O Anjo - Capítulo 15: O Fim

O enterro de Daniel me causou uma dor sem fim. Ver os coveiros carregando seu pequeno caixão branco foi como a marcha funebre de minha vida. Todas as mulheres do refugio estavam presentes, assim como as crianças que eu ensinava não sairam de meu lado.

O padre disse as palavras para meu conforto, mas nada naquele momento iria me ajudar, a não ser ter Daniel ao meu lado novamente. Na hora de colocar o pequeno caixão no tumulo, me bateu um desespero novo. Aquela última cena, a separação permanente era muito para mim.

- Nãoooooo!!! Danielllll.... – Foi quando fortes mãos me seguraram para não pular junto ao caixão e me enterrar viva com meu pequeno bebê, aquele que eu amei, lutei... me deixou. Por algum motivo eu não fiquei revoltada, porém não me conformava com o inferno que a minha vida se tornara depois que me casei com Charles Everson.

De volta ao refugio, eu fui ao meu quarto. Ver as pequenas coisas de Daniel, como seu cesto de dormir, seu pequenino sapatinho branco que as irmãs do refugio o presentearam foi muito para mim.

Estava vestida de luto ainda quando decidi por fim à toda aquela dor causada, principalmente por Charles e minha familia. Agora sem meu pequeno Daniel, eu não precisava amis existir, não havia mais razões para viver.

- Senhora Madalena? – Eu pequei ao braço daquela que me amparou, me ajudou e foi por pouco tempo uma mãe para mim. – Estou indo dar uma volta pela cidade, estou me sentindo mal ainda, preciso respirar.

- Filha já está tarde para andar por ai pela cidade. Quer que eu te faça companhia? Podemos conversar! Sei que foi um dia duro para a minha pequena Esme, mas... – eu fiz um gesto para que parasse de falar, o que eu não precisaria neste momento, era a piedade de alguém, muito menos a pessoa que me acolheu e me ajudou a ter a razão de minah vida perto de mim, o pequeno Danielzinho.

- Não irmã. Vou só mesmo, eu preciso respirar! – Ela então me abraçou, como se fosse uma despedida, pois para mim era. – Amo a senhora Madalena, como se fosse minha mãe. – Foi então que percebi que ela chorava.

- Para mim, Esme é minha filha caçula. Por favor, não faça nada imprudente, por mim. – Eu assenti, virei as costas e voltei ao meu quarto, onde redigi uma carta para Madalena e as crianças dizendo o quanto as amava e eram importantes em minha vida.

Ao sair da pensão, fui caminhando ao norte da cidade, onde ficavam os maiores penhasco de Ashland. Ao colocar a ponta dos pés no inicio do penhasco, meu único pensamento foi:

“Me leve até Daniel ou até a felicidade... preciso saber o siginificado real e pleno de amor e paz...”

Pulei... A queda foi livre. Uma sensação maravilhosa, o vento passando por meu rosto e a imagem de Daniel gravada em minha mente. Sabia que estaria indo de encontro ao meu bebê.

De repende sinto o chão e o barullho de algo se quebrando. Estou anestesiada pela dor de meus ossos quebrados. Porque eu ainda não morri? Porque Daniel não veio ao meu encontro? Minha respiração está lenta demais. Consigo sentir que estou flutuando, mas meu bebê não apareceu ainda. Sou colocada em algo gelado, como pedra de granito. Onde será que estou.

- Ah Doutor Cullen! Encontramos essa senhora caída no penhasco. Pelo que relatou a senhora Madalena Willow, o nome desse senhora é Esme Anne Platt, me parece que ela foi casada com um soldado que morreu na guerra, e seu filho único, acabará de falecer com infecção pulmonar, então, ela se atirou do penhasco, creio eu por não ter mais motivos para viver doutor. Eu a coloquei ai, pois todos os seus ossos estão quebrados, não encontro quase batimentos e a respirção está parando. Que Deus à leve logo. Vou voltar ao atendimento de emergência.

Aquelas palavras me deixaram mais felizes. Pelo que a outra pessoa disse eu estaria morrendo e em muito breve encontraria meu bebê.

- Eu não acredito que seja você depois de tanto tempo. O que fez pequena? O que fizeram contigo? Onde foi parar sua alegria? – Uma mão fria pegou em meu pulso. – Vou dar um jeito nisso. Espero que Edward entenda. – Enteder o que? Quero morrer logo, me ajude, alguém.

Sinto apenas que estou flutuando. A dor não passa e meu coração está cada vez mais lento.

- Tem certeza, pai? – Aonde eu estava? Pai... que palavras eram aquelas?

- Sim, é tudo o que sempre desejei. Leia meus pensamentos e saberá que não estou mentindo Edward. Vou agiar antes que seja tarde demais.

- Eu acredito em você pai. Os pensamentos dela estão confusos, ela quer morrer logo, haja antes que seja tarde demais.

Como? Pensamentos dela?

A última coisa que senti, foram dentes me rasgando e fazendo a dor piorar do que já estava. Sim, agora em definitivo, eu estava morta e grata por alguém ter ouvido minha prece e me matado logo.

Daniel, estou indo ao seu encontro.

2 comentários:

Bia Pattinson disse...

OMG!!!
Esta Fik está demais!!!!

Mackenzie Meyer Cullen disse...

Ele fugiu dela para sua segurança para que ela vivesse sua vida assim como Edward fez com Bella... Que lindo S2

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