De Repente... Religiosa - Capítulo 25: De Repente... A Noviça Rebelde

PE. Edward

"Mas o que significa isso?" Perguntei encarando boquiaberto a jaulinha vermelha que trazia uma Sky peluda dentro. Ela latiu, e eu logo a libertei, pegando-a em meus braços, e fazendo um pequeno cafuné em sua orelha.

Quando eu ergui meus olhos, Rose já estava correndo da casa, e indo em direção á seu carro.

Deixei Sky no chão por um momento, e corri atrás dela:

"ROSE!"

"Vamos, Emmet, vamos!" Ela gritou para Emmet que estava em seu carro, esse simplesmente parou de ler a revista sobre "Pequenas Empresas, Grandes Negócios", e nos encarou totalmente alheio.

"Ei, Rose! Espera! O que significa isso?" Por que chegar a minha casa carregando a jaula de Sky significaria o quê?

"Desculpe Edward!" Ela gritou enquanto abria a porta do carro e o ligava. "Mas não posso falar! Se eu ficar muito aqui, eu vou, então... Ah!" O carro não pegava por mais que Rose xingasse e girasse a chave na ignição. "Eu sabia que algo daria errado... Eu avisei... Eu avisei... Agora a Lei dela passou para mim!..."

Isso foi a deixa para eu me aproximar do carro dela, e me encostar-se ao capô.

"Rose... O que houve?" Perguntei o mais calmamente possível, porém lançando um olhar penetrante para ela.

Ela fechou os olhos e começou a abanar a cabeça milhares de vezes, enquanto cerrava a boca.

"Céus, Emmet! O que ela está fazendo?" Emmet levantou os olhos de novo da revista, e fez um gesto de paz e amor, com uma cara de quem havia acabado de dar um tapa.

"Ei... Mano bro... firmeza? Sabia que aqui nessa revista, tem cem maneiras de se acender um cigarro...?"

"É motor, seu idiota!" Rose gritou, e logo tampou a boca para se impedir de falar mais alguma coisa.

"Rose, o que você quer me dizer, mas ao mesmo tempo não pode me dizer...?" Pressionei.

Ela parecia estar tendo convulsão, pois se movia de um lado para o outro, tremendo a cada momento, e com as mãos tampando a boca com extrema força, que até algumas veias se sobressaltavam.

Emmet então cruzou as pernas, jogou a revista pro ar, que foi cair no jardim da casa paroquial, e nos olhou.

"Rose... É melhor contar para ele... Ele tem direito..."

Ela continuou se balançando.

"Rose, amor... Ele precisa saber..."

Continuou se balançando.

"Rose... Xuxuzinho... Meu picolé de framboesa assada..."

"Inferno! SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME DIZER O QUE ESTÁ ACONTENCENDO?"

Os dois me olharam assustados por um momento pela minha explosão, mas eu já não estava agüentando todo aquele suspense chato que os dois faziam.

"Edward... Ela... Vai... Me... Matar..."

"Quem?"

"Ela..."

"Rose, pelo amor de Deus!" Exclamei quase a balançando e a fazendo falar.

"Se você não contar, eu conto." Emmet disse, e Rose deu um pulo gritando um sonoro "Não!"

"Você é um insensível Emmet, não pode contar essas coisas!" Ela exclamou. Emmet murmurou um "Tá bom" e deu de ombros.

"Ok... Agora me conte o que aconteceu...?"

"Então..." Ela começou. "É para você cuidar de Sky... Pois, ela não tem onde ficar..."

"E por que ela não tem onde ficar?"

"Por que... Bella foi embora dessa vida, pronto falei!"

Fiquei estático por um momento, até que as palavras começaram a se articular em minha boca.

"Bella... Morreu...?"

"Não, seu idiota! Ela entrou para o convento!" E assim quando ela testou o carro, ele pegou, ela rugiu pneus, não sem antes eu ouvir uma exclamação acusatória de Emmet:

"Depois eu que sou o insensível, não é?"

"Você. Pode. Me. Dizer. O QUE RAIOS BELLA FOI FAZER EM UM CONVENTO?"

Eu tentava controlar a raiva que estava se formando em meu peito, até que algum infeliz tivesse a capacidade de me dizer a grande dúvida de toda a história.

Apesar de Rose ter conseguido ligar o carro, eu logo peguei meu Volvo e os segui praticamente pela cidade inteira, até que Rose cansou de embaraçar seus cabelos com todo aquele vento que estava fazendo e parou o carro em um posto de gasolina.

"Edward..." Ela suplicou, se abraçando á Emmet, que continuava lendo a revista. "Poxa, Emmet, você poderia dar uma ajudinha aqui, não é?"

Ele ergueu os olhos lentamente e batucou o dedo no queixo enquanto dizia intelectualmente.

"Eu estou tentando arranjar um bom futuro para nossos filhos, através das leis e física quântica e do plano cartesiano do sangue AB positivo..., misturado com um pouco de querosene..."

"EMMET!" Ela gritou e tirou a revista das mãos dele. "Essa revista é para idiota, porque nunca esses assuntos estariam ligados á um só! Se você estiver vendo mulher pelada por trás disso... Ei!" Ela franziu o cenho enquanto girava a revista a fim de ver melhor. "O que é 'De repente... Religiosa...?"

"Rose!" Emmet brigou e pegou a revista de volta, que nas folhas estavam coladas várias outras. "Isso aqui é confidencial! Sabia que a autora tem uma versão resumida da história, com todo o final? Nós dizemos uma troca... E Edward, sabia que a Bella no capítulo 26..."

"Cala a boca, idiota! Você não pode ficar contando a história!" Rose exclamou.

"Ei, é legal saber o nosso futuro... Senti-me como Heaven e os olhinhos mágicos..."

Eu quis esganar os dois que estavam ali em minha frente.

"Ok, Emmet. Então você pode me dizer o que aconteceu com Bella?"

"Ah espera..." Ele voltou a olhar. "Bem... Vamos ver... Hmm... Interessante... Ei, por que eu não estou nessa cena também...? Ah tá... Bem, Bella entrou no convento."

"Essa é minha fala, idiota!" Rose gritou e apontou na folha a fala de Emmet.

"Ah certo, eu só estava recordando Rose! Bem, Edward... Vou ler exatamente o que está aqui. 'Quando Edward no posto de gasolina pede para saber o que está no script por que ele esqueceu o seu em casa, Emmet diz: 'Bella entrou no convento, porque descobriu que é essa sua vocação, mano. ' Pronto, é isso que tá aqui."

"Como assim, ela descobriu sua vocação?"

Emmet largou o script e me encarou um pouco culpado.

"Sei lá cara... Acho que ela está tentando te esquecer..." Depois, ele sorriu e murmurou um "decorei".

"Mas por quê? Por que um convento?"

"Não sei..." Ele coçou a cabeça. "Rose, você tem uma fala a cerca disso?"

Ela rolou os olhos e se voltou para mim. "Edward, você tem que impedi-la de fazer essa burrada... Quer dizer, não que entrar no convento seja burrada, mas entrar no convento quando NÃO se tem uma vocação, aí sim é... Quer dizer, isso é mal para os outros, por que é a BELLA É LOUCA! Sabe-se lá o que ela pode fazer lá dentro!"

"Mas... Ela e o nosso filho...? Ela... Entrou grávida...?" Eu estava extremamente confuso.

"Edward," Rose me passou uma garrafa de pinga e Emmet a notinha para eu pagá-la depois. "Ela... Perdeu..."

"O bebê?"

"Não, o juízo, idiota! Desculpe... Quer dizer o juízo também... Mas ela perdeu o bebê."

"Mas... Mas... Foi por isso que ela entrou?"

"Edward, eu não sei, ela não falou nada... Ela começou a dizer que tinha vocação, que as desgraças que aconteciam na vida dela, eram para ela ver o caminho a se seguir e vai lá se saber mais o quê..."

"Edward, você quer que eu leia o script para saber o que você vai fazer a seguir? Claro... Depois da parte de se chutar mentalmente, e dizer o quanto você é condenado, idiota, bipolar..."

"Não precisa Emmet." Murmurei, e saí dali o mais rápido o possível em direção ao Volvo. "Sky..." Murmurei o nome da cachorra quando a vi em sua jaulinha dormindo lindamente. "Sua mãe... É... Louca..."

E assim cantei pneus até uma área afastada da cidade onde ficava o convento de NYC.

Bella

"Você TEM QUE lavar o rosto!"

"Eu não TENHO QUE nada!" retruquei, cansada enquanto continuava andando pelos corredores.

"Esse convento tem regras!"

"Regras foram feitas para serem quebradas!"

"Então terá que sair daqui!" Isso foi golpe baixo, e eu parei no lugar, me voltando lentamente para a mulher baixinha e na casa dos quarenta que me seguia o dia inteiro.

"Olhe..." Suspirei, e tentei falar com a voz mais fininha que eu consegui. "Esse rímel, esse blush, batom, essa sombra, e esse lápis são naturais... Sabe? Eu nasci com eles grudado em minha pele... Minha mãe sempre desejou cosméticos na gravidez, e como não tinha dinheiro, nasci com eles!"

A baixinha me encarou cética.

"Ok... Você venceu..." Suspirei e comecei a movimentar meus pés em círculos. "Eu fiz maquiagem definitiva, e a menos que eu arranque minha pele fora, ela continuará aqui, tchau!"

Saí correndo e só ouvi os gritos da baixinha atrás de mim. Quando já tinha corrido uma grande quantidade, parei e controlei a respiração, enquanto ajustava a peruca no alto da cabeça.

Meu cabelo pinicava agora que nem quando você coloca aquelas pós chatos na pele, isso devido ao fato de eu não querer abrir mão do meu longo cabelo castanho que demorei vários anos para conseguir.

Talvez fosse a nome da vaidade... Ok era em nome da vaidade... E era meio estranho querer preservar vaidade em um lugar que não se podia? Não, não era!

Ei! Eu era noviça, mas era mulher!

OPS! Céus! Isso me lembrou cenas de minha vida passada... Que eu não queria recordar... Eu não vou recordar... Lálálá...

Então, passou um padre velhinho em minha frente que celebrava as missas no convento, e eu tive que controlar as risadas, com o choro, e a crise de histeria que se seguiria a tudo isso.

"Oi padre." Cumprimentei.

Ele acenou, e foi embora, enquanto eu começava a me sacolejar para não proferir e nem pensar nas palavras.

"Bella! Mas o que você está fazendo dançando no meio do corredor?" Alice chegou petulante, vestida em sua roupa de noviça. A roupa ficava meio estranha em seu corpo, e bem... Eu vestia a mesma então não poderia falar muito mal aqui.

"Isso é dança?" Rolei meus olhos. "Isso aqui tá mais é para dança da chuva, do que uma verdadeira DANÇA! Puts... Puts..."

Ela rolou os olhos. "Bella, você só está aqui há duas semanas e já criou uma fama no convento inteiro... Você tem noção que daqui a pouco as madres vão pedir voto de silêncio, e ninguém vai poder falar com ninguém... E você vai ficar excluída em seu canto, somente você e seus pensamentos?"

"Deus me livre!" Ficar sozinha com meus pensamentos era o que eu menos queria.

"Pois então se comporte!" Ela brigou e foi embora. Suspirei enquanto pensava que eu agüentara duas semanas ali.

Convento não era tão chato quanto eu imaginava... Quer dizer, para quem tinha vocação, COMO EU, se dava muito bem... E era algo realmente impressionante... E tão... Intensamente... Religioso... Que... Até para pessoas 'De repente religiosas' a coisa pegava fogo.

Ok. Era chato. E confesso que a única coisa que me prendia ali era o pensamento que se eu saísse como eu poderia viver?

Eu não tinha nada... Não tinha ninguém – isso é uma pequena mentira, mas enfim... – e o mundo se resumia á uma pessoa... Uma pessoa que não servia para mim – não é que não servia – simplesmente era muito complicado, algo proibido, e coisas proibidas necessitavam ser cortadas com faca.

O que o amor com Edward havia me trazido nos últimos seis meses?

Preocupações... Incertezas... Maluquices... Idiotices... Problemas... Ameaças... Sofrimento...

Tinha as coisas boas, porém, não dava certo, e eu precisava fugir disso, por mim e por ele.

Afinal, NINGUÉM queria que ficássemos juntos. Minha mãe, os pais dele, o bispo, até Deus, vai lá se saber.

Os únicos que apoiavam eram um bando de românticos da juventude que apoiavam o amor, e tudo... Mas quando se é maduro, QUE NEM EU, você vê que o amor não é a única coisa que basta... E a confiança? E o respeito? E... Enfim, é melhor não pensar mais nisso.

O padre passou de novo, e dessa vez eu não consegui evitar:

"É padre, mas é homem!"

"Oi, minha filha?"

"Nada não seu padre... Amém!"

Ele me encarou como se eu tivesse um problema, e depois saiu, com as mãos nas costas e as pernas tremelicando.

Poderiam trocar o padre do convento por um mais novo, não é?

EPA! NÃO! Melhor não...

Padres novos... Padres bonitos... Bella... De repente religiosa... Isso não prestava. Ok, esse padre estava de muito bom tamanho.

Eu tinha uma nova super amiga no convento que era minha companheira de cela/quarto Ângela, que era um amor de pessoa e AQUELA sim tinha uma vocação enorme.

Nós dávamos bem, e eu sempre tentava no distrair contando piadas, até que um dia enquanto estávamos todos almoçando no refeitório, inclusive a madre Mary – que era irmã da Senhora Lucas, e me acolheu muito bem – eu bati com o garfo na taça e me levantei limpando a garganta.

"Caras amigas de convento..." Comecei, com a voz mais respeitosa que eu consegui achar. "Estamos aqui reunidas nesse momento harmonioso para comermos e alimentarmos nossos corpos, pois nossas almas já são alimentadas por Deus! Aleluia!"

E todos bateram palmas.

"Bem... Sabe o que é..." Cocei a cabeça. "Eu tenho uma piada... Na verdade, é uma piada MUITO boa que eu aprendi outro dia... Quer dizer, fora daqui... E acho que tem tudo a ver..."

"Irmã Swan, por favor, não é o momento adequado." A madre me cortou, e eu bufando me sentei na cadeira.

Porém eu iria contar aquela piada nem que para isso eu tomasse a minha vida inteira ali dentro até ter a infeliz oportunidade.

E esta se mostrou em um domingo de madrugada – cinco horas da manhã – que estávamos na capela do convento, assistindo uma missa, quando na hora da homilia eu peço para ter a palavra.

O padre me olhou assombrado, e eu já tinha percebido que ele tinha certo SUPER medo da minha pessoa, e sinceramente eu nem entendia o por que.

Povo estranho.

Então eu roubei o microfone e disse que tinha uma piada que mostrava muito bem que estávamos no caminho certo de Deus e a Trindade.

"É assim gente... Presta atenção..." Limpei a garganta e observei a madre tampar o rosto com as mãos no outro lado da capela. Sorri amarelo, e continuei:

"O diabo um dia chegou a Jesus e fez uma aposta. Sobre quem digitaria mais rápido! Jesus aceitou, e no dia do confronto, Jesus estava com um computador pobrezinho, e o diabo com um computador super moderno. Então, eles tinham meia hora para digitar o maior número de coisas que poderiam, e quem digitasse mais, ganharia a aposta. Então... O diabo saiu na frente, pois ele digitava furiosamente enquanto Jesus estava muito calmo... Então, faltando um minuto para acabar o tempo, acaba a luz, e os computadores pifam. Os humanos da Cyber que estavam de jurados decidem que quem tiver mais documento salvo, ganha."

"Então... Quando abriu os arquivos veio: "Jesus: 10KB, e diabo: 0KB." E Jesus ganhou! Mas o diabo reclamou que ele ganharia e não o Jesus, que estavam roubando e tudo... Então os humanos viraram para ele e disse: 'Só que você se esqueceu de uma coisa muito importante... SÓ JESUS SALVA!"

Eu comecei a rir tão escandalosamente depois, que minha barriga e minhas bochechas começaram a doer horrores.

As caras das pessoas foram tão impressionantes, tão impressionantes que eu nunca mais abri a boca para contar uma piada somente para descontrair o ambiente.

Então... Um belo dia de sol... Disseram que eu tinha uma visita.

Eu achei estranho, afinal, quem me visitaria?

Não era muito comum isso lá, quando nós estávamos lá para nos desconectar do mundo.

Então eu fui toda sorridente para os jardins onde me esperavam, e dando um grito, que chegou a fazer com que passarinhos voassem das árvores, eu vi uma Sky com os pelinhos esvoaçando vindo em minha direção.

"SKY!"

Ela corria que nem uma alucinada e o pontinho branco no meio das coisas verdes me fez ficar mais feliz.

Como eu pudera me afastar daquele pedaço de projeto de cadela?

Ela pulou em cima de mim e apesar da massa dela ser 0, 000007, o impacto foi bem forte, e eu caí no chão com ela lambendo minha cara e eu rindo enquanto fazia cafuné em todo o corpinho dela.

"Ah... Eu não sabia que estava tão inteligente assim!" Sorri, enquanto me sentava com ela no colo e a assistia tentar cortar a minha roupa de noviça. "Fazendo visitas e tudo, como achou?"

Ela latiu e olhou para trás e eu simplesmente sorri para a branquinha de pequeninos olhos azuis.

"Desculpe, viu? Mamãe é muita desnaturada... Eu prometo que peço para você ficar aqui... Tá? Mamãe te ama..." comecei a rolar com ela na grama, até que o sol não mais nos cobria.

Quem tampou o meu sol?

Eu já estava quase correndo com Sky alucinadamente para fugir dos dementadores e tirar debaixo do meu colchão a minha varinha do Harry Potter, quando uma voz irrompe o ambiente:

"E o pai dela, também não ama?"

Puta... Merda... Eu vou ali e morrer e talvez eu volte... Talvez... Só talvez...

Repito. Talvez!

Fiquei paralisada com Sky no chão em uma posição meio bizarra, e até tomar coragem de levantar os olhos lentamente, foi um longo processo.

Então eu vi pela sombra uma forma alta e com músculos perfeitos, e... Olhando diretamente para ele, eu vi Edward ali.

Com toda sua perfeição e bipolaridade juntas.

"Sky, você disse que veio sozinha!"

Engoli em seco, e limpei a garganta:

"É... Oi?"

"Oi?" Ele retruca. A cara dele estava irada, o maxilar rígido e o pomo de adão saltando alucinadamente.

"É assim que a gente cumprimenta as pessoas não...?" Me levantei rapidamente, aproveitando e pegando Sky comigo que tentava morder a todo custo minhas roupas.

Encaramos-nos frente á frente, e depois dei meio passo para trás e girei nos calcanhares pronta para ir embora.

"Onde você pensa que vai?" Ouvi a voz dele.

"Ir embora!" Gritei por cima do ombro, e quase corri em direção as portas. Mas logo seu braço forte prendeu meu cotovelo.

"Com Sky junto?"

"Ah... É..." Observei à pequena e virando rapidamente para evitar olhar em seus olhos entreguei Sky e saí correndo.

Eu tentava ao máximo fugir de Edward. Eu que não queria ouvir mais acusações e bipolaridades!

Céus! Nem no convento eu estava segura?

Porém ele me pegou antes que eu chegasse à porta, e quando eu fui gritar e disser que 'ali tinham freiras, pelo amor de Deus' ele me arrastou até atrás de uma árvore onde ninguém poderia nos ver.

"Você é louco?" Gritei ajustando minhas saias, e tentando me soltar do aperto de seu braço, que me impedia de sair correndo de novo,

"Eu, louco?" Ele riu debochado. "Você que é louca, Bella!"

"Me solta, Edward!" Gritei. "Não precisa me ofender também, ok?"

"Por que raios você veio parar nesse convento?" Ele perguntou, irado.

"Por que raios você é padre?" Retruquei.

"Bella, você não precisava vir aqui... Você sabe tão bem quanto eu que não tem vocação nenhuma!"

Eu fiquei lívida.

"Está me dizendo que eu NÃO POSSO ENTRAR NO CAMINHO DE DEUS?"

"Estou te dizendo para deixar de ser bipolar porque esse papel é MEU!"

"Desculpa se eu roubei seu papel, é que eu não vi seu nome nele, seu..."

"Bella, deixa de ser louca!"

Minha boca se abriu em um perfeito "O".

"LOUCA? EU? DO QUE VOCÊ ME CHAMOU SEU PADRE CONDENADO..."

"Bella!" Ele exclamou, me apertando pelos ombros. "Você não consegue ver a razão?" Ele apontou para a paisagem ao nosso redor. "Isso aqui não é para você! Você tem outras vocações..."

"Outras vocações enquanto você tem a sua vocação! Então me deixa com a minha e você com a sua! Pronto! E viveram felizes para sempre!" Retruquei.

"Você não precisava estar fazendo isso!"

Eu tentei fugir, porém ele me segurou de novo.

"Edward, me deixa ir!"

"Por que você não foi ao encontro?"

"QUE ENCONTRO?"

"Eu marquei com você, Bella! Depois da boate..."

"Enfim, tanto faz o que você está falando..." Exclamei. "O que você iria dizer 'N-A-D-A!"

"Eu iria dizer que eu estava largando a batina!"

"VOCÊ JÁ ME DISSE ISSO ANTES!" Esperneei. "E fique sabendo que o bispo não expediu o seu pedido para Roma!"

"O quê?"

"Eu fiquei sabendo que tudo o que aconteceu para nos separar foi por causa dele! Pergunte á SUA MÃE!"

"Esme?"

"É... Céus, Edward, você está me dando dor de cabeça..." Eu fugi dele, e comecei a caminhar em direção ao convento, porém ele me alcançou de novo, e me fez encará-lo.

"Você veio aqui para esquecer-se de mim, não foi?"

"FOI! E VOCÊ NÃO ESTÁ AJUDANDO NISSO!"

"E quem disse que eu estou aqui para ajudar?" Ele perguntou me olhando intensamente. Seus olhos verdes estavam um pouco estreitos devido ao sol, e seu rosto parcialmente iluminado me fazia lembrar coisas... Oh Jesus.

A condenada definitivamente era eu.

Quanto tempo eu teria que ficar ali até esquecer Edward?

Enfim, depois desse tempo todo, quando eu voltasse a vê-lo, quando eu deixaria de sentir as mesmas coisas que eu sempre senti?

Céus! Céus! Jesus me salva!

O rosto de Edward foi se aproximando lentamente do meu, e eu quase cedi, quando a luz se fez, ou a voz, tanto faz:

"BELLA! ONDE VOCÊ ESTÁ?" reconheci a voz de Alice, e usei isso como desculpa para ficar o mais longe de Edward.

"Saia daqui, Edward!" Disse á ele, que esfregava o maxilar com as mãos em uma atitude frustrada.

"Céus, Bella! Nós precisamos conversar!"

"Eu não tenho nada á conversar com você!"

"Mas precisa!"

"Não preciso!"

"BELLA?"

"Vá embora!" gritei correndo em direção á voz.

Porém, ele mais uma vez correu em minha direção e me agarrou pelo braço me fazendo olhar para ele.

Seu rosto carregava uma expressão maliciosa que abalou as minhas estruturas super inocentes de noviça rebelde.

"Eu não vou deixar você se esquecer de mim, Bella."

"Do que você está falando? Está louco?" Exclamei chocada.

"Agora..." Ele murmurou pausadamente. "É a minha vez de correr atrás de você." E assim ele juntou nossos lábios por dois segundos, e se separou me deixando ali sem oxigênio no meio do jardim.

Quando minha consciência retornou, eu gritei:

"E QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ACHAR QUE EU CORRIA ATRÁS DE VOCÊ? O PADRE EDWARD CULLEN?"

Ugh! Ele era o padre Edward Cullen.

"Bella?" Alice chegou me achando ali. "Você está louca?"

Eu encarei o lugar onde Edward estava há poucos minutos, e com uma expressão de pânico eu saí correndo, e só parei quando estava devidamente encoberta pelos lençóis e travesseiros de minha cama.

"Eu nunca vou me livrar disso... Nunca... Nunca... OHMEUDEUS... Ele vai vir atrás de mim... Eu tenho que me esconder..."

Pois eu sabia... Oh minha nossa senhora dos padres bem afeiçoados... Eu sabia que se isso continuasse, eu nunca o esqueceria.

Alguns dias depois, enquanto eu fazia minhas orações matinais, ou pelo menos tentava. Ok, eu olhava um ponto fixo da bíblia enquanto tentava manter meus olhos abertos.

Afinal era de madrugada e eu tinha que acordar. E eu não estava acostumada á isso. E acho que nunca me acostumaria.

De repente, Ângela entrou se debatendo dentro do quarto. O cabelo se encontrava todo despenteado, o peito dela subia e descia rapidamente, e gotinhas de suor escorriam por seu rosto, parando em sua boca encurvada, formando ao todo uma expressão muito sinistra.

Eu fui perguntar se ela tinha visto o diabo, quando ela caiu em minha cama, com os braços estendidos e olhando idiotamente o teto.

Arqueei uma sobrancelha, ainda continuando na mesma posição e encarei o teto também a fim de ver se realmente tinha algo interessante.

É... Não tem.

Então Ângela mudou a posição da cabeça para o lado e me encarou, e eu arqueei mais ainda minha sobrancelha.

"Bella..." Ela murmurou.

"Deus me livre menina, tá morrendo? Vai morrer em outro lugar porque eu sou muito jovem e..."

"Não!" Ela se levantou em um salto e ficou de cócoras na cama, se movendo a todo instante e me olhando com uma expressão ansiosa e ao mesmo tempo culpada. "É por que você não sabe... Ohmeudeus! Que vergonha! Eu deveria ir para o inferno!"

Quase ri, e deixei a bíblia de lado enquanto me aproximava da coitada e assumia uma expressão 'mulher vivida'.

"De ir para o inferno eu entendo bem, vamos qual é o problema?"

"O problema? O problema é justamente é esse! Não há problema!"

"É... Oi?"

"Quer dizer, há problema sim! Ohmeudeus! Eu não sei mais o que eu faço!" Ela ameaçou sair correndo, até que eu a segurei pelos ombros.

"Ei, me conta o que houve... Sim?"

"Então você não ficou sabendo?" Os olhos dela brilharam.

"Se eu souber vou ficar que nem você? Por que se for, nem comece..."

"Claro que vai!"

"Então nem conte!"

Credo. Não queria pegar a doença que ela estivesse.

"Não, Bella... Ouça... Eu estava andando pelos corredores, quando eu vi! Eu pensei que era uma visão!"

"Desenrole."

"Ok. Então... Eu vi a madre Mary falando com o padre Moacir..."

"O velhinho?"

Ela assentiu ansiosa demais para me criticar por chamar o padre de velhinho.

"E o padre disse que quer se aposentar... Que vai sossegar agora..."

"E por isso você está assim?" Jesus. Ela era doida ou o quê?

"Não!" Ela deu um riso histérico. "Então... A madre disse que tinha um candidato que estava interessado..."

"Existem candidatos á padres?"

"Então," Ela ignorou minha pergunta. "E este padre chegou agora para rezar a primeira missa!"

"E você está assim por que o seu querido padre Moacir foi embora?"

"Não, Bella... É que..."

"Garotas, é hora da missa!" Uma freira disse na porta, e logo nos apressamos para ir até a capela.

Outra noviça então veio em minha direção.

"Bella! Você ficou sabendo?"

Era impressionante como as pessoas meio que se amontoavam ao meu redor agora. Era como se eu fosse à líder revolucionária ou vai lá se saber o que mais.

"É..."

"Então!" Ela nem esperou eu falar. "Eu ouvi um boato que a madre vai decretar voto de silêncio por uma semana, para ninguém comentar sobre isso, já que chegou aos ouvidos dela sobre os comentários!"

"Mas que..."

"Já são cinco horas!"

Revirei meus olhos e levantei a bainha da minha saia ENORME. Fui até meu lugar de costume na capela, e cruzei as pernas, esperando pacientemente que a missa começasse, e eu pudesse dizer a minha mão sua nova utilidade:

Travesseiro!

Houve uma séria de murmúrios, e eu achei estranho. O que estava acontecendo com aquele convento hoje?

Então, o grupo de freiras responsáveis pelos cantos começaram a tocar... Mas nem deu dois minutos, a madre entrou e com um gesto pediu a palavra.

"Desculpe irmãs. Mas eu tenho um comunicado."

Então eu finalmente disse á minha mão seu novo papel, e fiquei olhando sonoramente para a madre, que nos olhava todas e seu olhar parou mais sobre mim.

Por que será?

"Durante uma semana teremos voto de silêncio. Ninguém poderá falar nada, e somente ficará com seus pensamentos. Quem quebrar terá que pagar com penitências."

Então eu ri, e disse:

"HAHA, ALICE SE FERROU!"

Então várias cabeças se viraram em um "Puf" em minha direção, e eu com um sorriso amarelo, me encolhi em meu assento.

"Certo..." A madre limpou o suor da testa com um lencinho. "Somente nas missas vocês terão permissão para falar. E... Amém!"

Eu ainda queria saber o porquê de estarmos sendo punidas sendo que nem fizemos nada.

Quer dizer, eu não fiz, e sendo que eu era a maior causadora das coisas... Era a mesma coisa de se dizer que estava sendo algo injusto.

Estava me levantando para ir atrás da madre e proclamar os meus direitos penais, legais, furais, e vai lá se saber mais o quê, quando as freiras do canto começam a cantar, e eu congelo em um posição bizarra – meio sentada, meio levantada.

Então... Um cara extremamente bonito, com cabelos cor de bronze emaranhados no alto da cabeça, olhos verdes cintilantes, uma meia cruz no pescoço, e vestido com batina branca e estolas vermelhas, entrava.

Oh Jesus... Minha boca se abriu em um perfeito "O".

"Senta Bella!" Alice que não sei como se sentou ao meu lado, disse me puxando pela saia para baixo.

Então eu sentei...

"O que seu irmão faz aqui?" Murmurei para ela.

Ela rolou os olhos. "Você sabe o quê."

"Mas... Mas..."

"Vocês são dois idiotas. Querem brincar de coelhinho, brinca, mas não como padre e freira!"

Eu olhei assombrada para ela. "Quem disse que eu quero brincar de coelhinha com seu irmão?"

"Não foi isso que você me disse outro dia..."

"Que dia?"

"ENTRA NA MINHA CASA... ENTRA NA MINHA VIDA..."

Se tiver uma coisa que eu gostava mais do que ouvir e cantar a música, era o ouvir o próprio cantor cantá-la.

Por que alguém teve a cara de pedir para que ele cantasse a música, e ele... Cantou.

Não! Não! Eu não gosto dele cantando... Não gosto...

Eu não conseguia ficar mais lá naquela capela. Não com Edward de padre ali, celebrando uma missa, cantando "entra na minha casa", e me fazendo ser bipolar.

Então me levantei, e vi uns pares de olhares me encarando, dei um sorriso amarelo, e acenei enquanto passo por passo, andando na horizontal fui indo em direção á porta.

"Vou ao banheiro... Sabe como é..."

Então saí correndo assim que cheguei à porta.

Só parei quando cheguei aos jardins e minha respiração foi se normalizando.

Depois de vários minutos, o que pareceu uma eternidade, a missa acabou e a madre veio em minha direção, me chamando para sua sala.

Lá dentro ela disse que eu não poderia mais sair de qualquer jeito da missa, como se tivesse fugindo da forca.

A vontade era de dizer que eu estava fugindo, sim... De Edward, porém eu me calei.

Então, eu disse que as necessidades fisiológicas foram maiores, e que eu não faria de novo, e eu saí de lá antes que ela começasse a dizer a maneira correta de se limpar a bunda.

Então andando pelos corredores naquele dia e chutando pedrinhas invisíveis, e odiando não poder falar com ninguém, eu idealizei que Edward era mais bipolar do que eu imaginava.

Parecia que a gente não era padre e noviça, era mais para cão e gato, uma hora se ama, outra se odeia...

Se tivesse algum concurso sobre "casal mais bipolar do mundo", os concorrentes nem se atreveriam a competir com Edward e eu.

Então... Naquele silêncio, somente quebrado pelo soar do vento e do canto dos passarinhos, eu percebi que a madre não havia dito nada sobre conversar consigo mesmo.

"Vida dura... Vida cruel..." Comecei, e me senti revigorada com o som de minha própria voz. Comecei a tagarelar o caminho inteiro, falando coisas desconexas, chegando até a cantarolar algumas músicas religiosas, somente para não entrar em estado altamente depressivo, e evitar pensar em maneiras de me matar com a faca da cozinha.

"BUH!"

"Ah meu Deus do céu!" Eu praticamente tinha pulado cinco metros somente com esse susto. E com a mão no coração e minha boca aberta eu olhei para o menor infrator que havia feito aquilo.

Por que será que eu não me surpreendi quando vi Edward ali?

"SEU DESCONJURO!" "Berrei" em sussurros.

"Oi Bella." Ele deu um lindo sorriso torto.

"UGH!" Bufei e virei às costas. Que ele não venha atrás de mim... Que ele não venha atrás de mim...

"Ei, onde você está indo?"

Eu olhei para ele e arqueei bem as sobrancelhas querendo que ele lesse minha mente e visse o "não é da sua conta!" que estava estampado ali.

Ele olhou para os lados rapidamente e se aproximou de mim.

"Eu te disse que não te faria esquecer-se de mim..."

Eu bufei.

"Fala alguma coisa, Bella!"

"VOCÊ VAI ME FAZER QUEBRAR O VOTO DE SILÊNCIO."

"Ei, não fui eu." Ele ergueu as mãos em rendição. "Você já estava conversando sozinha há algum tempo... Quem é mestre dos magos?"

Eu fiquei fula.

"Seu... Seu..." Desde quando ele tinha ouvido? Meu Deus, quais foram às partes que ele ouviu?

Tomara... Tomara que ele não tenha ouvido a parte que eu relatava as coisas nojentas de minha infância. Como que, eu comia os caramujos que apareciam depois de chuvas no jardim de minha casa em Washington, e ainda enchia a boca para dizer isso. Ei! Todos têm seus pobres!

Então bufei e virei às costas novamente, e Edward puxou meu braço e me prendeu contra a parede.

O ar faltou em meus pulmões e eu encarei o infeliz em minha frente com fúria.

"Você é louco?"

"Por você..." E sua boca se aproximou de minha para me beijar, quando eu tomei o mínimo de consciência que ainda me restava e o afastei.

"NÃO!"

"Por quê?" Ele quase choramingou.

"Que parte do 'eu não quero mais me envolver com padres' você não entendeu?"

"Quer dizer que você vai se envolver com outras pessoas?" Ele riu. "No convento?"

"Argh! Quantos anos você tem, Edward, cinco?"

Ele encolheu os ombros. "Eu já te disse, estou tentando evitar que você desperdice tempo em sua vida... Você sabe que um dia vai vir para meus braços, e por que não mais cedo...?"

"Há!" ri. "Que convencido você é! Você não era assim!"

"Não é convencimento, só estou enxergando os fatos... E a verdade... Você NÃO quer enxergar, Bella... Esse é o seu problema."

"Então sabe qual é o SEU problema? Ser bipolar! Não dá certo ficar com um padre, ainda mais sendo bipolar! Você antes me dispensou e disse que era o fim para nós, agora você vem aqui e diz que quer continuar...? Quem me garante o que você vai querer daqui cinco minutos?"

Ele bagunçou os cabelos, frustrado.

"Não faça assim, Bella... Ouça, vamos deixar as coisas mais fáceis..."

Coloquei a mão na cintura em uma atitude desafiadora.

"Tipo como?"

"Tipo, você... Comigo... Esperando a carta vir de Roma..."

"Mas a carta não vai á Roma! O bispo não mandou!"

"Ele mandou!" Ele disse, me surpreendendo. "Eu fui conversar com ele, Bella. Ele me mostrou uma espécie de 'recibo' ou segunda via se preferir, e ela realmente foi mandada..."

"Então esse bispo é meio louco..."

"Ouça," Ele disse, segurando meus ombros. "Eu conversei com minha mãe também, e tudo está resolvido..."

"Não..." Eu fechei meus olhos por um instante. Como que eu diria á ele que eu não estava mais esperando o seu filho?

Era capaz dele somente estar naquela insistência devido ao bebê, e quando eu contasse... Ele fosse embora, achando que não me devia mais nada.

Então eu respirei fundo, e suspirei:

"Edward, eu não estou mais grávida..."

"O quê?" Ele murmurou pausadamente.

"Foi isso o que você ouviu. Eu perdi o meu bebê..." meus olhos começaram a marejar enquanto eu me lembrava do filho que eu amara tanto mesmo sem nem conhecer.

Eu não conseguia decifrar a expressão de Edward, porém durante longos segundos o silêncio se instalou sobre nós.

"Então... É por isso...?" Ele perguntou calmamente.

Eu sabia que logo ele viria com as acusações, e toda aquela dor novamente, então eu simplesmente aproveitei de seu momento de inércia e virei às costas, indo embora.

Dias se passaram novamente, e eu estava respondendo á uma carta de Jake.

"Eu estou bem, ainda bem... Edward? Ele está rezando a missa aqui mesmo. Não, eu não estou me envolvendo com ele, eu nem converso com ele, Jake. Eu definitivamente não quero mais nada com ele... Eu te disse... Eu estou bem sim, rezando demais e acordando cedo demais, mas estou bem..."

Eu estava ficando um pouco irritada com Jake, pois de uma hora para outra o conteúdo de suas cartas sempre partiam de uma mesma essência.

"Se você quer mudar de vida como diz, você pode escolher outro jeito."

Primeiramente começou com indiretas, e depois, ele já estava indo bem direto mesmo.

"Você pode mudar sua vida comigo. Eu te faria esquecer ele, e mesmo senão... Bem, eu entenderei."

Eu sabia que Jake me amava de verdade, pois nenhum homem seria capaz de fazer ou propor o que ele fazia, porém eu sempre respondia que estava bem ali, e obrigada pela preocupação.

Então, quando estava terminando de redigir a carta, uma Alice com uma expressão muito séria entrou em minha cela/quarto.

Ela ficou parada no lugar, esperando que eu a encarasse, o que eu fiz só depois de terminar a carta, dobrá-la e colocar gentilmente dentro dos envelopes.

"Que foi sininho?" Nós ainda estávamos no voto de silêncio, mas Alice de vez em quando se esgueirava ao meu quarto, e soltava toda sua voz resguardada.

"Bella," Ela ergueu as mãos para o ar, como se tivesse inconformada com algo. "Estou cansada de você e meu irmão..."

"Que horror. De sua própria amiga e irmão?"

Ela rolou os olhos. "Não estou falando de vocês dois separados, mas sim juntos! Até o papa sabe que ele veio aqui por sua causa, e você continua o dispensando!"

"Estou certa, não?" arqueei uma sobrancelha.

"Não! Quando você ainda continua amando ele, e só não cai nos braços dele por um orgulho ferido!"

"Não é orgulho ferido algum, Alice!"

"Que seja! Não seja idiota, Bella! Teve uma época que só dependia dele, e ele estragou. Agora só depende de você!"

"Eu tomei minha decisão," Falei calmamente enquanto a abraçava relutante. "Isso vai passar, e amor sacerdotal não dá certo, cheguei á essa conclusão... Eu estou mais madura agora!"

"Mas não parece!"

"Pois estou!" Girei meus olhos.

Ela logo foi embora depois de dizer um monte de coisas, e eu pausei novamente se realmente estava no caminho certo.

Claro... Esse amor nunca daria certo, não importa o quanto mais nós quiséssemos, sempre tinha algo para nos atrapalhar.

Ouvi um limpar de garganta e tomei um susto quando vi a uma freira anciã ali, com Alice nos calcanhares.

Ela balançou a cabeça com desaprovação e me chamou com o dedo em sua direção. Eu queria dizer que Alice que fora conversar comigo, porém se eu abrisse a boca, aí que eu iria receber a penitência mesmo.

Fomos levadas a madre e ela foi informada que fomos encontradas conversando nos quartos, então ela disse que teríamos que ajudar a limpar a cozinha do convento.

Minha boca se abriu em mais um "o" e estava pronta para gritar um "isso não é justo!", quando Edward entra na sala e pede a palavra á madre.

"Estou precisando de ajuda na capela... tem alguns livros amontoados no porão, acho que minha irmã e Isabella podem ajudar se não achar incômodo, Irmã Mary."

Ele usou todo o charme dele e logo convenceu a madre.

"NÃO!" Eu gritei e logo tampei minha boca com as mãos. A madre arqueou uma sobrancelha para mim.

"Não, o quê, senhorita?"

"É... Hm... Eu tenho... Alergia á livros..."

"Á livros?"

"Não, quer dizer... A poeira de livros..."

"Ah, então... Você pode ficar com a cozinha..."

"NÃO!" Limpei a garganta e dei um sorriso amarelo. "Quer dizer... Mas eu posso fazer esse sacrifício."

Então logo fomos Alice, Edward e eu até a capela onde tivemos que realmente arrumar vários livros velhos e empoeirados que tinham lá.

Eu tive que colocar um prendedor no meu nariz, porque embora eu realmente não tivesse alergia, o pó estava me incomodando, devido á sua intensidade.

Alice começou a reclamar que ela só tinha uma roupa e não várias a fim de ficar sujando com pó, e quase não fez nada, se contar que a maior parte do tempo ela ficou com a boca aberta, tagarelando e dizendo que preferia limpar a cozinha.

"Aqui o voto de silêncio não vale certo?" Ela perguntou preocupada mais uma vez.

"E você pergunta isso agora?" revirei meus olhos, e Edward riu. A risada dele fluiu por meus ouvidos, e foi como a mais doce sinfonia. E eu logo com minha vassourinha mental afastei esse pensamento de lá.

Eu estava surpresa por Edward ainda continuar no convento, depois de eu ter dito que não estava mais grávida.

Até que ficamos sozinhos uma hora, enquanto Alice levava uns livros para dentro, e eu tentei ao máximo ignorar que ele estava bem ao meu lado.

"Então, huh," disse uma hora. "Onde eu coloco esses livros?" Apontei para a pilha que eu havia acabado de organizar.

Seu olhar recaiu sobre mim como se só tivesse notado minha presença naquele momento, e logo respondeu, depois de olhar demoradamente para os livros.

"Pode levar á biblioteca..." Ele disse hesitante.

"Ok." Murmurei e me preparei para pegá-los, porém logo ele estava bem ao meu lado... Tão perto que eu conseguia sentir as ondas de calor passando de seu corpo para o meu, e de seu cheiro...

Eu pensei que ele fosse falar alguma coisa... Ou que fosse repetir que me amava, ou vai lá se saber mais o quê, porém ele me surpreendeu acariciando meus cabelos, e minha face.

O toque aveludado de sua mão me fez me sentir melhor... Mais leve, e eu fechei os olhos me deixando levar por aquela maravilhosa sensação.

Eu respirei fundo, desejando que eu não tivesse nascido Bella Swan – com uma lei só minha, e todo o azar que vinha junto – e que ele não houvesse nascido Edward Cullen – padre e bipolar.

Então de repente eu senti os lábios dele nos meus, e todo meu corpo se arrepiou com aquela sensação única que só ele me proporcionava.

Calmamente eu senti seus lábios se movendo nos meus, e minha boca respondendo gentilmente ao seu apelo.

Eu sabia que aquilo era errado, porém eu não podia evitar aquele momento com ele.

Era como se minha mente, meu corpo implorasse por aquele momento, como uma necessidade física, uma necessidade mental. Como se eu precisasse daquilo para poder seguir em frente.

Ficamos algum tempo naquele beijo calmo, doce... Somente sentindo nossos lábios se encaixarem perfeitamente, e nossos corações baterem em um compasso só...

Até que hesitantemente ele se afastou, e ainda de olhos fechados, o ouvi murmurar:

"Sinto muito por nosso filho..." Senti uma lágrima escorrer por minhas bochechas, e então senti os dedos dele a limpando gentilmente.

Abri meus olhos e encontrei os seus verdes me encarando com um brilho diferente.

Ele não precisava dizer mais nada. Eu já havia entendido.

"É..." Eu limpei a garganta e tentei quebrar o clima que se instalara ali. "Preciso levar esses livros..." evitei seu olhar enquanto pegava desajeitadamente a pilha e tentava equilibrar.

"Ok..." O ouvi responder, e antes que eu saísse pela porta novamente, ele pegou meu braço e me fez virar para ele. "Tem certeza que não quer que eu lute por você?"

Eu fiquei sem palavras por um momento, então balbuciando calmamente, eu disse:

"Tenho."

Ele segurou meu braço por dois segundos mais, então ele o soltou e calmamente se virou, ficando rapidamente ocupado catalogando os livros.

Eu suspirei e pegando a minha pilha subi as escadas que levavam á saída do porão.

Os dias se passaram assim como os meses, e eu calmamente me via acostumada ao meio do convento. Edward continuava como padre responsável, e eu ficava ali, tentando... Somente tentando não pensar muito nele.

Edward algumas vezes tentou me fazer mudar de idéia... Mais vezes tentou me fazer enxergar que aquele não era meu caminho, mas eu sempre fazia do mesmo modo. "É assim que tem que ser, é assim que será."

Até que as investidas dele começaram a ficar menos freqüentes, chegando a ter dias que eu só o via na missa, e nunca o encontrava nos corredores, ou nos jardins esperando para falar comigo, ou somente caminhar ao meu lado enquanto ouvíamos o som da natureza ao nosso redor.

Eu comecei a ficar preocupada, mas afinal, isso era bom... Era não era?

Enfim! Era! Não era isso o que eu queria?

Quem estava sendo a bipolar agora?

Porém todo dia eu dizia á ele que não voltaria. Todo dia eu dizia que nós não daríamos certo, e que era melhor cada um seguir o seu caminho... E simplesmente... Se acostumar e viver.

"Minha mãe está certa, Edward... Eu só me relacionei com você devido á vingança doentia que eu sentia pela igreja..." Bufei. "talvez seja isso mesmo, e minha mãe enxergou em dois segundos o que eu levei meses para ver." Eu dissera á ele uma vez.

Então, chegou setembro, e meu aniversário, que passei no convento.

Vinte e três anos. Seria uma data especial, afinal, marcava um novo começo não?

Ok... Pelo menos eu tentava acreditar nisso.

Recebi várias cartas, e pude até receber algumas visitas, como de Jake, Rose e Emmet que quase me levou pelos ombros pelo convento á fora.

Jake estava mais abatido que o normal, porém ele sorria toda vez que me via, e Rose me analisava da cabeça aos pés, e dizia que eu ganhava o troféu de 'surpresa do ano'.

Então fiquei sabendo que Lauren fora demitida pelo próprio dono do jornal, que soubera através de denúncias que Lauren não cumpria algumas leis e desrespeitava direitos de trabalhadores. Rose confessou que fora ela mesmo que denunciara, mas que ficaria só entre nós.

E agora no jornal estava em uma euforia e ânsia para ver quem seria o novo chefe de sessão no lugar de Lauren.

Eu fiquei feliz de rever meus amigos e logo Outubro chegou, e eu tinha plena consciência que fazia um ano desde que eu me tornara "de repente religiosa", e que eu conhecera Edward, e teve início a minha jornada sacerdotal...

Pois é, o tempo passa...

Eu já estava achando que Edward havia se conformado com minha decisão, afinal, ele agora só aparecia no convento para rezar as missas, e nem tentava nada comigo, ou dizer o quão errada eu estava como ele havia feito nos últimos seis meses que eu estava ali.

Seis meses... Quem diria! Quer dizer, para quem já foi á uma reunião do AA no céu, isso é fichinha.

Então um dia eu não achava Alice em lugar algum. Onde aquela baixinha havia se metido?

"Ela teve que sair ás pressas, Bella." A secretária da madre me disse calmamente.

"Mas como assim? Por que ela não me falou?"

Ela arqueou uma sobrancelha para mim.

"Ás pressas lembra?"

Suspirei, e saí arrastando meus pés, até que vi novas correspondências para mim.

A primeira, eu fiquei confusa ao ver, era de Edward. Por que Edward me mandaria uma carta se ele estava sempre no convento embora eu não o visse mais com tanta freqüência?

Eu pausei se eu deveria abrir ou não, até que decidi que eu tinha que tomar logo a bendita decisão, afinal eu não tinha todo o dia.

"Bella,

Só depois de duas semanas que eu fui descobrir que você havia entrado no convento, e eu me desesperei... Afinal, eu sabia que você estava fazendo algo errado, e eu queria impedir.

Porém, você disse que entrara para me esquecer, pois um amor como o nosso não poderia dar certo, e eu sei das nossas dificuldades e problemas, porém sempre acreditei que poderia dar certo.

Mas o que me dói é saber que só depois de tanto tempo, quase seis meses juntos, você vem com essa repentina decisão, quando eu inúmeras vezes te perguntei se você estava realmente certa disso.

Por que, então, Bella? Por que tomar essa decisão quando eu já estava entregue totalmente a você?

Eu fui atrás de você... Tentei fazê-la entender, porém parece que realmente você está decidida, e que mais eu posso fazer?

Eu passei esses últimos meses tentando tê-la de volta... Eu pensei que você logo desistiria dessa idéia absurda que está em sua cabeça... Mas finalmente... Eu percebi... Que você não me quer realmente. Como você mesma disse, talvez sua mãe esteja certa, e eu começo a acreditar que sim...

A dor que eu senti só por saber que você não quer mais me amar, não supera a idéia que para isso você ainda me ama... Então, se é assim... Eu vou tentar esquecê-la também. Apesar desses seis meses que se passaram... Eu ainda... Eu ainda... Vou te esquecer, Bella. Nem que para isso custe minha vida.

Edward.

Mas o que aquela carta significava? Porque Edward não viera falar pessoalmente comigo?

Mil pensamentos inundaram minha mente e eu não sabia o que fazer... Até que eu abri a outra carta que estava marcada como 'URGENTE!'

"Bella! Eu não sei se você quer saber disso, mas acho que como sua amiga é meu dever! Não sei o que você vai fazer com essa informação, porém... Bella! Edward sofreu um acidente muito grave ontem de noite enquanto ele dirigia, e agora está no hospital em estado terminal! Os médicos dizem que ele pode morrer a qualquer momento... E... Oh Bella... Desculpe-me te informar... Mas acho que você precisava saber."

Eu fiquei paralisada por um longo tempo, até compreender o que eu havia acabado de ler.

Eu logo cheguei á uma conclusão, que fez meu coração bater mais rápido, e minha respiração falhar.

Seria a carta de Edward uma carta de despedida?

Seria a carta dele uma carta de suicídio?

"Nem que para isso custe minha vida."

O ar faltou em meus pulmões... Meu coração começou a bater sem compasso, e eu me obriguei a não desmaiar.

"... Em estado terminal..."

O que Edward fizera?

Jesus! O que eu havia feito?

20 comentários:

Mariana Trindade disse...

cara que cap. gente pq a bella não acaba logo com esse orgulho agora olha o que aconteceu
1ª comentar
rsrsrsrs

Adriene Laize disse...

quantos capitulos tem essa fic ??
Bella volta pro ed (:

Vitoria disse...

poxa nao quero q o ed morra nao ... e pq q a bella esta fazendo isso com o ed ?
quantos capitulos tem essa fic ?
e gostaria q tivesse continuação ... eu entro no blog todo dia para ver se ja postaram
um novo cap ...

Laurinha disse...

Poxa...
Ele quase se matou só por ela! Lindo!!!!!!!!!!!!!!
Sinceramente, eu tô achando a Bella idiota demais nesses caps.
Um erro após outro
Orgulho, bipolaridade e uma mente mto infântil

Jani castro disse...

eu acho que a Bella agora volta pro Ed... poxa ele esta quase morrendo por ela. alguem me diz quando isso vai ter um FIM!!!!! ah ansiosa pela próximo capitulo???

Ayllaiana disse...

POXA RI PACAS AKI COM O EMMET xD
aaaaaaaaaaaaaaa meu EDDIE ♥ PQ VC FEZ ISO ????
BELLA SUA IDIOTA P**** FICA LOGO COM ELE !!
TRISTE PELO FILHO DELES =/

Jani castro disse...

alguem me diz quantos cpitulos tem essa fic????

Alice Volturi disse...

Em torno de 30 capítulos! ;)

Bianca-correa disse...

Bella me deixa doidinha a ultima dessa cabeça brilhante foi entrar pro convento kkkkkkk não sei como ainda não espuçaram ela.
Adorei a piada e o mico
Quando vai postar os prosimos capitulos
Gente onde a Alice e a Hermi se meteram??????

Noeme disse...

A Bella é muito besta! O Edward ama ela,fez d tudo pra tentar recuperar o amor dela e ela só dando fora nele,agora o Edward sofreu um acidente por causa dela!Poxaa chorei aquii meninas... não consegui conter as lagrimas!

Viihs disse...

OMG... Não creio q o Ed tá no hospital... que ele tentou se matar... Isso não é legal. Espero que ele fique bem!

GabiClara disse...

Olha, cinceramente algumas garotas me assustam!

O Edward não tá quase morrendo por causa de Bella, foi culpa dele! Ele que ferro com tudo desde o inicio.

Essa Bella é a única que eu respeito, pq a do livro é uma idiota!

Tá certo que orgulho de mais atrapalha, mas a total falta dele destroi a auto-estima.


E repito! Bella não apontou uma arma pra cabeça do Edward e disse me agara dentro de convecionario e depois me larga.
Bella não apontou a arma na cabeça do Edward e disse me larga pq eu to gravida.
Bella em momento nenhum disse o que Edward tinha que fazer.

Ele fez, não ela! A culpa é daquele idiota! Ele devia ter segurado ele pelo braço(pra ela não fugir) e dito que aquela atitude de compara-la com Tanya foi uma idiotice, que ele realmente ama-va ela e o Bebe.(Calro, antes de descobrir que ela perdeu) E dar uma prova que não ia mais mudar de ideia.

Adriene Laize disse...

Eu acho que os dois ta errado nessa historia mas e muuito loko :s

Naty_14 disse...

dpois das 8 adriene

Naty_14 disse...

Vitoria, os dias de postagens sao domingo, teças e sextas, sempre depois das 8 da noite

Bianca-correa disse...

Alice quais são os dias de postagem, que horas posta e vai ter segunda temporada?
Se for hoje ja to ate esparando des das 6 da tarde
Cadê o resto da galera? Onde estão os outros comentarios???

Naty_14 disse...

corrigindo: é terça e naum "teça", desculpa.

Joyce_florzinhas2 Cg disse...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA*MOMENTO HISTERIA!
NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
AI VO CHORAR!
ED!
MEU ED NÃO PODE MORRER!
BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
BELLA! SUA IDIOTA!
EU VO MATAR VOCÊ!
É TUDO CULPA SUA!
BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ED!!! O.M.G!
ELE NÃO PODE MORRER!
AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII PARA!
NÃO,NÃO E NÃO!
*PENSAMENTO POSITIVO
''ELE VAI FICAR BEM!''
:D

Ingrid disse...

Palmas Para GabiClara super apoiada!!!
Amoo essa fic mas o Ed tem seus momentos de idiota bipolar!

Letícia Ingrid disse...

Mds pq a Bella tinha que ser tão orgulhosa???
Sem mals eu já tô ficando com raiva dela, POXA o Edward foi extremamente fofo e ela trata ele da forma mais fria possível, sinceramente to começando a achar que a Bella não merece o amor do Ed. Poxa um erro atrás do outro...dá vontade de pegar a Bella dá um sacode e gritar : EIII ACORDA GAROTA, ELE TE AMA E JÁ PROVOU QUE TÁ ARREPENDIDO A ÚNICA COISA QUE TÁ IMPEDINDO VCS DOIS É O SEU OLGULHO !!! ENTÃO VÊ SE CRESCE E CORRE ATRÁS DO TEU MACHO ENQUANTO ELE AINDA TÁ RESPIRANDO !!!!!

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