Verde, Vermelho, Dourado - Capítulo 40: Espectro

Nota da Autora: O poema é Gencianas Bávaras de D. H. Lawrence, 1932.

Nem todo o homem tem gencianas em casa

no suave Setembro, no lento e triste dia de São Miguel.

Gencianas bávaras, grandes e escuras, somente escuras

escurecendo as horas do dia, tochas com o azul esfumado da

escuridão de Plutão,

alinhadas como tochas, de chama escurecida espalhada de azul

aplanada em pontos, plana sob a varredura de um dia claro

flor em tocha da escuridão azul-esfumada, ofuscação azul escura de Plutão,

candeias escuras dos salões de Dis, ardendo em azul escuro,

emitindo escuridão, escuridão azul,

como as pálidas candeias de Deméter espalhando luz,

guiando-me então, escolhendo o caminho.

Colhe-me uma genciana, dê-me uma tocha!

deixa que me guie com a forçada tocha azul desta flor

pelas escadas abaixo, cada vez mais escuras,

onde o azul é escurecido em azulado

onde mesmo Prosérpina vai, agora mesmo, desde o Setembro gelado

até ao reino cego onde a escuridão é desperta sobre o escuro

e a própria Prosérpina não é senão uma voz

ou uma escuridão invisível envolta na mais funda escuridão

dos Plutúnicos braços, e perfurada com a paixão da densa escuridão,

por entre o esplendor de tochas de escuridão, derrama escuridão sobre

a perdida noiva e o seu noivo.


13 de Junho de 2006

Senti-me como Hades, arrastando abaixo a bela Perséfone para o reino invisível e condenando-a a uma eternidade de escuridão. Desviei o olhar do livro de poesia e olhei para Bella. Ela estava esparramada em minha cama, dormindo profundamente. Fiz uma promessa e, para cumprir tal promessa, ela jamais dormiria novamente.

E seria apenas escuridão para ela. Se eu desse tudo à ela, combinasse todas as cores, tudo o que ela teria seria negro.

Deitei ao lado de meu lindo amor. Não podia fazer nada a não ser pensar em toda minha existência passada enquanto a observava respirar profundamente. Minha patética existência. Tudo era sem importância antes dela. Eu havia sido um tolo, confundindo meu isolamento por solidão. Minha dor com apatia. Era ela, durante todo o tempo, que eu estive procurando.

Tanto eu queria dar à ela, vida, amor, todo o planeta. Ainda assim, vez após vez, eu falhei em prover o que ela realmente precisava. E agora, ela me concedia o mais espantoso favor. Sua mão em casamento. Estiquei a mão e tracei delicadamente sua face.

Egoísmo por anseio. Ou talvez anseio por egoismo. Os dois pareciam impossíveis de separar. Eu ansiava por ela e a queria. Minha, por toda a eternidade.

E enquanto eu deitava ali, ponderando minhas ações, lutei para chegar a conclusão de toda minha insensatez. Eu havia chegado tão perto de permitir que o monstro dentro de mim dominasse. Tão perto de perder minha famÌlia, a mim mesmo. Tão perto de perdê-la. Bella, aquela que eu estava precisando durante todo aquele tempo.

Eu jamais seria capaz de expressar o que ela havia feito por mim, pelo menos não em palavras. Eu tentei dizer a ela, mostrá-la, quão grande é o meu amor, um mar infinito. Eu fui tão estúpido de acreditar que seu amor por mim não era tão profundo quanto o meu por ela. Abandoná-la foi verdadeiramente o pior dos erros que eu tinha feito. Jamais tinha percebido que eu poderia ser amado tão profundamente, que pudesse merecer tal amor de qualquer um. Menos ainda de uma linda garota humana.

Como pode ela me amar tanto? Eu, um monstro desalmado. Bem, talvez eu tivesse uma alma. Como Bella disse, ’sejamos esperançosos’. Eu apenas podia esperar que ela fosse minha alma gêmea e que ambos viveríamos, experimentando uma vida gloriosa.

O anel de minha mãe coube perfeitamente em seu dedo. O acareciei amorosamente. Pelo menos uma vez, eu havia finalmente feito a coisa certa. Mas, seria o suficiente? Logo eu estaria transformando-a em um monstro como eu era. Crime, um pecado horrível. Ainda assim, era o que ela queria, o que ela precisava. Eu faria qualquer coisa por ela.

Então suavemente, finalmente cheguei a minha conclusão. Tudo o que eu havia vivido, tudo que havia feito, noventa anos de espera, foi tudo por uma razão e uma razão apenas. A gloriosa experiência de ser arrebatado por ela.

Bella, meu único amor. . . Você ultrapassou até o mais brilhante espectro de cores. Você me salvou.

FIM.

14 comentários:

Nataniela disse...

muito dez essa história, tudo perfeito e o final não podia ser melhor. Como sempre falo, eternamente Edward e Bella. Sempre.
Beijos

Bia Pattinson disse...

Adorei muito!!!!!!!

Caroline s a disse...

lindo inteiramente lindo

Bebetty_rp disse...

uma palavra descreve isso:PERFEITO!

Simone Farias disse...

Amei... entrou realmente na essência do Edward... já li várias fiks... essa parece até escrita pela Stephenie Meyer... parabéns!!!

Paula disse...

Final perfeito para uma linda fic... Amei a descricao da vida do Edward desde o principio.... A descoberta do amor em tempo perfeito..... Muito lindo...

Joana Angel disse...

gostei muito parabens

Aniinha ^^ disse...

Lindo Lindo Lindo *-*

EstelaFerreiraSilva disse...

Amei...É muito lindo, a história é perfeita, não tenho palavras para descever!!!!!!!!!!!s2

A SAGA CREPÚSCULO disse...

nossa LINDO DE +

Júlia Karolyne disse...

PERFEITAAAAAAAAAAAAAAA

Anônimo disse...

Essa fic é mesmo muito linda!!!! parabéns a autora!!!
Essa foi a segunda vez que li ela e a continuação (eternamente dourado), e agora eu acho que voi ler - novamente - 'nascer do sol', afinal, Alice é minha Cullen favorita *-*
Bjs!!!
Mary Alice.

lindinhaaa disse...

nossa essa fic realmente e perfeitamente perfeita rsrsrs parabens para a aautora da fic vc tere um grande futuro lindo este final mais perfeito bjsss e pf escreva mais :D

Dri disse...

Edward Cullen.......somente <3

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