[Edward]
Era aquele maldito magnetismo que me dava dor de cabeça. O estranho magnetismo que Bella tem para o perigo. Mesmo com tantas alterações que a imortalidade trouxe a ela, a catástrofe ainda a acompanhava em qualquer circunstância.
– Ah, Bella... – falei baixo, incapaz de me reprimir.
“Concentre-se Edward, você teve a noite toda com ela!”, zombou Emmett, mentalmente.
Emmett. Quando ele iria parar com isso?
– Sabe, ontem Alice previu que no fim-de-semana haverá uma tempestade.
“Hummm... Chuva significa beisebol!”
– E é no jogo que eu vou acertar as contas com você. – anunciei ameaçador.
“E isso aí! Vamos lavar a roupa suja, mano.”
Paramos de andar quando sentimos o aroma adocicado de nossos visitantes.
– Carlisle, vampiros não costumam gostar de lobisomens – alertei, me lembrando de Jacob, Seth e Leah.
– É verdade, filho. Procure Jacob e o avise, por favor.
Balancei a cabeça e segui atrás do rastro dos lobos. Logo contatei suas mentes.
“Você já os encontrou, Edward?”, pensou Seth.
– Não – respondi – mas é melhor que você se mantenham distantes.
Leah grunhiu. “Somos crianças demais?”
Jacob a censurou com um olhar. “Deixe disso, Lee-Lee”, pediu Seth.
“Entendo o que quer dizer Edward. Mas e Nessie?”
– Está segura com Bella.
“Claro, claro”.
Acenei, me despedindo deles, e zarpei até onde estava antes.
Emmett e Carlisle brilhavam no Sol que surgira entre as nuvens, e os dois encaravam incrédulos um ponto da floresta.
E os pensamentos que ouvi no começo do dia me atingiram novamente.
“Eles tem os olhos dourados?”... “Deve ser o Doutor Cullen.”... “Parecem civilizados...”.
Me juntei a eles.
Eram cinco. Mas eu só ouvia quatro mentes.
Eles eram definitivamente vampiros, vegetarianos, civilizados e europeus.
Exceto o garoto loiro nos braços da fêmea mais velha do grupo.
No momento que o vi, soube a verdade.
– Meio humano – disse Carlisle.
Aquilo assustou o grupo estranho. “Ele não achou que fosse uma criança congelada?”, pensou uma voz feminina.
– Sim. Que bom que meu filho não o trouxe dúvidas indesejadas, Dr. Cullen – falou o homem que parecia conduzir os outros. Franceses, com certeza.
– De onde vêm, amigos? – perguntou ele de volta, embora eu soubesse que ele sabia discernir o sotaque europeu.
– A França é nossa pátria atual. Moramos lá há mais de 50 anos. Há cerca de 2 anos, estamos percorrendo o mundo atrás de outros iguais a Arthur – que devia ser a criança – e antes de chegarmos aqui, passamos pelo Alasca. Conhecemos os Denali, e eles nos aconselharam procuram pela família Cullen, mas não disseram o motivo. Então, finalmente, prazer em conhecê-los.
E sorriu abertamente.
– É um prazer recebê-los! Infelizmente não somos todos os Cullen. Emmett, você pode chamar os que ficaram?
– Claro. – e sumiu na floresta.
“Obviamente com restante, virá o esclarecimento”, pensou outra voz afrancesada.
E em um segundo eles estavam reunidos a nós.
Bella estava chocada. Renesmee pensava no caminho certo. “Oh! Ele é como Nahuel!”.
– Então estes são os que faltavam para completar a família Cullen – disse o homem,enfim. Alice também estava chocada. “Como assim? Um outro meio-humano, aqui, em Washington?”.
– Sim – confirmou ela. – E vocês são...?
– Perdão pela indelicadeza. Sou Stuart Éclat, estes são meus sobrinhos Dyllan e Lilith, e esta é minha esposa Dominique.
Éclat. Um nome francês que significa brilho.
Conveniente.
– Prazer – Repetiram, mas agora todos ao mesmo tempo.
Os olhares deles se voltaram para a criança loura.
– Oh. E este é nosso pequeno Arthur. Ele é um meio-vampiro, mas vejo que seu tipo não é desconhecido para vocês – acrescentou ele, apontando para Renesmee.
Me juntei a Bella e Nessie, apresentando-as com um enorme orgulho interno.
– Esta é minha filha Renesmee. E sua mãe, é minha esposa Bella.
Renesmee sorriu radiante para os Éclat.
– Ela é encantadora! – disse a que se chamava Lilith.
O garoto, que cobria o rosto, virou-se e os espiou com seus olhos vivamente verdes. Pareciam os meus antigos olhos de humano, apesar de minha memória ser bem distante.
“Ahhh...”, suspirou mentalmente Rosalie.
– Oh Céus! Ele parece um anjo! – exclamou.
“Verdade” concordaram Alice e Esme.
“Será que essa... Bella, é mãe da garota?”, pensou Dominique.
– Interessante... A Sra. Éclat é sua mãe biológica? – indagou Carlisle.
– Oh. Eu ia perguntar o mesmo sobre Bella – respondeu a mulher.
– Acho que temos muito a conversar. – disse Stuart estendendo uma mão, como uma forma de comprimento e certificado de paz absoluta.
– Tenho certeza – Carlisle a apertou sorridente – Vamos até minha residência.
Mas havia algo errado. Apesar de ver cinco estrangeiros ali, eu só ouvia quatro mentes distintas. Algo semelhante acontecia a Jasper e Alice.
Tínhamos que resolver isso logo, senão Jazz se torturaria internamente de novo.
– Esperem – pedi.
– Ainda há algo estranho que queremos desvendar. – disse Alice, confirmando minha hipótese. Jasper andou na direção de Dyllan.
– Por que não posso controlar suas emoções?
Boa pergunta.
1 comentários:
hmmmmmmm!? por q será?!!?!
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