O almoço (de Jacob e Renesmee) seria servido na casa grande. Como todos combinamos, íamos fazer uma surpresa para Esme, já que, desde muito tempo atrás, ela assumiu o papel de matriarca dos Cullen. Apesar de nunca poder ter seus próprios filhos, Rosalie, Emmett, Jasper, Alice e Edward foram amados como se tivessem nascido de seu ventre. Costumavam dizer que eram seus filhos substitutos, mas eu não via assim. Eram filhos de verdade, afinal, mãe é quem ama, não quem traz à vida. E foi aí que todos tivemos a ideia de homenageá-la. Sim, todos. Eu também já me considerava filha de Esme. Foi ela que preencheu imediatamente cada lacuna de minha vida com o distanciamento que precisei guardar de minha mãe biológica. Eu já a via como uma segunda, mas não menos amada, mãe.
Jacob não pôde participar, pois combinou com Billy que iria ao cemitério visitar o túmulo de sua mãe que morrera há muitos anos. Edward tentou me explicar como Jacob se sentia, apesar de nunca falar sobre isso. Este compromisso significava muito para ele. Só não era mais (nem menos) importante que Renesmee. Assim que terminaram de comer, Jacob se despediu de Renesmee e foi embora. Foi a nossa deixa para levar Esme até a sala de estar. Ela ficou apreensiva. Não esperava por isso. Estava até acostumada a passar a data em branco. Assim que conduzi Esme até o sofá, Alice tomou a frente.
- Esme, sabemos que você não esperava que nos lembrássemos, mas você vai gostar. Eu vi isso. Então, se prepare para fortes emoções. Edward? – Alice olhou para Edward, que me deixou e seguiu até o piano. Sentou-se na banqueta e começou a tocar. Por quase cinco minutos, ficamos imóveis, apenas apreciando aquela nova canção, composta especialmente para Esme. Ajudou que ninguém a conhecesse, a não ser Edward. Nos deixou muito emotivos. Mas Esme estava maravilhada.
- Você compôs esta música para mim, Edward?
- Sim, pensando em cada bom momento que passamos juntos.
- Ah, Edward. – Esme partiu para abraçar Edward com muita gratidão. Renesmee não aguentava mais esperar por sua vez e ficou agitada no meu colo.
- Vovó, agora sou eu. – Esme se virou para ver minha filha, sua neta, pulando nos meus braços. Eu a coloquei no chão enquanto busquei meia dúzia de sacolas que havia escondido pela casa alguns dias antes. Voltei e Renesmee me ajudou a entregar cada embrulho a Esme, sempre seguido de um desejo de Feliz Dia das Mães. Esme se ajoelhou a sua altura e desembrulhou cada sapato cuidadosamente. Todas as mulheres da casa gostaram dos sapatos. Alice estava boquiaberta. Edward riu. Pelo menos se Esme não os usasse, teria para quem dar. Seguimos com a entrega dos presentes e os discursos emotivos. Esme abraçou e beijou cada um de seus filhos. Carlisle apenas falou.
- Esme, meu amor, não sei se vou conseguir expressar com palavras tudo o que estou pensando. O que posso afirmar é que eu não poderia ter escolhido melhor companheira em toda minha existência. Ninguém que jamais existiu poderia dar mais amor aos meus filhos, aos nossos filhos, que você. Eu te amo, minha Esme.
Carlisle abraçou Esme com muita ternura e beijou seus lábios de leve. Neste momento me dei conta que eles nunca demonstravam seus sentimentos publicamente, ao contrário de Edward e eu, Emmett e Rosalie. Por falar em Rosalie... Me concentrei e afastei meu escudo para que Edward pudesse ouvir meus pensamentos. “Amor, é a nossa vez. Pegue Renesmee”. Edward sorriu discretamente e pegou Renesmee no colo. Falou em seu ouvido e vi um grande sorriso iluminar aquele rosto que eu não podia viver sem. Todos, exceto Alice - que já tinha visto o que ia acontecer -, estavam se preparando para deixar a sala depois de tantas emoções. Renesmee falou alto e eles se viraram para ela:
- Gente, tem mais um presente!
Ouvimos um burburinho e fui até onde Edward segurava Renesmee, passando meu braço na sua cintura de meu marido. Agora éramos o centro das atenções. Eu não podia ouvir pensamentos como Edward, mas tinha certeza que cada um deles especulava o que estava acontecendo. Apenas comecei a falar.
- Todos vocês se lembram do que aconteceu com nossas vidas há quase dez meses. Não foi nada fácil para mim, para nenhum de nós. E serei eternamente grata a uma pessoa. A alguém que passou por cima de todas as desavenças e me confortou, me estendeu a mão e ficou ao meu lado quando mais precisei. - Edward aproveitou minha pausa e começou a falar.
- Sei que você pensa que nunca terá o direito comemorar o Dia das Mães, mas para nós - para mim, para Bella e, com certeza, para Renesmee – você merece todas as homenagens, não só hoje, mas a cada dia do nosso “Para Sempre”, Rose.
- Você é tão mãe de Renesmee quanto eu. E hoje é sim o seu dia. Feliz Dia das Mães.
Rosalie estava chocada, surpresa, imóvel. Não sabia se a havíamos ferido emocionalmente. Me preocupei. Edward pôs Renesmee no chão e ela correu abraçar a tia. Isso me fez menos aflita. Edward sabia o que Rosalie estava pensando. Se permitiu que Renesmee se aproximasse, estava certo dos sentimentos da irmã. Emmett, por incrível que pareça, não tinha nada a dizer. Manteve-se ao lado de Rosalie, segurando sua mão. Rosalie se soltou de Em e abaixou-se para abraçar Renesmee.
- Eu te amo tanto, Nessie.
- Eu também te amo, titia.
Ninguém teve coragem de interromper aquele abraço por alguns minutos. Mas Emmett estava curioso, não o culpo. Eu também estava e posso apostar que Jasper, Carlisle e Esme também estavam.
- E o presente, Edward? Não vejo nada em suas mãos.
Rosalie se afastou de Renesmee e o fuzilou com o olhar.
- Não vai me dizer que você não quer saber o que vai ganhar de presente de Dia das Mães, Rose.
Renesmee segurou a mão de Rosalie e a encaminhou para a porta de saída da casa.
- Está lá fora, titia.
4 comentários:
Eu aqui toda "ahhhhhhhhhhh" com o Carlisle falando da Esme (meu casal favorito).
E a Rose foi a estrela do capítulo *---------*
Ai q lindooooo!!!
ameiiiiiiii
O que será que Rosalie ganhou??
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