Como faria? Esse era o dilema!!! Ignorar a dor em minha garganta era a pior parte!
Cortar meus pulsos! Isso era uma idéia. Peguei uma faca que havia levado para a chacina de três dias atrás que ainda estava em meu bolso. Cortei-os, mas de nada resolveu, não sangravam e não doíam... percebi que nem havia corte. Minha pele era dura que nem granito. Uma fresta de sol entrou pelo telhado do barracão, foi quando vi, milhões de diamantes cintilando em minha pele. Era magnífico!
Fiquei frustrado depois que minha garganta voltou a arder e percebi que a primeira tentativa não estaria dando nada certo. Sentei-me em um canto daquele barracão imundo no qual estava escondido e fiquei com uma imagem em minha cabeça. Certa vez, um senhor jogou-se do penhasco próximo à saída da cidade de Londres e morreu com várias fraturas em seu corpo. Lembro que na época, meu pai Anthony Cullen ficou inconformado com a história, por aquele senhor ser do seu bando de perseguidores de vampiros.
Sai do barracão e descobrindo que poderia correr mais rápido do que imaginava dirigindo-me ao topo do penhasco. Na ponta do penhasco, antes de me preparar para lançar-me ao que seria o fim de minha existência amaldiçoada, olhei para baixo e vi que a queda seria dolorosa e não haveria chances para eu sobreviver à queda.
Sem pensar duas vezes pulei do penhasco e deixei para trás tudo e todos os que fizeram parte de minha vida e meu objetivo principal: salvar vidas.
E tudo o que eu poderia ter vivido se não fosse condenado a ser amaldiçoado por culpa de meu próprio pai. Mas eu não o culpo, cada um toma as decisões que acham necessárias para viver, apenas não queria que tivesse decidido a estragar minha vida quer era muito feliz até a três dias atrás.
A queda foi livre, como um vôo. Senti-me um pássaro livre, e até cheguei a sorrir com a sensação do vento batendo em meu rosto e passando pelo meu corpo. A sensação era maravilhosa. Limpei minha mente e apenas deixei a imagem de minha mãe que falecerá a muitos anos. Seus cabelos loiros, seus olhos verdes e seu sorriso perfeito. Meu anjo perfeito.
Quando a queda estava perto do fim, soltei um grito e desejei não sentir tanta dor. Quando cai no chão, um estrondo houve e enxerguei apenas o escuro sem saber o que havia realmente acontecido...
2 comentários:
Está ótimo ! Adorei !
Muito bom...estou adorando mesmo !!!
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