Eternamente Jovem - Capítulo 14

“Edward, nós podemos conversar?”, eu perguntei mais tarde, quando voltamos para a nossa cabana. Renesmee estava brincando em seu quarto, então eu sabia que teríamos alguns poucos minutos para conversar.

“O que aconteceu?”, ele disse tocando minha bochecha, seu polegar traçando meu lábio inferior. Eu segurei sua mão na minha e o conduzi até a cozinha, o mais longe possível do quarto de Renesmee. Pus minhas mãos em seus ombros, empurrando-o para que ele se sentasse. Ele passou os braços ao redor da minha cintura, puxando-me para o seu colo.

Eu suspirei, olhando em seus olhos. “Eu não acho que isso é uma boa idéia”. Eu me inclinei para trás, levantando uma sobrancelha para o súbito sorriso torto de Edward.

“Ah, isso é o que está passando por essa sua cabecinha”. Ele colocou suas mãos em cada lado da minha cabeça e beijou minha testa. “Por que a mudança de idéia?”

“Jacob”, eu disse olhando para baixo, para longe de seus olhos. Eu nervosamente brinquei com a frente de sua camisa, esperando ele falar. Quando ele não replicou, eu continuei: “Ele tem um pouco de razão, sabe”.

“Bella, nós não vamos levá-la para longe dele. Ela devia apenas crescer como qualquer outra criança humana”. Ele aninhou meu queixo em sua mão, puxando meu rosto para cima para olhar nos meus olhos.

“Eu não posso machucá-lo. Quando…”, eu parei, tomando um fôlego desnecessário. “Quando você me deixou, meu mundo havia acabado. Eu não tinha mais nenhuma razão para viver”.

“Eu sei”, Edward me interrompeu, e eu odiei ver a dor em seus olhos.

“Mas, estamos colocando ele pela mesma dor”, continuei, estudando seu rosto.

“Então o que você acha que devíamos fazer?”, ele perguntou.

“Bom, nós temos um doutor na família. Não há ninguém com diploma de professor?”

“Não, nenhum de nós”, disse Edward dando uma risada.

“Bem, então eu vou arranjar um. Eu vou dar aulas para ela aqui em casa mesmo. Ninguém terá que ir a lugar nenhum, e da forma como dirigimos, Carlisle pode ir e voltar de Seattle para trabalhar”. As palavras saíram tão rápido que eu não podia acreditar que estava criando a idéia enquanto falava.

“NÃO!”. Eu me virei alarmada. Renesmee estava parada na porta, com os braços fortemente cruzados na sua frente. Edward inclinou-se com seus olhos arregalados para olhar atrás de mim. “Eu QUERO ir para a escola”. Ela veio em nossa direção com passos pesados. Eu ri internamente, lembrando-me do quanto ela me lembrava de mim mesma quando tinha o seu tamanho . Ela tinha o meu biquinho na mosca.

“Ness. Eu não sei-” começou Edward, mas seu grito o interrompeu.

“Eu vou ter aulas em casa minha vida inteira! Não é justo!”. Ela estava gritando o mais alto que conseguia. Suas mãos estavam agora fechadas em punhos aos seus lados. Eu me levantei do colo de Edward, e me ajoelhei na frente dela.

“Você tem certeza de que quer ir? Nós iríamos deixar Jacob, Claire e o vovô para trás”, eu disse suavemente, segurando seus ombros tensos.

“Você disse que eles poderiam ir visitar sempre que quisessem, e que eu poderia vir visitá-los também. Por favor mamãe, eu quero ir! Eu vou agir igual a uma criança de seis anos, eu juro. Por favor, me deixa ir!”, ela suplicou, estendendo as mãos em frente dela implorando. Eu me virei para olhar para Edward, e ele deu um aceno com a cabeça. Virando-me de volta para a minha filha, eu tirei um cachinho de se rosto e suspirei.

“Se é isso que você quer”. Seus braços voaram ao redor do meu pescoço me abraçando com força.

“Obrigada, obrigada, OBRIGADA!”. Eu dei uma meia risada, ainda pensando em Jacob. “Eu vou ligar para Claire!”, Ela se virou rapidamente e pegou o telefone.

Edward se agachou atrás de mim, que ainda estava ajoelhada no chão. “Ele vai ficar bem. Não é a mesma coisa”, ele me reassegurou. Eu pensei no assunto, me dando conta de que não era. Jacob ainda tinha mais uns dez anos antes que ela tivesse idade suficiente.

“10″, eu suspirei mais para mim mesma, mas Edward me ouviu.

“10 o quê?”, ele perguntou, levantando-me do chão e me colocando no seu colo novamente.

“10 anos. Ela tem que aparentar 16 anos. Só aí ela terá a permissão de namorar, qualquer pessoa”.

Edward deu um risinho. “10? Só isso? Eu estava pensando em algo mais na casa dos 20 ou 30 anos”.

“Isso é algo que só um pai diria”. Eu me inclinei para beijá-lo.

“Muito bem, então acho que estou fazendo meu trabalho”, ele disse entre beijos.

“Nós precisamos contar para o meu pai”, eu disse após alguns instantes.

Edward acenou com a cabeça, concordando. “E nós também temos que deixá-la lá”. Ele deu uma olhada no seu relógio.

“Deixar quem onde?”, eu disse, levantando as sobrancelhas confusa.

“Nessie, ela vai ficar com o Charlie pelo resto do fim de semana, e depois ele vai deixar ela com Carlisle para passar a semana”.

“E por que nós vamos deixar ela lá?”

“Parte do seu presente de aniversário”. Ele se levantou, conduzindo-me para fora do seu colo. Eu o segui até o quarto de Renesmee. Ela estava sentada na cama, ainda no telefone. Próximo dela havia uma mala cheia de roupas.

“Terminou?”, perguntou-lhe Edward. Ela acenou com a cabeça, sem interromper a conversa. Edward fechou o zíper de sua mala, e a colocou no corredor.

“Se explique, por favor”, eu disse enquanto ele passava por mim na porta. Eu o segui para dentro do nosso quarto, onde encontrei mais duas malas abertas e cheias na nossa cama. “Aonde estamos indo? Nós temos que fazer a matrícula dela-“

“Nós podemos fazer tudo isso do lugar para onde vamos. Esme, Alice e Rose vão cuidar de encaixotar tudo. Carlisle, Jasper e Emmett vão fazer toda a mudança”. Edward me beijou suavemente. “Apenas relaxe”, ele sussurrou contra os meus lábios. Eu suspirei, mas desisti de tentar interrogá-lo. Eu sabia que ele nunca iria me contar para onde estávamos indo.

Uma hora mais tarde, nós fomos até Carlisle para pegar o meu carro. Edward colocou nossas malas no porta-malas, e ajudou Renesmee a se acomodar no banco de trás. “Divirtam-se, garotos”, sorriu Carlisle, me dando um abraço de despedida.

“Você sabe aonde nós estamos indo?”, perguntei, já sabendo a resposta.

“Eu tenho confiança de que o desenrolar dessa viagem sera bem diferente do que da primeira vez”, provocou Carlisle, abraçando Edward. Os dois riram da piada que eu não havia entendido.

Nós nos despedimos do resto da família, e Edward acelerou para fora da garagem e pela estrada. Em alguns minutos, estávamos na frente da casa de Charlie. Eu notei o caminhão de mudanças na entrada, e levantei o olhar para a casa. “Ele está se mudando para La Push.” Eu suspirei. “Eu não consigo acreditar que ele está realmente se mudando desta casa”.

“Já é tempo dele seguir em frente”. A frase de Edward foi feita para eu interpretar de mais de uma maneira. Eu acenei com a cabeça enquanto abria a minha porta. Abri a porta traseira, e Renesmee saiu, correndo até a entrada. Charlie a encontrou nas escadas e a pegou nos braços.

“Vovô, adivinha!”, ela gritou, quicando de excitação nos braços dele. “Eu vou para a escola!”, ela disse sem esperar por ele. Ele se virou para mim, com um olhar questionador.

“Por que nós não entramos e nos sentamos, pai?” Eu entrei e beijei-o rapidamente na bochecha, indicando o caminho para dentro.

Edward e eu nos sentamos no sofá, enquanto Charlie sentou-se na poltrona com Renesmee no colo. “Quando você vai se mudar?”, perguntei olhando ao redor da sala. Havia caixas por toda parte, mas nada dentro delas.

“Eu já andei levando algumas coisas daqui e dali, mas devo terminar até o fim da semana. Eu não empacotei nada do seu quarto. Você pode separar o que quer e o que não quer”. Ele dirigiu sua atenção para Renesmee. “É lá que você vai dormir nesse fim de semana”.

“Eu vou poder dormir no antigo quarto da mamãe?”, disse Renesmee, explodindo de entusiasmo.

“Falando em se mudar”. Edward me cutucou na costela para que eu continuasse.

“Bom, como você já sabe, Nessie quer ir para a escola. Obviamente nós não podemos matriculá-la aqui em Forks. Então nós vamos nos mudar”. Eu rapidamente olhei para longe da dor nos olhos de Charlie.

“Para onde?”, ele sussurrou, abraçando Renesmee mais próxima a ele.

“Apenas para Seattle. Nós não estaremos longe. Eu não poderia levar Bella ou Renesmee para longe de você. Nós vamos todos nos matricular de volta na escola”, Edward terminou para mim. Ele passou o braço ao redor da minha cintura, e eu levantei o olhar e vi o brilho voltar aos olhos de Charlie.

“Ah, bem, Seattle não é tão longe assim, e vocês virão para visitar, certo?”, perguntou Charlie com cautela.

“É claro, pai”, eu disse acenando com a cabeça.

“Escola, hein?”, disse Charlie olhando para Renesmee. Ela deu um gritinho de excitação.

“Bom, é melhor irmos andando. Nós temos um avião para pegar”, disse Edward se levantando, e me puxando para cima com ele.

“Divirtam-se, e se cuidem”, disse Charlie, me dando um abraço de despedida.

“Eu vou. Eu acho”, eu disse ainda sem ter certeza de aonde estava indo. “Você vai ficar bem com ela?”, perguntei, pegando Renesmee e abraçando-a perto de mim.

“Nós vamos ficar bem!”, insistiu Charlie.

“Por favor, seja uma boa garota, e escute o vovô.” Eu beijei Renesmee na bochecha. Ela me abraçou apertado.

“Eu vou! Eu prometo”. Ela sorriu um sorriso idêntico ao de Edward. “Eu te amo, mamãe”.

“Eu também te amo, querida”. Eu a entreguei para Edward e ele a beijou.

“Vemos você daqui a uma semana”, ele disse, colocando-a no chão. Ela recuou até ficar em frente a Charlie, e ele colocou as mãos nos seus ombros. Eu deixei meus olhos vagarem até a lareira atrás dele, onde havia uma foto minha com 6 anos, parada na frente de Charlie na mesma posição em que Renesmee estava agora. Eu caminhei até a foto e a peguei. Eu sempre achei que Renesmee parecia exatamente como Edward, mas a garotinha na foto era exatamente igual à garotinha parada agora na frente de Charlie.

“A semelhança é inacreditável, não é?”, perguntou Charlie, pegando a foto das minhas mãos. Renesmee puxou a mão dele para baixo, para que ela conseguisse ver a foto.

“Esta sou eu?”, ela perguntou, confusa.

“Não, essa é a sua mãe quando tinha a sua idade”, explicou Charlie.

“Linda em todos os aspectos”, ressoou Edward, beijando-me na bochecha. Eu estava feliz por não ser mais capaz de corar.

“Mas nós realmente temos que ir andando”. Edward se ajoelhou para abraçar Renesmee mais uma vez, e eu fiz o mesmo. Edward me puxou para fora da porta e praticamente teve que me empurrar para dentro do carro.

“Eu não posso deixá-la”, eu disse, tentando me recompor.

“Ela vai estar perfeitamente segura”, ele me reassegurou, enquanto arrancávamos pela estrada.

Nós chegamos no aeroporto, e Edward foi para o guichê, certificando-se que eu estava longe o suficiente para não ser capaz de ouví-lo. “Pronta?”, ele perguntou, pegando a minha mão.

“Eu tenho alguma escolha?”, perguntei rindo.

“Não, não tem”, ele brincou, e me puxou em direção ao portão de embarque. Nós aparentemente só precisávamos pegar um vôo, porque quando aterrissamos em LA nós saímos do aeroporto. Estava escuro quando aterrissamos, então não tivemos que nos preocupar com o sol da Califórnia.

“Um barco?”, perguntei enquanto caminhávamos na direção de um barco a motor.

“Sim, madame”, ele disse com um sorriso afetado, estendendo-me a mão desnecessariamente para me ajudar a entrar no barco.

“Então o que, estamos indo para a Ilha Alice ou Rosalie?”, brinquei, lembrando-me da jornada para a Ilha Esme na noite do nosso casamento.

“Algo do tipo.” Disse ele dando de ombros e ligando o barco, e nos afastamos das docas.

“Bem-vinda à Ilha Bella, o mais lindo local na terra.”, ele disse estendendo sua mão, gesticulando na direção da absolutamente linda ilha na nossa frente.

“Ilha o quê?!”, eu engasguei, cobrindo a boca em choque. “Edward, você não fez isso!”, eu disse saindo do barco e olhando ao redor. Esta ilha era na verdade menor que a de Esme, mas era mais linda do que tudo que eu já havia visto. Eu podia sentir o aroma da água fresca que corria pelos riachos. O sol que estava agora nascendo brilhava intensamente pela areia branca da praia. As árvores eram de um verde perfeito, e as flores eram de cada cor possível.

“Eu fiz”, ele sussurrou em meu ouvido.

“É – “

“Quase tão linda quanto você”, Edward me interrompeu. “Se bem que ela fica bem perto, no terceiro lugar”.

“Terceiro?”, perguntei, seguindo o caminho de pedras brancas que subia até uma cabana que era maior que a nossa, e com aparência de mais nova.

“Nada se compara à minha mulher e minha filha”, ele deu de ombros, sorrindo largamente para mim.

“Oh, entendo”. Eu não era capaz de pensar em nada mais para dizer.

9 comentários:

Bebetty_rp disse...

Cullens e suas manias...

luana disse...

que lindo o que Edwart fez para bella comprando uma olha com e colocando o nome dela adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Danielejosiane_pb@hotmail.com disse...

vamu vê como vai ser a 2ª lua de melll ...kkkk

Aniinha ^^ disse...

Lindo, mt mt mt lindo =D queroo um Cullen pra mim *-*

miriam vilela disse...

"Ilha Bella"  q lindo ele deu uma ilha pra ela e o nome tambem se encaixou perfeitamente.
Para os Cullens dar ilhas de presente virou tradição? rsrsrsrsrsrsrs

Taiane Black disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk! E msm !
Par os Cullens dar ilhas de presente virou tradiçao!!

Anaiza gouveia disse...

q lindo qlindoqlindo ameiii!!!!!

Amanda_Cullen disse...

Concordo com vc Bebetty, mais quando vc diz "Cullens e suas manias" vc deve estar ciente que qualquer mulher daria um braço para ser digna desta mania !!

Larissa Prates disse...

Ownn...que lindo!! Ilha Bella! Até que soa bem!! E adoro as manias dos Cullen!! Carros velozes e maravilhosos,casas.roupas e agora ilhas? Falta um jatinho pra cada integrante ou casal da família agora!! kkk

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