- Claro. Como se transformou?
- James me achou. E você?
Ao longo do diálogo, descobri tudo. Suas vidas eram bem diferentes da minha, uma vez que se escondiam. Mas soube mais importante. Aquela... Victoria. Ela tinha razão, quanto a eles precisarem de mim. Precisavam se infiltrar na família Cullen para conseguir o que queriam. Queriam sangue humano. Queriam o sangue de Isabella Marie Swan.
Nunca gostei daquela garota, mas mata-la não me pareceu certo. E por um momento... Eles quase me fizeram acreditar que silencia-la era o que eu desejava, me lembrando de todo o sofrimento e dor que ela me fizera passar. E aquelas palavras... Foram quase como a correnteza do rio: Fortes e hipnotizantes. Quase levaram meu corpo e minha mente a fazer algo que nunca faria.
* * *
- Imagino que pense que somos horríveis, - Vera interrompeu meus pensamentos - mas não somos. Apenas tentamos fazer da nossa vida a melhor possível. Veja, Rose, e perceba, que nunca será humana novamente, e que não vai adiantar fingir. Venha conosco. Tudo poderá ser como antes.
- Não. Você mesma acabou de dizer que não serei humana; então, como tudo poderia ser como antes?! Mas Vera, não serei humana, mas não materei. Não farei minha felicidade em cima do sofrimento do sofriemento dos outros. Já teve em mente o que a família e amigos dessas pessoas passam? Das pessoas que morrem para vocês se sentirem... Completos? Sei que essa é a vida mais prazerosa, mas não é a mais gratificante! Sei que nunca me sentirei bem sabendo que alguém derramará alguma lágrima por minha culpa. Não é a vida que eu escolheria para ninguém, e não é a vida que eu escolho para mim.
Assim, ela saiu silenciosamente. Acho que fui dura demais com ela, mas ela não era a mesma Vera de antes. A Vera de antes nunca machucaria alguém.
Foi só então que percebi que para eles nada disso era errado. Matar por prazer é errado, mas eles viam como queriam. Todos nós vemos o que queremos e como queremos, até mesmo quando queremos. Humanos ou não, sempre fazemos a nossa versão. E continuo pensando, como alguém pode preferir matar e ver tanto sofrimento? Como alguém pode se sentir completamente satisfeito consigo mesmo, fazendo tais atrocidades? Nem mesmo são dignos de viver... Certamente, muitos iriam argumentar sobre o gado que matam, ou sobre os animais dos quais já me alimentei; mas é por necessidade. Mas escolher essa vida, matar? E talvez, se continuasse ali, me tornaria um deles.
* * *
- Aonde vai, com tanta pressa? Iríamos ficar muito tristes se soubéssemos que não esta mais disposta a cooperar conosco - Era Victoria.
- Não devo nada a vocês, apenas me deixem ir. Não contarei sobre o plano louco de vocês.
- Desistimos. Sua família é maior, e muito unida para sequer tentarmos competir. Nem tocaríamos na humana, dependendo de vocês.
- Tem razão. Nunca conseguiriam.
- Podemos fazer um trato - Ela sugeriu - Se eu prometer que deixaremos você, sua família, e aquela humana em paz, prometa que nunca vai contar a ninguém sobre o ocorrido.
- Como vou me explicar?
- Minta.
- Não sou como vocês. Não mato, não minto. Sou melhor do que vocês.
- Você escolhe. É pegar ou largar. Além do mais, nunca voltará a nos ver. Você não tem nada a perder.
- Prometo.
- Então, prometido pelas duas partes. Até...
- Nunca.
Em seguida, corri por quilômetros. Não olhei para trás. Em determinado ponto, me encostei em um pinheiro e encontrei energia suficiente para gritar:
- Emmett!
Logo, desmaiei.
2 comentários:
:) Diferente - Gostei
gostei,bem criativo:)
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