Uma Nova Vida - Capítulo 15: A Tragédia

Emmett estava chocado. Alice, decepcionada. Carlisle e Esme, pesarosos. Eu e Edward não estávamos acreditando. O único que permaneceu calmo foi Jasper e tentou controlar os sentimentos de nós todos.

— Vamos para a garagem pegar os carros, não podemos correr pela cidade... — enfatizou Carlisle

Em menos de um segundo entramos na minha Ferrari e no Porsche de Alice, já que o M3 estava com Rosalie. Edward dirigiu o meu carro que era seguido pelo de Alice, pois ele sabia onde ficava o lugar... tinha visto na mente dela.

Nossa corrida foi muito curta e silenciosa e rapidamente, chegamos no escuro beco e não ouvimos nada. Saímos do carro apressados e para nossa decepção Rosalie não estava em nenhum lugar...

— Sigam o rastro dela, não tem muito tempo que ela saiu daqui. — disse Edward

Continuamos a seguir o cheiro de Rose, que aos poucos se misturava com a fragrância de... de sangue. Enfim chegamos a um velho galpão, que tinha a fachada cinza, pisos de cimento e vários vidros quebrados. Era a manhã de um dia nublado, porém dentro desse galpão estava escuro como a noite.

De inicio, nós não hesitamos, mas depois um vento forte entrou pelas janelas partidas e nos deu a noticia que temíamos saber. No canto mais escuro daquele local estava Rosalie, segurando o cadáver frio,pálido e imóvel do garoto, que aparentava ter no máximo 16 anos. Ao a encontrarmos ela rosnou para nós, tentou nós machucar mas nos colocamos em defesa e ela ficou furiosa.

— Como você pôde fazer isso, Rose? Como? — perguntava Emmett

— Calma, Em. Calma! — dizia Jasper, se colocando ao lado do irmão

Eu permaneci estática. Primeiro por que não conseguia encontrar a voz e, segundo, que eu estava abismada. A única coisa que eu sentia era horror, e o que me impediu de avançar em Rosalie, foi a mão de Edward segurando a minha, fazendo círculos em suas costas.

Rosalie começou a recuar e entoava repetidamente:

— Não cheguem perto de mim... Não dêem um único passo...

Emmett não deu ouvidos a ela, e foi a seu encontro, mas ela se voltou contra ele e o lançou em um monte de madeiras empilhados junto à parede.

Eu a examinava continuamente, suas reações, seu gênio e seus olhos, que agora eram de um rubi vívido. Olhos da mentira, olhos de sangue, olhos da mercadora da morte, Rosalie.

O próximo que tentou chegar perto dela foi Carlisle, que seguiu com as mãos para frente mostrando que não iria machucá-la. Ela estava tão fora de si, que assumiu posição de ataque e mirou na garganta de nosso pai.

Edward se colocou entre eles e aquele monstro, chamado Rosalie, o atacou abaixo do queixo. Eu não me agüentei, fui como uma louca em direção àquela parasita sugadora de vidas, joguei-a no chão e gritei:

— Não encosta um dedo no meu marido, porque eu te mato, sua nojenta — berrei furiosa.

Ela tentou se defender mas os meus braços formaram gaiolas ao seu redor, Esme gritava para me impedirem mas todos estavam estáticos.

— Me larga, sua intrusa, ninguém te quer na minha família. — ela se defendeu

— É melhor você calar a boca... Eu vou arrancar a sua cabeça.

Edward se colocou de pé, com dor. Mesmo assim se colocou do meu lado e disse:

— Você vai matar Rosalie,Bella!!

Rosalie se mexia embaixo de mim, se defendendo e gritou:

— Me larga, sua... sua... — e parou

— Sua garota retardada, namorada de um vampiro que quis te matar desde a primeira vez que te viu. Que se casou e te transformou por pura obrigação. Sua besta, ele não te ama.

A raiva me inundou, uma parte insistia em matar Rosalie, a outra acreditava nela. Edward se irritou com aquela pessoa que eu não queria lembrar nem o nome.

— Como você ousa a falar isso? Como? — disse furioso.

Ele avançou para ela, mas eu me coloquei no meio e sussurrei:

— Não a ataque — falei tristemente me lembrando de suas palavras Por pura obrigação... Ele não te ama. — Ela está falando a verdade, você não me quer, você não me ama — e corri.

Entrei em meu carro e acelerei. Pensei o quão profundo era o meu amor por ele. Cada beijo, cada toque, cada noite, cada palavra. Era tudo parte da mentira que ele contava para mim. Ele não me amava.

Dirigi rapidamente para a residência dos Cullen — aquela não era mais minha casa — e segui para um lugar que eu um dia chamei de quarto.

1 comentários:

Isa Cullen disse...

Que odio da Rosalie !!!!!!!!!!!! =(

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