De Repente... Religiosa - Epílogo: De Repente... Presente de Aniversário

"A faxineira não vem hoje, amor." Edward disse deixando só sua cabeça aparecer no batente da porta.

Abri somente um olho, e formei um bico horrendo em minha boca. "O quão certo você está disso?"

Ele riu. "Muito."

Jogou um beijo e fechou a porta novamente, o que me fez logo bufar e enterrar meu rosto entre as mãos.

Faxineira! Onde está você? Eu quero você!

"TONY!" Gritei, mas me lembrei que ele nunca me ouviria já que estava na escola. Céus! Por que eu não fora trabalhar hoje? Por que meus filhos foram na escola? Por que Edward estava trancado em seu escritório estudando para as provas finais da faculdade? Por que a faxineira não viera?

"Ok... Ok... É nós." Levantei-me tentando dissipar qualquer preguiça ainda existente em mim. Desabei na cama novamente no segundo seguinte que pisei no chão, e só depois de alguns longos minutos eu levantei novamente, dessa vez repetindo qualquer mantra idiota de prosseguimento em minha mente.

A varanda estava cheia de folhas e poeira levadas pelo ar do outono. Eu poderia passar o dia varrendo-a, que elas voltariam de novo... E de novo...

Deixei para lá. UGH! Desaforo! Não vou varrer algo que logo vai se sujar de novo!

Comecei então pela gaveta da minha cômoda. Estava uma bagunça!

Nem sequer abri a de Edward, afinal iria provavelmente ficar com vergonha da organização onde doce e mais doce eram organizados por ordem alfabética e por cor.

Tirei vários papéis, etiquetas de roupas, plásticos, embalagens vazias, papéis de balas, grampos de cabelo, arminhas de brinquedo, uma 34, uma garrafa vazia de amarula, e mais algumas coisas básicas. Algumas canetas sem tinta foram para o saco de lixo também.

Até que quase quebrei meu dedo ao bater em algo duro no fundo da gaveta.

"Eu hein..." Então peguei e quase levo um susto com que eu vejo.

Em letras garrafais na capa, trazia:

"Entre o amor e o pecado."

Eu senti uma vontade imensa de rir... E foi o que eu fiz.

Há anos que eu não tocava naquele manuscrito, nem sabia que estava na gaveta.

Só lembro depois do jogo dos YANKEES há tantos anos eu tê-lo visto, e frustrada por não conseguir um bom final, jogá-lo em qualquer canto.

Provavelmente Edward ou a faxineira, Mary, teria guardado.

Tomada por uma sensação de nostalgia e por ter algo a que fazer agora além de poluir minhas narinas com poeira e ácaros, peguei um suporte de leitura de colocar na cama e encostei-me a ele.

Em horas eu ria, outras eu chorava. Eu realmente havia escrito tudo aquilo?

Abanei a cabeça ao me lembrar da primeira vez que percebi que tinha um cérebro avantajado, da visita aos mestres dos magos celestiais, e até da primeira vez em que vi Edward naquelas bodas de prata há oito anos.

Credo! Oito anos... Pareço uma velha!

Continuei lendo e me surpreendi quando havia uma letra diferente da minha – elegante e fina – cruzando a última folha.

A letra de Edward!

Um dia, em meio á mil devaneios sobre sua história e suas percepções, a mulher chegou á uma conclusão muito importante:

Não existia a escolha 'entre o amor e o pecado', pois se ela escolhesse o amor, ela não estaria escolhendo o pecado. Pois não está escrito em nenhum lugar, nem mesmo na bíblia, que amar, é pecar.

FIM

As lágrimas começaram a fluir de meus olhos.

Aquele era um bom fim, o fim que eu realmente queria e esperava para minha história.

Pelo estado da folha e da tinta da caneta, Edward deveria ter escrito há muitos anos, provavelmente perto do jogo.

UGH! Lembrar daquele jogo me dava calafrios!

Eu e Edward não tivemos muita paz depois que nos livramos momentaneamente deles. A polícia estava pronta para levar todos á delegacia, mas acabou que só os GC foram. E depois dessa ida... Nunca mais se soube dos Garanhões da Cidade. Eles sumiram do mapa.

Então, caminhando vagarosamente com os pés descalços, me dirigi até o escritório de Edward. A porta estava entreaberta e ele estava deitado no tapete circundado com livros de todos os tipos e cores.

Ele revirava as páginas de um caderno e sua boca se mexia à medida que ia lendo as palavras em silêncio.

Sua testa estava franzida, fazendo assim com que os óculos de grau que usava caíssem um pouco pelo nariz.

Lindo...

Suspirei. Fui até a cozinha preparei um suco e um lanche e entrei no escritório sendo recebida por um lindo sorriso do meu amor.

"Hm... Eu realmente estava com fome." Disse pegando o prato e fazendo uma cara enfadonha.

"Sua mãe está certa. Se eu não cuidar de você, quem cuidará?"

Ele deu uma boa dentada no sanduíche e piscou para mim. "A questão é que eu só quero que você me cuide."

Eu ri, enquanto saía do escritório. "Eu te amo, doutor."

"Eu te amo, boneca."

Eu ri mais ainda enquanto batia a porta e me dirigia novamente até o quarto onde fiquei encarando o manuscrito.

Agora eu sabia o que tinha de fazer.

"Edward..." Sussurrei uma noite enquanto dormíamos de conchinha em nossa esplendorosa cama de casal.

"Hmmm...?" Murmurou com a cabeça enterrada em meu pescoço.

"Eu tive uma idéia."

"Qual?"

"Nosso aniversário de cinco anos está chegando... E, bem, pensei em comemorarmos em um lugar diferente."

Ele então desenterrou sua cabeça de meu pescoço e levantou a cabeça, me puxando de frente á ele.

"Qual seria?"

Eu brinquei com os fios cor de bronze de seus cabelos. Edward com trinta e um anos estava mais lindo do que nunca e bem, eu nem gostava de pensar nos meus vinte e nove.

"Itália."

Ele sorriu. "Boa pedida. Veneza?"

"Não..." Murmurei pensativa. "Estava pensando em... Roma!"

"Algum motivo especial?" Mordi meus lábios e tentei não desviar meu olhar do dele. Não gostava de mentir, mas era necessário. Era uma boa causa. Uma super boa causa.

"Não... Sempre quis conhecer." Sorri.

"Só nós dois?" Murmurou com os olhos estreitados pelo sono, mas sempre atencioso.

"Estava pensando em... Que tal a família inteira? E nossos amigos também?"

Ele riu, acariciando meus cabelos. "Quer umas férias coletivas?"

"Sim... É em março. Nós podemos ir à semana do dia 17 no feriado de St. Patrick's. Você pode aproveitar e relaxar com as coisas da faculdade."

"Vamos falar com eles, então... Agora... Eu estou morrendo de sono."

"Ok. Doutor." Assenti com um sorriso me virando de costas para ele enquanto seus braços me circundavam.

Eu quase não dormi aquela noite formando diversos planos em minha mente.

"CARA. ESTOU GASTANDO TODO MEU SALÁRIO NISSO AQUI!" Emmet fez questão de ressaltar enquanto carregava suas malas. Olhei para suas roupas e comecei a rir escandalosamente.

"Emmet, onde você pensa que vai com bermudas e camisetas floridas? Óculos de sol e protetor na cara?"

"Oras... Itália?"

Revirei meus olhos e logo Rose apareceu arfando, apoiando a barriga com as duas mãos. "Essa barriga é maior do que a minha casa. Bella, como você agüentou?"

"Agüentando." Sorri. "Mas é uma das melhores coisas da vida." Garanti.

"FAMÍLIA! CHEGUEI!" Alice toda empolgada veio com mil malas e com Jasper quase caindo totalmente coberto por, olha só, mais malas.

A filha de três anos deles, Penélope, vestida lindamente com um vestidinho, meias e sapatinhos de bonequinha, vinha com Nessie atrás que estava com cinco anos.

"Gente... São só alguns dias." Edward observou assustado com o número de malas.

"Temos que estar preparados." Alice garantiu. "Penélope, não amarrota o vestido!"

"Cadê Jacob e Leah?" Esme perguntou com as passagens nas mãos. Carlisle trouxe algumas latas de refrigerantes para nós.

"Estão vindo com Mike e Tanya." Respondeu Rose, tentando tirar os óculos de sol de Emmet que fazia um bico horrendo.

"Tony chega ae!" Emmet gritou e logo o meu filho veio todo havaiano como Emmet.

"Emmet, o que você fez com meu filho?"

"Nós somos TOP!" Ele garantiu bagunçando os cabelos do menino enquanto dava uma espécie de chave de braço. "E vamos mudar nossos vôos para o Caribe! Quero nem saber!"

"Não!" Tony falou prontamente.

"Por que não?" Perguntei desconfiada com a intensa negação do meu filho.

"É... Por quê... Bem... Hm..."

"Fala logo para ela!" Emmet batucou.

"Falar o quê?" Então vi Edward gesticulando para que Emmet ficasse quieto. "O que vocês estão escondendo hein?"

Edward sorriu amarelo. "Não posso contar..."

"Edward Cullen, quer ser um homem morto?"

Ele abriu a boca para responder.

"Ok. Eu conto!" Tony suspirou. "É que eu conheci uma menina na internet..."

"Por Deus!" Descabelei-me "Você só tem catorze anos!"

"E quem é você para falar hein Bella?" Renne apareceu acompanhada de Charlie também carregado com mil malas. Porém ao contrário de Emmet pareciam vestidos como se fossem para o pólo norte.

Revirei meus olhos e nem me dei ao trabalho de comentar nada.

"Isso, tia Renne!" Emmet apontou. "Fala dos podres da infância de Bella."

"E você fica quieto." Dei um peteleco na cabeça do infeliz. "Não venha influenciar negativamente meu filho."

"CHEGAMOS!" Então Jacob, Leah, Tanya e Mike chegaram. "Estamos perdendo algo?"

"Só eu que estou perdendo meu filho!" Suspirei. Edward riu e me abraçou.

"Amor, sem drama. Prontos, gente?"

"SIM!" Gritaram em uníssono agitando as passagens.

O vôo foi tranqüilo, sereno, tudo em paz, deu até para dormir nos braços de meu amor...

Ok! Quem eu queria enganar? Foi uma bagunça total, e acho que foi uma tremenda sorte de nós não termos sido empurrados via pára-quedas do avião em movimento.

Se é que as aeromoças se dariam ao trabalho de dar os pára-quedas.

Não preguei meus olhos um minuto sequer, e já que não conseguia dormir, tentei canalizar meus pensamentos na missão que eu teria em Roma.

Eu não sabia se conseguiria, mas eu tinha que tentar.

Ao olhar para Edward ao meu lado, e vê-lo sorrir para mim, vi que uma coisa faltava para completar nossa felicidade.

E seria esse o meu presente de casamento de cinco anos á ele.

Em todos os nossos aniversários, ele sempre me dava um novo anel e pedia para casar comigo novamente. Era como uma espécie de 'renovação de votos' e romântico como sempre, procurava lugares inusitados e me fazia surpresas grandiosas.

Então era essa minha oportunidade de fazer algo á ele.

Em Roma no primeiro dia curtimos alguns lugares turísticos. Todos já sabiam do meu plano, e pedi o máximo de discrição, afinal era uma surpresa!

Alice se responsabilizara pela parte do evento, enquanto Jasper e Emmet da parte de distrair Edward. E eu então, teoricamente 'fazendo compras SUPER demoradas com as garotas' peguei um trem até o Vaticano.

Respirei fundo e imaginei que eu precisava fazer aquilo, nem que eu fosse presa na tentativa.

Era hora de deixar a Bella mãe e responsável que eu havia me tornado, para ser a Bella louca e sem escrúpulos que eu sempre fora.

"EU QUERO FALAR COM ELE!"

"Sua Santidade não pode atendê-la." Um guardinha falou pacientemente em inglês com um forte sotaque em italiano. Ok... Ele falou 'pacientemente' na primeira vez, pois na décima já quase me dava um tiro.

"Eu não vou sair daqui até falar com Sua Santidade!"

"Garota, aqui não é um circo!"

"Garoto," Repliquei no mesmo tom, com as mãos na cintura. "Eu também não sou nenhuma terrorista que vai matar o papa e depois jogar o corpo dele pela janela! Eu sou uma mãe de família, tá?"

Mas o carinha era objetivo e turrão assim como eu, e eu logo me vi tendo que mudar de planos.

Tive que voltar para Roma antes que Edward mandasse alguma equipe de busca.

No dia seguinte junto com Alice voltei ao Vaticano.

"É o seguinte... Vamos entrar naquela visita á Capela... É onde o papa mora... E de lá você procura." Alice falou ajustando o lenço que estava em volta de seu pescoço.

"Mas ele deve ter mil guardas."

"Minha filha... Dá uma de super-herói e arrebenta com a cara deles se for preciso." Eu ri, e seguimos no tour.

No meio da visita, vi uma porta de madeira toda adornada com um negócio escrito em italiano, onde eu imaginei que eram os aposentos do papa, afinal tinha uma foto estranha dele ali!

Mas que fácil! Quase dei meu soquinho da vitória – na verdade era do Tony, mas eu peguei emprestado -, porém me controlei, já que tinha pessoas ao meu redor.

Murmurei com o canto da boca para Alice.

"Hein?" Perguntou. Revirei meus olhos.

"Ali..." Murmurei apontando discretamente para a porta.

Acho que ela nem sequer entendeu, e se entendeu, não soube, pois ela foi empurrada por uma senhorinha que queria tirar fotos, mas não sabia sequer mexer na câmera.

Revirei meus olhos bufando mais uma vez.

Então, fiquei para trás da fila e quando o guia virou o corredor saí correndo em direção a porta, abrindo-a e entrando em uma espécie de quarto.

Era em um estilo medieval, e toda pomposinha. E novamente me surpreendi com a facilidade para lá entrar.

Qual é, eu poderia ser uma terrorista!

"Seu papa? Seu papa você está aí?"

Ninguém respondeu.

"Venha para a luz!"

De novo...

Hm... Talvez com mais requinte?

"Sua Santidade, daria a honra de...?"

Procurei em baixo da cama, dentro dos armários. Será que ele estava brincando de esconde-esconde?

Cara! Eu sou uma mãe de família!

"O que a senhorita faz aqui?" Uma voz ecoou. Ops...

"Oi seu guarda." Acenei. Era o mesmo cara do dia anterior que me impedira de falar com o papa.

"Você? Ninguém tem autorização de entrar aqui!"

"Eu já disse... Quero falar com Sua Santidade."

"Não pode."

"Ei! Eu tenho direito! Eu pago o dízimo todo o mês! Sou uma pessoa religiosa e..."

"Fora!"

"Mas eu vou ficar esperando o papa aqui e você não vai me impedir." Cruzei os braços com raiva de encontro ao peito e caí na cama com vontade.

A cama do papa! UHUL!

"Bella?" Uma Alice enfiou a cabeça na porta, toda ofegante e se assustou com o guarda ali. "É oi..."

"A senhorita é cúmplice dela?"

"Eu...? Eu nunca vi essa mulher em toda minha vida." Revirei meus olhos para a baixinha.

"Moça, você nunca irá encontrar Sua Santidade aqui. Este não é o quarto dele."

"Não...?"

Ele negou. Ah merda!

Então fui rebocada para fora e quase chutada na rua. Alice veio minutos depois.

"Ótima cunhada você é." Critiquei.

"Você queria o quê? Que eu fosse presa? Hey! Fiquei sabendo que o papa vai aparecer na janela para algum comunicado amanhã!"

"AH ótimo!" Sentei na calçada com a cabeça entre os joelhos. "Pelo visto nunca vou conseguir falar com ele e Adeus plano, foi bom nem ter te conhecido."

"Qual é Bella? Vai desistir?"

Abanei a cabeça. "Não... Não vou. Mas tá difícil."

"Vamos logo... Edward deve estar preocupado."

"Ok."

Chegando ao nosso hotel, Edward batia o pé furiosamente no chão e parecia que arrancaria seus cabelos.

Assim que me viu, começou a gritar.

"Eu quero ir embora daqui! Agora!"

Ah não... Não...

"Edward, o que foi amor?"

"O que foi? Vim aqui para esse país para curtir uma lua de mel com você, e todo o tempo estou cercado por Emmet, Jasper, Jacob, Mike, e até meus pais, e sempre que te procuro, eu não te encontro!"

"Amor..." Comecei, tremendo por dentro.

"Chega Bella! Em NYC eu consigo ficar mais tempo com você do que aqui! Não foi uma boa idéia termos vindo com todo mundo, deveria ser só nós dois."

Ele então chegou até a pegar uma mala. Segurei seu braço.

"Edward, por favor... Por favor... Nós temos que ficar."

"Por quê?" Ele então me encarou com firmeza, esperando por uma resposta.

Merda! Eu não tinha nenhuma!

"Por que... Ah... Por que... Eu... ENJOEI DA NOSSA CASA!" Gritei.

O olhar dele gelou e uma expressão de incredulidade se formava em seu rosto.

"Como...?"

"É ISSO MESMO! Não agüento mais ficar todo santo dia no mesmo lugar, vendo as mesmas pessoas, com as mesmas roupas... E! Cansei!"

Uma careta de dor se formou no rosto de Edward.

"Bella..." Murmurou, chocado.

"Eu quero fugir um pouco de tudo, entende? Eu não agüento mais você estudando o tempo todo para provas e provas... Estágios, programas de residência, e enfermeiras dando em cima de você!"

"Mas... Eu pensei que... Era feliz..."

"E eu era feliz! Até certo ponto! Tem hora que cansa!"

Ele fechou o maxilar e seus olhos encaravam um ponto atrás de mim. Doeu-me intensamente aquilo, e eu queria dizer que era mentira, que eu não pensava nada daquilo, mas... Eu também não poderia dizer por que eu estava sumida, porque ele estava sempre cercado por pessoas, e por que tínhamos que permanecer ali.

"Edward..." Murmurei quando o vi pegando um casaco e indo a passos largos para a porta sem olhar para mim. "EDWARD!" Mas ele já havia fechado a porta em um baque surdo.

Edward

Eu estava animado com a ida á Itália. Com o fim da faculdade, seria bom tirar um pouco do estresse nas costas, e poder curtir minha mulher e minha família em um lugar sem pressões.

Mas a viagem estava se tornando um verdadeiro inferno! Minha mulher sumia algumas horas e nem me dava satisfações, eu era cercado pelos meus familiares e meus filhos o tempo todo.

Por que eu viera viajar então? Que espécie de lua de mel era essa?

Talvez eu estivesse sendo mesquinho, mas a situação se tornava intolerável.

Eu queria voltar para os EUA, mas as palavras de Bella pegaram fundo em mim.

Ela não era feliz comigo?

O que era ser feliz então? Eu estava bem feliz com ela até aquele momento!

Eu não podia negar que eu estava decepcionada com ela. Muito.

No saguão do hotel vi Tony aos beijos com uma garota italiana.

Eu estava tão para baixo que nem sequer me dei ao trabalho de ir até lá.

E se Bella se encontrasse com alguém em Roma? E se ela tivesse um... Amante?

Deus! Ela nunca faria isso! Não!

Eu não pensaria nessa possibilidade!

Dormi na suíte conexa ao nosso quarto, onde estavam Nessie e Tony.

No outro dia, nos encontramos todos no restaurante do hotel para o café da manhã. Bella me olhava a cada cinco segundos, porém eu desviava meu olhar.

Jasper lia um jornal em inglês, enquanto tomava o café da manhã.

"Tony, garoto, você arrasa todas!" Emmet comentou batendo no ombro dele. O menino corou.

"Eu vi." Alice revirou os olhos. "Dá até vergonha assistir aquilo."

"Aquilo o quê?" Bella perguntou.

"Seu filhos aos beijos com uma italianinha, baby." Emmet fez questão de dizer.

"TONY!"

"Mãe... Eu já sou bem grandinho tá?"

Bella revirou os olhos e começou a abraçar Nessie fortemente. "Nessie, vai ser sempre o meu bebê viu?"

"Mamãe..." Esperneou no braço da outra.

"Olha só gente... Uns grupos de bispos de Utah, EUA, estão aqui hoje para uma conferência com o papa."

Com o canto do olho vi os olhos de Bella se arregalarem.

"A cada cinco anos eles têm que vir aqui prestar contas com o que acontece na diocese deles. Americanos, finalmente!"

Então Bella mudou de posição na cadeira se tornando rígida.

O que estava acontecendo com ela?

O comportamento dela estava muito estranho. Ela não era assim!

Quando eu estava subindo até o meu quarto, Nessie grudou nos meus joelhos e eu a peguei no colo.

"Papai me joga?"

Eu ri. "Meu amor, aqui não pode."

"Ah..." Ela fez um biquinho. "Eu quero gangorra!"

Eu ri, e logo Bella apareceu em minha frente. Meu sorriso sumiu.

"Edward... Nós precisamos conversar."

"Eu sei." Assenti.

"Mamãe e papai estão bravos?" Nessie perguntou tocando meu rosto.

"Não, meu anjo..." Bella respondeu pegando-a no colo e logo a depositando no chão. "É só uma conversa de adultos, entendeu?"

Ela assentiu e correu até o seu quartinho, enquanto eu encarava Bella no corredor com a mão nos bolsos.

"O quê?"

"Edward... Eu prometo que... Olha, eu só peço que você confie em mim. É demais?"

"Eu confio, Bella, mas..." Suspirei, passando a mão pelos cabelos. "Não quero mais continuar na Itália. E você não me diz o que está acontecendo. Sou seu marido!"

"Eu sei... Mas eu não posso..."

"Então não tem nada para conversar." Suspirei e entrei no quarto.

Quando fui procurar Bella minutos depois ela já não estava mais no hotel.

Bella

"Edward quer ir embora, Alice! Ele está muito chateado comigo! Ele nunca ficou daquele jeito, na verdade já..." Suspirei. "E foi quando ele achou que eu estava fingindo a gravidez e que era igual à Tanya."

"Bella, você quem quis fazer isso. Agora continue!"

Chutei uma pedrinha.

"Olha... O salão já está pronto. Tudo está pronto, só falta sua parte. E conhecendo meu irmão, bem, talvez ele estrague tudo."

"Eu sei... Olha! Eu tive uma idéia!"

"E qual é?"

"AHMEUDEUS! PENSEI QUE JÁ TINHA VISTO DE TUDO NESSA VIDA!" Alice berrou.

"Cala a boca, Alice! Quer chamar a atenção de todo mundo?"

"Mas onde que você... Espera, você é realmente Bella?"

Revirei meus olhos.

"OH BELLA! BELLA?" Emmet apareceu olhando para os lados me chamando. Seu olhar pousou em mim e ele bateu uma espécie de continência. "Ei, você viu Bella?"

"Eu sou Bella, palhaço!"

"AAAAAAH!" Gritou feito uma mulherzinha.

"Cadê minha mãe? AAAAAAAAH!" Tony foi outro.

"Bella! Como você sabe que uma bolsa estourou? AAAAAAH!" E Rose foi outra, só que ela logo entrou em trabalho de parto.

"OHMEUDEUS! Olha o que você fez seu monstro!" Emmet apontou para mim, enquanto sacudia Rose que logo se recuperou e o trabalho de parto se mostrou falso.

"Bella, é você mesmo?"

"Gente, eu só estou vestida de bispo!"

"Mas aonde você vai assim?"

Ajustei a minha roupa super quente e desconfortável.

"Eu já tentei de todas as formas falar com o papa, nenhuma deu certo. Então..."

"Espera, você vai se fingir de bispo, aqueles que vão ter uma conferência com o Bento XVI hoje?"

"Aham!"

"QUE LOOOUCO!" Tony aplaudiu.

"Você só pode ter enlouquecido!" Alice falou pela enésima vez.

"Eu tenho que fazer isso..."

"Na verdade, não tem."

Revirei meus olhos. "É meu presente de aniversário para Edward!"

"Mas ele está bravo com você, Bella. As coisas estão saindo do controle!"

Suspirei, passando a mão pelo meu rosto, estressada.

"Eu amo ele demais, Alice. E é por ele que eu estou aqui nessa situação. Ele vai entender."

Ela revirou os olhos, mas logo surpresa tomou seu rosto, e ela apontou para uma área perto da Capela Sistina.

"Ali! O grupo de bispos!"

De repente meus pés não queriam se mover.

"Vai Bella!"

"Alice... Acho que amarelei!"

"Que amarelou o quê!" E começou a me empurrar em direção ao grupo de religiosos.

Então um dos homens me notou e começou a acenar.

"O que eu faço?" Murmurei com o canto da boca para Alice.

"Acena também." Então eu acenei de volta, e logo me vi caminhando em direção ao grupo.

Meus joelhos e pernas tremiam, eu suava horrores e imaginava se eu seria pega.

"Você é do nosso grupo?" Perguntou um dos bispos.

"S-sim..." Respondi, logo limpei a garganta engrossando a voz. "Sim!"

Ai que saco! A barba que eu havia posto estava começando a pinicar. Quase deixei minha mão sem circulação para me impedir de coçar a barba.

Na verdade, toda aquela fantasia parecia mais de papai Noel. Só faltavam as roupas vermelhas. Como eles não notavam a farsa?

Então um guia religioso foi nos mostrando à capela inteira, e eu estava ficando impaciente. Olhei no relógio e vi que já iria anoitecer. Se Edward já estava bravo comigo, ele ficaria mais ainda!

"Quando que veremos o papa?" Perguntei para o bispo ao meu lado.

"É só amanhã."

"AMANHÃ?" Gritei, mas logo tossi para disfarçar.

"Senhores, a visita acabou. Vou guiá-los até seus aposentos."

Então saíamos da capela e fomos até onde o papa morava. Eu tentava a todo custo sair dali. Eu precisava voltar para o hotel.

Mas toda a oportunidade que eu achava logo se tornava difícil demais.

Merda!

Então me vi presa dentro daquele lugar.

Batuquei no meu celular e achei umas mil mensagens de Edward.

Edward – ÁS 16:30.

Onde você está?

Edward – ÁS 16:36

Nós devemos conversar Bella. Agora.

Edward – ÁS 17:02

Você não é assim. O que está acontecendo?

Edward – ÁS 18:32

Estou ficando preocupado! Onde você está, saco!

Então mensagens de Alice.

Alice – ÁS 18:47

Penélope passou mal no hotel, tive que voltar correndo. Você sumiu! Edward está furioso!

Merda! Merda!

Cadê meu cérebro Einstein nessas horas, inferno?

Então quando me vi um pouco livre do grupo de bispos, andei literalmente na ponta dos pés pelos longos corredores daquele lugar ENORME!

Não sabia como faria para sair dali. Eu precisava de um GPS ou coisa do tipo!

Saco! Por que não deixei Edward comprar aquele celular super potente com GPS?

Tecnologia serve nessas horas!

Então meu coração pifou várias vezes, quando um grupo de religiosos dobrava um corredor, e no meio deles, estava nada mais, nada menos do que o papa!

Ah meu Deus! É agora... Ou Agora!

"Sua Santidade!" Gritei, correndo em sua direção. Os homens que estavam ao seu lado se prostraram na frente dele, provavelmente enxergando o que ninguém havia ainda. Uma mulher louca vestida de papai-noel.

"Sim?" Um homem perguntou.

"Eu preciso falar com sua Santidade... É..." Engoli em seco. "Urgentíssimo."

"Você deve marcar hora. Sua Santidade está muito ocupada."

"Mas... É muito sério. Eu preciso, eu necessito..."

"Senhor... Não terá uma conferência amanhã?"

Engoli em seco. "Não, quer dizer, sim, mas..."

"Então..." Outro homem começou a me rebocar dali, e eu bufei.

Eu fingi que estava voltando para o aposento do bispo, mas na verdade me escondi atrás de uma estátua qualquer e fiquei espiando o grupo se dirigir á algum lugar.

Estava me sentindo em um filme de espionagem: Migrando de estátua em estátua, na ponta dos pés, à medida que iam se distanciando.

Então meu celular começou a tocar.

"ENTRA NA MINHA CASA! OH YEAH! ENTRA NA MINHA VIDA..."

"Cala a boca, infeliz." Grunhi, apertando o botão vermelho. Nem sequer vi quem era.

Saco! Será que ninguém percebia que eu estava no meio do meu próprio filme 007?

Por sorte, ninguém ouviu o meu celular.

"Ufa..." Murmurei, enxugando o suor da testa que se empapava na barba de Dumbledore.

Então continuei a minha trajetória, e acabei descobrindo finalmente onde eram os aposentos do papa!

HAHA, eu era imbatível e...

"Precisa de algo?"

Eu levei um tremendo susto, pulando para trás e levando a mão ao coração.

Ao ver uma espécie de guardinha em minha frente, aproveitei a posição para simular um ataque de coração qualquer.

"Ohmeudeus... Você... Você me matou..." E drasticamente murmurava uns "Oh" enquanto colocava a mão na testa e fechava os olhos, como uma moçinha em novela mexicana.

"Está bem, dom? Desculpe, não foi minha intenção."

"Deixei-me em paz." Ergui meu braço sinalizando um "pare" com a mão. "Já causou problemas demais..."

"Será que não é o caso de levar á um hospital?" Perguntou preocupado.

"Não..." Comecei uma respiração Sky. "Só saia."

Ele hesitou, mas logo saiu olhando para trás a cada cinco segundos constatando que eu não havia morrido.

Quando este virou o corredor, murmurei outro "UFA" e revirei os olhos.

Fiquei de vigília perto do quarto do papa durante o que pareceram horas. Tinha que me esconder quase sempre por causa da quantidade de gente que passava ali.

Percebi que tinham um ou dois homens que monitoravam com mais afinco aquela área, para segurança do papa.

"CÉUS! Vai ser impossível falar com ele!" Murmurei, perdendo as esperanças.

Até que um dos guardas saiu provavelmente para tomar um café, e o outro não estava olhando na direção do quarto.

Pensei em Edward... Em nosso amor... Nossos filhos... Nossa história.

Respirando fundo então tomei coragem e corri em direção ao quarto.

"MERDA!" Gemi. A porta estava trancada. E o guarda me notara e corria em minha direção.

Comecei a praticamente esmurrar a porta.

"Seu papa! Seu papa! Abre, por favor!"

Eu já estava perdendo as esperanças.

Adeus Edward! Adeus Tony! Adeus Nessie! Adeus família! Adeus mundo cruel!

O guarda estava quase chegando a mim quando a porta se abre em um ímpeto e eu caio para frente devido à pressão que eu fazia na porta anteriormente.

O guarda parou surpreso, e eu lentamente tirei minha cara do chão, percebendo que minha barba havia caído, e meu rosto estava descoberto.

Levantei minha cabeça lentamente observando primeiro os pés, depois as panturrilhas e assim até a cara do papa, que me olhava horrorizado e segurava o crucifixo do pescoço com extrema força.

Dei uma risada nervosa. "Oi."

Não sei por quanto tempo eu permaneci com o papa, mas foi bom.

Depois de convencer á ele que não era louca, e o guarda... Ok. Espera.

Ele não ficou convencido de que eu não era louca, mas também não me expulsou dali.

Propôs-se a me ouvir, por mais que vários homens dissessem que eu poderia trabalhar para alguma máfia e tentar matar asfixiando-o com o travesseiro de penas de pavão.

O papa era bondoso acima de tudo!

Depois de ouvir o motivo para eu estar ali - E eu não omiti nada. Exatamente nada. - o papa pediu um tempo para pensar.

Eu não esperava mesmo que ele desse uma resposta de uma hora para outra. Mas a esperança era a última que morria.

Olhei para o manuscrito de "Entre o amor e o pecado" em minha frente e suspirei.

"Não é assim tão fácil, senhorita." O papa voltou dizendo polidamente. "Não depende só de mim..."

"Mas sua Santidade pode mexer uns pauzinhos né?" Nem sabia como me dirigir á ele, mas em toda minha humildade eu pedi.

Com todo meu coração, meus sentimentos, minha vontade, e meu amor por Edward, eu pedi á ele.

Ele ouviu tudo pacientemente, e eu me mortificava por dentro.

Eu fiz várias loucuras para conseguir aquele momento, eu precisava de uma resposta.

Já era bem de noite, e eu estava esperando o retorno do papa.

Dali dois dias acabaria nossa viagem para a Itália. E as coisas precisavam se apressar.

Ele então, sorriu e junto com outros homens que também me ouviram, aceitou!

A felicidade que me inundou foi imensurável. Eu não podia colocar em palavras, ou expressões.

Então tudo o que eu fiz foi me beijar a mão do papa, do modo mais humilde que eu podia.

Eu havia conseguido afinal!

Já era de madrugada quando voltei para Roma.

Eu estava super ansiosa e excitada para contar á todos á grande novidade!

Mas o cansaço era tão grande, que chegava até a ser dor física.

No meu quarto de hotel, Edward dormia na cama. Sua expressão estava tensa até no sono.

Deitei ao seu lado e fiz um carinho em seus cabelos cor de bronze.

"Meu amor... Desculpe. Mas você vai entender..."

Ele continuou dormindo, e eu bocejando desabei na cama.

No outro dia, acordei com os raios de sol inundando meu rosto. Olhei em direção á janela aberta e sorri.

Hoje seria um grande dia!

"Edward..." Chamei. Mas quando minha mão procurou por ele ao meu lado na cama, encontrou somente o lençol frio.

Olhei então, e realmente ele não estava lá.

Olhei no chão ao lado da cama. Vai que ele havia caído no meio da noite?

Procurei no banheiro, dentro da privada, no quarto de Tony e Nessie anexo ao nosso, mas ele não estava lá.

Era bem cedo, e o hotel praticamente dormia.

No saguão, Edward também não estava, nem no café da manhã.

Estava pronta para procurar por Alice, quando a própria veio correndo em minha direção, toda esbaforida.

"Alice!" Sorri. "Você não sabe, eu consegui..."

Mas ela não ficou feliz como eu imaginava. Ela continuava com aquela expressão tensa.

"O que foi?"

"Edward, Bella! Ele voltou para os EUA!"

Edward

Eu sabia que casamentos não eram perfeitos.

Também sabia que mágoas aconteceriam, haveria tristezas e decepções.

Bella chegou só de madrugada em casa, nem respondendo as minhas mensagens ou ligações.

Todos estavam preocupados com ela, e tive que inventar qualquer desculpa para meus filhos, para que eles não se preocupassem.

Estava pronto para ir buscá-la. Ela poderia correr algum perigo, mas lá estava ela repousando na cama, parecendo extremamente cansada.

Eu sabia que quando ela acordaria, eu brigaria com ela, e não sabia as proporções dessa discussão.

Era tudo uma questão de tempo e paciência.

Voltar para os EUA dois dias antes seria a melhor opção. Afinal, aparentemente eu não fazia NENHUMA falta naquela viagem, pelo menos para Bella, que não me incluía em seus planos, os quais eu nem sequer tinha conhecimento.

Ainda nem havia amanhecido quando arrumei minha mala, e saí do hotel.

Deixei um bilhete para Alice embaixo da porta de seu quarto explicando que eu precisava pensar, e que eu voltara dois dias antes.

Falei para ela dizer aos meus filhos que eu tive que resolver coisas importantes nos EUA, e tive que voltar rapidamente.

Outra coisa que me atormentava era que dali dois dias também seria o aniversário de cinco anos de casamento meu e de Bella.

E pelo jeito, não comemoraríamos como todos os anos.

Seria um buraco em nossa história.

O vôo estava atrasado meia hora, e o dia já havia amanhecido há vários minutos.

Enquanto esperava, sentado na mala, comecei a divagar o motivo para que Bella se tornasse tão... De repente... Omissa.

Ao não chegar a nenhuma conclusão, abanei a cabeça e me enchi de chocolate que comprara aos montes na loja dali mesmo do aeroporto.

Depois de informar que o vôo havia chegado a italiano, foi a vez do inglês, e eu me levantei rapidamente.

Essa viagem para Itália tinha tudo para dar certo... Mas...

Então eu estava entregando meu ticket no ponto de embarque, quando ouço uma voz me chamar:

"EDWARD!"

Eu me virei rapidamente, e lá estava Bella correndo toda desgrenhada em minha direção.

Desgrenhada... Mas linda.

Minha cara se fechou rapidamente.

"Signor...?" A mulher do embarque cutucou.

Fiz um sinal para que ela esperasse.

"É minha mulher..." Suspirei.

Coloquei a mão no quadril e esperei para que Bella chegasse até onde estava. Ela arfava horrores.

"Você... Não... Pode... Abandonar sua mulher e filhos..."

Revirei meus olhos.

"Não estou abandonando, estou voltando dois dias mais cedo."

"Edward, não. Fica." Ela implorou segurando em meu braço com os olhos suplicantes.

"Por quê?" Fechei a cara e desviei o olhar.

"Por que sim! Olha... Eu prometo, a gente vai terminar essa viagem direito. Por favor..."

"A viagem já acabaria de qualquer jeito, Bella." Retruquei.

"Não! Olha... Fica, só mais dois dias, por mim, por nossos filhos?"

Fiz um biquinho, ainda desviando meu olhar.

"Você não dá mais atenção ao seu marido..."

Ela então segurou meu rosto em suas mãos e virou-o para encará-la.

"Eu dou tudo o que quiser, agora. Mas fica..."

"Não sei..." Fiz outro biquinho.

"Olha, qualquer coisa eu posso dizer que você está abandonando incapaz e você terá que ficar de qualquer modo e..."

Eu ri.

Por mais que eu ficasse com raiva de Bella, logo se dissipava.

Eu não conseguia permanecer por muito tempo.

"Agora estou sendo um marido chantageado..."

Ela então começou a distribuir selinhos por todo meu rosto.
"Por favor, por favor, por favor... PLEASE!"

"Posso saber então por que do seu comportamento estranho?"

"Você logo irá saber. E também... Esquece o que eu te disse há alguns dias sobre não ser feliz..." Mordeu os lábios.

"Eu odeio isso." Fechei a cara.

"Não seja curioso." Mordiscou minha bochecha.

"Ok." Suspirei, vencido. Agora eu entendia quando diziam que mulheres conseguiam o que queriam dos homens. "Eu volto."

Bella

"AE! Resgatou a Cinderella fujona."

"CINDERELA?" Nessie perguntou com os olhinhos arregalados. "Aonde? Aonde?"

Edward riu e a pegou no colo. "Não, meu amor. É modo de dizer. Cinderela não está aqui."

Ela fez um biquinho lindo. Ri dos meus amores, e fiz um sinal para que Alice fosse até um canto.

"Consegui!" Quase explodi de felicidade.

"Eu sabia!" Ela sorriu.

"Sabia não." Fechei a cara.

"Sabia, sim!"

"Você disse que não conseguiria..."

"Bella, larga de ser teimosa!" Ela revirou os olhos. "Mas está tudo pronto. Mesmo se você não conseguisse, teria a festa! Afinal, cinco anos! UAL!"

"U-A-L, mesmo." Disse olhando de esguelha para meu marido totalmente lindo.

Edward

Bella não sumiu de novo, e ficamos juntos o tempo todo.

Foi bom, e em minha mente eu tentava confabular algo para fazer á ela de aniversário.

Eu sabia que seria na Itália.

Mas quando eu estava pronto para pedir alguma opinião á Alice, Bella chega toda saltitante em minha direção.
Ela vestia um vestido preto básico que apesar de tudo me fez analisá-la diversas vezes.

"Pára de olhar!" Ela brincou.

Eu pisquei. "Com uma mulher linda assim..."

Ela então sorrindo de orelha á orelha se sentou em meu colo e passou os dois braços por meu pescoço, me beijando delicadamente por algum tempo.

Não consegui tirar aquele sorriso de minha mente.

Não por que ele fosse lindo e encantador... Mas por que dizia que ela aprontava algo.

"Tenho planos para nós!" Ela disse por fim.

"Senti até um gelinho no coração agora..." Fiz uma careta.

"Bobo. Olha... Alice conseguiu um fotógrafo super hiper mega bom aqui na Itália! E ele faz fotos de casais! E eu queria ter fotos para recordar!"

"Tiramos várias..."

"Mas não profissionais." Retrucou.

"É..."

"Vamos, Edward! Por favor..." Ela implorou com aquela voz e aquele biquinho.

Ugh!

Revirei meus olhos.

"O que eu não faço por você?"

"Temos várias opções de roupas..." Um homem meio afeminado que me parecia levemente familiar, disse. "Hippies, conservadores, noivos, naturalistas..."

Eu ri quando ele citou "naturalista".

Fotos com uma bananeira nas partes íntimas não seria algo interessante.

O homem estreitou o olhar para mim.

"Já sei." Bella disse como se uma lâmpada tivesse formado em sua cabeça. "Noivos!"

"Noivos?" Repeti.

"Sim!"

"Mas..."

"Mas nada, Edward. Decidi."

"Não deveria ser algo em conjunto. Ou coisa assim?" perguntei confuso.

"Certo," Bella suspirou. "Edward, eu quero tirar fotos como noivos, e você?"

Suspirei. "Como você quiser."

Ela bateu palminhas. "Sabia que você diria isso..."

Enquanto ela pulava atrás do tal fotógrafo, eu murmurava algo como "homem idiota" para mim mesmo.

Dominado por uma mulher... Olha minha vida!

Se bem que... Que me importa? Estou feliz mesmo! Que eu seja dominado então!

"Bella..." Chamei pela qüinquagésima vez. "Por que não me deixa ver?"

"Não! Você não pode."

Revirei meus olhos. "Por que não posso?"

Bella estava no camarim há vários minutos provando o tal vestido de noiva, e agora vinha com a idéia absurda que não poderia ver.

Afinal, eu não ia tirar foto com ela?

Eu estava vestindo um smoking extremamente pomposo. Meu cabelo estava "quase" dominado, mas não o bastante.

Então o tal fotógrafo que não sei por que mais me era conhecido, me puxou para fora do lugar onde estávamos.

"Ei, para onde está me levando?" Perguntei chocado enquanto era enfiado em um carro contra minha vontade.

"Nós vamos tirar fotos em outro local."

"Mas e minha mulher?"

Ele revirou os olhos.

"Vai depois, né..."

Eu estava pronto para discutir com aquele homem, quando o bigode que ele usava de repente saiu.

Saiu o bigode?

"Espera ae, eu... JACOB?"

"Hehe. Oi Edward." Ele sorriu sem graça.

"Mas o que está acontecendo?" O carro então parou, e Jacob me empurrou para fora.

"Será que dá para você pelo menos uma vez na vida tentar parar de ser racional?"

"Mas eu preciso ser racional nesse momento, não acha? Afinal... Espera, nem sei o que está acontecendo."

Jacob revirou os olhos.

"Onde estamos?" Perguntei, reparando então no cenário ao nosso redor.

"Vaticano." Jacob respondeu orgulhoso, observando tudo ao nosso redor com fascinação.

"Espera! Vamos tirar foto no vaticano? Ok. De novo. Você nem fotógrafo é..."

"Claro que sou!" Argumentou rindo de alguma piada.

Então entramos na Capela Sistina onde havia dentro da grande catedral, uma capelinha menor, confortável, e repousante.

Jacob me empurrou então até o altar.

Não atrás dele, como padre. Mas na frente á ele, um pouco para o lado.

"É, acho que é aí."

Fez um joinha com a mão, me desejou "sorte" e desapareceu.

"Jacob?" Perguntei por ele, mas eu estava sozinho na capelinha.

AH JESUS! O que estava acontecendo?

Então de repente as luzes se apagaram, e eu fiquei olhando para todo o lado em vão, procurando por uma luz, alguém, ou uma saída.

O que estava acontecendo afinal?

Então as luzes voltaram a se acender em um baque, cegando meus olhos.

Pisquei algumas vezes, e então ao meu redor estava minha família sorrindo para mim. Notei que eles se vestiam elegantemente também.

"Mas o quê...?"

Então Jacob que agora se prostrava ao lado de Tanya apontou com a cabeça até a porta.

Voltei-me para lá, e então vi a porta se abrir lentamente revelando Tony e Nessie vestidos como daminhos de honra segurando cestinhas com flores, Charlie de terno segurando o braço de Bella, vestida de noiva.

Minha boca se abriu em surpresa e choque.

Eu estava confuso, não entendia nada.

Em algum lugar da capela, músicos tocavam, enquanto Bella vinha rindo e chorando em minha direção.

Olhei para minha família, e eles sorriam.

Então meu olhar pregou em minha mulher.

"O quê...?" Comecei.

Charlie entregou a mão dela para mim, e eu a peguei, ainda confuso.

Ela ficou de frente para mim, com um véu branco na frente de seu rosto.

"É nosso casamento, Edward."

"C-casamento?"

Ela sorriu mais ainda.

Então seu olhar repousou em algum lugar do altar, e eu a segui.

Lá atrás do altar estava... JESUS! O papa! Quase tive um infarto!

Minha boca se abriu em surpresa. Como assim... O papa?

"É um prazer conhecê-lo, Edward." Sorriu amigavelmente, dizendo em inglês.

"Mas... Mas..."

Bella então tocou meu rosto com a ponta dos dedos.

"É isso o que eu estava fazendo essa semana. Eu fiz de um tudo para conseguir falar com o papa, e tentar mostrar á ele o nosso amor. Até mostrei o livro que eu escrevi e que você colocou aquele belo fim... Tentei convencê-lo que nosso amor não é baseado em tentação, em pecado... É amor, do mais puro e sincero."

"AI cara... Não filma, porque eu estou chorando..." Emmet murmurou de algum canto.

"Sabia que você sempre quis casar na igreja." Ela riu. "Pelo menos depois de largar de ser padre e resolver ficar ao lado de uma mulher meio louca..."

Ri também em meio as lágrimas que brotavam em meus olhos.

"Então..." Ela sorriu. "Esse é meu presente de casamento á você."

"Eu te amo..." Suspirei, admirado por aquela mulher maravilhosa em minha frente.

Então tudo estava explicado... Tudo fazia sentido. Eu não podia acreditar que Bella havia planejado tudo aquilo para mim.

Eu sempre quis casar na igreja (pelo menos quando me vi amando uma mulher), e me sentia chateado em não poder proporcionar algo assim á Bella também.

E lá estava ela... Linda, minha mulher, realizando o que eu achava improvável.

"Senhores..." O papa interferiu risonho. "Temos um casamento para realizar."

Rimos um para o outro e nos viramos de frente ao altar.

A cerimônia seguiu normalmente, e eu não parava de olhar para minha mulher, apertar sua mão com força, e afirmar em minha mente por milhões de vezes que aquilo que estava acontecendo era uma realidade, e não uma alucinação.

Bella havia proporcionado algo a mim que eu imaginava já impossível. E também o que eu imaginava que era impossível, aconteceu. Consegui amar ainda mais Isabella Swan.

Afinal... Aquilo deveria ser parte de ter como vocação amar uma única e linda mulher todos os dias de minha vida, e quem sabe, além dela.

Bella

Eu parecia uma gazela emocionada com todas aquelas lágrimas surgindo em meus olhos.

Nessie linda com seus cachinhos estendeu a almofada que continha as alianças.

Alice providenciara a compra dela, e eram lindas!

"Eu não a amo por causa de quem você é, mas por causa de quem eu me torno quando estou com você." Edward disse logo antes de beijar a aliança em meu dedo.

Coloquei a aliança em seu dedo, sorrindo.

"Por que o que Deus uniu o homem não separará..." O papa disse. "Eu vos declaro: Marido e mulher. Pode beijar a noiva."

Então Edward sorriu para mim, e calmamente ergueu o véu que encobria minha cabeça.

Segurando minha cabeça entre suas mãos depositou um beijo delicado, calmo, singelo.

Separamos-nos e sorrimos um para o outro, com os olhos brilhando de felicidade.

"Feliz aniversário." Dissemos juntos, e rimos.

"E que venha, muitos... Muitos mais." Ele completou me abraçando e me rodopiando pela igreja, sendo seguido pelos aplausos de todos os presentes.

Depois da cerimônia fomos até o salão de festas do hotel onde havia sido organizada uma pequena festa.

Antes de entrarmos, Alice disse:

"Foi tudo meio as pressas, então não reparem."

"Tenho certeza de que fez a coisa certa Alice." Seu marido garantiu.

"É... Talvez." Ela sorriu marotamente. "Tem também um pequeno problema... Eu contratei a banda por telefone, nunca ouvi falar, então..."

Abriu a porta e logo todos paramos paralisados ao ver a cena que se seguia.

"HOJE VAI SER UMA FESTA... BOLO, GUARANÁ..."

Ohmeudeus! O que os garanhões da cidade estavam fazendo vestidos de palhaços e soltando folhinhas coloridas por todo o salão?

"AH... MEU... DEUS..." Alice disse pausadamente coberta pela surpresa.

Então Derek que fazia um cachorro de bexiga se virou surpreso.

"VOCÊS? Cadê as crianças? E a festa de crianças?"

"AMIGOS AMERICANOS!" Borat estendeu os braços correndo em nossa direção, chorando horrores.

Então eu não me agüentei e comecei a rir, sendo amparada pelo braço de Edward, cujo dono também ria.

"Isso é um casamento!" Alice bufou transtornada. "Até na Itália vocês aparecem?"

Então Nessie e Penélope ficaram super felizes e começaram a correr atrás dos palhaços.

"Ei, Tony... Não está gostando?" Perguntei para o homenzinho ao meu lado.

"Qual é, mãe!" Retrucou e ao lado dele apareceu uma garota italiana.

Revirei meus olhos.

Filhos crescem!

Então os GC explicaram que depois do jogo dos YANKEES há quatro anos, eles resolveram mudar de vida em um país mais decente!

BORAT resolveu se unir á eles também, já que os EUA era chato, e o Cazaquistão estava se aliando com o Iraque.

Escolheram a França, e lá estavam sendo animadores de festas infantis.

Sua fama era tanta pela Europa que acabaram sendo requisitados por vários países, e por engano... Ou acaso do destino... Para a nossa festa de casamento.

Era uma piada!

Acabou que todos nos envolvemos dançando as músicas de crianças.

"ILARIRIARIÊ! O. O. O."

Edward ria imensamente e eu praticamente pulava com ele.

"Ótima maneira de comemoramos cinco anos!" Ele riu me abraçando por trás.

"Ok. Agora pára de falar, antes que eu me sinta velha demais. Nos cinco você já para de contar."

Ele riu mais ainda, mostrando todos seus dentes brancos.

"Está feliz?" Perguntei bobamente. Era claro que ele estava feliz, estava na cara!

"Você me faz feliz..." Respondeu dando uma piscadinha.

Então Emmet, o doido, apareceu assoviando um apito infernal e nos puxou pela mão até o centro da pista.

"REQUEBRA! REQUEBRA!" Incentivou ao som da música de Bambolê.

Eu olhei assustada para eles não sabendo o que fazer segurando aquelas circunferências na mão.

"AAAH!" BORAT apareceu empurrando todo mundo. "Vocês ser moles... Deixar eu mostrar como faz." Então o homem louco pegou um bambolê e começou a requebrar no ritmo da música.

Encarei Edward... Ele me encarou... E logo estávamos rodopiando em nossos bambolês como perfeitas crianças...

Nós éramos um desastre e logo desistimos da façanha.

"Sua família é... Hm... Animada..." A italiana comentou com Tony discretamente, mas ouvi.

Tony riu. "Você não viu nada. Fica uma semana em casa para você ver."

Então Jasper ao som de "BALÃO MÁGICO" puxou um trenzinho, e todos os seguiram.

Rindo, zombando-se mutuamente, caindo, rebolando, tropeçando, chorando, se emocionando.

Era assim que as coisas funcionavam em nossas vidas.

"Com felicidade em nosso coração" como a própria música dizia.

Edward me segurava pela cintura e eu ria arrastando meu vestido de noiva comigo.

Até alguns funcionários do hotel entraram na farra, junto com outros hóspedes.

Até que Derek dos GC subiu ao pequeno palco improvisado e levantando um copo de plástico personalizado com o desenho das meninas super poderosas, disse:

"Queria propor um brinde aos noivos!"

"UHUL!" Todos pararam o trenzinho e ergueram os seus copinhos de refrigerante. Afinal, ali era uma festa de criança, e apesar da grande maioria não o ser, estávamos felizes assim.

Qual é... Tinha uma hora em nossas vidas, principalmente quando chegava aos trinta... Ok chega. Não vou falar mais de idades.

Então Derek continuou:

"Eu queria chamar aqui ao palco... O noivo! Edward Cullen!" Ele fez uma espécie de mesura, e meu marido, depois de ser devidamente empurrado por mim e meus filhos, subiu ao palco dando um aceno sem graça para todos.

"E aí?" Cumprimentou.

"UHUL, ED GOSTOSÃO!" Edward não agüentou e riu, junto com todo mundo.

Derek então ainda segurando o microfone se virou para ele:

"Nós do GC fizemos uma versão de "faz um milagre em mim", versão samba! E queremos então, que o próprio cantor nos dê a honra de cantar..."

"É... O quê?" Mexeu nos cabelos, nervoso. "Mas... Faz... Acho melhor..."

"VAI PAPAI!" Nessie pediu pulando agarrada aos meus joelhos.

Ele olhou para ela e para todos que gritavam "Vai Vai!" até que seus ombros desabaram e ele suspirou, vencido.

"Ok."

Então os GC se arrumaram com seus tambores e diversos instrumentos e começaram a tocar no ritmo do samba.

Edward olhou para mim como que dizendo "o que eu to fazendo aqui?". Eu somente ri, gesticulando para que ele mandasse ver.

Então meu lindo marido ex-sacerdote pegou o microfone e começou:

"Como Zaqueu... Eu quero subir..." Naquele ritmo de samba. Logo ele pegou o molejo e até arriscou umas reboladinhas no palco me levando á loucura.

E AS MULHERES VÃO AO DELÍRIO!

Até conseguia ouvir o Galvão Bueno dizendo.

Mas ei! Ele é meu, certo?

Todos começaram a arriscar passos de samba, e Tony estava dançando com a tal italiana (meio fria) de um modo... Hm... Não próprio para meninos de quatorze anos.

Mas eu teria que conversar com ele depois.

"EI! Também quero cantar!" De uma hora para outra aquele salão havia lotado completamente, e eu tinha que afastar as pessoas com o braço para conseguir me aproximar do palco. "Ele é meu marido! Ele é meu marido!" Apontei orgulhosamente à medida que passava.

Quando ele me viu aproximando pediu para que eu subisse ao palco, o que logo fiz sorridente:

"Tenho que garantir que essas mulheres não dêem em cima do meu marido." Sorri me aproximando dele.

Ele sorriu torto e continuou cantando enquanto sambava em minha frente me incitando a acompanhá-lo.

"Entra na minha casa... Entra na minha vida..."

Eu então peguei o microfone:

"Mexe com minha estrutura..."

"Sara todas as feridas..." Completou, segurando em minha cintura e sambando comigo.

"Somos horríveis!" Gritei, ele só riu.

Cantar com o seu pop star da fé não tem preço!

"Quero amar somente a ti..." Ele cantou. "Por que você é meu bem maior..." Ele completou me encarando nos olhos e dando seu costumeiro sorriso torto.

Ui! Derreti.

Roubei então o microfone em suas mãos e completei:

"E você fez um milagre em mim!"

"UHULLL!"

"É isso ae!"

Ele então sorriu e me abraçou me girando no palco. Gargalhei e bati em suas costas de brincadeira para que ele me soltasse. Ele somente gargalhou enquanto nossa família subia também e pulava uns nos outros, fazendo um montinho, ou montão... AH... Tanto faz.

Então é isso, caros amigos.

Essa é minha família... Essa é minha história.

E essa sou eu:

"De repente... Religiosa."


FIM.


Nota da Autora: Oi pessoal! Essa é minha história antes de A Infiltrada. Um pouquinho diferente, huh? Mas foi DRR que garantiu que várias pessoas acreditassem em AI e não desistissem dela.

Além do que essa fic é muito importante para mim em várias sentidos, e me diverti muito escrevendo-a.

É isso, espero que tenham gostado!

Com amor,

NAT!

23 comentários:

Mariana trindade disse...

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
1ª a comentar
cara chorei simplesmente amei
caramba vou sentir muita falda desta fic
bjs agora é a infiltrada

Josye disse...

EU SIMPLESMENTE ADOREEEEEEI! QUERO MAIS, MAIS, MAIS!!!!!!

Bárbara M. disse...

Essa fic foi sinplismente MARAVILHOSA!!!
Eu já li todas as finks do foforks e sem duvida essa é uma das melhores, se não a melhor! Eu vou sentir muita falta dela!

Jani castro disse...

AHHHHHHHHHHH....

pessoas parem o mundo que eu quero descer... acho q depois dessa fic, nao vou achar mais graça de nada... por que??? simplesmente por que eu ri horrores com essa fic, eu chorei muito. e agora que simplesmente acabou vai ficar... DE REPENTE... NA SAUDADE !!!!


** amei muito, agora é esperar atualizações de " a infiltrada".

Jani castro disse...

corrigindo... " A INFILTRADA 2"

Mariana Cullen disse...

Meu Deus não pode ter acabado NÃO eu vou chorar
Eu ri muito,muito mesmo chorei com o começo o meio e o fim
Que falta vai me fazer De repente... Religiosa
Não ligar o pc 11:00 só para ler
Amei essa fic BJS !!!

Naty_14 disse...

AIIIIIII MEUUUUUUSSS DEEEEEUUUUUSSS!!!!!! q saudades vou ter dessa fic, adorei o final, q lindo a bella convence o papa pra se casar na igreja. *---*
morrendo d saudads ja!!!

Vitoria disse...

poxa que pena que acabou ... essa fic e maravilhosa ...
vou sentir muita falta ...
nat parabens vc fez um trabalho maravilhoso
eu amei amei amei de repente ... religiosa <3
agora vaos ficar de repente ... na saudade

Deka disse...

Adoreiiiiiiiiiiiiiiii.!Chorei de emoção.!

Helena Le95 disse...

Nossa amei como acabou a fic. Foi maravilhoso e mto engraçada!!! Morro de rir com o cérebro einstein da Bella!!
PARABENS NAT, vc escreve mto bem.

Agora esperar a infiltrada 2!!

Rosa disse...

AMEI ESSA FIC
TAVA MUITO MASSA
FOI BOM ENQUANTO DUROU
RI A PACAS
AMEEEIIIII

Laurinha disse...

Lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Eu amei o casamneto no Vaticano
A bella é mesmo uma doida
Bjs Nat!

Kinha Rock66 disse...

De Repente ... a Nat é a Melhor.
Poorq ? ... Shorei , Ri , Gargalhei e senti saudads e umas ps.
Essa fic ? aaah, melhor ' Bein que podia ter De Repente... religiosa 2
Seriia perfeito. Nat, Cara seu trabalhoo o melhor Seriio. Parabêns... (sz)
(ED GOSTOSÃO ; Eurilitros).

Gabrielle Marianno disse...

Ai gente eu amei essa Fic chorei muito mais faze o q acabo!!!!

(Eu odeio esses fim me deixa ainda mais triste)))

Gabrielle Marianno disse...

Concordo com vc Mariana trindade

Viihs disse...

AHHH!! Eu adorei essa fic! Ela é perfeita! Parabéns Nat! Tanto por ela como por AI!! Vc é demais!

Cristiani adornes disse...

Sem comentários...
Idem o dos outros.

JACQUELINE disse...

aiii Nat amooo suas fics vimquai só pra lê-las

Natasha disse...

HAHAHA eu sei que essa Fic já foi escrita a muito tempo , mais to voltando agora pro Site , depois de muito tempo sem ler , e terminei essa ontem , verdadeiramente AMEI MESMO ! s2 *-*  
muito criativa , divertida , empolgante , apaixonante enfim  tudo de bom mesmo !  rs ' 
muito Sucesso Nat ' você merece ! ²  

Ps:  vou sentir Saudades , rs *  mais amei ler ela ; ♥ 

beijão :** 

Paulalobopereira disse...

eu acho que a musica dessa fic deveria ser hot'n cold

Maisa Carvalho1979 disse...

olha !de coração eu ameiiiiiiiiiiiii do começo ao fim.Vc esta de parabens por favor continue .Estou sem palavras p lhe escrever o quanto foi bom eu ler esta fanfic.bjs

Camila disse...

Amei a fic...Parabéns a autora

Rapptz disse...

Ahhhhhhhhhhhhhhh! De Repente ... Amei =D

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