A Visita dos Franceses - Capítulo 34: Telefonema Para Casa

[Renesmee]

Eu me senti novamente tão criança! Estava falando com meu Jacob. Minha companhia para todos os momentos, meu melhor amigo. Às vezes, eu estranhamente sentia-o como um raio de sol... Um satélite que me iluminava.
– Eu estou na casa de amigos dos Éclat e...
– O quê, os vampiros franceses têm amigos
humanos?
Senti minha face se ruborizar: Agnes tinha a audição fina e provavelmente havia escutado aquilo.
– Humm, não. São vampiros.
Silêncio.
– Jacob...?
Olhei para o visor do celular – a ligação não caíra.
Demorou mais algum tempo para ele poder falar:
– Por favor, me diga que eles têm os olhos dourados.
Por favor.
– Desculpe, mas... – mudei meu tom para algo bem animado – Mentir é feio!
Isso era bem maldoso com ele, mas eu ainda não o perdoara pelas inúmeras brincadeiras de mau-gosto que ele aplicava. “24 cromossomos é quase síndrome de Down!”, ou “Que bom que você transmite pensamentos, por que se você lesse-os eu não seria seu amigo” ou até “Cachos ficam melhor em Charlie”.
A reação foi a que eu esperava.
– Não tem a menor graça! Meu Deus, você tem a mesma atração para problemas que sua mãe tem! Bebedores de sangue humano!
E antes dele terminar de gritar comigo, o celular foi arrancado de sua mão.
– Renesmee, você está com vampiros de alimentação tradicional? – perguntou Tia Alice, seu timbre de voz carregado de preocupação.
– Sim, tia, mas eles convivem com humanos há séculos, não tiveram problema algum comigo.
– E está em Paris?
– Sim.
– Ouça, eu tenho uma conta bancária com o nome de “Josephine Smeek” em Paris. Peça para Stuart levá-la a algum banco e tire alguns euros, okay?
– Está bem.
– Bella, Edward e Carlisle estão na França, provavelmente indo para aí. – meu coração pulou com essa notícia. Meus pais estavam vindo me buscar! Tia Alice prosseguiu – Escute, há alguém perto de você que tem... sorte?
– Como? – pensei ter ouvido errado.
– Sorte. Eu sinto alguém de olhos vermelhos e... sortuda... próxima a você.
– Oh, deve ser Henri.
Ela fez uma pausa cheia de tensão.
– Nessie, eu vi sangue perto de você. Mas eu não a vejo! Nunca a vi muito bem. Acho que você está mudando de novo.
– Não é pra menos, hoje é dia 2 de setembro.
Eu ouvido latejou com o gritinho que ela soltou inesperadamente.
– Oh Meu Deus! Dia 10 é seu primeiro aniversário querida! E eu estou longe de você, e...
– Calma, tia! Já viu um jeito melhor de festejar aniversário do que fugir dos Volturi em Paris?
Ela riu da minha piada irônica.
– Seu senso de humor é idêntico ao de Edward. Sinceramente, eu pensei que você seria mais parecida com sua mãe. Mas me enganei – ela disse isso num tom bem satisfeito.
– Eu sinto a falta deles. De todos vocês. Diga a Jacob para ficar tranquilo, tá?
– Está bem. Nós também sentimos sua falta, amor. Num piscar de olhos estaremos juntos de novo. Prometo.
– Tomara.
– Acredite, se eu fosse você, confiaria nas minhas promessas.
Ambas rindo, despedimo-nos.
Devolvi o celular à Agnes.
– Meus pais estão vindo me buscar.

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