Ao longe o toque insistente do celular, do telefone e da campainha queria fazer música aos meus ouvidos. Uma música sem nem um pouco de harmonia devo dizer.
Uma espécie de drim-Drom-Tum-tum, insistente que eu já me acostumara nos últimos... Huh me deixa ver... Dois dias.
"Sskyyyyyy... Não ouuuse ateeender o teeeelefoooone..." Disse do meu lugar preferido nesses dias. O tapete da sala de estar.
E claro o meu pote de sorvete de milho verde, e nada de chocolate, para não lembrar brigadeiro, e EPA!
Sky estava brava comigo nesses dias. Ela parou definitivamente de falar comigo, e eu ignorei ela também.
Sky me lembrava muitas coisas nesses momentos, coisas que eu realmente não queria lembrar.
Existiam muitas coisas que eu sabia que levava para o inferno. E eu nem precisava consultar nenhuma lista idiota para saber que estar apaixonada por um padre fosse uma delas.
Porque DEFINITIVAMENTE, era.
Apaixonada... Huh, apaixonada... Essa palavra era tão estranha, sabe?
Maldita hora em que eu fui formar o maldito pensamento da maldita frase que eu escutaria e acreditaria em qualquer maldita suposição que me fizessem naquela maldita hora, no maldito jardim!
Maldito mundo cruel também. Minha vontade era de sair aos quatro ventos, encher os pulmões com o ar de inverno e gritar com os braços esticados como um perfeito cristo redentor. "POR QUÊÊ? POR QUÊEEE?"
Mas provavelmente ao fazer isso quem quer que me esperasse do lado de fora me pegaria.
Depois como nos filmes poderia cair aquela baita chuva, e eu quase ser atropelada. Mas Edward aparece com o seu crucifixo marrom e sua batina branca com as estolas vermelhas, e me salva, e nos beijamos em baixo da chuva.
Pára Bella. Pára. Minha vontade era pegar minha bazuca de estimação e enfiar goela abaixo. Ou mesmo comer a bolachinha que Mike dera para Sky, e me entupir de veneno.
Mas... Com minha sorte... E mais outros fatores conspiratórios... Eu provavelmente ficaria mais viva do que nunca.
Apaixonada... Apaixonada... Aquelas palavras voltaram para minha mente.
Com certeza, não era uma coisa boa.
Primeiro: Mike Newton. Garanhões da Cidade. Já pensei que estava bom, mas e agora...
Segundo: Padre Edward Cullen? Padre? Tá bom que ele era lindo, perfeito, maravilho, top mister padre, mas ele era padre. Ele tinha uma aliança preta na mão esquerda que significava que ele era comprometido com JESUS!
E para minha mísera informação, eu não era homem, não tinha nascido no ano 0, e nem tido sido filha de Maria.
Ou seja, em outras palavras, EU NÃO ERA JESUS!
O toque do meu celular tocou de novo, e eu quis desligar aquele bendito. Quantos dias eram necessários para acabar com a bateria de um celular? Eu sempre achara que era um prazo muito curto, mas agora eu vejo que realmente era BEM longo.
Sky correu para a porta e ficou de pezinho com as patinhas dianteiras apoiadas nela, tentando alcançar a maçaneta que estava bem longe de seus poderes minúsculos.
Sky estava se mostrando uma perfeita moçinha. Ela mesma colocava ração no seu pote, colocava sua própria água fresca... E bem... Eu pelo menos acho que ela fazia isso. A não ser os momentos em que ela quis dividir o pote de sorvete de milho verde comigo também.
Estiquei a mão para o celular, mas estava muito longe. Tentei me levantar, mas a lei da gravidade – ou da obesidade- me fez voltar e estancar de costas e bunda no chão.
Perfeito!
Saí rastejando que nem uma cobra obesa até o ser em questão que estava no chão, devido aos movimentos que Sky fizera para tirá-lo da mesinha a onde ele pertencia.
"Alô?"
"Aleluia! Aleluia! Aleluia, Aleeeeeeeeeeeluia!"
"Haha, Rose, que engraçado." Falei com a voz embargada.
"Bella, você pode me explicar o que está acontecendo, caramba? Você está desde sábado presa nesse apartamento! Você deixou sua própria mãe pro lado de fora da casa, e não veio ao trabalho hoje!"
"Ixi... Relaxa Rose. Eu tenho tudo sobre controle... Não chores por mim Argentina..." Comecei a cantar enquanto enfiava uma gorda colher de sorvete derretido á dois dias na boca.
"Bella, você está se drogando?"
"Hein?"
"Bella, essa voz de condenada não engana ninguém... Sério, eu posso te levar para um grupo de ajuda e..."
"Não!" Gritei, e rolei um pouco pelo tapete. "Estou perfeitamente, bem. Diga para Lauren que eu estou me despedindo, e chame meu advogado que eu vou passar o testamento por baixo da porta..."
"Ohmeudeus, você vai se matar? Não, espera... Você não mata nem barata, imagina você mesma."
"Ei, aquele bichinho é nojento..."
"Bella, se você não abrir a porta agora eu vou mandar Emmet arrombar."
"É ele que está aqui fora perturbando meu sono?"
"Ele estava. Agora é Alice! Antes foi Edward. Ele está muito preocupado com você. Você saiu correndo do orfanato no sábado, com sua mãe gritando atrás de você..." Ela parou de falar e logo outra voz entrou na linha.
Edward. Edward... Não fale esse nome!
"Isabella Swan. Como ousa deixar sua própria mãe pro lado de fora de casa? Como você ousa fazer isso? É assim que você me recebe depois de dez horas de viagem naquele vôo executivo? Esse mundo tá perdido..."
Não! Minha mãe, não. Não ela. Não ela.
"Oi mãe..."
"Bella, se você não abrir a porta desse apartamento agora mesmo, você pode ter certeza de que eu vou te DESERDAR!"
"Eu vou morrer mesmo..." Resmunguei afastando Sky do meu pé já que ela insistia em lamber. Senti-me naquelas selvas em que as pessoas começam a comer as outras para sobreviver. EPA, Sky estava virando uma canibal?
É, poxa... Talvez eu realmente devesse colocar ração no potinho dela.
"Isabella... Se você não conversar comigo pessoalmente, eu vou ser obrigada a falar tudo por telefone, e todo mundo vai saber!"
"Saber?" Me levantei em um pulo do tapete. Uma tontura me invadiu, mas eu fechei os olhos compenetrada.
"Se você não abrir essa bendita porta agora, você pode ter certeza de que seus segredos mais obscuros vão ser mandados para um jornal..."
Eu pausei aquilo por um momento, e tomei minha decisão.
"Já que eu vou morrer mesmo, que eu morra com meus 15 minutos de fama." Respondi e taquei o celular longe enquanto desabava com tudo no tapete e em cima de alguma coisa fofa e minúscula.
"SKYYYYYY!" A não... Era a almofada mesmo.
Oh vida cruel... Pensei enquanto abria os braços e as pernas na forma daquele homem da anatomia.
Se eu morresse, pelo menos me encontrariam em uma posição histórica, para não dizer cultural. Só faltavam alguns rabiscos e números para as pessoas acharem que eu morri com um segredo.
Ai eu teria meus 15 minutos do meu próprio Código de Bella, e daria uma de Michael Jackson que fica mais famoso depois que morre.
Bem... Se bem que o tal 'segredo' que eu esconderia, seria a paixão por um padre. Um ato totalmente proibido...
Ah! Pelo menos ele fosse um ET, ou vampiro, qualquer coisa! Mas brincar com Deus não era algo que eu fazia com freqüência. E se a disputa com os próprios humanos já era acirrada, imagina com Deus?
HAHA, eu iria para o inferno!
Eu ainda estava lá unindo forças para pegar alguma canetinha para fazer a mensagem enigmática no meu corpo, quando eu ouvi estrondosas batidas na porta.
É o juízo final... É 'o coisa ruim' vindo me pegar e me levar para o inferno.
HAHA, sua hora chegou. O meu lado do mal falou em cima do meu ombro esquerdo.
Não Bella, lute. Você ainda pode se salvar... O meu lado anjinho falou do ombro direito.
Ah cala a boca. Resmunguei para os dois. Deixe-me morrer em paz.
De repente tudo se passou como um filme em minha mente. Algo bem clichê que os produtores de Hollywood faziam nos seus piores filmes. Aquele negócio de ver a vida em slides do Power Point na frente dos olhos.
Perguntei-me se os anjos eram viciados em computador.
De repente vozes fantasmagóricas começaram a me chamar. Algo como 'Vem, cá, vem... ', 'Sou padre, mas sou homem', 'Eu vou te proteger', 'Ele já foi Bella... Xi... Eu estou aqui'
Não! Comecei a me contorcer no chão. Não! Aquelas frases não eram vozes me chamando, eram as coisas que Edward falara para mim.
De repente a imagem dele surgiu em minha mente, o sorriso torto dele, o grito para o time dos YANKEES, o dia que ele me salvou do cara das Starbucks, a mordida do vampiro, o dia no jardim da maça, o dia da primeira alucinação, o confessionário, o quarto dele, Sky junto com sua mãe e os irmãozinhos, e o primeiro dia que eu o vi. Aquele dia chuvoso, e a mesma batina branca e estolas vermelhas. Ele cantando 'Entra na minha casa, entra na minha vida... ', o dia em que ele me viu na igreja chorando por Mike e me amparando.
Ele vestido de chef colocando a lasanha no fogo, o beijo, as respirações próximas. Tudo veio á minha mente e eu senti uma vontade enorme de viver. Uma vontade de experimentar tudo. De experimentar a maça.
Eu não queria mais morrer. Eu queria ver Edward mais uma vez. Eu não estava pronta ainda...
Agora eu entendia as coisas com perfeição. Agora eu entendia os meus sentimentos confusos, os meus atos estranhos e aquilo que eu não sentia por mais ninguém.
Eu entendia... E minha mãe só havia me afirmado isso. Eu realmente estava apaixonada pelo padre Edward. E agora mais do que nunca, eu estava pronta para viver.
"Bella? Bella?" Ouvi uma voz familiar soar a distância. Eu estava com os olhos fechados, e eu não conseguia abri-los. Eles estavam pesados demais para mim.
As últimas horas pareciam que foram não mais do que um grande borrão. Vozes sussurrando perto de meu ouvido, algumas orações, e movimento. Muito movimento.
Mas não era algo que minha mente analisava e distinguia com clareza.
Pela primeira vez, em mais uma tentativa de abrir os olhos, eu consegui.
E a primeira coisa que eu vi foi uma cruz pendurada no alto da parede branca e verde vômito.
Jesus parecia olhar para mim com desaprovação, olhos tristes e cansados.
Eu desviei o olhar. Eu estava morta?
"Querida, você acordou..." senti a presença de minha mãe ao meu lado, mesmo antes dela entrar em meu campo de visão.
"Edward?" Sussurrei.
"Edward veio aqui, mas o bispo o chamou para uma conversa..."
"Mãe?"
"Sim, estrelinha." Ela acariciou meu rosto.
"Onde eu estou?" Ela fechou a cara.
"Está no hospital perto de sua casa de NYC."
"Hospital?" Levantei quase em um pulo. Eu não senti nada no meu corpo, mas as pesadas máquinas e fios que estavam ligados á mim, me impulsionaram a voltar rapidamente para a cama, fazendo com que doesse um pouco. Reprimi um 'ai' e algumas maldições que minha boca insistia querer soltar.
"Xi..." Ela arrumou melhor o travesseiro na minha cabeça. "Não é nada demais. Quando eu entrei no seu apartamento você estava inconsciente... Quer dizer você sussurrava várias coisas incoerentes..."
"Você arrombou a porta do meu apartamento?" Ah não. Meu orçamento já era baixo, e agora eu tinha que colocar porta?
"Não." Ela falou séria. "O porteiro concordou que era um caso de vida ou morte e nos deu a chave extra."
"Malditos prédios..." Deixei escapar.
"Maldito nada, Bella... Se você tivesse ficado lá..."
"Não teria acontecido muito coisa, a não ser um bom sono." Ouvi a voz de Carlisle, enquanto via o próprio entrando no pequeno quarto. Ele trazia um sorriso no rosto. "Sua mãe está preocupada demais... Você só estava um pouco cansada e... Inchada."
Eu tentei um sorriso e lancei um olhar para minha mãe. "Está vendo... Eu só estava descansando..."
Ela encolheu os ombros ainda me olhando com atenção. "Bom senhoras Swan, Bella já pode sair... O efeito do remédio que demos para ela dormir, já passou. E ela realmente não está tendo nada demais." Ele assegurou.
Minha mãe insistiu que eu poderia mostrar depressão, ou problemas mentais, mas eu a lembrei que eu já os tinha desde o bendito dia em que ela havia me deixado cair do berço.
Carlisle me olhou atentamente mais uma vez e disse se dirigindo para minha mãe. "Espero que dê tudo certo." Minha mãe assentiu e eu fiquei totalmente confusa com tudo aquilo.
Quando entramos no meu apartamento, vi que a porta continuava lá, e a minha pequena bagunça também. Só faltava um ser microscópico...
"Cadê Sky?"
"A bolinha de pêlos foi levada pelo padre Edward." Minha mãe respondeu me olhando de soslaio. Eu já previa que uma conversa daquelas surgiria, já que ela não tivera tempo quando eu saí correndo do orfanato, e nem quando eu me trancara no meu apartamento por dois dias. "Nós não sabíamos quanto tempo você ia ficar lá, então ele disse que cuidaria dela."
Eu assenti. "O que você disse para eles?"
"Eu disse que você pegou uma gripe qualquer, que te abalou muito. Algo como gripe suína."
"Gripe suína?" Eu arregalei os olhos. "Assim você afastou todo mundo de mim!"
"É só desmentir Bella. Falar que foi uma confusão..." Ela encolheu os ombros. "Rose mandou avisar que não pediu sua demissão para Lauren. Que você ainda tem seu emprego, embora uma enorme pilha de trabalhos te espere... E que você nem tem advogado, e que se você quiser passar algum testamento por baixo da porta, trate de arranjar um."
"Ah, ótimo." Falei desabando no sofá.
"Emmet também falou que é bom mesmo você arranjar um advogado, porque nesse momento ele está preso por sua causa."
"Oi?" Senhor... Olha o que acontecia quando se ficava dois dias em paz curtindo a fossa dentro de seu apartamento?
"Ele achou que seu estado era devido á Mike, e antes que alguém dissesse que não. Ele foi até o Central Park e bateu nele... Agora eu não entendi a parte do Central Park..."
"E Emmet foi preso?"
Ela riu. "Foi. Mas provavelmente já vai sair da cadeia. Inventaram uma boa desculpa."
Rolei meus olhos.
"Mais recados?" Perguntei irônica.
"Na verdade sim... Alice disse que a melhor maneira para curar qualquer coisa, inclusive qualquer gripe suína, são compras. Que nem um porco sujo de lama resiste á roupas novas."
"Ótimo."
"E... o padre Edward..." Ela falou lentamente.
"O que ele falou?" Quase dei um pulo da cama. Ela franziu o rosto para mim.
"Ele simplesmente falou que suas orações estão concentradas em você."
Eu relaxei no sofá, com aquelas palavras. Mas aquele mantra voltou para minha cabeça.
Apaixonada... Apaixonada... Apaixonada...
Inferno!
Não, esse inferno não foi para o mantra, mas sim para aquele olhar de Renne que estava de volta.
Lá vinha bomba.
"Bella... Sobre o assunto do orfanato..."
"Eu sou irresponsável, sim. Criança, ridícula... Que mais?" Cortei.
"Filha..." Ela se aproximou calma e gentilmente. "Não vou te dizer que não me surpreendi de maneira positiva com tudo isso. Você ficou de repente religiosa, e eu só via um verdadeiro impulso para isso. E ainda os olhares e as situações me fizeram consolidar o que era realmente." Ela suspirou. "Eu sei que Edward é um tremendo desperdício, e um grande pedaço de homem, mas é errado. Ele escolheu o caminho dele quando você nem tinha tomado consciência do que você queria ser."
"Eu sei..." Suspirei.
Ela continuou gentilmente, porém suas palavras foram mais duras do que nunca, e caíram como uma faca no meu coração.
"Eu contei para Carlisle e ele está na mesma posição que eu. Ele espera que eu possa resolver isso com você. E eu prometi que tudo iria ficar bem para ele."
"Você contou?" Eu cuspi as palavras.
"Sim..." Ela assentiu e lá veio outra facada. "Bella, só há uma coisa que você possa fazer nesse momento. Somente uma."
"E o que é?" Arranjar o meu tridente e os chifrinhos? Compras minhas passagens ó de ida para o inferno?
"Você tem que parar de se apaixonar por Edward. Você tem que se afastar dele."
Pe. Edward
"Olá padre Edward." A secretária da Cúria diocesana cumprimentou com um sorriso enquanto eu me aproximava.
"Olá Martha." Olhei para o pote transparente que continha alguns doces bem suculentos que eu tratava de devorar toda vez que eu ia para lá. Mas hoje eu ignorei.
"Não vai comer?" Ela arqueou a sobrancelha.
Abanei a cabeça com um sorriso fraco. "Hoje não... Doces são para humores bons."
"E o seu não está? Nem para unzinho?"
"Não." Sorri. "Uma amiga está no hospital..."
"Oh, é grave?"
"Não." Ainda bem. "Parece que não."
"Oh..." Ela continuou enquanto olhava para sua agenda. "O bispo vai te receber daqui a pouco, querido. E tenho a impressão senão falha minha memória de que é algo sobre essa sua 'amiga' que ele quer falar..."
"Sobre Bella?"
"É esse o nome dela então?" Ela arqueou a sobrancelha.
Eu me recuperei do choque que se apossou de mim, antes de dar um sorriso.
"Vou esperar então na poltrona."
"Oh claro querido. Já lhe chamo."
Meus pensamentos logo começaram a se nublar. O que o bispo queria falar comigo a cerca de Bella? E como ele sabia dela?
Um frio se passou pela minha barriga. E se ele tivesse descoberto do que eu sinto por Bella? Mas não... Isso era impossível.
Era não era?
Talvez fosse isso o que chamassem de consciência pesada. Talvez fosse só uma conversa de rotina do bispo.
E eu só estava viajando, embarcado em minha consciência pesada.
Bella
Eu fiquei em silêncio o que me pareceu por um longo tempo.
"O quê?"
"Bella..." Ela suspirou. "Você não acha realmente que pode investir nele não é?" Quando não viu minha reação, ela logo acrescentou. "Por Deus ele é padre!"
"Eu sei que ele é!" retruquei.
"Então você tem que criar consciência que você precisa se afastar dele!"
"Ele é meu amigo. Todo esse tempo, desde o primeiro dia, ele tem sido um anjo para mim..."
"Ele tem sido. Mas agora não é mais. Você está apaixonada por ele! Isso é pecado!"
"Pecado seria largar ele sem explicações depois de tudo o que ele fez para mim!" Eu gritei correndo até a porta do apartamento. Minha mãe correu até lá e me puxou pelo braço.
"Você só vai sofrer com isso! Você sempre vai ficar cada vez mais apaixonada! E sofrer cada dia mais por saber que é impossível."
"Sabe o que eu aprendi quando eu entrei na igreja, mãe?" Eu soltei o braço dele e me encaminhei para a porta. "Que nada é impossível para Deus. Mas mesmo assim, fique tranqüila. Eu não vou dar em cima do padre Edward Cullen." E assim eu saí de casa deixando minha mãe aos berros.
E pensando na minha resposta para ela. Eu não estava acreditando muito que eu havia falado a verdade.
Pe. Edward
"O bispo está te chamando, Edward." Martha me informou com um sorriso preocupado no rosto. Eu assenti e encaminhei á passos largos até o pequeno escritório do bispo diocesano.
Ele era como se fosse o chefe dos padres, e quem decidia para onde ir ou deixar de ir. Por exemplo, ele poderia me tirar da Catedral St. Patrick's nesse exato momento e me mandar para alguma paróquia no Alaska.
Eu estremeci, só de imaginar essa possibilidade.
"Olá Edward, o famoso." O bispo que já estava lá com seus sessenta e poucos anos me cumprimentou com um sorriso.
"Olá, Dom Daniel."
"Sente-se." Eu me sentei totalmente nervoso. Ah... Eu não havia feito nada de errado, quer dizer, eu havia pensado... E também provado certas coisas... Mas o bispo não tinha como saber, certo?
"Edward... Eu vou direto ao ponto." Ele disse abaixando os óculos e repousando-os na mesa em sua frente, enquanto uma mão ia diretamente para baixo de seu queixo em uma atitude pensativa. "Eu não sou o tipo de homem que confia em denúncias... Mas eu sou o tipo de homem que gosta de se precaver."
"Claro."
"E faz algum tempo eu recebi uma denúncia anônima como se aqui fosse um tipo de delegacia, e a denúncia um verdadeiro crime." Ele abanou a cabeça. "Antes que você argumente, eu conversei com outro padre, o John e algumas pessoas, e elas confirmaram."
Bando de fofoqueiros!
"Eu soube..." Ele continuou. "Que você conseguiu converter uma garota que era totalmente atéia podemos dizer assim."
Bem, pelo menos não era nada do tipo. 'eu soube que você se apaixonou por uma garota', 'eu soube que você rolou com ela no chão da cozinha para provar que é homem', enfim...
"Sim, Bella. Mas não fui eu, foi Deus..."
"Edward..." ele riu. "Eu não nasci ontem e nem você. Você é o cara galã da igreja católica... Mulheres vão à sua igreja para ver você e não Deus... E isso seria um problema..."
"Certo..."
"Eu só estou querendo te dizer... Que as coisas correm por ai. E é melhor você tomar cuidado. As coisas podem piorar, a mídia entrar no caso e fazerem conclusões malucas á cerca de tudo isso. E eu ser obrigado a tirar você de NYC."
"O quê?"
"Isso mesmo. Eu sei que você gosta daqui, está perto de sua família e você tem um bom público para suas músicas. Mas se as coisas entre você e essa menina piorarem, você terá que se afastar dela."
Eu fiquei sem palavras.
"Mas nós não temos nada..." Sussurrei depois de um tempo. "É só algo totalmente... Religioso." Minha mente queria dizer outras coisas... Mas...
"Edward... Talvez de você não. Mas..." Ele riu e pegou algumas coisas dentro da mesinha. "Eu já vi muitos casos, e não quero que você se torne mais um. Não o mais talentoso dos padres."
Ele estendeu vários arquivos e papéis pela mesa para mim.
"O que é isso?" Levantei os olhos, confuso.
"São documentos, reportagens." Ele voltou a colocar os óculos, enquanto se levantava para sair da sala. "De padres que largaram as batinas por causa de mulheres, e logo... Se arrependeram."
"Se arrependeram?" Eu estava fascinado e hipnotizado por aqueles arquivos.
"Sim... Eles viram que a vida em Jesus não substitui nada... Em outras palavras, eles viram que o jardim do vizinho nem sempre é o mais verde." Ele sorriu e pegou a mão na maçaneta. "O recado está dado. E espero que você reflita bastante. Eu vou deixar você pensar e analisar os documentos com cuidado."
E assim o bispo saiu pela porta, me deixando sozinho com os inúmeros documentos na mão.
Bella
O vento do Central Park açoitava os meus cabelos como um aviso.
Minha mente estava girando... Girando... Girando...
Bem, eu não estava acostumada com o ar livre depois da vida prisioneira por vontade própria que eu levei nos últimos dois dias, mas eu definitivamente precisava de ar.
Apaixonada. Por. Um. Padre.
HAHA era tudo o que eu queria para minha vida.
Complicações...
Mas o que eu poderia fazer para passar por cima disso e voltar a viver uma vida normal? Se é que eu já tive alguma antes...
Deus poderia me conceder pelo menos o dom da inteligência nos próximos dez minutos, para eu conseguir pensar em algo, ou uma saída.
Ficar com Edward estava fora de cogitação.
Primeiro por ele não corresponder meus sentimentos!
A qual é, mesmo que ele não fosse padre, eu nunca teria chances com ele, imagina sendo padre ainda?
HAHA, eu estava perdida.
Mas algo estava entalado no meu peito, algo forte... Eu sabia que precisava soltar a qualquer momento.
Eu precisava desabafar.
Mas eu ainda não estava pronta para falar com Rose, ou qualquer outra pessoa...
Precisava ser alguém que eu não conhecia, mas que ao mesmo tempo eu sabia que nunca iria contar a ninguém. Que era o caso de um padre, com seus votos de silêncio sobre qualquer confissão.
Quer dizer, padres não poderiam revelar nem um assassino se ele soubesse de algum que havia revelado durante sua confissão, essas mesmas regras também serviam para amor por padres, não é?
Bem... Pelo sim e pelo não, não dava mais para ficar no meu estado péssimo.
Eu precisava arranjar um padre... Que não seja Edward, isso é bem óbvio. E precisava dizer tudo que estava entalado no meu peito... Precisava revelar meus sentimentos, meus medos e cada mísero pensamento.
E isso, disse, me levantando e indo rumo á qualquer igreja, seria agora.
A catedral St. Patrick's era quase do lado do Central Park, mas nem pagando eu iria para lá.
Afinal eu não era suicida, HELLO! Eu era tudo, menos isso.
Confessar meus sentimentos sobre um padre, para o próprio padre em questão. Ótimo, surpreendente.
Agora, eu não fazia idéia de onde que eu iria confessar isso sim.
"ei..." Chamei uma velhinha que estava andando por ali com roupas de freira, e EPA! Eu conheço, eu conheço! Eu quase pulei em cima dela.
Era a mesma velhinha beata que havia me indicado a loja para comprar as roupas de freira.
"Oi?" Ela me olhou de cima abaixo. "Eu te conheço?"
"Claro. Eu te pedi um cartão uma vez sobre roupas..."
"E cadê elas?"
"Bem..." Enrolei o dedo nos cabelos. "Eu meio que descobri que não precisa se vestir assim, para respeitar a Deus. Quer dizer, alguém me ensinou isso."
Ela estreitou os olhos para mim, mas eu ignorei logo entrando no assunto.
"Sabe onde tem algum lugar, além da Catedral onde eu possa me confessar?"
Ela logo arrumou um sorriso no seu rosto, enquanto remexia em sua bolsa. Ah não. Não seja nenhum cartão!
"Claro. Aqui não muito longe, tem a Cúria Diocesana..." Ela me entregou o cartão com um grande 'Cúria diocesana', estampado. Nossa... Ela tinha cartão de tudo quanto é coisa de igreja na bolsa né?
Credo!
"E o que seria essa cúria diocesana?"
Ela rolou os olhos. "É um lugar onde os padres trabalham quando não estão na sua paróquia. Onde o bispo está..."
Eu não sabia que Edward trabalhava...
"A exceção é do padre Edward que é livre por causa da carreira musical dele..." Ela respondeu minha pergunta interna. "Lá tem vários padres, você pode se confessar lá."
"Ah valeu."
"Mas por que não pode ser na Catedral? O padre Edward é ótimo para confissões..."
Imagino. Ainda mais naquele confessionário... EPA!
"Nada não." Dei um sorriso amarelo. "Bem, eu tenho que ir. Vou bom te ver..."
"E vê se volta com as roupas..." Ela disse acenando.
Eu revirei os olhos, e entrei no primeiro taxi que eu vi.
Destino? Cúria diocesana.
Pe. Edward
Eram tantos documentos que eu não sabia por qual começar. Talvez em alguns deles tivesse a solução para os meus problemas que se resumiam em: apaixonado por Bella.
Ah, não devemos esquecer: eu sou padre.
Fazia cerca de um mês e duas semanas que eu havia conhecido Bella, e desde lá minha vida mudou drasticamente.
Nem preciso dizer o porquê, mas a única coisa que me restava e que eu tinha obrigação de fazer no momento era honrar meu sacerdócio, os anos que eu passei, e arranjar algum jeito de me livrar desse amor que corre no meu peito.
Batia uma frustração toda vez que eu pensava em me afastar de Bella. Batia qualquer coisa em mim que me fazia querer largar tudo, deixar tudo para o alto e me entregar.
Mas eu não podia fazer isso. Claro que não.
Além do que, Bella só me vê como o padre de sua igreja, um amigo, ou mesmo um próprio anjo como ela disse uma vez.
Abanei minha cabeça enquanto pegava uma pilha de papéis. Saí da sala e encontrei com Martha me olhando com qualquer expressão de pena.
"Já vai, padre?"
"Não Martha... Eu vou ao parque ler isso... Acha que o jardim está aberto?"
Ela assentiu. "Acho que Phil está cuidando de lá, mas os balanços estão livres."
"Obrigado." Saí de lá e no jardim, Phil estava cantando e cuidando das plantas da Cúria. Eu girei nos calcanhares e me dirigi a qualquer lugar vazio e silencioso que eu pudesse encontrar.
No meio do caminho encontrei o Padre John, o mesmo que fora na casa paroquial á algumas semanas junto com outras beatas.
"Edward, eu queria falar com você um instante..." Ele pediu. Eu simplesmente balancei a cabeça e apontei para os papéis.
"Eu tenho que estudar algumas coisas aqui, segundo ordens do bispo... Outra hora." Ele abanou a cabeça e tentou me impedir, mas eu passei reto, me vendo na frente de uma porta rústica de madeira.
Uma placa dizia 'Confessionários do Século XX'. Esse lugar era onde as pessoas do século passado iam confessar em NYC, na costumeira casinha de madeira, onde o padre ficava dentro e a pessoa se ajoelhava do lado de fora, se comunicando com o padre através de uma janelinha furada.
Nos dias atuais, a única coisa que precisava era de uma mesa e duas cadeiras, que a confissão acontecia ali mesmo.
E hoje, aquele lugar geralmente ficava deserto, com exceção de um padre ou dois, que atendiam as pessoas que insistiam em confessar do modo antigo.
O meu celular tocou antes que eu pudesse entrar.
"Alô?"
"Edward é Alice."
"Oi..." Falei mexendo nos meus cabelos.
"Só queria te avisar que Bella saiu do hospital..."
"Saiu? Ela está bem?"
"Sim. Como foi a conversa com o bispo?"
Suspirei. "Coisas de rotina." Olhei para os arquivos em minha mão. "Agora eu estou ocupado, eu falo com você depois, ok?"
"Ok." Ela concordou e eu desliguei o celular com um suspiro. Pelo menos Bella estava bem. Eu que não estava. Mas o que me importava eu agora?
Abri a porta rústica e encontrei tudo vazio, exceto por uma porta que dava para a rua onde as pessoas poderiam entrar e se dirigir aos confessionários.
Entrei em uma cabine e fechei a porta cuidadosamente logo sentindo um cheiro característico de madeira velha.
Sentei no banquinho e coloquei os arquivos olhando os títulos.
"Padre Zeca, brasileiro." "Como largar o sacerdócio mudou minha vida para pior." "Queria voltar no tempo", "Ser padre é bem melhor".
Eram alguns dos títulos, todos dizendo claramente que eu precisava parar de me apaixonar por Bella, porque isso só me faria sofrer e de nada adiantaria para minha vida.
A questão era: Como parar de se apaixonar por uma pessoa?
Abanei a cabeça enquanto observava os arquivos e os testemunhos de padres que largaram o sacerdócio e depois se arrependeram.
Eu estava ficando cada vez mais frustrado, e agora eu entendia que aquela era realmente a intenção do bispo.
Ao longe vi passos ecoaram no assoalho de madeira, mas provavelmente ninguém iria vir onde eu estava.
Bella
Chegando à Cúria, eu hesitei um longo tempo do lado de fora esperando talvez o momento adequado para entrar, ou se eu realmente devia fazer aquilo.
Puf, eu precisava fazer alguma coisa certo? E ficar nessa marmota para o resto da vida não adiantava em nada.
Minhas expectativas a cerca da confissão não eram somente desabafar e receber possíveis conselhos – embora eu ache que todos seriam da mesma opinião de minha mãe: se afaste dele – mas também, se eu fizesse isso, Deus de alguma forma me curasse dessa paixão, ou amor que me inundava, ou de tanto passar cumprindo penitências – que eu tinha certeza que seria enorme – eu pudesse esquecê-lo. Se bem que eu sabia que era impossível.
Mas nada era impossível para Deus.
No caso, eu estava querendo uma competição saudável com Deus sobre um padre.
Certo... Era algo totalmente igualitário e justo. Aliás, eu também havia criado o universo, a terra, adão e Eva, colocado vida nas pessoas e vivido sei lá quantos bilhões de anos.
É... Eu tinha chances.
Como o meu celular havia sido 'acidentalmente' jogado contra á parede hoje mais cedo, ninguém poderia me achar e ficar enchendo o meu saco usando os recursos tecnológicos.
Respirei fundo, e dei o primeiro passo até uma área em que uma placa dizia 'Confessionários do século XIX'.
Quando eu entrei várias daquelas casinhas de madeira se ergueram em filas alinhadas.
Eu não sabia como que eu iria saber se tinha um padre lá ou não, e nem como providenciar isso, então entreguei tudo nas mãos de Deus, e meus pés me guiaram até um confessionário no fundo.
Um lugar reservado, calmo e silencioso. Perfeito para mim.
Pe. Edward
Os passos começaram a ficar cada vez mais perto, e eu estremeci com a idéia de talvez alguém estiver vindo se confessar comigo.
Eu não tinha forças nem para ouvir meus próprios problemas imagina tentar resolver os dos outros.
Quando eu estava me levantando para sair discretamente, alguém se ajoelhou no confessionário onde eu estava.
Eu não fazia a mínima idéia de como a pessoa sabia que eu estava ali.
"Eu não sei se tem alguém aí..." A voz de uma mulher começou. "Mas... Eu segui meu coração..." Eu conhecia aquela voz. Sim, eu conhecia.
A voz dos meus sonhos e de todas as minhas alucinações.
Algo que fez parar no lugar, e me impediu de sair dali como eu havia pretendido.
Ela não sabia se tinha alguém ali, e eu continuaria a fazendo acreditar.
Algo me dizia que eu tinha que ouvir o que ela tinha para dizer. E discordando de toda a ética ou qualquer coisa, eu permaneci ali para ouvir.
Bella
Eu tomei fôlego e as imagens de Edward, e sua voz inundou minha mente.
"Padre... Eu pequei." Eu comecei do jeito tradicional. Não ouve respostas do outro lado, somente um murmúrio que indicava que eu não estava falando com o vento.
"Eu... Eu..." Engoli em seco. "Eu chamo minha cachorra de nomes horríveis, mesmo amando ela demais."
Isso era um pecado não era? Puf, que covarde que eu sou.
"Eu também respondi para minha mãe hoje... Fiquei dois dias trancada em casa sem deixar ninguém entrar, e deixando as pessoas que gostam de mim preocupadas..." E parecia uma criançinha contando seus pecados na primeira confissão. "Eu também deixei minha mãe do lado de fora do apartamento... Eu já pensei muitas coisas idiotas... Já chamei muitas pessoas de idiota... E já rolei meus olhos..." Ouvi um som lá de dentro, que pareceu como uma risada controlada, mas eu continuei.
"Eu fiz muitas coisas, padre. Mas eu sei que nenhuma delas é pior do que eu vou contar."
Pe. Edward
Então Bella saiu do hospital direto para a confissão. Típico, Bella.
Eu controlei um riso conforme ela dizia os seus pecados, mas logo me calei e me sentei melhor na cadeira quando ela disse:
"Eu fiz muitas coisas, padre. Mas eu sei que nenhuma delas é pior do que eu vou contar."
Eu embarguei uma voz grossa, que eu fazia muito bem devido aos meus cursos de teatro na infância.
"E o que é minha filha?"
Ela pareceu surpresa por um momento de ouvir minha voz. Que no caso seria a voz de outro padre, mas logo ela se recuperou.
Pela janelinha do confessionário, eu a via com as mãos torcidas juntas e a cabeça baixa. Ela só conseguia ver um pouco da minha silueta, mas não o suficiente para me reconhecer. Uma fina cortininha nos afastava disso.
Eu a vi reprimir uma lágrima, e a vontade que eu tive foi de ir até lá e enxugar, e dizer que tudo iria ficar bem, que eu estava ali, para protegê-la, era imensa.
Mas eu sabia que era errado, e uma espécie de cola me impulsionava para baixo, para ficar ali naquele banco, sem me identificar, somente escutando.
"Eu... Eu... Eu me apaixonei." Eu gelei nessa hora. Apaixonou-se? Como assim se apaixonou?
Um sentimento que eu até então não reconhecia, o do ciúme inundou cada poro da minha pele, e sangue das minhas veias. Fechei minhas mãos em um punho tentando controlar a raiva que se apossava do meu corpo, para o maldito infeliz que havia conquistado seu coração.
Mas logo eu comecei a me acalmar e tomar consciência do fato.
Por mais que me doesse, isso era algo bom, assim eu poderia parar de sentir algo por ela. Vendo-a com outro, talvez me fizesse melhor... Embora eu duvidasse disso.
Controlei minha voz novamente e perguntei:
"Mas por que está confessando isso, querida? Apaixonar-se não é pecado."
Apaixonar-se por um padre que é pecado, ou um padre se apaixonar. Essas eram as exceções.
Ela controlou outro soluço e torceu ainda mais às mãos, umas com as outras.
"Eu não poderia... Apaixonar-me, entende?"
"Por quê?" A pergunta saiu rápida, e com uma tossida eu controlei minha voz de novo e repeti a pergunta.
"Padre... Eu..." Ela tinha dificuldades de falar, então eu decidi ajudá-la.
"Ele é casado...?" Mas aquilo parecia impossível para Bella. "Ele é namorado de outra?"
"Não..." Ela soluçou. "Ele é um fruto proibido... Como uma maça, entende?"
Eu entendia. Eu entendia...
"Nós não podemos ficar juntos, por que ele escolheu o caminho dele, um caminho em que mulheres, família não entram."
A situação dela era praticamente igual a minha. Surpreendi-me com isso. Eu não poderia ficar com Bella, devido á minha decisão como padre, e ela sofria a mesma coisa...
"O problema é que eu sou perdidamente apaixonada por ele... O meu mundo começou a girar em torno dele... Eu cheguei a ter alucinações com ele..."
Os meus punhos se fecharam de novo, comigo tentando controlar os ciúmes que me invadia.
Bella sentia por alguém, e com a mesma intensidade, a mesma coisa que eu sentia por ela.
E ambos eram proibidos. A coincidência era quase perfeita, e eu me perguntei quem seria essa pessoa.
Eu não conhecia muitos amigos de Bella, mas eu sabia também que eles eram limitados, como Emmet, Rose, Alice, Jasper, e ultimamente, eu.
Nunca havia ouvido falar de nenhum conhecido dela, alguém que ela amasse perdidamente, e que ela não podia ficar.
Ah não ser Mike Newton. Será que era dele que ela estava falando?
Proibido, pelos garanhões da cidade?
Não. Não podia. Não depois de tudo o que ele fez.
"Eu sempre senti algo estranho em relação á ele, algo que eu nunca senti por ninguém, e só foi necessário minha própria mãe chegar a mim e dizer que eu estava apaixonada para eu realmente entender."
"Uhum." Eu assenti.
"Eu fiquei dois dias presa no meu apartamento querendo achar uma solução, ou mesmo me livrar do resto do mundo e da culpa que me invadia... Mas tudo o que eu achei foi amor... Por ele. E vontade de viver... Para ele e por ele. Mas eu sei que isso é errado, e que eu só vou sofrer com isso, porque ele não me corresponde, e mesmo que sim, não poderia ser."
Tão igual... Tão igual aos meus próprios problemas. Tão igual ao que eu sinto por ela. Talvez fosse por isso que eu estava ali ouvindo sua confissão. Para saber que ela sentia o mesmo que eu sentia, só que por outra pessoa, e que eu estava totalmente sobrando nessa situação.
Mas algo me incomodava.
"Huh... Por que esse amor é tão proibido?" Eu quase falei 'Bella', mas eu mordi minha língua para não continuar. Eu não poderia estragar tudo.
Eu sabia que se ela estava se confessando na cúria e não na catedral, era porque ela não queria confessar aquilo comigo.
Isso me deixou um pouco triste, pois eu havia sido o seu amigo e seu anjo. – pelo menos no ponto de vista dela, e agora ela procurava qualquer padre que não fosse eu, para se confessar.
Talvez ela não confiasse em mim o suficiente, ou achasse que eu não entenderia.
E por outro lado eu meio que achava que estava a traindo ouvindo aquela confissão. Uma confissão que particularmente não era para ser ouvida por mim.
Mas logo eu entendi o porquê disso.
"Padre... É tudo tão proibido e errado... por que..."
Ela começou a chorar mais forte, e a única coisa que me impediu de ir até lá e confortá-la foi à porta do confessionário que emperrou justo na hora que eu tentei abri-la.
Mas logo eu paralisei no meu lugar, e entendi do porquê de todas as minhas perguntas.
"Eu estou apaixonada por um padre."
O meu mundo caiu... Eu não respirava, eu não fazia mais nada. Simplesmente eu estava sem palavras, e sem qualquer reação.
Bella? Apaixonada? Por um padre?
Que padre era esse? Quantos padres Bella conhecia?
Uma pontada de esperança surgiu em meu corpo, que eu logo tratei de recriminar e tentar afastar. Aliás, se fosse por mim o que eu faria?
Eu não sairia rodando com ela pelos cantos só porque o sentimento era recíproco. Ainda tinha a questão de eu ser um padre, não era algo que o amor maior que o mundo furasse e penetrasse.
Mas talvez não fosse por mim... Talvez fosse outro padre...
Mas quantos padres Bella conhecia?
Ela chorou do outro lado, e logo ela usou uma voz carregada de soluços.
"Vamos! Pode falar que eu vou para o inferno... Que eu não tenho salvação... Ou que eu tenho que me afastar dele e deixar de amá-lo. Pode me dizer que eu tenho que rodar o mundo de joelhos, ou qualquer coisa..." Ela soluçou.
Eu fiquei um minuto inteiro em silêncio tentando dirigir toda aquela informação, e logo eu controlei a voz e perguntei, murmurando:
"Por que padre?"
"Não é você, eu garanto..." Ela disse, e eu soltei um suspiro de alívio. Mas... Ela não sabia que era eu ali dentro certo? Como ela poderia saber que não era eu?
Eu controlei a voz novamente: "O nome..."
Ela hesitou um longo tempo, e eu pensei que ela sairia correndo dali a qualquer momento, mas ela estava disposta tanto quanto eu a achar uma saída para aquele amor que nós dois sentíamos.
"Padre Edward Cullen."
E foi assim, que eu senti o melhor e o pior sentimento de minha vida ao mesmo tempo. O melhor como a esperança, o amor e a felicidade, e o pior, de preocupação, desespero, e saber que aquilo era errado.
Não só eu era apaixonado por Bella. Ela também era por mim.
E logo Bella controlou seu choro, e mesmo sem eu perguntar, ela começou a contar cada momento nossos juntos, cada sentimento, e como tudo aconteceu.
O que ela pensou da primeira vez que me viu as incertezas, os sentimentos estranhos... Cada coisa que nos aconteceu, ela descreveu em seu ponto de vista.
Em cada palavra eu sentia o amor e o sofrimento por ele ser proibido ressaltarem, assim como acontecia comigo.
E eu chorei como Bella chorava do outro lado. Eu chorei por que ela também me amava. E não era fogo que nem os arquivos e os testemunhos falavam, era amor de verdade...
Eu joguei-os no chão no confessionário, e minha vontade era colocar fogo a qualquer momento.
Eu não precisava de nenhum deles para saber o que acontecia entre eu e Bella, porque em nenhum deles isso era descrito.
Separados por uma parede de madeira e uma pequena cortina, estava Bella e eu, chorando pelo nosso sentimento que nem o tempo poderia apagar.
Chorando, pelo sentimento proibido que ali crescia... Chorando, pois assim como eu, Bella também estava condenada. Condenada á um amor proibido por Deus.
Bella
De repente eu não conseguia mais controlar mais minhas próprias lágrimas, eu não conseguia pensar, eu não conseguia nada...
Senti soluços vindos do lado de dentro do confessionário, mas eu achei que era coisa de minha mente simplesmente.
O ar estava me faltando, apesar do alívio momentâneo que a confissão tinha me garantido. Eu esperei que o padre fosse lá me chamasse de tudo quanto é coisa, me condenasse para o inferno e me queimasse em praça pública, mas nada aconteceu.
Eu controlei meu choro, e eu pensei que talvez aquilo não tivesse resolvido muita coisa. Talvez não tenha sido suficiente, ou mesmo não teria mais cura.
Um amor sem cura.
Eu juntei todo o resto de forças que ainda tinha dentro de mim, e impulsionei meus joelhos e me levantei do confessionário.
Sequei minhas lágrimas e a emoção que aflorava dentro de mim, e a decisão que de repente começou a se formar em minha mente.
De fugir. Para longe de Edward. Quem sabe assim eu poderia esquecê-lo?
Eu encarei pela última vez a casa de madeira, e senti que algo familiar estava por ali. Algo queria que eu continuasse ali, mas meus pulmões queriam ar, assim como meu coração e meu ser, queriam Edward.
"Desculpe Padre... Desculpe..." eu murmurei atordoada enquanto girava nos calcanhares para ir embora. Eu nem cheguei a dar dois passos, quando ouvi uma voz forte e musical me chamar.
"BELLA!"
Eu me virei achando que aquilo deveria ser mais uma mísera alucinação para fechar o pacote de ouro das alucinações. Mas tudo o que eu vi foi Edward. Ali... Com os olhos verdes brilhando devido às lágrimas que caiam de seus olhos.
Nós nos encaramos por um longo tempo, e senti uma grande tensão, como uma corrente elétrica passar por nós.
E ele deu um sorriso, tão grande, tão desesperado, que em questão de segundos, corremos um em direção ao outro, e nos abraçamos com muita força, não querendo que nenhum espaço fosse deixado entre nós.
"Edward..." Eu sussurrei de encontro ao seu pescoço. A resposta foi ele me abraçar mais firme, e me rodar em seus braços enquanto uma gargalhada gutural se formava em sua boca.
Nós ficamos ali não sei por quanto tempo, e eu fiquei sentindo o seu perfume e o seu corpo no meu. Eu ainda não entendia algumas coisas, mas eu sabia que aquele momento estava sendo extremamente perfeito e mágico.
De repente, rápido de mais ele me abaixou, mas um braço continuou circundando minha cintura firme, enquanto o outro fazia carinhos delicados do meu rosto, para conhecer cada detalhe.
Eu permaneci com os olhos fechados com medo de que se eu os abrisse tudo sumisse como uma nuvem de fumaça, e senti a respiração de Edward muito próxima a mim. Nós respirávamos com dificuldade, mas era uma sensação boa. Maravilhosa. Estupenda.
"Olhe para mim, Bella..." Ele pediu calmamente. Eu não queria... Não queria que aquilo acabasse... "Confie em mim."
E isso bastou para que os abrisse lentamente, e encontrei um olhar verde cheio de amor e ternura.
"Não é uma alucinação, minha menininha." Eu sorri com algumas lágrimas caindo do meu rosto. Ele se aproximou e secou as lágrimas com os próprios lábios, e suas próprias lágrimas se misturaram as minhas depois.
Minhas mãos começaram a percorrer seus braços, seu peito, tentando ver se era realmente real.
"Você é real...?" Perguntei bobamente.
"Sou..." Ele sorriu. "E meu amor por você também."
"Amor?" Eu engoli em seco.
"E você achava mesmo que só você iria para o inferno?" Ele sorriu e me pegou no colo rapidamente, me fazendo rir daquele momento improvável, que eu juraria que era uma alucinação. Ele correu comigo até o confessionário, e nos trancou lá dentro. Ele sentou-se gentilmente no pequeno banco e eu me sentei em seu colo, de frente para ele.
Ele sorriu, e fez o contorno da minha boca com a ponta dos dedos.
"Eu não precisei de ninguém para me dizer o que eu sinto por você... Era tão claro, tão cristalino... Eu sempre te amei, Bella."
Eu sorri involuntariamente com aquelas palavras, e passei meus braços pelo seu pescoço.
"Eu ainda não acredito que isso é real... Que você está aqui comigo... Dizendo-me essas coisas... Que você... Ama-me também..."
Ele sorriu e colocou o indicador na minha boca, me impedindo de falar.
"Vamos aproveitar esse momento..." Ele sussurrou se aproximando de mim cada vez mais, e com seus braços me segurando cada vez mais forte, e uma mão atrás da minha nunca. "Esqueça tudo..." Sua boca estava a milímetros da minha. "E só me beija."
E foi assim que nossos lábios se colaram com louvor, com sofreguidão, com desejo, e principalmente com amor.
Um amor que tinha até Deus como proibição, mas que cujo desejo era tão intenso, puro e verdadeiro, que as preocupações e os problemas eram jogados de lado, só deixando espaço para o nosso momento.
O nosso lindo momento de amor.
34 comentários:
Lindo d++++++++++++++++++++
E eu nem acredito que ela vai casar com o Jake buaaaaaaaaaaaaaaaaa
Poxa, pena que vai demorar mto pro próximo cap.
A Natalia sabe mesmo como nos matar de ansiedade!
Bianca e Gabi onde estão vcs... ah vá....não sobreviveram ao capítulo?!!!!
kkkkkkkkkkkk'
Nos conquistamos ele de cara.
Deixamos ele babando pela a gente ja de cara.
Tambem amo esse blog e não acho que consigo ficar mais um dia sem entrar e ri de voces e ate de mim. Conheci pessoas bem legais aqui.
que isso meow nã sou santinhaaa mais tbm não sou safadinha.. Fico no meiooo kkkkkkkkkk ofheofdoif
Pode ter certeza que o Ed tambem não. Quando ele precisar de um ombro pra chorar tem o meu. Uma amiga para desabafar. Eu posso ser. E a melhor namorada do mundo.
concordo q as santinhas sao as mais mto mais safadinhas pq, nois safadinhas, guardamos toda nossa safadeza so pro homem do momento ne! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bebetty corre pros braços do Cedrico antes que passo na sua frente.
KKKKKK'
Eu falei o que todas as Team Edward quer.kkkkkkkkkkkkkkkk'
Lety e Bebetty ai pera ia né. Qual de voces tambem não quer?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vcs levantam o astral de qualquer um!
Por que janeiro tinha que acabar?
BUABUABUA'
Amanha vamos ter grandes surpresas espero que seja boas.
Que o mes de voces garotas começem otimos.
Abafaaa Ali abafaa kkkkkkkkkkkkk... Mais é verdade msm kkk
Podia durar mais nee buabuabuabua...
Sim sim tbm esperoq ue sejem otimas surpresas...
Pra vc tbm Ali um otimo mes pra todas
E eu que sou a safadinha.
Lety. Lety. As santas são as piores. Olha lá.
AMO ESSE BLOG! ALÉM DE LER ÓTIMAS HISTÓRIAS,CONHECI ÓTIMAS PESSOAS! AMO VCS GAROTAS! SEMPRE ME FAZEM RIR!
ai ALI,cuidado! assim me comprometi né? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
a não alice! TRÚCIOS EM VC! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
se lembra do prologo, Bebetty? no prologo ela ta se casando com o jacob, provavelmente no inicio elis vao se da bem mais no final alguma coisa da errado ou alguem dscobre q elis tem alguma coisa e começa a ameça elis e ela resolve se separa e conheçe o jake e acaba q ela sente algo como no livro eclipse. foi tao fofo e trist o cap. ainda bem q a bella naum foi embora correndo senao o ed naum ia consegui chama ela!! ain bju
ACHO QUE VAI SER POR CAUSA DO MIKE QUE ELA VAI ABANDONAR O ED!!!!!
Mais da Natalia se espera tudo. Estou meio em duvida ainda com o prologo. A cada vez que acho que entendi o motivo dela ficar com o Jake apareçe outra coisa que atrapalha.
Nossaa esse cap. foi lindoo!
Mais fica apergunta qunado tempo isso vai durar i que eles vão fazer taqui pra frente?
Não sei masi acho que talvez a Renne desculpra e fassa a Bella largar o Edward por ele ser um padre, ai Bella vai acabar largando ele ai ela conheci o Jack e resolve ficar com ele... Mais isso não podeacontecer Bella tem que ficar com o Edward e não com o Jacob...
So resta esperar pelo proximo cap. E ja que é a Natalia que escreve tudo pode acontecer né...
é verdade NATY,mas não quero q ela fique com o JACOB! ela tem q ficar com o ED!!!
essa fic é muito engraçada! a BELLA é muito loka! e agora o q será q vai acontecer? será q ele vai largar tudo pra ficar com ela? vão começar a se encontrar as escondidas? bom sendo a NATALIA a escritora,é bem provavel q alguma coisa vai dar errado e eles não vão ficar juntos por muito tempo.
Com a Natalia eu nem falo o que eu espero.
Ela e muito má e não vai deixar esse momento feliz durar muito tempo ou melhor nem um capitulo inteiro.
Quando pensamos que agora vai ficar tudo bem es que a Natalia muda a historia de cabeça pra baixo. Mais que bonitinho ele chorando. Quase por pouco não choro com os dois. Ai ia ficar tres doidos chorando.
Muito bom a Natalia nos surprende a cada dia mais. Otima escritora. Amo os dois fics dela.
vou pra lá então! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,olha acho q vão descobrir q eles estão juntos,ai eles vão se separar. a bella vai ficar muito triste e vai aparecer o jacob pra consolar ela,ai eles ficam noivos e mesmo ela amando outro vai tentar seguir em frente,e na hora do casamento ela vai perceber a burrada q ta fazendo e vai dizer não pro lobinho, e ela e o ed vão se acertar e viver FELIZES PARA SEMPRE!!!
Concordo com vocês meninas a Natalia é muito má!!! Esse capitulo foi lindoo!!!Eu tbm acho q a felicidade deles não vai durar muito! Acho q a Esme não vai permitir q Edward largue a batina pra ficar com a Bella!!!Eu não queria q a Bella ficasse noiva do Jacob! Ele vai acabar ficando sozinho e ninguém pra consolar!!!
Noeme, o Jake NUNCA ficará sozinho.... ele tem a mim!!!!!! kkkkkk
Realmente no prologo ele esta casando com Jake, mas pode ser por ameaça...(mas quem sabe ela desisti de ultima e sai correndo pois descobri que esta agravida do Edward)....
Natalia suas fics são otimas...
MENINAS... AMANHÃ COMEÇA FEVEREIRO... AI MEDO!!! O que o futuro reserva para as nossas histórias diárias?
kkkkkkkkkkkkkkk Safadiiiiiiinhaa
Medoooo tbm Hermi... So espero que a futuro não machugue muito ja que muitas coisas boas e ruins podem acontecer ...
É VERDADE! NO COMEÇO EU NÃO QUERIA O FIKS DE FORKS NAS FÉRIAS,MAS AGORA NÃO QUERO Q ELE ACABE!!! É MUITO BOM TER ATUALIZAÇÕES DIÁRIAS!
Bom pra mim é o seguinte.... E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE! ACABOU A FIC!!!!!! AHHHHHH PODE PARAR... NÃO LEIO MAIS... ME RECUSO!!!! Depois desse encontro lindo, dessas declarações mútuas vai começar o maior sofrimento até a data do casamento com outro!!!!!!! Preferia que o Edward tivesse deixado ela ir sem saber de nada... ela sofrerá ainda mais sabendo que ele a ama! Tenho certeza que a Renné vai pressionar, mas é o Edward que não vai largar a batina! Já estou sofrendo pela Bella por antecipação... mas não se preocupem.... no final eles acabam juntos... ela não casa com o Jake não! Então... já resolvi... leio quando chegar a data do casamento e me poupo de todo sofrimento... ela vai dizer NÃO!!! Aí eu consolo o Jake, CLARO, NÉ!
PS: Bebetty o Cedrico mandou dizer que lá na outra dimensão ele anda muito solitário.... sem companhia... sabe como é.... precisando de consolo, de um ombro amigo.... kkkkkkkk
amei amei amei
aww finalmente .
E o melhor: dessa vez NÃO é uma alucinação
Mais eu duvido muito que Edward vá deixar a sua vida de padre pela Bella.
Até pq ela se casa cm o Jacob :((
Postar um comentário