[Jasper]
Mystic Falls. Cidadezinha pequena, assim como Forks, apesar de ser mais tradicional. Nada chamativo ou interessante, que me faria mudar para cá...
Muitas casas tinham estruturas antigas, de mais ou menos, hmmm... 1800 e alguma coisa. Talvez, 1880. Enfim, a época em que eu ainda era humano. Contudo, isso era a única coisa que eu achava interessante, bonito.
Comecei a andar pela cidade. Estava sendo difícil encontrar alguém, então resolvi entrar em algum estabelecimento. O mais próximo era um... bar, pelo que eu percebo, e se chamava Mystic Grill. Sem graça por fora e ainda tinha um nome sem criatividade, assim como todos os outros bares...
Entrei esperando que ninguém notasse que eu era visitante por aqui. O que não deu certo, pois logo que entrei, vi várias cabeças se entortarem todas para me olhar. Fui andando e todos foram me seguindo. Aquilo estava sendo desconfortável.
Parei no balcão para pedir informações a uma mulher de cabelos escuros, mas uma senhorita loira veio até mim.
- Oi, você é de onde?
- Como sabe... Enfim, deixa pra lá. Sou de Forks, Washington. Me chamo Jasper Whitlock. A senhorita é...?
- Nossa, senhorita... - ela deu uma risadinha orgulhosa. Ela me lembrou Jéssica, a fofoqueira da escola. - Sou Caroline Forbes. O que traz um viajante aqui?
Outra senhorita, de cabelos cor de chocolate, veio até mim. Na verdade, ela veio atrás da loira.
- Caroline, quem é o moço? Conhece ele?
- Conheci agora. Ele é Jasper, né?
- Jasper Whitlock. Muito prazer, senhorita...? - disse estendendo a mão para cumprimentá-la – eu estava de luva. Isso me ajudava a me manter contato com os humanos sem arrancar suspeitas...
A morena ficou sem graça, mas Caroline começou a sentir ciúmes. Ela realmente me lembrava a Jéssica. Deviam ser parentes...
- Bonnie Bennett.
- Bennett, muito prazer.
Bonnie era uma pessoa de bom coração, ao contrário de Caroline.
- Ele é de Forks.
- Nossa, de Washington? Você veio de longe para cá. O que procura aqui? - Bonnie ficou curiosa.
- Vocês sabem onde fica a casa dos Salvatore?
- Sim, sei, sim... - Caroline respondeu animada, mas a falta de reação em Bonnie me deixou preocupado. Ela mesma estava preocupada.
- Algum problema, Bonnie?
- Não, é só que... Enfim, esquece...
- Está tudo bem, pode falar. Eu sei que é estranho falar com estranhos, mas eu posso dizer com a maior sinceridade que sou confiável! – disse isso já a manipulando, mesmo que não a tocasse. Caroline acabou sendo influenciada também.
- Eu posso te levar lá, sabe?! Não é difícil de chegar lá. Todo mundo conhece os Salvatore aqui! - Caroline começou a tagarelar, mas um moço loiro chegou e a segurou pela cintura.
- Oi. Quem é o novo perdido por aqui meninas?
- Jasper Whitlock. Ele veio de Forks, Washington, e está procurando pelos Salvatore - Caroline respondeu.
- Ah, muito prazer, cara. Sou Matt Donovan, e namorado de Caroline – o cumprimentei e então ele retomou a falar, agora com sua namorada. - Sua mãe ligou pedindo que você fosse para casa para provar umas roupas que você tinha mandado fazer. Ela também disse que ligou no seu celular, mas você não a atendeu!
- Ai... Nossa, eu deixei no silencioso. Me esqueci!
- Então vai lá fazer o que precisa!
- Ok. Te ligo depois...
Eles se despediram, ela se foi, sem nem dizer tchau para mim, e o Matt foi atender uma mesa – ele era garçom, acho... Caroline devia estar bêbada, e Matt também. Afinal, como é que alguém consegue aguentar uma mulher como ela? Assim, tão... tão... Ok, não vou falar mal das pessoas que nem conheço.
Mas não gostei dela. Pronto! Falei!
- Quer sentar? - Bonnie perguntou.
- Claro.
Fomos até uma mesa e ficamos ali conversando. Bonnie pegou uma xícara de chá para beber e ficou me contando sobre a história da cidade, dos Salvatore e das demais famílias fundadoras da cidade.
Ao terminar, depois de quase meia hora, ela recebeu um telefonema de sua mãe.
- Me desculpe, Jasper, foi ótima a conversa, mas tenho que voltar para casa. Tenho que ajudar minha mãe com as compras do mês...
- Está tudo bem, muito obrigado por ficar aqui me contando de tudo. Foi ótimo saber das coisas por aqui.
- De nada. Vou só pagar e já vou então...
- Não, que isso! Deixe por minha conta! Fui eu quem a prendi aqui contando histórias, eu pago!
- Ah, ok. obrigada. Você é muito cavalheiro, sabe, e muito misterioso. Mesmo assim, gostei de você! Você parece ser uma boa pessoa!
- Obrigado. Você também. Os dois...
- Os dois?
- Misteriosa e boa pessoa!
- Ah... bem, se eu te contasse uma coisa, você não iria acreditar...
- Ok, você também não acreditaria se eu te contasse...
- Então está tudo bem - ela disse rindo, - preciso ir para casa, pois, com minha mãe, não tenho chance com esse lance de mistério!
- Ok, obrigado, mais uma vez...
Ela foi embora e então fui pagar a conta. Matt, o rapaz loiro, me atendeu.
- Não tomou nada?
- Não, apenas Bonnie.
- Ok. - Ele fez a conta na máquina. - São dois dólares.
Paguei, e então puxei assunto.
- Demora muito para chegar na casa dos Salvatore?
- Não, fica perto daqui. Aliás... eles vieram esses dias aqui. Quer dizer, eles vem sempre aqui, principalmente Damon, mas teve uns dias que ele ficou sumido.
Ah... Além de tarado é bêbado...
- Eles dois vieram ontem aqui com a irmã deles, a Alice. Eu não me lembrava dela, para falar a verdade, mas ela me pareceu ser uma moça legal. Ela só ficou triste algumas horas, e ficou conversando um tempo com o Stefan, mas fora isso, ela estava bem animada com a sinuca. Conhece ela?
- Sim, estudei com ela...
- Ah tá...
- O quão longe é daqui a casa deles?
- Faz o seguinte: assim que sair daqui, você desce quatro quarteirões. Esta rua sobe, então você vira para a esquerda e desce logo a próxima, que é a rua que passa aqui atrás do bar. Você desce quatro quarteirões, vira para a direita e segue por mais três quarteirões. Não tem como errar!
- Ok, desce quatro, vira à direita e segue mais três...
- Sim. A casa é bem antiga e tem pedras na entrada. Fica ao lado de um grande jardim.
- Ok, Matt, esse é o seu nome, não?!
- Sim.
- Muito obrigado.
Ele agradeceu e então saí de lá. Fiz o percurso que ele tinha me passado, e então encontrei a casa dos Salvatore. Ela era realmente antiga, e as pedras davam um charme à estrutura da época.
Antes de sair do carro, mandei algumas mensagens contando tudo o que havia acontecido até o momento para Edward. Saí de lá e fui em direção a porta. Bati e então um rapaz de cabelos loiros escuros atendeu.
- O que deseja?
- Stefan Salvatore?
- Sim.
- Sou Jasper Whitlock.
- Ah, sim, entre!
Entrei e vi que o estilo antigo não estava apenas na fachada da casa, mas por dentro também.
- Gosta do estilo?
- Sim, é do meu tempo. 1800 e pouco, não?!
- É... - ele disse pensativo. - Essa casa data de 1920 para falar a verdade, mas a casa onde eu morava quando humano, foi destruída. Ficou em ruínas...
- Que pena! A casa onde morava quando humano continua intacta. Consegui fazer com que a prefeitura a transformasse em patrimônio histórico, e a reformasse.
- Legal, mas não tive tempo para isso. Quando me transformei em vampiro, tive de dar prioridades à muitas coisas que eram distantes dos meus bens familiares. Por sorte, nossa família é uma das fundadoras da cidade, então essa casa aqui conseguiu ficar inteira até hoje...
- É... Conheci Bonnie em um bar e ela me contou sobre as famílias fundadoras, a origem da cidade e tudo mais...
- Jura? O que mais descobriu?
- Que Bonnie é uma boa pessoa, ou pelo menos aparenta ser, que Caroline é uma tagarela, mas acho que ela devia estar bêbada, e que Matt é um cara com boa localização de sua casa!
- É, bem, Caroline já foi um pequeno probleminha para nós há um tempo, mas agora está tudo resolvido... Gostou de Bonnie?
- Bem, sim...
- Ela é uma bruxa!
- Bruxa?
- Sim.
- Nem vem... Todos sabem que bruxas não existem!
- E vampiros também, não é?!
Ops...
- Ah... Ela não tem cara de bruxa!
- Não, mas ela é muito legal, apesar de estar um pouco chateada conosco!
- Damon?
- Não, acho que comigo e Elena.
- Por quê? O que vocês fizeram de tão mal assim?
- Bem, havia uma tumba em que os vampiros foram trancafiados lá, mas Damon fez com que eu convencesse Bonnie e sua avó a retirar a proteção mágica da porta para que ele pudesse entrar e procurar Katherine, uma vampira que ele gostava, e que também tinha transformado nós dois.
- Mas o que isso tem de mal?
- A porta não foi selada por completo. As duas perderam as forças na metade, mas acreditaram ter acabado. A avó de Bonnie acabou ficando sem forças e veio a falecer. Bonnie ficou muito chateada com tudo. E ainda por cima, para piorar a situação, a porta mal selada acabou deixando que os outros vampiros saíssem livres.
- É... bem, vocês fizeram mal mesmo à ela...
- Eu sei...
Paramos e fiquei olhando a casa em silêncio. Após alguns minutos, resolvi perguntar o que realmente me interessava.
- Alice... está?
- Não, ela ainda está fora com Elena. Damon foi buscá-las nas compras...
- Hmmm... Se importa se eu esperar até que ela volte?
- Claro que não. Aliás, quer conhecer a casa, enquanto isso?
- Bem... Sim!
Ele me levou a todos os cantos da casa, que era enorme, só não me mostrou o que havia dentro de uma porta de ferro.
- O que há lá dentro?
- Verbena!
- Por que vocês mantêm verbena aqui embaixo?
- Porque temos de manter nossa máscara de pessoas boas, e não vampiros na cidade!
- Como assim? - fiquei confuso. Eles se fantasiavam com a florzinha?
- Cara, verbena faz mal a nós, vampiros!
- Ah, cara, deixe de brincadeira!
- Lógico que faz! – Stefan era um cara engraçado.
- Você é o primeiro vampiro com alergia que eu conheço!
- Não tenho alergia, é que...
- Então qual o problema? São só flores! – eu teria de mandar um torpedo comentando isso para Emmett...
- Claro que não! Você já se esqueceu? Vampiros se enfraquecem com verbena, e perdemos até o nosso poder...
- Ah, Stefan, largue de ser marica!
Abri aporta e fui até a plantinha. Ela era inofensiva! Por que ele tinha tanto medo da planta?
- Por que em você não faz efeito algum?
- Simples, porque ela não deve fazer efeito nenhum!
Stefan tentou entrar na salinha, mas caiu e ficou de joelhos no chão. Ele começou a respirar com dificuldade, então percebi que ele estava falando a verdade. A maldita da verbena fazia mal para ele, pelo menos... Mas então por que diabos ele mantinha essas coisas na própria casa? Isso devia ser armadilha do irmão, Damon!
Com uma dorzinha e se sentindo fraco, ele não conseguiu se levantar. Fui até ele e puxei para cima de meus ombros. Cambaleando, subi as escadas com ele quase de pé.
Não tive tempo para deixá-lo sob o sofá, pois Damon, o idiota, uma morena de cabelos longos e... Alice, tinham chegado.
- Stefan! - a moça, provavelmente Elena, veio até ele. - Está tudo bem?
- Sim, ele só chegou perto demais da verbena!
- Stefan, você passa mal com uma plantinha como essa? Verbena? - Alice o indagou. Elena ajudou-o a sentar, e então ele conseguiu falar algo.
- Elena – sim, a moça era realmente Elena, – está tudo bem! Só vá fechar a porta que ficou aberta, ok?!
Ela obedeceu e desceu as escadas. Damon apenas ficou me encarando desafiadoramente. Alice estava se sentindo mal, estava triste. Seus sedosos cabelos nem estavam mais espetadinhos. Eu nem ligava mais para Damon, só para Alice, que estava ali na minha frente. Ela não estava bem como Stefan tinha me dito por telefone!
- Alice, você está bem?
- Sim, estou! - ela disse incerta.
- Não, não está, não, Jasper. Conversei com ela ontem no bar, e ela quase chorou falando sobre os seus problemas. Acho que ela estava com vergonha, então não chorou, mas percebi que seus olhos estavam até um pouco vermelhos...
- Stefan, na verdade... - ela começou a se explicar confusa.
- Não, não precisa ficar com vergonha. Pode admitir, está tudo bem... – o cara devia estar mesmo mal por causa da verbena. Ele não via que ela não estava com vergonha e também não lembrava que ela não pode chorar...
Mas... Meu amor estava prestes a chorar ontem! Ok, ela não pode chorar, nós não conseguimos, mas Stefan era um cara estranho, então o deixei pensar que ela podia...
- Stefan... Olha, na verdade...
- Alice, não precisa ficar escondendo seus sentimentos. Abra seu coraçãozinho para seu marido, vocês são um casal e precisam conversar, sabe... Vai, diz tudo o que você está sentindo!
Ahn... Será que ele não sabe que ela não precisa me contar esse tipo de coisa?
- Stefan... err...
- Jasper, me escuta - ele parecia a Rose falando com o Emmett, - vocês precisam conversar!
- Sim, eu concordo com isso...
- Então vão conversar...
- Mas, a respeito dos sentimentos, não é necessário!
- Como não, Jasper?! É lógico que é necessário!
- Jasper tem o dom de controlar os sentimentos. Ele sabe o que eu estou sentindo agora, da mesma forma que sabe o que você e os outros também estão sentindo! - Alice me ajudou, acho que estávamos começando a nos dar bem...
A sintonia estava voltando, pelo menos...
- Ah, é?! - ele ficou confuso. Não só ele, mas como Elena e o tarado também, mas só ele falou algo. Isso foi engraçado, então comecei a rir. Alice não se aguentou e começou a rir também.
- Por que vocês estão rindo? - Elena perguntou, nessa hora ela me lembrava tanto a Bella. Quem sabe, se elas se conhecerem, elas não se tornem amigas?
- Por nada, Elena. Desculpe... - Alice se desculpou, mas ainda se divertia. Eles sabiam tão pouco de nós, e se achavam tão iguais...
- Oh, que lindo esta cena... Que vontade de chorar... Estou quase chorando! - o tarado resolveu estragar a energia positiva da sala.
Espere, o que ele disse? Quase chorando? Por que quase? Ele já brincou tanto comigo, por que não brincar um pouquinho com ele também?
Fui até ele me fazendo de distraído olhando para os objetos da sala. Alice teve uma visão, mas eu sabia do se tratava.
Ela sabia o que eu iria fazer, então se sentou ao lado de Stefan, e fez sinal para que Elena sentasse junto. Aquela seria uma cena e tanto... Que pena não ter pensado nisso antes e ter emprestado a gravadora de Emmett!
Ele ficou apenas me olhando confuso. Deveria estar me achando louco para chegar perto dele assim, sem mais, nem menos. Coloquei minha mão em seu ombro, como quem quer dar apenas um conselho amigável.
- Damon, não fique apenas na vontade!
Manipulei suas emoções e ele, simplesmente, saiu do encontro de minha mão e se sentou no sofá com o rosto entre as mãos. Olhei para trás e vi que Elena e Stefan olhavam sem entender, mas a minha fadinha segurava um riso. Ela sabia o que tinha acontecido.
Poucos segundos depois, todos perceberam o que estava acontecendo: soluços. Damon estava chorando. Stefan ficou perplexo – essa devia ser a primeira vez que via o irmão chorar após séculos – enquanto Elena apenas olhava sem saber o que fazer.
- Pronto! - concluí a cena, e fui em direção a Alice. - Acho que precisamos conversar!
- Não, eu acho que nem precisamos, por que eu sei que fui uma tola pedindo para que queimasse o seu diário. Compreendo que não tem nada da... você-sabe-quem lá.
- Fui para Houston! - mudei de assunto, eu não gostava dela falando de Maria, mesmo que fosse mal. Não por motivos sentimentais, mas por lógicos... Maria não é e nunca foi algo para mim de verdade. Tudo não passou de ilusão. Só havia Alice em meu mundo! O que aconteceu antes foi tudo escuridão. Ela sabia disso!
Por que mulheres são tão difíceis de compreender? Mais de 160 anos se passaram e eu ainda tenho problemas com mulheres...
- Oh... - ela se surpreendeu.
- E eu descobri o que você fez. Voltei correndo para casa querendo queimar o maldito diário e você tinha sumido!
- Eu sei. Me desculpe, mas é que... Não sei, eu não estava agindo como se fosse eu mesma, sabe... Eu estava... estranha... fora de si! Me desculpe, Jasper. Eu percebi o quão errada eu fui...
- Tudo bem, está perdoada, e sempre estará, não importa o que aconteça... ou quem apareça! - disse dando uma olhada de canto para o tarado, que nos encarava desafiadoramente. - Eu havia prometido ficar junto de você e protegê-la para sempre. Sei que falhei, mas prometo nunca mais errar!
- Você não errou, Jazz...
- Alice, está tudo bem agora, ok?! Não se sinta assim! Assim tão triste, tão arrependida. Você não é assim, meu amor! Vai, comece a saltitar toda feliz. Você é assim! O meu Sol particular!
- É que... bem...
- Está tudo bem, tudo bem! - tentei a confortar, o que deu certo. E há de se ressaltar que nem foi preciso controlar as suas emoções, até por que prefiro não fazer isso mesmo!
Nos abraçamos e então fiz questão de puxar seu delicado rosto para perto do meu, sem me preocupar com Elena, Stefan ou o tarado. Fiz questão de beijá-la na frente de todos.
Após esse momento ‘felizes para sempre’, nos viramos para Stefan e Elena, que ainda estavam no sofá ali ao nosso lado.
- Bem, agora que está tudo certo entre vocês, Jasper e Alice, querem conhecer a parte superior da casa? - Stefan ofereceu.
Olhei para minha fadinha.
- Eu só conheci a parte de baixo, e você?
- Conheci só algumas partes... As que Elena me levou.
- Bom, então acho que não faria mal se conhecêssemos...
- Sim, claro... - Stefan se levantou e Elena foi ao seu lado. - Vamos? - ele nos chamou.
Fomos seguindo-os pelos cantos da casa antiga. Alice adorou o passeio, e foi me dizendo que iria detalhar tudo o que tinha visto aqui para Esme quando chegarmos em casa, para que ela faça o mesmo.
Acabamos o passeio, e então voltamos na sala. Damon continuava lá no sofá, mas agora encarava o fogo queimar a lenha na lareira.
- Acho que está na hora de irmos, Alice!
- Sim, também acho...
Agradecemos a Stefan por toda a hospitalidade, e então quando estávamos quase indo embora, Elena veio gritando em nossa direção.
- As sacolas!!! - Ela parou sem fôlego e entregou as sacolas a Alice, que as pegou e ficou olhando meio que de lado.
- Elena, querida, pode ficar com elas. Elas são de strech, e cabem perfeitamente em você. A única coisa que pode acontecer é elas ficarem curtas...
- Mas... você já pagou tudo!
- Ah, Elena, por favor, né... - minha fadinha fez desdém, ela ficava linda assim. Não pude reprimir uma risadinha, o que ela percebeu e veio até mim me abraçar novamente.
Stefan veio ao encalço de Elena, que continuava confusa olhando para as sacolas.
- Voltem sempre que quiserem. São bem vindos aqui!
- Obrigado, Stefan - o cumprimentei mais uma vez.
Entramos no Volvo de Edward, dei a partida, e então me ocorreu algo.
- Stefan e Elena, vocês não estão cansados daquilo ali? – apontei para a porta da casa. Damon continuava lá dentro.
- Bem, para falar a verdade... - Stefan começou, mas não continuou.
- Ok, eu sei a resposta... - lhe garanti. - Vocês vão à escola?
- Sim.
- Vocês ligam de faltar alguns dias?
- Por quê? - Elena me indagou confusa.
- Que tal, Elena, fazer mais compras com nossa outra irmã, Rosalie? E você, Stefan, que acha de conhecer o pai e filho das assediadas por Damon? Ele gosta de carros também... - propus.
- Assim como Rosalie! - minha fadinha me completou.
- Bem... O que acha? - Stefan perguntou a Elena, mas ele estava empolgado, e ela também estava animada. Duvido que eles negariam o convite...
- Eu acho que só preciso avisar minha tia Jenna.
- Então, podemos mesmo? - Stefan disse mais animado ainda.
- Claro!
- Eu vou só pegar uma peça de roupa ou outra e já volto.
- Depois podemos passar na minha casa, Jasper?
- Claro!
- Ah, Elena, faz favor... Chama o Stefan vai!
- Por quê?
- Chama ele!
- Stefaaan!!!
Ele voltou apressado.
- O que houve?
- Entrem vocês dois aqui logo!
- Mas...
- Depois nós compramos roupas!
- Mas, e o resto?
- O resto a gente também compra! Entra logo no carro! - Alice disse também animada, o que era comum em dias normais...
- Mas...
- Tem certeza?
- Sim, entra logo no carro do Edward vocês dois! – eles só ficaram olhando incertos. - Não me façam ir até vocês aí fora! – eles continuavam se olhando. - Ok, não me faça fazer com que Jasper vá aí fora!
Essa foi boa, fadinha!
Eles nos encararam, e então Alice desligou o carro. Saí, me escorei na lateral do carro e fiquei olhando para eles. De repente, Stefan pediu licença para mim, ele precisava abrir a porta para que Elena entrasse, e ele logo após ela.
Entrei contente no carro, e Alice me olhava estupendamente graciosa.
- Vamos, Jazz... Precisamos passar em algum shopping, que essas minhas roupas estão sujas!
- Sujas?
- Sim, eu me esbarrei naquelas coisas antigas lá no sótão...
- Ah... desculpe, Alice - era Stefan.
- Tudo bem, Stefan, Alice adora fazer compras... Não é amor?
- Claro! Aliás, tem Tiffany’s aqui por perto? Ou Victoria’s Secret? - Alice perguntou à Elena.
- Só se for em cidades maiores!
- Jazz, pegue a estrada federal, que depois nós vamos fazer alguma parada em algum shopping grande!
- Sim, mas antes vamos só parar na casa da Elena para que ela fale com sua tia. Avise que está saindo de viagem conosco!
- Aff... Ok, mas nada de pegar muitas roupas, tá?! - Alice disse para Elena, que simplesmente concordou.
Em menos de dez minutos já estávamos na estrada. O Volvo prateado com o tanque cheio, Alice no banco ao meu lado voltando para casa, e Stefan e Elena nos bancos de trás ansiosos por conhecer nossa casa em Forks.
No caminho, é claro que tivemos que fazer uma pausa para as compras de Alice, e Stefan e eu ficamos carregando as compras de cada uma delas, então aproveitei para atiçar a curiosidade dele. Fui falando dos lobos, de nossa família, dos vampiros que conhecíamos... De tudo.
3 comentários:
adorei esse capitulo, posta logo
amei esse cap.!
tadinho do Damon deixaram ele sozinho!!! ele foi legal
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