Era o ano de 1921, Edward e eu nos mudamos para Ashland. Eu estava trabalhando no pequeno hospital da cidade, quando entrou em emergência uma mulher que aparentava ter 26 anos. Imediatamente fui verificar o que estava acontecendo.
Seu nome era Esme. Lembrei-me de seu rosto quando tratei de sua perna quebrada na cidade de Columbus, no ano de 1911, quando ela ainda era uma menina.
- O que aconteceu aqui? – perguntei ao assistente que carregava Esme até a maca.
- Ah Dr. Cullen, o bebê da senhora faleceu e ela tentou suicídio pulando do penhasco. Mas a pobre coitada não teve sorte, fraturou todos os ossos do corpo e não morreu. Mas felizmente restam poucas horas de vida para ela.
Uma dor atingiu meu peito ao ouvir que Esme, a menina alegre da cidade de Columbus estaria morta em apenas algumas horas. Pedi para sair do meu turno no hospital mais cedo, assinei um atestado de óbito para Esme e a levei para casa, aonde Edward esperava impaciente.
- Tem certeza que é isso que deseja fazer pai? – perguntou Edward, sabendo que só tiraria minha atenção se me chamasse de pai.
- Filho, não posso deixá-la morrer. Eu a quero para minha ser minha esposa. Olhar o rosto dela dessa forma me lembra à linda Esme brincalhona.
- Carlisle o senhor já a conhece? – perguntou Edward, mas antes mesmo de responder ele já havia vasculhado a minha mente para verificar por ele mesmo a resposta.
- Creio que com seu talento já deve ter visto como a conheci e porque não quero que ela morra. Poderia cuidar dela por mim, enquanto estiver trabalhando no hospital? Edward, filho, ela será minha companheira, e ainda quero que ela seja uma mãe para meu único filho, não que nós vamos substituir sua família realmente... – ele me interrompeu com os olhos mais tristes que havia visto naquele rosto de anjo, no rosto de meu filho.
- Pai, quantas vezes vou ter que dizer que a partir do momento que virei vampiro, e que minha mãe Elizabeth havia pedido para salvar-me, que minha família a partir daquele momento seria ao seu lado. Se Esme o fará feliz, não vejo problema em aceitá-la como mãe. Peço apenas que tenha certeza se é isso que realmente o senhor quer! – Edward teve certeza a partir do momento que leu meu pensamento.
- Obrigada por me aceitar filho! Amo muito você Edward Cullen.
Então voltei-me ao corpo de Esme, onde sua respiração e a batida do seu coração eram lentos demais para esperar mais um minuto sequer. Imediatamente mordi seu pescoço, braços e pernas para que todos os ossos fossem curados pelo veneno do vampiro.
Ela sequer gritou quando a mordi, ela não tinha forças para nada mais. E assim, os dias se passaram. Ela sofreu todo o processo de transformação em silêncio.
Quando cheguei em casa de mais um turno de trabalho, ela estava sentada ao lado de Edward, com seus olhos vermelhos, mais linda do que nunca. Então abriu sua boca e sua voz de sinos me dirigiu a palavra.
- Estava esperando você chegar. Cadê meu bebê? – O bebê dela? Não contaram a ela que seu bebê faleceu? Edward estava em posição de caça quando ela percebeu a tristeza em meu rosto.
- O que aconteceu com meu bebê? Aonde ele está? Eu quero meu bebê... !!! AGORA! – E começou a quebrar todas as coisas em volta dela.
- Esme meu amor... calma!!Seu bebê faleceu... ele morreu e por causa disso você se atirou no penhasco. Não se lembra disso? – disse a ela, enquanto Edward a segurava.
- Pai, precisamos levá-la para caçar! Agora ou ela vai se descontrolar de vez!
- Vamos então! - Edward e eu a seguramos com força e ensinamos a caçar e no que ela havia se transformado. Esme caçou três leões e dois alces.
Contamos a Esme o que ela era, o que aconteceu com seu bebê. Ela ficou comovida com a história de Edward e ainda, que eu tinha um pedido a fazer a ela.
- Pai, já sei o que você tem em mente, mas antes de fazê-lo será que eu poderia pedir algo a Esme? Creio que isso a deixará mais controlada.
- Claro filho, o que quiser!
- Esme, como sabe, explicamos, temos um jeito diferente de viver. Como não tenho mãe, só pai, gostaria de pedir algo à senhora.
- Peça logo... minha garganta queima... isso é insuportável! – Esme ainda estava com sede. Depois do pedido de Edward eu a levaria para caçar novamente. Esme fitava o chão, quando Edward suspirou mais uma vez e disse:
- Quero que a senhora seja minha mãe Esme! Cansei de ser órfão, quero uma família completa, viver normalmente. O que me diz?
- Está me pedindo para ser sua mãe Edward? – O rosto de Esme se abriu em um largo sorriso. O pedido de Edward me pegou de surpresa.
- Sim, é isso que eu quero. Uma família completa. – Edward me fitou, lendo como minha mente explodia de felicidade com o ele acabava de fazer
- Então, á partir de agora me chame de mãe. Abrace-me, por favor!!! – Edward abraçou-a com um amor incondicional.
- Agora é minha vez... Esme tenho um pedido a fazer... Eu a salvei, porque quando a vi naquele estado terminal, eu a amei com todas as minhas forças. Por favor, case-se comigo? Torne-se a senhora Cullen?
Ela me fitava com um olhar apaixonado. Aproximou-se lentamente de mim e beijou meus lábios apaixonadamente. Olhei para trás e vi que Edward já não estava mais em casa. Tinha nos dado privacidade.
- Carlisle, sim eu aceito me casar com o senhor. – E assim ela beijou-me novamente e nós nos amamos no que seria a primeira noite de amor de nossa eternidade.
Passaram-se um ano e me uni a Esme numa união simples, apenas com Edward como convidado.
- Meu amor será eterno Carlisle. O senhor me deu um filho e o amor de um marido de verdade, o que eu mais poderia pedir?
- Será que eu posso abraçar meu pai e minha mãe? – E então Edward nos abraçou e a partir daquele momento a família Cullen estava do jeito que eu sempre sonhei.
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