Os dois meses já haviam se passado, tantos presentes para se arrumar em minha nova casa, tantas coisas a se fazer. O meu vestido de casamento era lindo, minha mãe havia feito ele para mim, pois além de uma excelente cozinheira, ela era uma excelente costureira. Havia babados por toda à parte, lindas rendas e uma cauda enorme. O véu que cobriria meu rosto estava perfeitamente alinhado com o desenho do vestido. Meu casamento aconteceria em uma capela próxima à fazenda de meus pais. O padre John Vick realizaria a cerimônia.
Minha mãe estava eufórica neste dia, minhas irmãs Andy e Marie vieram para o casamento. Nicolas, meu primeiro pretendente que se casou com Andy veio acompanhá-la. Meu lindo sobrinho, de apenas um ano, o pequenino George veio com eles. Eu estava ansiosa para a cerimônia e também feliz por toda a minha família estar presente nesta data tão importante.
- Esme? - Minha mãe me tirou de meus pensamentos. - Querida, seu cabelo terá que ficar assim olha. - Ela me mostrou os bobes enrolara em meus cabelos. - Para que fiquem cacheados para o penteado. O véu irá ficar preso aqui. A maquiagem, sua irmã Marie fará. Nossa aquela casa na cidade que seu noivo comprou é linda não é? E os presentes? Minha nossa! São maravilhosos. Você deu sorte de Charles querer casar com você meu amor. Você será feliz! - Mamãe me abraçou assim que terminou de falar. Aquela sensação ruim em cada vez que pensava em Charles havia retornado. Nesses dois meses, Charles me cortejou como um legitimo cavalheiro. Nunca ficamos a sós e isso era uma coisa que me deixava nervosa. Não sabia o que fazer, pois nunca havia beijado nenhum homem em minha vida. Apenas um fazia meu coração suspirar. Aquele lindo anjo loiro que tratou minha perna. Eu nunca o esqueci.
- Esme minha nossa!! - Marie entrou em meu quarto, com as mãos para cima, parecendo surpresa com o que estava vendo naquele momento. - Você está linda irmã. Você vai adorar a vida de casada. Damien me faz muito feliz. A nossa casa é maravilhosa, o que alias, parabéns, sua casa ficou perfeita. Tudo alinhado, parecendo um conto de fadas!
Depois que Marie me abraçou, estava na hora de começar a arrumação da noiva, ou seja, eu. Mamãe retirou os bobes e meus cabelos caíram em cachos em torno do meu rosto, enquanto Andy apertava a cinta ao redor de minha cintura. Elas me maquiaram e me arrumaram. Levou o dia todo para isso. Assim que terminaram, mamãe colocou o véu em meu rosto e disse:
- Esme meu amor! pronto! Você está perfeita! Perfeita para seguir seu destino ao lado de Charles Everson. Seja feliz! Vamos seu pai a aguarda para levá-la à igreja! Te amo meu amor. - As palavras dela me pegaram de surpresa. Estava na hora. Hora de seguir com minha decisão. Unir-me a Charles Everson para sempre. Unir-se aquele homem que na visão das pessoas era o certo para mim. Mas será que ele era mesmo. Uma pergunta que não poderia responder tão cedo. Respirei e segui na direção de meu destino já traçado.
* * *
Ao chegar na porta da igreja que estava fechada, meu pai pegou em minha mão e disse:
- Esme, meu doce, minha pequena criança. Foi sábia sua decisão de casar com Charles, tenho certeza de que ele a fará muito feliz. Quero muitos netos, apenas um não é o suficiente hein! Seja feliz querida! Está pronta para entrarmos? Esse é nosso momento. A tradicional música da entrada da noiva já começou a tocar. Vamos! - Ele sorriu para mim, meu pai e ofereceu seu braço para que eu acompanhasse à entrada da igreja. Foi então que a porta se abriu. A pequena capela estava lotada com meus familiares e de Charles Everson.
Ao sentir o impacto de todos olhando para mim, a sensação ruim apertou em meu peito, foi quando, eu vi que não havia mais como voltar atrás. Meu destino estava traçado. Eu, em apenas alguns minutos, seria a senhora Everson. Ao pronunciar meu futuro nome, meu coração se apertou ainda mais, como se fosse um aviso de que algo muito ruim aconteceria.
Caminhei lentamente ao som da música. Meu pai estava radiante, casando sua filha mais velha, seu tesouro, como ele costumava me chamar, sua pequena Esme.
Ao chegar próximo ao altar, meu pai, no gesto tradicional, passou minha mão para a de Charles. Nos viramos para o padre, que iniciou a cerimônia de meu casamento. Olhei ao redor do altar, minha mãe ocupava seu lugar ao lado de meu pai. Ela chorava de emoção, assim como a minha então agora sogra, senhora Maria Eduarda.
O padre começou a cerimônia.
- Estamos aqui hoje reunidos, para celebrar a união da senhorita Esme Anne Platt e do jovem Charles Everson.
As palavras foram ditas e eu apenas conseguia prestar atenção na sensação ruim que atingia meu peito naquele momento. Foi quando, chegou a hora do tão esperado SIM da noiva. O padre iniciou pelo noivo.
- Meu jovem Charles Everson, aceita a senhorita Esme Anne Platt, para como sua esposa, para amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?
Charles suspirou, abriu um largo sorriso, olhou fundo em meus olhos, o que fez que eu me arrepiasse de medo e respondeu:
- Sim, eu aceito! - Nesse gesto ele colocou a aliança na minha mão esquerda, selando assim, a parte dele nesse compromisso.
Foi então que o padre se virou para mim e disse:
- Senhorita Esme Anne Platt, aceita o jovem Charles Everson para ser seu esposo, para amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?
- Sim. - Eu respondi. Pedindo para que não tivesse tomado a decisão errada.
Assim o padre encerrou a cerimônia.
- Se tiver alguém contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre. – Um silêncio mortal tomou conta da igreja. O mal pressentimento não passava.
O padre emendou.
- Eu, pelo poder a mim concedido, os declaro o casal Everson. Os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Charles ergueu meu véu e olhou em meus olhos, se aproximou e beijou minha boca. O que senti no momento foi apenas o beijo da morte.
A igreja explodiu em aplausos. Oficialmente eu era a senhora Everson.
2 comentários:
ai como era difícil a vida naquela época as pessoas não eram felizes.Coitada da Esme, mas é muito boa adorei!!
Sinto um aperto quando leio os capítulos de tragédia da tragetória dos Cullens... Vai demorar para eu deixar de ser fã de Crepúsculo! Então acho bom a Stephenie Meyer fabricar mais livros XD
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