Winter - Epílogo: Desavenças

[Renesmee]

Din Don... Din Don... Din Don...

O barulho irritante da campainha ainda soava em minha cabeça. Sabe... Talvez devessem ensinar a Leah que tocar a campainha uma única vez, já está de bom tamanho. Mas não... Ela além de aparecer em casa de surpresa, fique segurando o botão da campainha durante uns... Hum... Não me lembro.

Bem... Os anos se passaram. Hoje faz três anos desde a última vez que comentei alguma coisa para outros além de minha família e amigos. Ás vezes... Parece que estou fazendo um pequeno diário. Contando tudo o que acontece comigo de mais intimo... Meus segredos profundos... Decepções.

E... Por falar em decepções, Jacob foi uma delas comigo... Não consigo ainda crer no que ele fez comigo no verão passado. Fora terrível...

Comecei a remexer as folhas antigas me meu diário e encontrei a que correspondia a esse dia.

“O dia amanhecia quente. Um dia, realmente, perfeito para o verão.
Perfeição...
Tudo estava mais do que perfeito.
Hoje tia Alice havia cismado que gostaria que fossemos até a praia. Bom... De inicio pareceu completamente estúpido e imprudente. Mas... Apesar dos pesares... Foi divertido.
Com uma exceção.
Jacob.
Sempre imaginei que ele fosse o meu melhor amigo... Confiasse em mim. Mas as vezes esse ciúme bobo dele passa dos limites. Quer dizer... Eu e Demetri somos só amigos... Convivemos um com o outro... Conversamos... Brincávamos- quando eu era menor- e até mesmo íamos juntos fazer travessuras com a Tia Alice- que ela não leia isso. Mas... Hoje, mais cedo, estávamos juntos- como já era algo costumeiro- e Jake praticamente explodiu perto de várias pessoas.
Só não houve o pior, por... O dia estar frio e nublado, assim minha família e eu pudemos impedir que o pior acontecesse.
O motivo?
Simples e idiota.
Quando conversávamos a beira do mar- o que em minha opinião, é algo meio que... Romântico demais, e mais ainda por estarmos observando o crepúsculo do sol, que mamãe e papai não leiam isso- ele... “Acidentalmente”, imagino, se “excedeu” na demonstração de afeto por mim. Digo... Não entendo o que tem demais em dois amigos conversarem juntos e demonstrarem afeição um pelo outro. Eu já havia deixado claro para Jacob- que há uns 15 minutos deixou de ser meu namorado- que éramos apenas amigos. Mas... Só por Demetri ter acariciado a face de meu rosto, Jacob explode em sua forma de lobo?
Por favor.
Como eu já disse... Essas crises idiotas de ciúme tem acabado comigo. Não estamos fazendo algo de errado. Estamos?
Certamente, eu me lembro- sim eu conheço a história- de quando minha mãe e Alice foram até Volterra atrás de meu pai. E sei também perfeitamente que para Jacob, meu pai poderia estar morto que ele nem ao menos se importaria. E agora, eu penso... Como eu poderia amar alguém que queria ver meu pai morto? Como eu poderia amar alguém que não me dá liberdade com meus amigos?
Isso já está passando deliberadamente dos limites.
Não que tenha imposto algum... Só que... Liberdade é algo que todos nós gostamos e... Vivemos nos EUA, um país livre! É tão difícil para ele entender isso?
Francamente... Isso é totalmente ridículo!
Mas quanto ao fim de nosso namoro... Não pense que não estou abalada com isso. Claro que estou- afinal eu o amava, mesmo demorando a aceitar isso-, mas... Eu quero poder ter minha vida também. Ter meus amigos- o que não são muitos, por que, como seria fácil para alguém aceitar a minha família? Não é uma coisa muito normal ter a melhor amiga sendo uma semi-vampira. Definitivamente, não é. E Demetri, ele aceitava isso- seria estranho se não aceitasse, afinal ele é um vampiro.
A separação é sempre difícil. Não posso negar isso. Mas eu tinha de terminar com ele. E agora... Estou me sentindo tão culpada. Ele desapareceu. Sumiu. Disse que eu nunca mais o veria.
Não era isso que eu queria... Eu o quero de volta. Eu o amo. Mas ele precisa aprender a controlar suas crises de ciúme.
Mamãe está vindo... Aqui me despeço.

Com amor,
Renesmee.”

Jacob ainda não voltou.

Estou começando a ficar mais tremula ainda. Será que tudo isso foi por minha culpa? Eu não queria... Juro que não queria.

Eu o amava- e ainda amo- mas foi preciso. Preciso ter minha vida também... Não quero ter limites do que fazer.

Estão todos preocupados.

Estou em prantos.

Mas... Temo que não possa fazer nada a respeito. Isso está me matando por dentro. Me mata. É horrível.

E... Bem, para piorar a situação, estamos tendo uma... “Convenção de Volturis” em casa. Sim... Muito estranho. Depois que Demetri começou a viver com as irmãs, e conseqüentemente, freqüentar a casa de minha família, Felix resolveu fazer a mesma coisa. Saiu de Volterra dizendo que cansou de viver por lá.

Que coisa mais... Estranha. Tia Rose, diria bizarra, mas acho essa palavra muito esquisita.

E se já não bastasse, Aro mandou Jane permanecer por perto. Para qualquer mudança de “opinião” dos dois.

A vida anda estranha... E deprimente também. Mamãe e papai dizem que em alguns anos deveremos nos mudar. Eu os ouvi dizendo isso ontem ha noite... Ouvi também que os dois planejam ir conosco- se tudo correr como o esperado- e... Que Meg passaria uma temporada conosco- por causa de Enie ter viajado a “negócios”, e por falar em Meg... Ela encontrou uma irmã bastarda. Christine. Ainda não a conheci pessoalmente... Mas ela parece ser gentil.

A minha vida anda em pesarosas desavenças.

Tudo está dando errado.

Não consigo fazer nada direito. Nem mesmo uma única escolha certa.

-Posso entrar?- Alguém, que reconheci por Demetri, por perguntou batendo de leve na porta de meu quarto.

-Claro... Pode entrar.

-Está tudo bem com você?

-Por que não estaria?

-Bem... Err... Você tem estado meio desanimada desde que... Err... Ele... - Demetri começou a falar todo enrolado, mas eu o interferi:

-É difícil... Mas estou bem. Quero estar. Sua companhia me ajuda... Um pouco.

-Isso é bom...

-Sim, eu sei. Sabia que você é o meu melhor amigo?

-Mesmo?

-Sim.

Ele não falou nada, só ficou me olhando e me abraçou fortemente. Fechei os olhos e correspondi a ele.

Algumas horas era a sensação mais maravilhosa do mundo ter alguém com quem poder contar de verdade. Mas... Naquele momento... Meu coração dizia que não estávamos agindo como só amigos. Ele dizia que ambos gostaríamos de dar um próximo passo. Um definitivo. Mas eu ainda não estava pronta para isso... Nunca estaria.

Senti-o se aproximando de mim- seu rosto parou a poucos milímetros do meu- e fechei os olhos mais uma vez. Não consegui distinguir as muitas sensações que meu corpo passava... Só senti seus lábios tocarem de leve nos meus- esperando uma resposta. Esperando que eu correspondesse.

Me afastei.

Não era o momento certo ainda.

Mas olhei em seu rosto, e percebi que eu encontrara realmente um grande amigo. Mas por enquanto... Somente um grande amigo.

O tempo era quem diria o resto.

2 comentários:

Renesmee disse...

Uauu quase rola beijk*s da Nessie e do tal Volturi!!!

Letícia Ingrid disse...

Ela acha que não poderia amar o jacob pq ele desejou a morte de seu pai Edward mas não considerou que o Edward ja considerou matar o Demetri....
Ô frescura da Nessie viu? Fzendo doce pro jake fazendo doce pro Demetri ah volta pro pré se tu não quer dois gostosões brigando por vc, dá pra mim que aceito de bom grado ! Rs

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