Winter - Capítulo 18: Falhas Técnicas

[Angelique]

Eu não tinha a menor idéia se o meu “Plano Brilhante” iria realmente funcionar. Não tinha mesmo.

Antes de corrermos eu havia ouvido Alice mencionar “ser sentido por alguém”, quando ela diz isso, ela se refere aos magníficos sentidos vampirescos, ou a... Demetri? Não que esse idiota fosse capaz de fazer muitas proezas com relação a nós... Só estou tentando imaginar a mentalidade da jovem Mary Alice. Mary Alice Brandon Cullen, uma intrigante por completo.

Alice era, uma vampira... Curiosa e... Muito intrigante. Eu adoraria ouvir toda a sua história. Eu realmente tinha que admitir que me sentia muito fascinada por ela.

Nós três corremos em disparada até os muros principais do castelo Volturi,e paramos. Paramos por que Mary havia ouvido algo, e eu detectado mais uma presença a nós.

Um vampiro sem dúvida alguma.

Mas não era um comum. Não. Não era ninguém menos do que o idiota do nosso irmão. Aquele que a mais de 300 anos eu não via. Aquele que jurei me vingar.

E eu não sabia como, tão menos quando, mas eu sabia que me vingaria dele da pior maneira possível. Não haviam dúvidas sobre isso.

Posicionei-me em uma postura rígida e de ataque. Mary tentou me acalmar, mas não a permiti. Eu queria vingança; e eu a teria. Não precisava ser hoje. Eu teria a minha vingança.

Ele havia dito algo, mas não dei a mínima importância. Eu só queria matá-lo.

-Irmão?- Mary sussurrou depois de alguns minutos, sem dizer uma única palavra. Seu rosto estava gélido e mais pálido do que o normal. Ela estava sem dúvida alguma com medo. Ou talvez somente pasma.

-Mary? Não me reconhece mais?- ele falou, e somente naquele momento, a sua voz fria e dura penetrou em minha mente. Era exatamente como eu me lembrava. Ele não havia mudado nada. Era o mesmo idiota de 300 anos atrás. Ela correu e o abraçou, eles permaneceram assim por alguns minutos; não movi um músculo se quer do meu lugar. Aquela situação me enchia de repulsa por dentro. Que horror.

Depois de alguns segundos assim, eles se soltarão, e ambos olharam para mim. O que?

-Você não mudou em nada... Está igualzinho em como eu me lembro. Não faz idéia de como nós sentimos sua falta.

-Nós, uma vírgula- falei claramente me mostrando irritada. Eu? Sentir falta... Daquilo? Dei mesmo foi graças aos céus de mim nunca mais ter precisado ver aquilo. Quer dizer... Se fosse para vê-lo e matá-lo tudo bem, mas para vê-lo e dizer que sentiu falta... Por favor. Tenha a mínima paciência.

-Angelique. Também ainda é mesma- ele pareceu rir. Por favor, ao quadrado- É uma honra te rever irmãzinha.

-Queime no inferno!

-Ei, ei, ei! Acalme-se aí maninha.

-Em 1º lugar, não. Me. Chame. De. MANINHA!

-E em segundo?

-Queime no inferno!

-Mas já me disse isso...

-Só resantando- lance-lhe um olhar mortal, mas acho que isso não o intimida muito. Afinal, ele vive com os Volturi. Monstros sem alma.

-Angelique pela última vez... CALE A SUA BOCA!- Mary agora gritava. Por que ela sempre o defendia? Por que nunca eu?

-Mary, como consegue? Passou toda a sua vida humana e vampira me mandando ficar de boca fechada... Ou atrás dele- apontei para o nosso irmão- Ou se mostrando como a protetora... Mas só conseguindo defende-lo quando ele mesmo escolheu ficar longe de todos nós, quando ele preferiu os Volturis a nós. Como consegue Mary? De onde você consegue tirar tanto desse seu amor incondicional de primogênita? Francamente... Me assusta Mary. Me assusta.

-Angelique como você consegue pensar isso de mim?- Mary me olhou com olhos arregalados de tristeza e espanto- Realmente acha que faço diferença entre vocês dois? Até mesmo quando você me pediu para evitar dizer o nome de nosso irmão em voz alta, eu aceitei... Agora vem me dizer que eu ao gosto de você?

-Não queria que meu nome fosse pronunciado em voz alta, Angelique? Por que?- ele falou. Não consigo nem mesmo hoje, dizer ou ousar pensar em nome... Não consigo- Diga-o Angelique. Diga. Se ainda preza algo que nós três fizemos e fomos três crianças felizes, diga que ainda se arrepende de tudo o que fez.

-Cale a boca! Não sabe o que está dizendo!Não sabe...

-E você Mary? É capaz de me chamar pelo nome?- ele agora fitava Mary, sempre usando o mesmo artifício. Ele sempre soube que Mary não resiste a nenhum tipo de chantagem emocional. Ela era e sempre foi... Fraca.

-É claro que ainda te chamo pelo nome, irmãozinho... - Mary riu, como se acabasse de ouvir algum tipo de bobagem absurda- Mas é claro... Demetri.

Mary havia feito justamente aquilo que eu havia pedido- ou quase implorado- que ela nunca o fizesse em mais de 300 anos. Era tremendamente doloroso para mim ser forçada a aturar coisas assim... Sempre fui a “incompreendida” da família. A que se “desvirtuou” dos ensinamentos para se tornar uma como todas as outras. A única que ousou pensar por conta própria... Era por isso que nunca fui a especial da família. Somente Mary e... Ele eram os “queridinhos” de meus pais... Meus avós... Meus tios e tias... Todo mundo.

-Será que alguém aqui ainda se lembra de que estou presente?- Alice gritou abanado as mãos para o alto em sinal de chamar a atenção- Me desculpem atrapalhar essa “reunião de família” mas o tempo é curto. Nessie precisa de ajuda. Por favor! Temos que ir...

-Nessie?- ele franziu o rosto confuso- Renesmee Cullen? Como sabem...? Andou viajando pelo tempo, Mary?

-Bem...- ela riu- Deveríamos estar três anos daqui para frente.

-Certo, mas... O que fazem por aqui? Sabem que podem ser vistas...

-Conhecemos o risco- Alice se interveio novamente- Mas temos que salva-la. E então? Vai nos ajudar ou não?

2 comentários:

Larissa Prates disse...

Caraca!! Nunca imaginei que um Volturi fosse salvar um Cullen....kkkk #cremDeusPai

Letícia Ingrid disse...

Abismada tbm !! Tô com um péssimo pressentimento da Angelique, acredito que ela vai terminar morrendo pelas mãos de um dos irmãos mas por acidente...tipo ela tentar atacar e os instintos deles os repelirem a se defender e acabar
matando-a

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