Depois de passar muitos anos na companhia dos Volturi e eles fazerem de tudo para tentar mudar minha dieta a base de sangue animal, eu decidi que estaria na hora de partir de Volterra.
- Meus amigos, soube através de um viajante que está tendo um surto de gripe espanhola em Chicago, e portanto, vim me despedir dos senhores pois estou indo para lá, tentar ajudar a salvar as vidas que lá estão se acabando.
- Ora Carlisle, se é realmente isso que deseja, poderá partir em paz. Mas não deixe de nos visitar! Adeus meu amigo!
E assim, peguei um navio com destino a Chicago, apresentando-me para trabalho voluntário no hospital. Quando estava preparando-me para o inicio de minhas atividades como médico naquele novo local, chegaram uma família em estado terminal. Fui verificar quem eram, e como estava o estado de saúde deles.
- Dr. Cullen, este são Edward Sr., sua esposa Elizabeth Masen e o filho deles Edward Anthony Masen. O senhor poderia cuidar deles. Eles não tem muito tempo de vida. O pai está pior que os outros. Tenho outro caso urgente para cuidar e acabei de perder mais uma família doutor. - disse um médico que também apresentava ser novo na função.
- Vamos deitá-lo aqui senhor Edward. E a senhora Elizabeth bem aqui. O Filho de vocês ficará aqui. Senhor Edward...
- Doutor eu estou morrendo, cuide de minha esposa e de meu filho para mim... por favor... – essas foram às últimas palavras do senhor Edward. Assim que ele faleceu, levei-o ao necrotério do hospital e voltei ao lugar onde encontravam-se a mãe Elizabeth e o filho Edward Masen.
- Elizabeth, a senhora está ardendo em febre, tem que fazer repouso. Vou cuidar para que nada aconteça com seu filho, fique tranqüila. – ajudei Elizabeth a deitar-se novamente, ela ardia em 40º graus de febre, e naquele momento, ela pegou a minha mão e suplicou para que salvasse seu único filho.
- Dr. Cullen, salve-o. Faça tudo que estiver ao seu alcance. Não deixe-o morrer. Meu filho Edward é tudo para mim e não poderei o ver ficar adulto, casar-se e dar os netos que sempre quis ter. Sei que poderá salvá-lo... cuide como se fosse seu filho. Me prometa Dr. Cullen. Eu estou partindo e preciso saber se poderei ir em paz e deixar meus filho seguro com o senhor? Prometa-me... por favor... – a suplica de Elizabeth me deixou confuso, sempre quis ter uma companhia, falar o que eu realmente era.. Olhei para Edward, e ele tinha o rosto angelical, mesmo doente, ele era lindo. E estava morrendo. Eu deveria condená-lo a essa vida de maldição? Não tinha certeza de como fazer, mas sim, eu passara tempo demais pensando na possibilidade de criar outro ser igual a mim, e neste caso, não estaria roubando a vida de ninguém, pois em poucas horas, se eu não o fizesse, ele estaria morto. Fui tirado de meus pensamentos pela suplica de Elizabeth.
- Dr. Cullen, prometa! Não tenho mais tempo... – ela segurava minha roupa com a pouca força que restava.
- Sim Elizabeth, eu prometo. - e assim, suas mãos escorregaram pela minha roupa e seu rosto pode descansar tranquilamente sabendo que de qualquer forma eu salvaria Edward.
Como haviam muitas pessoas mortas no necrotério e poucos médicos para cuidas das que estavam doentes, levei Elizabeth para o necrotério e Edward para minha casa. Deitei-o em minha cama e pensei em como deveria fazer. Lembrei-me daquela noite, e comecei a reproduzir as mordidas que tinha levado por todo o corpo. Comecei a reproduzi-las em Edward, que gritava de dor. Aquilo teria perfurado meu coração se ainda ele existisse. Agüentei três dias a transformação de meu filho. Ele agora era Edward Masen Cullen. O filho que eu sempre quis. Comecei a explicar para Edward o no que ele havia se tornado.
- Edward, preciso lhe contar no que você se tornou... – estava começando mas fui interrompido pelo meu filho.
- Carlisle, não precisa me contar o que me tornei, consigo ler todos os seus pensamentos. Minha mãe pediu para que me salvasse. Eu sou um vampiro agora. E você me deseja como um filho e quer o melhor para mim... Minha garganta está queimando... preciso de sangue...
- Edward meu filho, vamos caçar. Nós caçamos apenas animais, você pode me compreender?
Daquele dia em diante, eu tinha uma companhia, um ser que era iluminado, meu filho Edward Cullen. E os anos se passaram, Edward estava com a íris dourada já e tinha um autocontrole surpreendente. Decidimos que estava na hora de partir.
- Edward meu filho, teremos que partir dessa cidade. Recomeçar em outro lugar. Podemos ir?
- Sim pai, podemos ir. – E aquela foi a primeira vez que ele me chamou de pai, momento aquele que iria ficar guardado em minha memória por toda a eternidade.
1 comentários:
aaah que fofo !!!
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