Eu Te Amo - Capítulo 06

Com a mão que estava livre, acariciei seu corpo lentamente. Primeiro a barriga, a cintura, seu quadril, descendo até a coxa. Aproximei meu rosto de seu ouvido e sussurrei.

- Eu te amo, Bella.

Percebi um leve sorriso em seus lábios. Continuei com as carícias, mas decidi ousar um pouco mais. Passei os dedos entre suas coxas e subi até a virilha. Bella soltou um leve gemido e eu beijei seu pescoço.

- Edward, eu te amo – me doía ouvir aquilo. Eu a amava com todo o meu ser. E ela me amava também. E agora passávamos por aquela provação. Até que ponto Bella seria forte o suficiente para suportar aquela criança, metade semelhante a ela, metade semelhante a mim?

A apertei um pouco mais forte junto a mim, com completa ciência dos cuidados que eu deveria ter. A mão que estava em sua virilha passou rapidamente para sua calcinha. Ambos estávamos tensos, mas eu não demonstrei. Tudo que ela precisava naquele momento era de segurança. Devagar, aumentei as carícias. No mesmo ritmo, seus batimentos cardíacos e respiração também ficaram mais rápidos. Comecei a beijar seu pescoço deixando arrepiado cada lugar que encostava. Dei leves sugadas em sua pele. Bella cerrou os dentes para segurar a sensação que a atingia. Parei por um instante até que ela retomasse seu próprio controle.

- Você está bem? Quer que eu pare? - eu precisava ter certeza.

- Mais do que bem, na verdade – saiu ofegante.

Eu estava no caminho certo. Percebi em meus dedos gelados todo o prazer que ela estava sentindo. A acariciei intimamente e logo senti todo seu corpo tencionar. Eu não parei. Bella enterrou o rosto no travesseiro e um som incomum escapou de sua garganta. A apertei junto ao meu corpo, deixando-a saber que eu estava gostando tanto quanto ela.

Poucos minutos depois, Bella se virou, ainda fazendo um grande esforço, para me ver. Estava sorrindo. Abriu a minha camisa, botão por botão, lentamente. Eu apenas olhei. Deixei-a fazer o que sentisse vontade. Ela passou a mão por meu peito até abaixo de meu umbigo. Acompanhei sua mão com o olhar e estremeci quando ela parou no cós de minha calça. Ela estava me testando. A olhei com um sorriso no rosto. Ela retribuiu.

- Que bom que você está aqui - Bella acrescentou.

Por outro lado, eu estava ouvindo uma discussão na sala. Tão baixa que duvido que Bella pudesse desconfiar de alguma coisa.

- Rosalie, Edward sabe o que está fazendo! – Emmett argumentou.

- Me solte, Emmett, ou vou arrancar a sua mão.

- Eles são casados. Você não vai se intrometer! – agora Emmett parecia bravo. – Vamos com os outros. Agora!

E o silêncio voltou. Todos tinham saído e deixado a casa para nós dois. Bella chamou minha atenção. – Onde estão seus pensamentos?

- Bem aqui.

Mesmo com aquela barriga enorme entre nós, me curvei de modo a beijá-la sem que ela precisasse se esticar até mim. Foi um beijo sério. Intenso. Como se fosse o primeiro – ou o último. E agora? Acabei de tirar minha camisa e a joguei no chão. Bella sempre gostou de me ver assim. Ela interrompeu o beijo para me admirar. Me ajoelhei na cama e ela se virou para cima, sempre me acompanhando com o olhar.

- Onde você vai? – ela estava tão apreensiva quanto eu. É claro que as motivações eram diferentes.

Desde que sua gravidez tinha um ritmo muito acelerado, Bella passou a usar meus abrigos de moletom. Comecei a despi-la. Primeiro a blusa. E então vi sua barriga cheia de marcas. Senti um nó na garganta, como se eu pudesse chorar. Lembrei que não era hora de pensar nisso. Me esforcei. Abaixei meu rosto até sua barriga e a beijei. Beijei cada parte daquele invólucro que guardava um monstro como eu. Que tiraria a vida da mulher que eu amo. Havia um sorriso no rosto dela. De certo, Bella pensava que eu tinha adotado outra postura com relação ao que sentia pelo feto. Ela estava tão enganada. Eu fazia tudo aquilo apenas por ela. Por mais ninguém.

Ela puxou meu rosto em direção ao seu e me beijou novamente. Tomei cuidado para não deixar que o peso de meu corpo a machucasse, apertasse a barriga. Permaneci apoiado em minhas mãos, praticamente tocando-a apenas com os lábios. Pude beijá-la no pescoço e no ombro. Então tirei sua calça, sempre sob seus olhares. Quando minhas mãos geladas tocaram sua pele, ela arrepiou.

- Obrigada.

- Por quê? – eu não sabia do que ela estava falando.

- Por ir devagar.

Sorri e voltei a me deitar na cama. Bella ficou de lado novamente. Percebi que era a posição mais confortável para ela, quando o bebê não a pressionava tanto. Também retomei minha posição. Me encostei em seu corpo, colocando meu braço por baixo de seu pescoço e puxando-a para junto de mim.

Abri os botões de minha calça. Passei a mão em sua coxa e afastei suas pernas delicadamente.

- Deixa eu entrar aí um pouquinho? – sussurrei em seu ouvido. Bella relaxou.

Agora sim começaria a parte mais difícil para mim. Me concentrei em não fazer movimentos bruscos e usar minha força. Tinha que ser tudo com muito cuidado.

Bella fechou os olhos quando me sentiu, invadindo-a. Seu coração disparou e sua respiração foi alta e profunda. Parei por um instante. – Está doendo?

- Não. A sensação é tão boa.

Sorri com alívio e beijei sua bochecha. Retomei de onde havia parado, bem devagar.

Parecia como em nossa noite de núpcias. As duas situações tão iguais e tão diferentes. Há um mês, eu tinha de tomar cuidado para não machucá-la. Agora, eu tinha de tomar cuidado para não machucá-la por causa do bebê.

Me movimentei tão lentamente quanto eu conseguia. O ritmo tranquilo e constante de nossos corpos gerou uma sensação incrível. Mas eu não podia me permitir sentir isso. Me tiraria a concentração e seria perigoso demais. Parei de mexer novamente. Bella protestou. – Por que você parou, Edward?

- Desculpe, meu amor – eu disse suavemente em seu ouvido.

Senti sua mão em minha cintura, me puxando em direção ao seu corpo, enquanto tentava substituir meus movimentos por si. Eu já havia retomado minha concentração. Podia satisfazê-la sem medo. Recomecei e não parei até que Bella gemeu prolongadamente. Fiquei feliz ao saber que ela tinha aproveitado. No final das contas, foi bom para mim também. Não tanto quanto para ela, mas valeu a pena. Eu ainda estava dentro dela, sentindo as reações que o prazer lhe causava e ouvindo sua respiração. Ela estava tão cansada que eu não tive coragem de perguntar se queria mais.

- Acho que você deveria dormir - sussurrei.

Me afastei um pouco de seu corpo, puxando a colcha da cama por cima dela.

- Me ajuda a tomar um banho?

- Não prefere esperar por Rose ou Esme?

- Você é meu marido. Quero tomar banho com você, Edward – ela pareceu ofendida.

- Ok. Só me dê um minuto.

Disparei para o banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água quente escorrer bastante até que o vapor fizesse o ambiente mais quente. Voltei para o quarto e a vi se sentar com bastante dificuldade na cama. A peguei em meus braços com cuidado para não balançá-la. Quando chegamos ao banheiro, a pus em pé. Ela caminhou até ficar totalmente embaixo da água e fechou os olhos. Bella estava de costas, apoiando-se na parede. Pus as mãos em seus ombros e comecei a massageá-la. Ela estava tão tensa. A água quente a ajudou a relaxar. Peguei o sabonete e passei por cada parte de seu corpo. Acariciei sua barriga. Bella olhou em meus olhos.

- Agora que você sabe que não vai me machucar, vai passar mais noites comigo? – havia uma leve satisfação em seus lábios.

- Noites e dias, se você me quiser.

- Eu sempre quero, Edward. Eu te amo, esqueceu?

- Jamais.

- Você se controlou tanto hoje – ela acariciou meu rosto.

- Eu não queria te machucar – eu estava ficando deprimido.

- Eu tinha certeza que você não iria me machucar.

- Só porque eu te amo tanto.

Eu a beijei. Durante o beijo ouvi os outros voltando para casa.

Eu sabia que minha mulher estava muito feliz e era a única coisa que me importava. Talvez eu só tivesse poucos dias com Bella e meu único objetivo era fazê-la feliz. Com o resto eu lidaria depois.

FIM.