Solstício - Capítulo 15: Semanas Quatro, Cinco E Seis {Sustos, Segredos, Pista!}

Meu pai e tios retornaram após quatro longas horas, sem nada a dizer além do óbvio: nem sinal do homem misterioso! Aparentemente, estávamos lidando com uma espécie de fantasma, porque só sendo um para despistar com tanta facilidade uma família inteira de vampiros experientes, sem contar os lobos das redondezas... que, por sinal, estavam todos reunidos conosco na sala da mansão, agora parecendo bem menor ao comportar tanta gente e tantas incertezas juntas! Nenhum deles conseguia disfarçar nem a ansiedade com a situação, nem a surpresa ao se depararem comigo em meu estado já tão avançado, após tão pouco tempo. Em meio a tantas coisas, não tivemos a oportunidade {não nos lembramos, melhor dizendo...} de contar às demais pessoas do nosso círculo sobre a minha gravidez. Billy, que veio junto com os garotos, não parava de encarar minha barriga, completamente vidrado.

Desde que eles chegaram, eu comecei a sentir também uma sensaçãozinha leve e engraçada na barriga, como cócegas... mas não vi necessidade nenhuma de anunciar isso a ninguém, já que não representava algo nocivo, a meu ver. Tínhamos coisas mais urgentes a resolver no momento...

Os três recém chegados estavam muito decepcionados com o resultado da busca. Tantas perguntas foram direcionadas a eles ao mesmo tempo, que foi quase impossível para todos se manterem na mesma linha de raciocínio.

– O importante agora – meu pai abreviou a conversa – é assegurar o bem estar de Renesmee, bem como o das pessoas mais frágeis do nosso meio, como Charlie e as famílias da reserva.

– Mas o que te faz pensar que esse sujeito pode vir a ser um inimigo, Cullen?! – inquiriu Sam, meio confuso com as informações que havia recebido – ele não fez nada!

Ainda não, mas pode fazer! Ele aparentemente é imune ao meu dom e ao de Alice. Não sabemos com que intenções veio aqui, mas ele tem uma liberdade e mobilidade muito grandes para alguém que não conhecemos. O mais sensato é ficarmos alertas!

– Eu concordo com Edward, Sam – disse Seth deliberadamente, no outro extremo da sala – O comportamento desse cara foi bem suspeito. Eu já não confiaria em alguém que invade a casa dos outros se fosse uma pessoa comum, imagine sendo alguém “especial”...

– Isso é verdade – Jake concordou, como se precisasse de mais razões para fazer isso – não podemos ficar de guarda baixa de jeito nenhum. Ele pode voltar!

“Ele pode voltar!”...

Essa afirmação ecoou na minha cabeça, me provocando um calafrio. E o mais estranho foi que não era um calafrio de medo pela possibilidade... mas sim, uma sensação que misturava nervosismo e... ansiedade! Será que eu estava mesmo ficando maluca?! Enquanto todos procuravam meios de evitar outra aproximação inesperada, eu praticamente desejava o contrário no meu intimo, com o coração estupidamente acelerado! Não interessava o quanto sua aparência era atraente e seus modos, finos... Esse tipo de frivolidades nunca fez parte do meu caráter, então porque eu resolvi começar a agir assim, logo agora que eu não poderia estar mais satisfeita com a minha vida?!

De repente, uma luz surgiu em meio ao nevoeiro em minha mente e eu exclamei:

– Mamãe, depressa, lance o seu escudo sobre mim!

Ela franziu a testa.

– Por que, Nessie?!

– Apenas faça isso! Depois eu vejo se tenho uma explicação...

Ela assentiu, em seguida se concentrou um pouco. Todo mundo olhou para nós, depois para o espaço vazio entre mim e ela, como se fosse realmente possível acompanhar o avanço do escudo invisível.

Woooosh!!

Foi como eu imaginei! Meus devaneios fúteis se dissolveram no exato momento em que fui envolvida pela barreira mental. Respirei fundo, ao recuperar a sanidade.

– Assim é suficiente?! – mamãe perguntou

– É sim, mãe! Mantenha só em mim desse jeito, por favor!

– O que significa isso, meu amor?! – Jake se sentou do meu lado no sofá sem, contudo, me tocar

Mas, no momento, eu precisava assimilar primeiro minhas novas emoções, antes de verbalizar qualquer resposta...

QUE HORROR, UM HOMEM ESTRANHO ESTEVE AQUI EM CASA, A POUCOS METROS DE MIM!!

Eu gritei essas palavras mentalmente, como se só estivesse me dando conta do fato naquela hora! Mas só ali eu fui capaz de sentir com clareza a onda de perigo envolvida no acontecimento! Isso então deveria significar que...

– Eu acho que aquele sujeito principiou algum tipo de lavagem cerebral em mim, antes de ser interrompido pela chegada do meu pai na cozinha!

– O QUÊ?!?!?! – todos exclamaram ao mesmo tempo

– Até aqui, eu estava completamente dispersa, sem conseguir ligar os pontos dessa aparição bizarra corretamente! – não sei se eu queria compartilhar o resto, mas não seria possível relutar caso alguém...

– Explique isso melhor, Nessie! – voualá, meu avô foi o primeiro

– É que... – ai, que vergonha – meus sentimentos em relação ao “homem misterioso” estavam um tantinho embaralhados, se é que vocês me entendem...

– Ah – meu pai exclamou – então era por isso que você estava com a cabeça tão confusa, não é?! Eu nem sequer estava conseguindo ver seus pensamentos direito... Achei que o problema era comigo!

– Pois é... – do nada, fez sentido o fato de ele ter precisado me perguntar a respeito da aparência do rapaz na ocasião, ao invés de simplesmente lê-la mentalmente. Ele concordou, com uma olhada afirmativa – por isso te pedi para lançar o escudo em mim, mãe!

– Mas isso então só pode significar duas coisas – ela falou, alarmada – Ou ele está muito próximo de nós agora mesmo...

– Isso é impossível! – tio Emmett a interrompeu – Nós três vasculhamos a península inteira. Ele não tem como estar por essas bandas...

– Então isso só confirma minha segunda opção!

– E qual é ela, Bella?! – Seth perguntou

– A de que ele não só tem o dom de controlar mentes, mas também consegue fazer isso à distância, o que o torna uma ameaça concreta e muito poderosa.

– Oh, não! Que terrível!! – vovó pôs as mãos na boca, apavorada

– Calma, Esme – papai pediu – ainda é preciso ter certeza disso... Meu amor – ele se virou para minha mãe – retire por alguns instantes o escudo de Nessie. Algo me diz que pode haver ainda uma terceira opção!

Minha mãe obedeceu e eu a observei, enquanto se concentrava para afastar o lasso de mim. Dava pra escutar o cricrilar dos grilos lá fora...

– E então, Renesmee?! – Sam perguntou

– Bom... – examinei minhas reações por alguns segundos, depois respondi – Acho que passou, mas... é difícil ter certeza, sem um estímulo apropriado. Jake, repita aquilo que você disse a pouco, sobre o homem poder voltar aqui.

Ele achou estranho meu pedido, mas não se opôs:

– Não podemos ficar de guarda baixa, porque ele pode voltar!

Eu não identifiquei nenhuma semelhança entre meus pensamentos de agora com os de antes do escudo.

– Estou normal. Não foi como antes dessa vez!

Todos se entreolharam, depois minha mãe relaxou o rosto.

– O que isso quer dizer, meu amor?! Você falou sobre uma terceira opção... – ela perguntou ao meu pai

– É que me veio à cabeça a possibilidade de o efeito em Nessie não ser simultâneo... De ser como uma impressão!

– UMA IMPRESSÃO?! – Jake de repente se sobressaltou de uma maneira incomum

– Mais ou menos isso! Quando o estranho esteve aqui hoje mais cedo, sua presença de alguma maneira expôs Nessie a um confronto de sentimentos! Mas bastou Bella envolvê-la com o escudo para eliminar o efeito permanentemente. Ele não a estava controlando à distância, ou de algum lugar próximo, apesar de essas serem as chances mais prováveis... De qualquer forma, temos que estar atentos a qualquer coisa estranha de agora em diante. Não sei se eu também não teria sido afetado, se tivesse chegado mais depressa à cozinha.

– Uma impressão! – minha mãe repetiu com um tom indecifrável, enquanto olhava pra Jake

– “Mais ou menos isso” foi o que Edward disse! – ele frisou

– Ok – eu interrompi, para mudar logo com aquele assunto esquisito – Alguma solução prática de segurança?! Munição?! Armas químicas?!

reside nosso principal dilema?! – tio Jasper finalmente entrou na conversa – Não sabemos com o que estamos lidando: humano, vampiro... ou lobo!!!

– Hey, que conversa é essa?! – Paul se inquietou

– São só possibilidades, não estou afirmando nada... – meu tio se defendeu – Lembre-se de que eu considerei os da minha raça também!

– E pode ser que não seja nenhum dos três! – outra vez, meu pai fez uma afirmação que abalou o raciocínio de todos

– Como é?! – Billy perguntou, com uma sobrancelha quase no meio da testa

– É isso mesmo! Ou vocês não se lembram que existe uma quarta raça nesse planeta?!

Todos nós o encaramos, boquiabertos.

– Um híbrido, como Nessie?! – Jake se pôs de pé – Isso é meio improvável, vocês não acham?!

– Pode até ser – minha mãe falou – Mas explicaria algumas coisas, como por exemplo, o que ele disse a Nessie!

– “Finalmente!” – meu avô complementou

– E o fato de Alice não conseguir ver nada relacionado a ele! – Rosie acrescentou

– Mas, mesmo assim – Aly fez uma ressalva – Edward ainda consegue ler os pensamentos de Nessie. Já com esse cara não foi desse jeito...

– Esse fator deve ser levado em conta, não deve?! – Jake estava agitado demais, eu pude notar. Parecia mais que era ele a vítima, e não eu

– O que ele “é” realmente faz alguma diferença?! – Quil perguntou objetivamente – Vamos encontrá-lo e dar um fim nele!

– É!! – Embry e Jared concordaram

– Não é bem assim que funciona! – Sam os repreendeu – Não podemos tirar uma vida, sem que ela se prove nociva a outros, e eu volto a dizer: até este momento, nosso suspeito não fez nada!

– E você sugere que nós fiquemos aqui, esperando ele fazer alguma coisa, pra só assim agir?! – Jake ralhou, e sua voz meio que repercutiu na sala

– Eu não disse isso! Agir e matar são duas coisas distintas, Jacob. Nós vamos, sim, tomar as providências cabíveis!

– Exatamente! – papai endossou

– Enumere-as por favor, Edward!! – Jake se jogou de volta no sofá, mal-humorado

– Voltando ao início dessa conversa – papai revirou os olhos – o primordial é garantir a segurança de todos. Eis o motivo de vocês, Quileutes, estarem reunidos aqui: eu espero contar com a colaboração de vocês em rondas diárias, feitas em conjunto com os membros da minha família! Creio que unidos, possamos cobrir toda a área ao redor de Forks.

– Sem problemas, Edward – Sam aceitou – Estamos habituados a fazer vigílias mesmo... e, de comum acordo, já sabe que não há problema em que vocês entrem em nossas terras.

– Obrigado, Sam! Eu também gostaria de pedir que Seth ou Leah, da matilha de Jake, e um membro da sua ficassem aqui conosco por esses dias, como uma medida de comunicação!

Eles se olharam, meio desconfortáveis com a idéia a princípio.

– Eu fico! – Quil exclamou, vendo que os outros não tomariam a iniciativa

– Eu agradeço a você também, Quil! – meu pai quase se curvou

– Seth, onde está sua irmã?! – Jake perguntou – Zach também deveria estar aqui!! Não me diga que estão namorando por aí?!

– Você já sabe a resposta para essa pergunta... – Seth disse, com a boca torta – Mas, por que você está perguntando?! Eu posso ficar aqui, tranquilamente!

– Eu preferiria que a Leah ficasse, já que ela é mulher e tal...

– O que você quer dizer com isso, Lobo?! – Aly cruzou os braços – Que as mulheres são menos capazes, é isso?!

– Não é nada disso... – ele se defendeu – eu só achei que...

– Cuidado com o que vai falar, Jake – minha mãe o advertiu – você está sob terreno perigoso agora!!

O pobrezinho engoliu em seco e se encolheu mais ainda no sofá, diante dos olhares femininos ameaçadores. Diante do seu silêncio, Aly falou:

– Está decidido então, Seth! – ela agarrou o braço do menino – Você fica aqui e Leah vai com os demais nas rondas!

– Tudo certo então, não é?! – meu pai verificou e, tendo uma resposta afirmativa, deu continuidade – Eu e Bella vamos cobrir uma região próxima à casa de Charlie; Jasper e Emmett irão se misturar a vocês lobos pelas redondezas de La Push; Carlisle e as garotas podem patrulhar perto daqui de casa mesmo, se revezando para não deixar Nessie, Quil e Seth sozinhos.

– Exatamente – vovô disse – nós nos dividiremos em duplas e alternaremos durante o dia.

– Essa alternância é um fator importante – tio Jasper salientou – não podemos ser repetitivos, senão deixaremos rastros muito evidentes de patrulha. Por isso, se dentro de uma semana o cenário não mudar, nós faremos rodízios também, indo um grupo para o local de patrulha do outro. As divisões poderão ser remodeladas mais tarde, assim não seremos previsíveis!

– Muito bem pensado, Jazz! – Aly quase suspirou

– Obrigado, meu bem!

– Como vamos caçá-lo, se nem temos um cheiro pra seguir?! – Embry trouxe uma questão importante a tona

– Temos a descrição dele, Embry – meu pai sinalizou – É verdade que, sem um cheiro, nossa tarefa fica bem mais complicada, mas... Teremos que agir abrangentemente, observando qualquer movimentação suspeita, até visualizar nosso alvo!

– Vamos formar uma rede, esse cara não vai ter como se esconder por muito tempo! – Jared disse, determinado

– Eu não queria que Jake ficasse longe de mim, principalmente agora que eu estou grávida – me intrometi para fazer o pedido, sentindo um formigamento na região dos olhos.

Nossos visitantes de repente deram um salto, espantados:

– Ai meu Deus, seus olhos mudaram de cor Renesmee!! – Embry esbravejou, apontando nervosamente para mim

– É, estão azuis agora! – Quil disse, com a mesma medida de alarde

– Calma rapazes Jake pediu, senhor da situação – isso vem acontecendo com freqüência, desde que Nessie engravidou! É um tipo de efeito colateral, só isso!

– Achamos que tem haver com alterações de humor! – vovô acrescentou, daquele jeito empolgado de sempre.

Eles esboçaram um certo grau de alívio, apesar do estranhamento com a justificativa. Eu corei e esfreguei os olhos, como se aquilo de algum modo fosse fazê-los voltar ao normal. Como não aconteceu nada, dei de ombros e levantei do sofá, cansada daquela posição. A sensação de cócegas na barriga voltou quando fiz isso, e eu estremeci um pouco.

– Devagar, Nessie – Rosie prontamente me sustentou – precisamos te lembrar disso todas as vezes?!

– Não foi nada tia, sério! – inspirei fundo, ainda sentindo de leve a movimentação.

Me afastei um pouco, pra que não vissem que meus olhos já começavam a lacrimejar por prender o riso, e Rosie veio junto. Jake aproveitou e chamou meus pais pra conversar reservadamente em um canto do cômodo. Parecia aflito outra vez... Imaginei que provavelmente ele estaria negociando sua participação nas rondas, em consideração ao meu pedido.

– De quanto tempo ela está?! – ouvi atrás de mim Billy interromper o papo secreto deles

– Quase quatro semanas! – mamãe o respondeu com naturalidade

– Hunf, – ele sibilou – já vi que teremos mais uma criança relâmpago dentro em pouco!

Meus familiares riram com suas palavras, mas eu pude sentir o descontentamento de Jake, mesmo de costas. Ele quase sempre parecia tão constrangido quando o pai falava alguma coisa... Eu não entendia o porquê, era de dar dó!

Ao encostar na janela, a sensação engraçada parou. O ar fresco foi remédio suficiente, pensei...

– E então?! Mãos à obra?! – papai perguntou, quando o papinho entre eles três pareceu ter chegado ao fim – Já são quase três horas da tarde, é melhor darmos início às patrulhas!

– Certamente! – Sam se aliou a ele – Vamos embora, pessoal! Jake, leve seu pai pra casa, depois venha ter com a gente naquele lugar de sempre... ainda se lembra?!

– Com certeza, Sam! Vamos pai – Jake disse, se dirigindo para empurrar a cadeira de rodas. Antes, porém, se interrompeu e correu até mim:

– Fique bem, minha Nessie! Eu volto mais tarde, não se preocupe – ele estalou um beijo em minha testa, depois voltou para perto do pai. Se o teor da conversa entre ele e meus pais foi realmente o que pensei, suas intenções obviamente não tiveram sucesso...

– Vamos lá, Emmett e Jasper?! – Sam foi cuidadoso ao fazer o chamado

– Com certeza! Não vejo a hora ensinar a vocês como se encontra um engraçadinho fugitivo – tio Emmett brincou, com seu jeitão debochado de sempre

– Menos, Emmett – tio Jasper o censurou, com receio de ofensas

– Isso é o que nós vamos ver, grandão! – Jared, no entanto, replicou gozador, e eu então tive certeza que eles iriam se enturmar facilmente.

O grupo maior seguiu para La Push e meu pai deixou algumas recomendações finais a meu avô, antes de sair com minha mãe.

– Carlisle, você já sabe, né?! Celulares à postos!

– Sem problemas, filho! Eu e Esme iremos agora vigiar as redondezas, podem ir tranqüilos!

Ditas essas coisas, os quatro se despediram da gente e também partiram, indo cada casal para uma direção diferente do lado de fora da casa.

Ficamos nós cinco sozinhos: Eu, Aly, Rosie, Seth e Quil.

De início, olhávamos um para a cara do outro, sem saber muito bem o que dizer, ou pensar. Aly, despachada como sempre nesse departamento das comunicações, tratou logo de acertar os rumos de nossas atividades. Ficou decidido então que permaneceríamos o maior período de tempo possível nas áreas externas da casa, onde os garotos poderiam ficar na forma de lobos e nós nos entreteríamos próximas a eles.

Naquela noite, quando meus avós retornaram, nos encontraram fazendo fondue na beira da piscina, iluminada pelos holofotes e estrelas. Aly e Rosie partiram para o turno delas e os garotos se transformaram de volta para comer. Quil atendeu uma ligação da pequena Claire e lamentou por não poder tê-la trazido dessa vez, mas prometeu fazer isso numa oportunidade mais segura. Eu achava tão lindo o jeito como ele cuidava dela... Era exatamente como Jake e eu, sem tirar nem por! Me perguntei se, algum dia, eles terminariam como nós: apaixonados. Ri por dentro, imaginando a situação!

Mais tarde, meu pai se comunicou com vovô.

Nada ainda! – ele nos informou, após desligar o celular.

Aquela minha quarta semana de gestação foi caracteriza por essa rotina intensa de patrulhas. Tio Emmet, tio Jasper, meus pais e Jake ficavam o tempo praticamente todo fora de casa... Somente Jake retornava para passar a noite em casa, comigo, liberando Seth ou Quil para voltar para a reserva. O celular estava sempre ao alcance das mãos, tornando-se meu único meio de ouvir as vozes dos meus pais, que já nem via mais. Aly e Rosie também sentiam falta dos meus tios, mas faziam de tudo para que ninguém percebesse. Ficavam sempre ao meu redor, tecendo as mais cômicas conversas, enquanto os garotos permaneciam na deles, em suas formas animais. Eu acho que os coitados se sentiam meio como celulares também: só aguardando um retorno dos colegas! Meus avós se responsabilizaram por caçar pra mim, retornando todos os fins de tarde com alguma coisa diferente.

Na virada da quarta para a quinta semana, minha barriga atingiu proporções empolgantes! Eu já parecia uma grávida de pouco mais de sete meses! “Esse aí vai ser um bebezão!”, todos comentavam... As patrulhas passaram a ser mais amenas, já que não houve nenhuma novidade desde a primeira semana. Meus pais começaram a passar as tardes comigo e meus tios voltavam pelo menos duas vezes ao dia para casa. Eles já estavam pegando o jeito de falar dos garotos da reserva... era hilário! Com essa mudança, Quil e Seth podiam retornar para suas casas pela tardinha e só voltavam no dia seguinte, pela manhã.

Num desses dias, um episódio tosco interferiu em nossa aparente tranqüilidade...

Estávamos na sala de jogos eu, Aly, Rosie, Quil, Seth e meus pais. Estes últimos estavam lendo juntos em um divã, enquanto os garotos estavam conversando sentados, próximos a uma das paredes de vidro, e nós garotas terminávamos de assistir a um filme qualquer. Ao final – lá pelo meio dia – eu senti fome e elas duas foram para a cozinha me preparar um lanche. Olhei para o Playstation de bobeira e achei uma boa idéia chamar os meninos para um torneio de Guitar Hero.

Mal sabia eu o que aconteceria em seguida...

Eles aceitaram o pedido e, pela primeira vez em quase uma semana e meia de convívio, se aproximaram a mais de um metro de mim. Nesse ponto, eu comecei a sentir as cócegas na barriga de novo... só que, dessa vez, com uma intensidade grande demais para me controlar: minhas risadas chamaram a atenção deles todos, fazendo as garotas reaparecerem da porta da cozinha e meus pais pausarem a leitura! Parecia uma coisa sem importância {apesar de estranha}, e todos ficaram curiosos pra saber qual era a graça. Os meninos se sentaram no sofá do meu lado... e aí é a coisa ficou feia mesmo! Eu parei de rir e passei a gargalhar, gargalhar, gargalhar... até que o ar foi ficando rarefeito e meu sangue subiu quase todo para a cabeça!

– Nessie?! – papai perguntou, se levantando ao notar que havia alguma coisa errada.

Foi quando escorreguei para o carpete, começando a sufocar.

O desespero se instaurou automaticamente! Meus pais e tias correram pra me acudir, sem ter a menor noção do que fazer, enquanto eu me enrolava no chão, apertando a barriga e a beira de desmaiar com a insuficiência respiratória, misturada às gargalhadas. Eu nunca havia sentido algo assim na minha vida e o pior era que nem condições de dizer o que estava acontecendo eu tinha! Minha visão começou a ficar turva e eu soube que iria perder a consciência...

– Quil, Seth, se transformem em lobos depressa e peçam para Jake voltar aqui o quanto antes – meu pai gritou, atordoado.

Nesse instante em que eles se afastaram para sair, eu percebi uma diminuição considerável da coceira no interior do ventre e pude respirar novamente, mas ainda agonizando. Meus dedos estavam retorcidos, como se eu tivesse tido uma convulsão, e minha mãe os massageou para que eu relaxasse. Meu ritmo acelerado de respiração os acalmou e eu senti o alívio do ar finalmente invadindo direito os meus pulmões agitados. Nunca me foi tão prazeroso o exercício de inspirar e expirar! Os meninos ficaram estáticos perto do arco limiar da sala, sem saber se iam ou não pra o lado de fora da casa.

Deixem pra lá garotos, acho que já está tudo certo agora! – meu pai os coordenou, já recuperado do susto – Jake não precisa de mais preocupações. Vai ficar tudo bem... só não se aproximem muito de Nessie por enquanto, ok?! Acho que o bebê fica feliz demais com a presença Quileute nessa casa, não é filha?!

Eu balancei a cabeça afirmativamente, então fui carregada por ele. Aquilo tudo me deixou completamente exausta e meu pai soube exatamente pra onde me levar: caminha!!

Em meio tempo, já estávamos no quarto de Aly e o colchão macio me recebeu deliciosamente. Minha mãe se deitou comigo, me guardando nos braços e meu pai ficou sentado na beira da cama atrás de mim, velando a nós duas. Peguei no sono sem sentir, embora o surto de questionamentos fosse pungente demais em minha mente. Será que aquilo seria uma constante de agora em diante?! Eu não suportaria outra crise igual àquela... Ficou óbvio que o comentário do meu pai tinha fundamento: a aproximação dos garotos, com certeza, foi o que deu o start ao meu mal estar! E isso, de fato, começou a acontecer desde que todos eles estiveram conosco pela primeira vez após a gravidez. Que bebezinho travesso... já queria participar das nossas vidas! Já se sentia alegre entre nossos queridos amigos!

Quando acordei, a noite já tomava conta do céu! Me espreguicei e minha mão resvalou em alguém do meu lado. Pensei por um momento que ainda era minha mãe, mas, ao olhar, percebi que era Jake. Ele havia retornado do seu turno e cochilava despreocupadamente. Por sorte, meu toque não o despertou, então eu me virei o mais devagar que pude para ver as horas no criado mudo do meu outro lado: sete em ponto, o visor do relógio marcava. Eu suspirei, impaciente e sem saber se me levantava ou se ficava ali, esperando até que ele acordasse. Meu estomago roncou tão alto que não tive mais dúvidas...

Descendo a escada, vi através dos ladrilhos na parede que minha família e todos os garotos da reserva estavam conversando no jardim suspenso da cozinha. Era pra lá que eu teria de ir agora, se quisesse me alimentar, e não teria jeito de passar despercebida. Me sentei no meio da escada e meditei se comer era realmente algo inadiável naquele momento... Outro ronco resmungou em resposta! “Esta bem, eu não vou deixar pra depois!”, briguei comigo mesma. Escutei alguns passos nos degraus acima de mim.

– O que está fazendo aí, meu anjo?! – Jake tinha acordado. Graças a Deus, ele não soube de nada sobre o meu incidente hilariantemente medonho... Veio se sentar comigo, com o espírito descansado.

– Ah, – cedi espaço pra ele – eu estava me decidindo se ia ou não na cozinha, fazer um lanchinho...

– Humm – ele se esticou um pouco sobre mim e viu o que me aguardava nas proximidades do local mencionado – Você não quer que eles te vejam, não é?!

– Bingo! – eu bipei. Ele tirou um cacho rebelde que caía sobre os meus olhos:

– Não seja por isso, eu vou no seu lugar! Pode subir tranqüila e me esperar no quarto.

– Você é um charme, eu já te disse isso?! – eu dei um beijo de gratidão nele

Hoje não! – respondeu, com uma falsa presunção.

Ele imediatamente se levantou para cumprir a tarefa proposta, mas eu o segurei pelo braço antes que estivesse fora do meu alcance.

– O que foi?! – ele perguntou, dando meia volta e se sentando outra vez.

Estava meio escuro, a única iluminação que nos atingia era a que vinha do andar de baixo, por isso ele não notou a cara idiota que eu estava fazendo. Tinha uma coisa dentro de mim que estava martelando, presa na garganta há quase duas semanas. Eu tinha me decidido a lhe questionar sobre o assunto, mas a falta de oportunidade me obrigou a esperar até aquele momento.

Agora era uma boa hora para trazer o assunto a tona, porque eu tinha quase certeza de que não era nada demais...

– Meu bem, por que você ficou tão agitado com aquele negócio sobre o “dom” do homem estranho?!

Ele ficou me olhando por um bom tempo com uma expressão vazia, antes de falar.

– Ora, Nessie... – Oh-Ow, aquele sorrisinho sem graça me dizia para não confiar em nada que ele iria me contar – eu só reagi como qualquer um reagiria no meu lugar!

– Não sei se você se deu conta, mas isso não reponde à minha pergunta! – eu insisti

– Não, – ele concordou, visivelmente frustrado – não responde mesmo...

– Então...?!

– O que eu quero dizer é que fiquei assustado. A notícia não era, exatamente, a melhor de se ouvir...

– Qual parte: a de eu ter sido quase hipnotizada, ou a de ele ter o poder de fazer isso com as pessoas?!

– Eu acho que não entendi a sua pergunta... – ele pareceu ao mesmo tempo sincero e evasivo

– É que, na hora, ficou parecendo mais que você estava se sentindo ameaçado, e não que estava preocupado comigo! Pelo menos foi essa a impressão que eu tive! – dei ênfase à palavra “impressão”, que naquele dia pareceu afetá-lo de uma maneira particularmente exagerada. Funcionou, porque ele arregalou um pouco os olhos, depois os desviou disfarçadamente de mim.

– Onde você está querendo chegar, Nessie?! – ele perguntou, encarando o nada.

Não pensei que aquele simples tópico fosse render tanto desconforto... Ao que parecia, havia muito mais coisa enterrada ali do que eu imaginava. Agora, eu precisava saber do que se tratava aquela reserva antes de qualquer coisa.

– À verdade, Jake! O que te assombra, afinal?! Quer dizer, olha só pra você, todo cheio de rodeios com uma pergunta tão sem importância... Ou será que têm, e eu apenas não percebi ainda?!

– Não!! – ele exclamou, se preservando – Ai, é que você me deixa confuso, Nessie. Parece que está fazendo perguntas cujas respostas você já conhece...

– Isso aqui não é um teste, Jacob! – vociferei, me excedendo um pouco – Eu te fiz uma pergunta simples. Você é quem a transformou em um bicho de sete cabeças!

Ele se abateu com a dureza das minhas palavras. Não era costume meu chamá-lo de “Jacob”, a não ser quando estava muito irritada, e ele sabia disso! Ficou cabisbaixo, suas mãos penderam sem vida sobre os joelhos. Me desarmei quando vi que ele estava a ponto de chorar, com raiva de si mesmo.

– Jake – eu falei do jeito mais doce que pude, pousando uma mão em seu ombro – você não confia em mim?!

– Você sabe que confio – ele esfregou o nariz

– Então olhe nos meus olhos e me diga o que está te preocupando!

Ele se virou maquinalmente para mim, com uma expressão desanimada.

– Eu já te disse, fiquei assustado com a notícia. Só isso! Se você não acredita, então a falta de confiança não é o meu problema... É o seu!

Ótimo, agora ele estava magoado! Nossa primeira briga em toda a história da minha vida, e eu ainda estava saindo dela como vilã... Me senti horrível e vi que seria inútil persistir! Dei um suspiro, em sinal de rendição.

Interferindo naquela atmosfera hostil, o bebê chutou minha barriga pela primeira vez desde o começo da gravidez, e eu irradiei uma alegria automática. Jake olhou pra mim, percebendo o meu deslumbramento enquanto olhava para a circunferência gigante no meu colo.

– O que foi?! – ele pareceu menos deprimido

– Jake – eu puxei a mão dele para a minha barriga – o bebê está chutando!!

– Está?! – ele se pôs ajoelhado de frente pra mim, trazendo a outra mão ao meu ventre

– Sim! Espere um pouquinho, ele vai fazer de novo a qualquer momento...

Meio segundo depois, minhas palavras se confirmaram.

– Minha nossa, que pancada! – ele disse, impressionado – Você está bem, meu amor?!

– Maravilhosamente... – eu disse. Agora era eu quem estava chorando! Ele acariciou meu rosto, se apaixonando pela sensação junto comigo.

– Isso é maravilhoso, Ness! Eu nem tenho palavras...

– Nem eu! – falei, então nós rimos nervosamente, e outro pontapé levantou um montinho sob minha pele

– Ele está feliz! – Jake disse, então beijou meu umbigo raso – Não é, meu bebê?! Você está muito feliz aí dentro! Está sim, eu sei que está...

Poucos momentos na vida poderiam ultrapassar aquele em perfeição! A visão de meu marido conversando com minha barriga inundou meu coração de alegria, me fazendo derramar incontáveis lágrimas emocionadas.

– Eu mal posso esperar pra te conhecer – ele continuou a falar com aquela voz serena ao neném, e o mesmo reagiu, chutando e chutando sem parar – Ah, é mesmo?! Você também quer conhecer o papai?! Que ótimo! Sabe do que mais?! Você vai ter a melhor mãe do mundo! Ela é a pessoa mais linda que existe, por isso você precisa se comportar aí dentro, até que chegue a hora de você nascer...

Ele se acomodou melhor no degrau de baixo e encontrou mais um zilhão de assuntos fofos para contar ao nosso pequenino herdeiro. Nada mais importava pra mim – nem o motivo da nossa discussão, nem a fome que estava sentindo... Minha satisfação se resumiu integralmente àquele momento!

A noite teve continuidade, renovada agora pela novidade simbólica e maravilhosa da gestação. Como prometido, Jake foi providenciar meu jantar e eu o aguardei no quarto, sonhando acordada sobre a cama. Após me alimentar, ficamos juntinhos um ao outro, até os dois pegarem no sono.

Sexta semana.

Eu parecia Jupter, com meu corpo esparramado hora no sofá, hora na esteira da piscina, hora em algum outro assento recostável! Ao que parecia, a reuniãozinha no jardim que tinha acontecido no meio da semana anterior resultou em uma alteração no sistema de busca e proteção. Os turnos de vigilância agora aconteciam somente durante a noite, enquanto eu estava dormindo. Foi proposto a Jake que ele ficasse liberado de participar, mas ele recusou a oferta, alegando que era seu dever mais do que o de qualquer um fazer parte das buscas, fazendo cair por terra minhas prévias conclusões do seu “papinho” com meus pais, dias antes... Tomei nota mental disso! Minhas dúvidas um dia precisariam ser sanadas. Mas não agora.

Minha barriga passou a ser alvo constante de muitas mãos curiosas e cheias de orgulho, que vinham acompanhar o progresso do bebê. Eu me sentia como um mascote da turma, mas nem ligava. Era empolgante a sensação de ser portadora de algo tão precioso! Os Quileutes, claro, mantinham a devida distância, em consideração a mim. Mas nem por isso deixavam de fazer festa com cada novo acontecimento. Meu pai logo anunciou que conseguia escutar os pensamentos do bebê, e isso foi simplesmente arrepiante, de tão excepcional!

– O que você escuta pai?! – eu perguntei, embasbacada

– É difícil descrever, filha... São mais imagens, na maioria das vezes bolas coloridas, e alguns sons que provavelmente são os das nossas próprias vozes repercutindo na mente dele, só que meio embaralhadas! Elas mudam frequentemente, por isso fica complicado narrar com riqueza de detalhes.

– Como mudam?! – Jake perguntou – Do nada?!

– Mais ou menos – papai não parecia muito seguro sobre o que afirmar – Uma hora eu vejo uma imagem, depois ela cede vez a outra... E então elas meio que se unem. É fascinante!

– Eu sempre tive uma teoria de que todos os bebês nessa fase possuem algum tipo de inteligência extraordinária, que acaba se perdendo no subconsciente deles após os primeiros meses de vida... – Aly comentou

– É bem possível, Alice! – meu pai concordou – Seja como for, eu não convivi com nenhuma gestante, além de Bella, desde que me tornei vampiro... Por isso, só tenho Nessie como parâmetro, e devo dizer que esse bebezinho é tão prodigioso quanto ela, na mesma época... Mas cada bebê é diferente. Esse, eu só posso dizer, é muito imaginativo e de emoções muito intensas. Tem alma de artista!

– É sério, pai?! – eu perguntei, encantada

– Só pode ser filha! – ele sorriu, me fazendo um cafuné de leve.

Dois dias mais tarde, recebemos uma nova pista do suposto meio vampiro desaparecido, o que interferiu por completo na rotina vigente de patrulhas.

Estávamos executando as nossas atividades cotidianas, quando sentimos um cheiro de humano adentrando de moto pela estradinha da mansão. Meu avô foi até a porta atender a quem chegava, acompanhado pelo batalhão de homens que estavam em nossa casa na ocasião. Nós mulheres aguardamos na sala, seguindo o conselho deles, e eu escutei algumas palavras desconexas sendo proferidas no hall, a uma altura mínima. Quem quer que fosse, com certeza deve ter ficado bastante intimidado com a recepção nada sutil, porque falou em sussurros.

A porta se fechou e todos aqueles corpos masculinos enormes retornaram mudos até nós. Vi que meu avô segurava alguma coisa vermelha nas mãos e, quando todos saíram da minha frente, eu descobri que era um soberbo buquê de rosas. Ele caminhou na minha direção, então me estendeu as flores:

– O cartão está endereçado a você, Nessie! – ele disse, categoricamente.

Eu as recebi, confusa, enquanto todos permaneciam no aguardo de alguma explicação, com expressões desconfiadas. Cheirei-as, saciando aquele primeiro impulso, depois retirei o pequeno cartão de dentro das folhas.

“Para Renesmee” era o que estava impresso na capa, com tinta dourada. Desdobrei-o cuidadosamente e o papel desabrochou em minhas mãos, revelando a seguinte mensagem:


O amor verdadeiro não é

aquele que reúne duas almas que

se encontram,

mas o que repara uma alma

que o destino dividiu em

dois corações,

antes da fundação do mundo!

Anseio não precisar esperar

muito mais tempo para

que essa verdade se concretize

entre nós dois,

amada minha!

G.D.”

5 comentários:

Yasminazambuja disse...

Que porra é essa eu se fosse o Jake dava um cosa no filho da **** quando ele desse o menor sinal de presença e dar um lição bem antiga "com mulher casada não se mete " ... só que dessa vez o "marido" não é um humano frágil é sim um lobo

Barbara disse...

muito tenso... Tomara que corra tudo bem e que renesmee não tenha nada com esse "cara"...eu acho que ela vai ficar confusa com os seus sentimentos depois dessa... "TENSO"

sarinha86 disse...

ela é casada e não vai querer nada com ele

Cris disse...

ahhh... quando nos acustamamos com essas fabulosas fiks... fica tão óbvio... não é nada disso meus caros.... posso estar muito envolvida com tantas historias ja lidas... mas a IMPRESSÃO que eu tenho  é de  um caso muito parecido  de Jake com Renesme! rsrsrsr imaginem so?

NessCullen disse...

O caso das cócegas na barriga de Renesmee é tão... Óbvio! 
1- Quem é que no início da fic, andava mal-humorado porque estava "solteiro"?
2- Quando é que as cócegas apareceram pela primeira vez?
3- Quando é que elas voltaram a aparecer com mais {muita mais} força?
4- Quando é que, desta última vez elas pararam?

Tão óbvio, tão óbvio! 
Para quem não sabe as respostas aqui estão elas:

1- Seth Clearwater.
2- Quando todos os lobos se reuniram na casa Cullen.
3- Quando Quil e Seth apareceram mesmo ao pé de Nessie.
4- Quando Quil e Seth se foram embora.

Rá, Rá, Rá! É tudo tão óbvio!
Seth vai ter um imprinting com o bebê de Renesmee, que, como é óbvio, vai ser uma garota, logo vai ser a pequena Lilian. Mas, como Lilian é 1/4 Lobisomem (transformo) o sentimento de imprinting vai ser reciproco. Pois ela vai ter um imprinting com Seth e Seth com ela!
Então, dada a proximidade entre os dois (Seth e Lilian), a pequena bebê, descontrola-se, provocando as cócegas na Renesmee.

Beijocas,
NessCullen

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