; mas é por necessidade. Mas escolher essa vida, matar? E talvez, se continuasse ali, me tornaria um deles.

* * *

Enquanto fugia dali, com minha única aliada sendo a escuridão da noite, uma voz se dirigiu a mim:

- Aonde vai, com tanta pressa? Iríamos ficar muito tristes se soubéssemos que não esta mais disposta a cooperar conosco - Era Victoria.

- Não devo nada a vocês, apenas me deixem ir. Não contarei sobre o plano louco de vocês.

- Desistimos. Sua família é maior, e muito unida para sequer tentarmos competir. Nem tocaríamos na humana, dependendo de vocês.

- Tem razão. Nunca conseguiriam.

- Podemos fazer um trato - Ela sugeriu - Se eu prometer que deixaremos você, sua família, e aquela humana em paz, prometa que nunca vai contar a ninguém sobre o ocorrido.

- Como vou me explicar?

- Minta.

- Não sou como vocês. Não mato, não minto. Sou melhor do que vocês.

- Você escolhe. É pegar ou largar. Além do mais, nunca voltará a nos ver. Você não tem nada a perder.

- Prometo.

- Então, prometido pelas duas partes. Até...

- Nunca.

Em seguida, corri por quilômetros. Não olhei para trás. Em determinado ponto, me encostei em um pinheiro e encontrei energia suficiente para gritar:

- Emmett!

Logo, desmaiei.

2 comentários:

Laila disse...

:) Diferente - Gostei

Bebetty_rp disse...

gostei,bem criativo:)

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