A Visita dos Franceses - Capítulo 33: A Garota Do Sanduíche Está Mais Que Apaixonada

[Jacob]

O meu queixo caiu.
– O q-quê?
Alice apenas olhou para mim: não podia culpá-la, eu entendi muito bem o que ela havia dito.
Meggie, a irmã de Collin que acabara de se mudar do Canadá para La Push, teve uma impressão...
comigo.
Isso não está acontecendo. Por favor, não está...
Mas no ponto de vista humano, isso era espetacular.
Eu nunca parei para admirá-la, pois todo este tempo meus olhos estavam ofuscados por Renesmee.
Só que agora que descobri isso... Percebi que ela era realmente atraente. Olhos grandes e levemente amendoados, de cor semelhante ao mel. Os cabelos escuros longos de pontas cacheadas.
Ela era jovem, tinha 16 anos. Tão nova e já sofreria as dores do amor mais intenso que existe.
E enquanto isso, eu não podia amá-la.
Toda a minha existência seria dedicada à criança meio-vampira filha de minha melhor amiga.
Inacreditável o quanto minha vida mudara. Há exatos doze meses, eu disputava com Edward Cullen o amor de Bella Swan.
E agora Bella
Cullen, era uma bebedora de sangue.
Porém eu tentava esquecer que Nessie também bebia...
Coisa que Meggie nunca poderia fazer.
Oh Céus, o que eu estou pensando?
Caiu a ficha. Eu ainda estava paralisado e sendo observado pelos dois vampiros.
Quando ia abrir a boca para falar – mesmo que eu tivesse a certeza que não sairia de lá algo muito proveitoso – o celular de Alice tocou.
Um toque polifônico antigo, bem infantil. Parecia ser um daqueles escolhidos especialmente para a pessoa.
Alice estacou ao ouvi-lo, e passaram várias emoções ao mesmo tempo em seu rosto. Mas eu não era muito bom em ler emoções.
Ela estava muito hesitante. O toque começou a açoitar minha paciência.
– Atenda logo isso – falei entre dentes.
Jasper rosnou para mim.
Mas a expressão da baixinha permanecia petrificada, olhando atentamente para o visor. Isso preocupou o vampiro loiro.
– Alice?
Ela se virou para fita-lo, e percebi que havia muitas coisas neste olhar que eu não compreendia.
Finalmente, ela abriu o aparelho e o pôs no ouvido.
Arfando como se tivesse acabado de disputar uma maratona, ela falou:
– Querida... – Ela simplesmente se ergueu de uma hora para outra, afobada – ONDE VOCÊ ESTÁ? COM QUÊM VOCÊ ESTÁ?
Arregalei os olhos.
– Quem...?
Ela chiou pedindo que eu fizesse silêncio. Nunca a vira tão descontrolada.
– Você viu alguém de olhos vermelhos? Cabelo muito preto?
Eu pude mal ouvir a breve resposta do outro lado da linha.
– Você está falando de alguém daquele clã desgra...
– Shhh! – ela me interrompeu novamente – Nada, Renesmee. É apenas Jacob.
O quê? Está falando com a Nes...?
– Jacob, pare de... – Alice calou sua reclamação com contragosto e estendeu o telefone para mim – Ela quer falar com você.
Repentinamente radiante, recebi o aparelho.
– Renesm... Nessie?
Ouvir sua vozinha foi como receber uma injeção de paz: de repente nada mais estava errado, nada era preocupante. Eu estava falando com minha Nessie.
– Jacob! Eu preciso falar com você.
Eu era todo ouvidos.

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