A Patricinha de Forks - Capítulo 03: Os Novatos

Mais um ano letivo está começando, e isso significa: fim da alegria das férias... Muitas pessoas amam a volta às aulas... Minha mãe adora porque eu não fico em casa ou gastando dinheiro por aí, os lojistas adoram porque lucram com os materiais e com roupas...

Eu? Odeio!!!

A única coisa boa é poder ver todos da cidade no mesmo local novamente... Todos os dias verei os meu colegas... Ok, em uma cidade tão grande como Forks, a gente se vê por aí quase todo dia sem motivo para nada, mas agora, os verei na sala de aula.

Apesar de tudo, faz uns dias que não falo com a Ângela ainda... Isso é um milagre!

Esse “tempinho” se deve à estadia da “certinha” da minha prima de La Push, apesar dela não morar mais lá já faz uns três anos – pois ela saiu para fazer faculdade em algum lugar que não me interessa...

Ela se acha “a tal”, e que tudo o que faz é sempre o correto. Só existe uma verdade com ela, e essa verdade é a que ela escolher...

Tipinho difícil de conviver diariamente...

O único lugar que nos damos bem é nos shoppings fazendo compras... Roupas, sapatos, bijous... Ah, não tem algo que passe por nós!

Mas ela foi embora para a faculdade, e cá estou eu, procurando pela porcaria da minha bota de camurça caramelo. Onde é que ela foi se parar, inferno!!!

Olhei embaixo da cama, embaixo da minha penteadeira, do guarda roupa – que é aquele suspenso –, nas caixas de sapatos grandes e nas pequenas, no meio da zona das minhas roupas bagunçadas dentro do guarda roupa, no meio da zona das minhas roupas bagunçadas fora do guarda roupa, no cestinho de roupa suja...

Ai meu Deus... Acho que terei de ir à escola descalça mesmo!

De tanta raiva, bati a porta do meu quarto. Vuoi lá!!!

Lá estava a minha querida bota... Ela estava ali me olhando como se gritasse: “Me use! Me tire daqui! Estou num canto todo empoeirado!”

Bom, pelo menos ela pode me dizer como alguém se sente quando é deixado de lado, ou de canto... Literalmente...

Calcei-a, peguei meu cachecol em tom degradê de chocolate e o enrolei no pescoço. Algumas gotinhas de perfuminho, algumas batidinhas para afofar as ondas de meus cabelos e então eu já estaria pronta.

Peguei meu casaco e desci correndo as escadas. Minha mãe já tinha saído, mas tinha preparado um delicioso café da manhã com torradas, geleia de morango e suco de laranja.

Ok, não estava tão delicioso assim, mas já dava para dar uma “forrada” no estômago.

Comi meio que sem sentir o gosto que eles tinham e corri pegar a chave – ah, sim, porque eu tirei a licença para dirigir neste verão... Ah que delícia poder sentar no banco do motorista sabendo que você vai realmente ligá-lo e dirigir, sentir o vento batendo em meu cabelo, a sensação de liberdade, a sensação de que... posso voar, e que sou adulta o suficiente para fazer o que eu bem entender!

Entrei em meu carro e joguei o meu material no banco do passageiro. Dei a partida e já engatei a ré. Como não olhei antes no retrovisor, quase atropelei alguém... ou alguma coisa... Sei lá, só sei que não matei ninguém ainda!

Aumentei o som do carro e comecei a acompanhar a cantora – que cantava muito mal, aliás...

Tempo depois, estacionei meu carro no estacionamento da escola. Muitos chegavam acompanhados de seus amigos, enquanto outros chegavam e ficavam andando como baratinhas perdidas na claridade – o modo que eu devia aparentar no ano passado... Aff...

“Bu!”

Ok... Eu mataria a Ângela qualquer dia desses... De preferência, antes que ela me mate!

“Você me assustou!”

“Ah, mas é só porque você estava tão distraída... Foi na Lua e voltou?!”

“Correção: fui na Lua e fui obrigada a voltar!”

“Ah, ok, ok... E aí, ansiosa pelas aulas?!”

“Como você? Definitivamente não!!!”

Rimos alguns segundos antes dos meninos darem as caras para nós...

“E aí meninas? Prontas para o novo ano?” era o Eric.

“Ah cara, nem vem... Prontas para muita bagunça?” esse era o fofo do Mike, que além de fofo era muito lento, porque até hoje não tinha entendido que eu estava a fim dele!

“Quando vai ser a nossa primeira festa?!” era Tyler...

“Ah gente, acho que está meio cedo já para as nossas festas, né...”

“Ah Ângela, festa nunca é demais!” – corrigi ela... O sinal tocou. “Mas eu tenho certeza de que se não formos bem nas aulas, minha mãe vai me matar!”

“Ah, relaxa vai Jess!”

“Tyler... Hello?! Acorda! Agora se os pais querem ver o boletim dos alunos, eles podem ver! Se eles querem saber da nossa freqüência e participação nas aulas, eles vão saber!”

“Ah, mas você se preocupa com isso?”

“É lógico!”

“Ah, Jess, eu não ligaria pra isso, heim!!”

“Não, Mike?! Jura?!” – own, que fofinho!

“Não, claro que não!!!”

“Jess, não dê ouvidos a eles...” a Ângela me puxou. “Vamos logo pra sala antes que o professor chegue antes!”

No caminho encontramos com Lauren. Nós três teríamos as mesmas aulas, as quatro primeiras de segunda, as duas últimas de quarta e as duas primeiras de quinta e sexta... Nossa, acho que nunca tive tantas aulas com elas!

Em todo caso, eu não estava preocupada com isso.

Entramos na sala e a aula de Química foi a mesma de sempre: uma porcaria. Fomos então para o refeitório pegar algo, e depois já tomamos rumo para a sala de Inglês. Lá, eu pude ver quem eu estava procurando.

Ele era lindo! Perfeito! Um completo deus grego! Literalmente, um deus grego... Bem daqueles de estátuas bem esculpidas de museu... A janela ao seu lado estava aberta, e o vento que assoprava de lá de fora, balançava de leve os seus finos cabelos cor de bronze...

Acho que ele percebeu que eu tinha parado no meio do caminho e estava olhando para ele, porque ele olhou bem em minha direção. Na hora, senti um arrepio percorrer pelo meu braço, mas não liguei muito.

Ele era lindo! Quem se importava com arrepios quando se estava com um cara lindo na sua frente?! Reflexos involuntários só servem para atrapalhar na hora da paquera!

Ângela me deu um cutucão com o cotovelo, então me obriguei a sair do meio do caminho... Um tumulto já estava se tornando, e eu estava sendo o centro das atenções... Não que eu não seja normalmente...

Me sentei do outro lado da sala, ao lado da carteira que a Ângela tinha escolhido para nós dividirmos. Era uma pena estarmos tão longe da carteira daquele moço!

Quando nos acomodamos, a sala toda ficou em silêncio, o professor começou com o “blá blá blá” de sempre, que era o que ele chamava de boas vindas!

Depois de toda a falação, ele nos entregou os materiais e começou a fazer a chamada. Respondi, mas percebi que o moço não respondeu quando seu nome foi chamado. Aliás, seu nome não foi chamado.

“E nós temos novos alunos, não?! Seus nomes, por favor...”

“Edward Cullen, senhor” – Ah. Meu. Deus. Que. Voz.

“E você?!”

“Jasper Hale, senhor” – nossa, tinha alguém do lado dele? Juro que nem tinha notado...

“Ok” ele disse adicionando na lista dos alunos. “Vocês são novos por aqui, na região?!”

“Sim, senhor.”

“Vocês vieram de onde?”

“Do Alasca” – nossa... Fofoca quente!

“E você?” ele perguntou ao outro moço que eu nem tinha percebido antes... Jasper, né?

“Do Alasca.”

“Também?”

“Sim.”

“Já se conheciam antes?!”

“Sim, moramos todos juntos.”

“Ahn... E porque vieram justamente para cá?! Quer dizer, Forks é meio longe de tudo, né...” – ah, eu amava o meu professor de vez em quando... Ele já estava adiantando algumas perguntas que eu estava louca para fazer...

“Nosso pai recebeu uma proposta de trabalho aqui no hospital, então viemos todos juntos” foi o Edward – ah, meus Deus, até a pronúncia de seu nome soava bonita!

“Vocês moram juntos como? É uma república?!”

“Não, não... Jasper é um dos filhos adotivos de meu pai” – ‘um dos’... Maravilha... Será que ele tinha outros irmãos que não sejam adotivos? Porque o adotivo dele é meio estranho...

“Hmmm... Seu pai trabalha aqui no hospital da cidade?”

“Sim, senhor.”

“Que beleza. Como ele se chama?”

“Carlisle.”

“Hmm… Não o conheço ainda...”

“Sim, creio que não... Chegamos antes de ontem na cidade” – ah, meu Deus, eu vou ter de contar tudo para a minha mãe. Detalhe por detalhe!

“Ok, então... É que passei hoje pela manhã no hospital e um médico atendeu minha mãe, aí só fiquei curioso... Mas tudo bem então. Sintam-se muito bem vindos!”

Eles não responderam, apenas acenaram com a cabeça.

O professor começou a aula, e eu mal consegui prestar atenção na aula. Eu sempre me pegava olhando para ele... Ele era estranho, apesar de tudo. Ele tinha uma pele muito clara... Deve ser porque estavam morando lá no cafundó do Judas...

Eu mal consegui olhá-lo bem nos olhos... Ele virou antes... Mas ao que me pareceu, ele tinha olhos castanhos... ou seriam cor de bronze? Bem, isso não interessa! O que importa é que ele é lindo e eu teria de falar com ele!

Fiquei sondando seus atos em sala de aula. Ele mal falava ou se virava para falar com seu... ahn... irmão, mesmo que adotivo. Se bem que, eles pareciam ser filhos adotivos mesmo. Edward era muito mais bonito que o outro. O outro lá era estranho, e me dava medo.

Além do mais, tinha cara de... louco! E, que cabelinho, heim?! Nossa!!!

Ah, meu Deus... Se continuasse assim, eu não aprenderia Química nunca!

O sinal bateu e então todos levantaram em transe. Acho que eu não era a única que esperava que a aula acabasse logo... Apesar de que... Será que eu teria mais aulas com os novatos?! Ah, eu precisava saber mais deles!

Fui para a próxima aula. Decepção: nada do novo aluno bonitão! Em compensação, encontrei uma moça nova... Ela entrou na sala toda, toda... Andava feito uma bailarina... Seu cabelinho curto era bem escuro e espetadinho... Ok, devia ser irmã dele também, e ela também era estranha...

Pelo menos, ela se vestia bem...

“Seu nome...”

“Alice Cullen, muitíssimo prazer!” – Cullen… Sim, é irmã “legítima” do Edward... Dava para se perceber pela cor da pele...

E nem é preciso dizer que o professor se assustou com a sua felicidade, mas... quem é que não se assustou com tamanha felicidade? Até parecia que ela nunca tinha ido numa escola... Aff...

A aula se seguiu como a anterior: algumas perguntas do professor, respostas super felizes dela, e depois o “blá blá blá” do professor... Ah, eu não agüentava mais... Eu precisava sair dessa sala o quanto antes!

Trrrrrrriiimmmm... Ah, como eu amava esse sinal!

7 comentários:

Ingredgabriel1533 disse...

muito legal.
quero ver ela morrendo de inveja quando ver a Rose.

Jasmyne disse...

eu quero ver qnd a Bella começar a namorar o Edward!!!!
ushuahsuahs vai ser mó comedia !!
bjokas

Taella disse...

poxa eu fiquei muito curiosa, a historia tava tão boa q nem percebi quando acabou!
quando saiii o proximo cap? ta óootima a fic meus parabéns para quem escreveu!

Bebetty_rp disse...

eu também!invejosa como é,vai fika loka!!!kkkkk!

Jaami disse...

aaah eu amo a Alice ♥

Bebetty_rp disse...

to loka pro poximo cap!ai quero ler o q ela pensa quando a bella chega!e quando o ed começa a namorar a bella!O Q ELA VAI PENSAR?!?! nem preciso disser q to amando essa fic!

Erika ♥ disse...

Concordo!

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