A Visita dos Franceses - Capítulo 23: Estada em Paris

[Renesmee]

Aquelas vidraças imensas que eu avistava do saguão de espera mostravam a cidade mais linda que eu já vira na vida. Okay, eu tinha – quase – um ano de idade, e nunca ultrapassara muito os limites de Washington.
Mas mesmo assim, Paris era a cidade mais fantástica que eu já vira.
Nosso voo de escala estava preso no aeroporto de Madri, por causa da neve que atacava boa parte da Europa. Eu sempre amei a neve, embora eu saiba que eu não sinto tanto frio quanto deveria sentir. Era familiar para mim, lembrava meus parentes gelados.
Toquei imediatamente o rosto de Lilith quando me lembrei deles.
“Meus pais...”.
– Ah! – ela tirou um celular pequeno do bolso e o levou ao ouvido, discando o número – Está chamando.
Ela ficou em silêncio até ouvirmos o sinal de caixa postal. Eles não deviam estar com o celular.
A preocupação estava estampada em seu rosto.
– Hum. Alice, nós chegamos a Paris, o voo para Lyon está atrasado. Renesmee está ótima. Ligue de volta, queremos notícias. Beijos.
Ela disfarçou o nervosismo.
– Vamos sair deste aeroporto lotado e mostrar nossa linda capital para Nessie? – ela propôs a Stuart. Ele sentiu sua tentativa de me distrair.
– É claro! Vamos visitar Agnes.
– Quem é Agnes? – perguntei.
– Uma amiga... imortal – Dominique abaixou o tom de voz para um sussurro – Ela se alimenta de sangue humano, mas é muito estável. Vai adorar conhece-la!
Sorri de volta.
– Quando chegarmos a Lyon quero lhe levar ao zoológico – Dyllan falou.
Arthur gargalhou. O som era contagiante e espantoso: eu nunca o ouvira rir de forma tão autêntica.
– Os pobres animais se encolhem só em saber que ele está por perto. Até os morcegos.
– Mas vamos levá-la. É muito interessante – Lilith abriu a porta de um Renault para eu entrar.
Enquanto aceleramos pelas ruas esbranquiçadas, a ficha caiu.
– De quem é este carro?
Eles riram ronronando. Estávamos saindo da cidade.
– Nosso. Como sempre viajamos muito a Paris, compramos este Vel Satis e reservamos uma locação permanente para ele aqui no aeroporto. – respondeu Stuart, enquanto dirigia.
Isso era bem a cara de minha família.
– E imagino que vocês tenham um outro em Lyon?
– Bem... Lilith tem um certo amor pela Renault. Ela tem um Laguna Coupé. Eu prefiro mais... mobilidade. Tenho um Lotus Elise.
Arregalei os olhos. E eu que achava muita coisa a Ferrari da mamãe.
Arthur resmungou algo em francês.
– Dyllan tem um Citroën esportivo. Você deve estar acostumada: percebemos que os Cullen também gostam de correr um pouco.
– Minha mãe não é tão empolgada com isso. Ela teve um Aston e preferiria usar sua velha Chevy.
A cabeça de Arthur se voltou rapidamente para mim, uma estranha felicidade em seus olhos.
– Aleluia! Finalement algum vampiro que não é louco por carros – ele torceu o rosto no fim da frase que embaralhava inglês com francês. – Achei que seria o único! E você Nessie?
Senti-me feliz ao lembrar de meu pai.
– Eu amo a velocidade.
Ele deu um sorriso meigo e conformado.
– Faz parte.
Eu e os Éclat ainda ríamos quando paramos na frente de uma casa de campo bem espaçosa.
– Agnes é estranha. Ela tem hábitos alimentares comuns, mas não é nômade.
Dyllan tocou a campainha.
Uma voz doce e alta invadiu meus ouvidos na língua francesa.
A porta da casa foi aberta.

2 comentários:

Jullyannye disse...

tah mt corrido 

Amanda_Cullen disse...

Voltei a comentar :)

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