“Jacob”, eu sussurrei, deslizando as pontas dos meus dedos em seu estômago. Seus braços se apertaram ao meu redor e eu senti seus lábios contra o topo da minha cabeça.
“Hmm…” Ele gemeu em meu cabelo.
“Leve-me para passear,” eu disse suavemente. “Eu nem sequer tenho que andar na moto da minha mãe. Eu posso montar na parte traseira da sua.” Esperei ele responder. Quando ele não respondeu, eu levantei minha cabeça para olhar para seu rosto. Ele estava olhando para mim, então eu me movi sobre o seu corpo e apertei meus lábios nos dele.
“Por favor?” Eu implorei.
“Oh,” Jacob gemeu, fechando seus olhos apertado. “Por favor, não me peça assim”.
“Jake, Jakey, por favor?” Sorri quando seus olhos se arregalaram.
“Você não me chama assim por anos.”
“Leve-me para passear.”
“Não.”
Eu estreitei os olhos e fiz bico. “Leve-me para passear.”
“Seu pai arrancaria minha cabeça.”
“Ele não está aqui.”
“Ele vai saber.”
“Desde quando você se importa com o que meu pai pensa?”
Jacob ficou em silêncio por um minuto enquanto ele pensava sobre o assunto. Ele não tinha nada para rebater.
“Viu?” Eu sorri, sentando e buscando a minha blusa. “Você não tem nenhuma razão para me dizer não.”
“Está bem,” Jacob suspirou, esticando-se para trás de sua cabeça e pegando a minha camiseta. “Eu vou te levar, mas você estará usando o equipamento que Edward deu para Bella.”
“O capacete também?
“Sim”.
“Tudo bem.” Suspirei e terminamos de nos vestir.
Eu mal podia esperar Jacob verificar a moto para ter certeza que nada estava quebrado. Sentei-me sobre ela, impaciente. A jaqueta me serviu perfeitamente. Isso me fez sentir como uma garota motociclista que o namorado pertence em alguma gangue de motoqueiros. O capacete era volumoso, e eu não queria usá-lo.
“Ela parece estar ok.” Jacob disse, batendo no pneu da moto. “Pronta?” Ele me perguntou.
Eu concordei, o capacete fazendo-me parecer uma bonequinha cabeçuda. Eu me inclinei para trás então Jacob poderia subir na minha frente. Eu lenta e silenciosamente tirei o capacete e o coloquei sobre o assento da moto da minha mãe. Não fiz nenhum som, para assim não alertar Jacob. Eu me senti melhor sem o capacete.
Jacob ligou a moto e ela rugiu. Ele vibrou embaixo de nós.
“Você está pronta?” Jacob perguntou, sem olhar para trás.
“Sim”, eu disse calmamente. Eu não queria que ele ouvisse que a minha voz não foi abafada pelo capacete.
Ele esticou para trás e tomou minhas mãos nas suas. Ele as puxou em torno de sua cintura, “Segure firme, e, por favor, não solte”. Ele deu tapinhas nas minhas mãos antes de alcançar o guidão.
A moto se lançou para a frente e as rodas cantaram enquanto Jacob pulava para fora da garagem. Nós corremos pela estrada, e eu deslizei para mais perto de Jacob. Fechei os olhos, sentindo o vento no meu rosto. Isso me lembrou de correr. Eu conseguia entender porque a minha mãe gostava disso enquanto ela era humana. Isso deve tê-la lembrado como era correr com meu pai. Porque ela andava com Jacob era algo que eu tinha certeza que não queria saber. Mas era eu quem estava andando com ele agora.
Ele deu um cavalinho e eu gritei de alegria.
“HA!” Ele gritou sem se virar. “Eu pensei mesmo ter ouvido você tirar aquele capacete”.
“Eu queria sentir o vento, e além do mais você está dirigindo, eu não acho que você vai deixar eu me machucar.”
“Você tem um ponto.” Ele deu de ombros.
Fiquei feliz por ele deixar essa passar facilmente. Pressionei meus lábios em suas costas nuas e o senti tremer.
“Deixe-me dirigir”. Murmurei contra suas costas. Ao contrário de antes eu não tive que implorar para ele. Ele entrou em uma estrada de terra e parou a moto. Eu o assisti com os olhos arregalados enquanto ele saia e fazia sinal para eu deslizar para frente.
“Faça exatamente como eu disser.” Ele exigiu.
Eu concordei enquanto ele subia na moto atrás de mim. Suas mãos seguraram meus ombros e deslizaram para baixo até que seus dedos chegaram aos meus no guidão.
“Você tem que chutar para ligá-la.” Jacob apontou para uma pequena alavanca perto do meu pé.
“Eu não consigo”. Balancei a cabeça.
Jacob suspirou e se levantou atrás de mim. Ele deu partida na moto e mais uma vez ela rugiu para a vida.
Segui os movimentos de suas mãos sobre as minhas e sorri largamente quando eu percebi que estávamos em movimento.
As mãos de Jacob se moveram para meus quadris, seus polegares se enfiaram sob minha blusa e ele esfregou minha pele. Com as suas mãos em mim, era difícil me lembrar porque eu pensei que ele não me queria mais. Esta manhã foi um exagero no qual que eu nunca iria me colocar de novo. Jacob provou que ele era meu na garagem, e suas mãos em meus quadris e seu peito pressionado contra as minhas costas eram um lembrete daquilo. Relaxei meu corpo e prometi para mim mesma nunca mais duvidar do amor de Jacob por mim outra vez.
Nós paramos quando chegamos ao fim da estrada e eu desliguei a moto. Jacob ficou atrás de mim e me levantei, me virando para encará-lo. Sentei-me de novo com as pernas dobradas sobre as suas.
“Amo você, Jacob”. Sorri, correndo os dedos em seu peito.
“Eu também te amo, Ness.” Suas mãos recostaram-se suavemente em minhas bochechas. “Você pode ser honesta comigo?” Seus olhos escuros olharam profundamente nos meus.
“Claro.” Sussurrei, perdida em algum lugar em seus olhos.
“Por que você achou que eu não queria mais você?”
“Você nunca está perto de mim. Quando você me pediu para voltar para casa com você, eu não achei que isso significava que você iria me deixar aqui e partir.”
“Eu não acho que estaria… fora tanto assim. Confie em mim, eu não gosto disso tanto quanto você.”
Olhei para ele, confusa. “Então, pare de ir onde você tem que ir”.
“Eu preciso”.
“Você não precisa fazer nada, Jake”.
“Por agora preciso sim.”
Eu balancei a cabeça, aborrecida. Eu sabia que não estava chegando à lugar algum com ele. Ele não ia me dizer qualquer coisa.
“Quanto tempo mais você vai estar ocupado?” Perguntei-lhe.
“Não muito tempo mais. Espero.”
Concordei e inclinei-me nele.
“Venha, vamos descer até a praia.” Ele me beijou e me ajudou a me virar de volta na moto. Fomos para a praia, e Jacob saiu da moto, em seguida, pegou minha mão para me ajudar.
“Renesmee!” Claire e Alyssa acenaram de suas toalhas de banho. Não era um dia quente, mas elas passavam o tempo de shorts e camisetas.
Acenei de volta, percebendo Quil e Seth caminhando na direção delas com bebidas em suas mãos. De repente eu estava com ciúmes pelo fato de que esta é a forma como eles têm passado suas férias. Jacob pareceu notar a decepção em meu rosto e ele me puxou para seus braços.
“Eu te amo”. Ele sussurrou em meu ouvido, e eu sorri, relaxando.
“Oi, Nessie.” Seth me abraçou e Quil tocou minha bochecha.
“Oi”, eu sorri para os dois, mas joguei meus braços ao redor da cintura de Jacob. Por mais que eu queria sentar ao lado de Alyssa e Claire, eu queria mais Jacob.
“Vamos lá, Mano! Vamos jogar futebol”. Paul disse, correndo em nossa direção. “Oh, oi, Ness. Que bom finalmente ver você por aqui.” Paul encarou Jacob. Senti-me aliviada. Paul sabia o que Jacob estava fazendo e ele estava do meu lado. Ele não gostava disso também.
“Ok, entendi, eu sei.” Jacob me segurou mais apertado e eu não poderia ter estado mais feliz.
“Vá em frente. Vá jogar.” Eu beijei seu peito e olhei para ele.
“Você tem certeza? Posso sentar aqui com você- eu preferiria muito mais ficar aqui com você.”
“Eu sei, e esse fato torna tudo melhor.” Eu sorri e o empurrei para longe de mim. “Divirta-se.” Ele olhou para minha cara, procurando por um leve sinal que eu estava mentindo. Quando ele não encontrou nada ele me beijou e correu para jogar com os outros.
Sentei-me entre Alyssa e Claire. Elas continuaram a conversa que estavam tendo antes.
“Então, Seth concorda comigo. Eu só tenho que falar com meus pais agora. Isso é tão perigoso quanto correr no meio da interestadual.” Alyssa suspirou.
“O que você irá dizer para eles?” Eu perguntei.
“Bem, Seth e eu vamos nos casar quando eu fizer dezoito anos. Nós concordamos em ter um bebê. Então como eu vou ter dezoito anos e legalmente capaz de fazer minhas próprias decisões, vou exigir ser transformada.”
Minha boca se abriu com um estalo e eu olhei para ela. “Isso é apenas daqui a um ano.”
“Sim, mas é o que eu quero.”
“Alyssa, você sabe que não conseguirá ficar perto de seu marido e filho por um longo tempo?” Eu perguntei, minha voz ficando mais alta com o medo. Os olhos vermelhos selvagens de Derek apareceram em minha mente.
“Eu vou ficar bem. Eu sei no que estou me metendo. Falei com sua mãe sobre isso. Ela disse que isso a ajudou, saber em quem exatamente ela se tornaria quando ela fosse um vampiro. Acho que se eu me concentrar o suficiente eu poderia segurar meu bebê tão rápido quanto ela foi capaz de segurar você.”
“Bem, boa sorte com isso.” Claire disse, observando Quil correr para o seu lugar para começar o jogo.
“Quil e eu planejamos envelhecer juntos. Não há nada que ele queira mais do que nos ter rodeados por netos.” Vi o brilho nos olhos de Claire. Ela estava contente em ser humana. Eu gostava disso nela. Com todas as criaturas estranhas ao seu redor, ela estava feliz por ser quem ela é. Ao mesmo tempo eu não podia culpar Alyssa por querer ser um vampiro. Ela foi criada por eles e sabe que seus pais poderiam parecer um dia como seus filhos. Eu não sei se seria capaz de lidar com isso.
Eu estava contente de parar de crescer em breve. Mas aquilo me levou a pensar se eu seria ou não capaz de ter filhos. Eu sei como Jacob era comigo quando eu era pequena. Ele seria um grande pai, mas eu poderia dar isso à ele? Parte de mim queria que nos casássemos agora para podermos tentar. Eu tinha um ciclo menstrual normal, mas o que acontecerá quando eu parar de crescer? Eu vou ser como a minha mãe, tias e avó? Vou estar congelada no tempo?
Olhei para minhas mãos, tentando descobrir quanto tempo eu tinha até que eu parasse de crescer para sempre. Eu achava que tivesse pelo menos outro ano. Eu estava apenas com a idade do meu pai, e desde que ainda estava crescendo percebi que eu iria parar com a idade de minha mãe.
Ela era um ano – quase dois anos – mais velha que o meu pai. Nós ainda tínhamos tempo.
1 comentários:
sera que eles vao poder ter filhos?tomara!!!
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