Universo Paralelo: I'll Never Forget You

Mais uma vez o mesmo sonho se repetiu. É o mesmo sonho que tenho sonhado repetidamente nos últimos cinco anos. Era um dia de sol e eu estava numa praia familiar. O Sol refletia em sua pele e ele brilhava mais que o próprio Sol, se é que isto era possível. Ele caminhava na minha direção. Seus olhos dourados me provocavam arrepios, pois ele me olhava intensamente. Muito embora ele não me tocasse, eu já antecipava a frieza que viria com o seu toque. Ele ergueu suas mãos até que as mesmas tocassem o meu rosto, impedindo-me de desviar, não que eu estivesse disposta a fazê-lo. Lentamente Edward aproximou o seu rosto do meu e nossos lábios se tocaram. E disse: “Eu sinto muito Bella, eu não pude ficar longe de você. Eu sinto muito”.

Acordei.

Era uma manhã ensolarada na Flórida. Depois de tanto tempo meus olhos ainda não haviam se ajustado. Seria por causa do clima quente? Senti o peso do braço do meu marido ao redor da minha cintura, segurando-me contra ele. Jacob.

Um sorriso espalhou-se pelo meu rosto, ao pensar na vida que eu agora tinha, nas pessoas que agora faziam parte da minha nova vida. Eu agora tinha uma família. Beijei os lábios do meu marido cuidadosamente para não acordá-lo e levantei-me da cama para ver os meus pequeninos. Atravessei o corredor com cuidado e abri a porta que estava semi-aberta. Meus filhos estavam deitados nas suas camas. Sorri calorosamente para eles, muito embora eles não pudessem me ver. Eles pareciam com Jacob, o meu garotinho e a minha garotinha eram perfeitos. Tudo deveria estar perfeito, não deveria? Ainda assim, algo estava faltando. De repente uma vontade incontrolável de sair da casa se abateu sobre mim. Eu precisava sair. Parecia que eu estava sufocando.

Os primeiros raios de sol surgiam quando me vi do lado de fora da casa, próxima a praia na qual vivíamos. Eu vestia nos meus antigos moletons e estava descalça. Ao longe percebi algo brilhante. Era uma pessoa. Alguém caminhava lentamente e depois correu na minha direção. Suas mãos automaticamente voaram para o meu rosto. Edward estava aqui, comigo. Ele sempre estaria. Ele disse: “Eu sinto muito Bella, eu não consegui ficar longe de você. Eu ainda te amo”. Ditas as palavras, os lábios de Edward estavam contra os meus e me permiti afogar na sensação. Acordei. Levantei-me apressada, saindo da casa, e foi então que eu o vi, meu Edward. Do lado de fora, esperando por mim.

Autora: Ana Silva