A Visita dos Franceses - Capítulo 6: A Cura

[Bella]

– Como? – perguntou Dyllan, enleado.
Lilith cochichou algo em francês para o irmão, e de repente ele pareceu compreender a situação.
– Oh, me perdoem! Precauções sabem? – e de repente Jasper, Edward e Alice estavam satisfeitos.
– Agora eu o vejo – Alice disse sorrindo.
Emmett o olhou incrédulo.
– Ele é imune a Jasper?
– Sim, ele é. Uma espécie de defesa universal – explicou Edward, pensativo. – Mas ele já recuou o escudo.
Muita confiança da parte dele. O meu estava envolvendo a todos os Cullen, intacto.
– Temos vários talentos aqui não é mesmo? – comentou Stuart.
– Alice vê o futuro a certos critérios; Jasper sente e controla as emoções ao seu redor; Bella também tem um potente escudo, mas ele se estende por quilômetros e é imune a somente ataques mentais; eu, por outro lado, posso entrar nas mentes e ouvir pensamentos; – a cada talento acrescentado a lista, mais os queixos dos Éclat caíam – e, por fim, Nes... Renesmee. Humm... é difícil descrever seu talento. De certa forma, é chocante...
Antes que Edward completasse a frase, a voz infantil e macia de Arthur invadiu meus ouvidos, em um inglês falho, mas claro.
– Ela é como eu?
Como eu? Em que sentido Arthur se referiu?
Renesmee tocou meu rosto, pedindo para demonstrar seu dom ao arcanjinho curioso. “Por favor, mamãe?”.
Olhei para Edward, pedindo sua opinião. Ele balançou a cabeça.
Ela foi ao chão e Arthur caminhou até ela. Todos estavam receosos e atentos.
Renesmee ergueu a mão e tocou seu rosto, amavelmente.
A reação dele não fora a que eu esperava – pulos, olhos arregalados, gritos de surpresa e etc –, ao contrário. Foi como se ele recebesse a carga de pensamentos dela há séculos.
Seu rosto se iluminou.
– Wow! – exultou ele.
Rimos aliviados. Os Éclat não haviam entendido o dom de Renesmee, mas riram da reação de Arthur.
– Ótimo! Agora é minha vez! – disse ele.
Epa. Minha vez de quê?
Stuart também pareceu preocupado.
– Ela ainda é nova, Tue. Vai assustá-la.
Edward riu alto, porém educadamente.
– Renesmee é forte. Corajosa é a palavra certa – e piscou para mim, sorrindo torto.
Concordei, sem pensar. Minha distração foi suficiente para Arthur pôr em prática a demonstração de seu talento, antes que eu pudesse impedir.
Grrr... Edward!
Parei junto com os outros para contemplar o que ele fazia. Ele tirara de algum lugar uma rosa vermelha totalmente murcha, e a dera para Renesmee segurar.
Uma estranha energia saiu da palma de sua mão e infiltrou-se nas pétalas da flor maltratada. Em uma fração de segundos, a rosa estava nova em folha. Como se nunca tivesse sido murcha antes.
– Wow! – exclamou Renesmee.
Os Éclat gargalharam. Os Cullen estavam em choque.
– Wow... – repetiu Emmett, aparvalhado.
– O dom da cura. Diferente, não é? – falou Lilith, como se comentasse o formato das nuvens.
Carlisle parecia ter acabado de descobrir a cura do câncer. De fato.
– Amigos... Esse garoto não vai embora daqui tão cedo – gracejou ele, encantado.
Renesmee já estava demonstrando seus encantos ao resto dos Éclat, que reagiam com as habituais exclamações de susto.
– Fantástico – murmurou Edward ao meu ouvido, abraçado à minha cintura.
Outro defensor era considerável.
Outro meio-vampiro... um pouco estranho, mas aceitável.
Conviver com os Eclat não seria tão difícil, afinal.
Então a ficha caiu.
Estremeci.
– E-Edward! E... J-Jacob?
Os Éclat se viraram sincronizados para mim.
– Jacob?