Uma Nova Vida - Capítulo 18: Explicação

Eu corri muito. Cheguei a campina que eu e Edward nos beijamos pela primeira vez. Se pudesse chorar, não haveria mais água em meu corpo. Me sentei debaixo de uma pedra e tudo que vivi, tornou-se um filme. Eu não acreditava que aquilo era mentira, ela não suportaria o apelo que o meu sangue tinha para ele, apenas pra mentir depois. E foi ali, sentada no chão que eu senti sua presença, seu cheiro, seus passos. Ele veio me procurar, ou era por que ele me amava, ou tinha vindo apenas se desculpar pela mentira.

Seus olhos ansiosos e temerosos encontraram os meus e vi que ele relaxou.

— Bella? — perguntou. Sua voz soava como musica para meus ouvidos

Eu não respondi, então ele se sentou a meu lado e entrelaçou nossas mãos.

— Bella, tudo o que Rosalie disse é mentira. Eu te amo. Nada importa para mim, só você.

Aquelas palavras foram carregadas de tanta sinceridade que eu simplesmente acreditei. Mas, não sei como, não me movi um centímetro.

Edward tocou meu rosto com a ponta dos dedos e desviei o rosto de seus lindos olhos que brilhavam feito ouro derretido.

— Acredite em mim, Bella. Por favor. Nossa filha está sofrendo e eu também. Nossa família está te esperando.

Ele pode não ter percebido mas ele tocou na ferida do abandono, da tristeza e da dor. Rapidamente encostei minha cabeça em seu peito de mármore e passei minhas mão por seus ombros.

Encontrei a minha voz e perguntei:

— Você verdadeiramente me ama? Você me quer do seu lado?

Ele riu.

— É claro, bobinha. Eu te amo. Mais do que a mim mesmo.

Eu também ri e nossos lábios se encontraram. Foi um beijo demorado, intenso e apaixonado. Ele me amava e aquelas palavras saídas da boca de Rosalie eram falsas, era mentira. Um fogo me ardeu por dentro de mim e ele me paralisou. Rasgou minhas roupas e do mesmo modo acabou com as suas. Nos amamos ali mesmo, na campina dos nossos sonhos. Tudo era verdade, ele me queria, ele me amava e ele não estava comigo por obrigação.

— E Rose? — perguntei a ele

— Não sei — disse secamente — não conversei com ela, na verdade eu queria matá-la por dizer isso a você. Mas eu tinha que te procurar, te mostrar o quão importante você é pra mim.

— Eu te amo.

— Eu também.

— Eu sei, bobinho. Agora eu sei.

— Você pode não acreditar mas aquela carta me dilacerou por dentro. Como você pode duvidar do amor que eu sinto por você?

Corremos de volta para a nossa casa e no caminho eu decidi contar a ele:

— Eu peguei umas camisas suas, para que eu nunca mais perdesse o seu cheiro. — confessei

— Você me tem para sempre.

Entramos correndo e dei um forte abraço em minha Nessie.

— Eu te amo, minha pequenina.

Seus olhinhos cheios de água transbordaram e ela chorou de felicidade.

— Onde está Rosalie? — perguntei.