Sete vampiros… três casais… um teto. Achar uma caverna para viver estava soando melhor a cada dia.
Carlisle tinha passado um bom tempo conversando com Jasper, só os dois, no seu escritório. Eu sabia que Carlisle queria que a conversa fosse privada. No entanto, com a minha necessidade de proteger minha família, eu escutei, para prevenir. Jasper estava achando difícil aceitar completamente o jeito que meu pai descrevia o nosso escolhido estilo de vida. Em vários momentos da conversa, eu ouvi Jasper pensar Farei pela Alice, qualquer coisa por ela. E então eu vi o amor em sua mente.
Sacudi a cabeça. Três casais… uma boa caverna não devia ser tão difícil de achar.
Mas eu gostava do Jasper. Ele tinha um estratégico jeito de pensar, organizado e sempre preparado. Eu tinha que admirar isso nele. Estava claro que Jasper tinha muita experiência em lidar com seu estilo de vida antigo. Não havia duvida que ele era o tipo de homem que você gostaria de ter ao seu lado em uma luta. E ele estava do nosso lado.
Mesmo assim… alguns de seus pensamentos eram um pouco perturbadores. Com a sua outra “família”, eles tratavam os humanos como se fossem uma criação de gado na estrada, lá para serem pegos. Embora ele não tivesse tomado nenhuma decisão, a idéia de trapacear era muito tentadora para ele. Mas ele rapidamente mandava esse pensamento para longe, sabendo muito bem que não era aceitável e que iria magoar severamente Alice.
Alice. Que criaturinha bizarra. Eu ainda tinha que entender seu dom. Ela dizia ter a habilidade de “ver” as coisas, o que quer que isso significasse. Ela era tão pequenina, e mesmo assim tinha a capacidade de controlar em Jasper alguns de seus desejos assassinos. O relacionamento deles me fascinava. Rosalie e Emmett eram mais óbvios sobre sua relação, enquanto os meus pais tinham um relacionamento mais espiritual. Alice e Jasper, no entanto, pareciam ainda mais místicos que a própria natureza dos vampiros.
Eu estava sentando no chão da garagem, tentando reorganizar todos os meus pertences, quando a Esme entrou.
“Já quase terminei com seu novo quarto. Fiz uma coisa diferente com a parede sul.” Acho que você vai gostar bastante disso.”Você gostaria de ver?”
Eu olhei para cima, seu rosto estava cheio de esperança e excitação.
“Ok, Esme, vamos dar uma olhada.” Eu levantei e a segui para dentro da casa.
Entrei no meu novo quarto e minha boca abriu levemente. A parede sul inteira era vidro. Dava tanta luz, muto mais do que qualquer um de nós já tinhamos experimentado em uma casa antes. Era perfeito.
“Brilhante, ” eu murmurei.”Absolutamente brilhante.”
Esme riu.”Está lindo, não é?” Eu concordei calado.”Bom, tudo o que precisamos é acrescentar os carpetes, e então seu quarto estará completo.”
“Obrigado, Esme. Como sempre, você fez um trabalho extraordinário.”
Ela sorriu, e então saiu para pegar o resto das coisas.
Andei até a janela e olhei para o cenário abaixo. A parede de vidro dava para o lago Erie, somente a uma pequena distancia da fronteira com o Canadá. A água era de um verde escuro e se movia pacificamente. Era por isso que nós havíamos escolhido a área, é claro, as condições do tempo geralmente contavam com grandes quantidades de chuva e nuvens. Embora não estivesse chovendo no momento, em minha mente eu podia ver um temporal lavando o chão. Era estranho, eu ainda não tinha visto nada tão vívido assim antes. Era quase como uma visão…
Eu me virei e achei Alice parada na porta. Ela olhava com olhos grandes, de fada.
“O que foi isso?” eu perguntei, surpreso.
Ela sorriu.”Isso foi o amanhã. Vai chover. Perfeito para beisebol.”
“Beisebol?” perguntei com uma sobrancelha erguida.”Nunca pude jogar beisebol, não com vampiros. . .”
Ela riu, o som tocava como sininhos.”Você pode em uma tempestade. Há uma clareira a alguns quilômetros daqui. Não vai chover, apenas trovões.”
“Você vê o futuro. . .” eu declarei.”Sempre é assim tão claro?”
Ela moveu os ombros.”A maioria das vezes, mas de vez em quando fica um pouquinho borrado. Eu vi Jasper e essa família perfeitamente. Sempre soube que era aqui que deveríamos estar.”
Ela abriu a mente e eu vi a visão que ela devia ter tido quando nos viu pela primeira vez. Eu vi meus pais, parecendo serenos como sempre. Vi Emmett e a Rosalie, flertando como sempre. E então vi a mim mesmo, tocando piano. Foi o olhar em meu rosto que me deixou mais perturbado. Um olhar de pedra, distante. Eu sempre fui assim?
Alice mal interpretou minha careta como desaprovação. Ela bateu suas mãos e deu uma reverência.
“Obrigado, Alice, ” eu disse rapidamente, “por compartilhar sua visão comigo.”
Ela olhou e sorriu. “É muito legal ter alguém que possa ver o que eu vejo.”
“Sim, é, ” eu concordei.
Minha primeira impressão sobre ela estava correta, ela era uma aberração, assim como eu. Ambos éramos aberrações em uma família de vampiros. Eu tinha um pressentimento que iríamos nos dar muito bem.
4 comentários:
amando d+
Imagina: vc em casa tranquilho de repente vem uma doida como a Alice, toma teu quarto e te trata como se já se conhecessem... Eu ia ficar maluca!
COM CERTEZA
Idem,Idem...!
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