Universo Paralelo: O Calor De Um Abraço

Quis sair de casa para tomar um pouco de ar. Aquela já minha conhecida sensação de sufocamento e aperto no peito estava voltando. Abri a porta, sentei-me na escada e avistei Edward. Meu pequeno Edward estava entretido com pequenas pedras em suas mãozinhas. Cada pedrinha que encontrava, parecia uma grande descoberta. Consegui sorrir.

Pedras duras e frias como meu outro Edward. Balancei a cabeça para tentar esquecer. Já havia se passado dez anos, mas a dor ainda era insurpotável. Esquecer era impossível. Olhava para meu filho e tentava ver traços do meu primeiro amor, mas não havia nada além do nome, afinal ele havia herdado os cabelos escuros e a pele morena de seu pai. Os olhos eram meus, mas obviamente não havia nada do homem a quem seu nome homenageava.

Dez anos de tentativas de viver uma outra vida, uma vida que eu sabia que não era minha, mas para a qual não tive opção. Como doía ainda aquele momento! Edward estava me protegendo naquela luta contra Victoria. Ele havia vencido, mas ficou mortalmente ferido. Ele morreu em meus braços naquele campo nevado que nunca saíra da minha mente. “Bella, eu sinto que não há mais nada a fazer. Vou descobrir se minha alma terá uma segunda chance. Eu sei que terá, pois, esteja onde estiver, eu me lembrarei de você. Eu levo você em meu coração para a eternidade”. Carlisle não pode fazer nada. Todos eles tentaram. Eu tentei. Com ele foi minha vida. A vida que eu deveria ter tido ao seu lado. A eternidade que nos era prometida não aconteceu. Oh, que dor insuportável, que buraco em meu peito!

- Bella?

Era Jacob. De alguma forma, ele ainda conseguia sentir meus momentos de dor. Eu sei que ele também sentia uma profunda tristeza pelo que aconteceu. Já fazia muitos anos que os Cullens se foram. Após a morte de Edward – preciso aguentar essa dor! – decidimos nunca mais nos ver. Eles não voltariam para Forks enquanto eu vivesse, era esse o novo acordo. Jacob e os Quilleute estavam livres dos “frios” e das ameças que traziam. Jake decidiu abandonar sua forma de lobo, para que pudesse acompanhar meu envelhecimento. Ele me amava demais, eu não podia ficar alheia a isso por tanto tempo. Foram anos de escuridão. Jacob esperou pacientemente a ferida se fechar.

- Você está bem?

Nosso pequeno Edward aproximou-se e sorriu o riso fácil do pai. – Mãe, quer uma abraço?

Ele apertou minha perna esquerda, enquanto o calor dos braços de Jake aquecia o meu corpo e deixava menor o buraco dolorido em meu peito. Ao menos durante o momento de um abraço.

Autora: Débora Donadel

4 comentários:

Pi Da Ros disse...

d+

Bruna Marie Cullen disse...

muito triste,quero o Edward vivo como vampiro seria mais feliz...mas ficou demais.

Raphaella Paiva disse...

Nossa... Meus parabéns à autora...
Além da escrita impecável, quase me fez chorar! Adorei ^^
Toodles honey

Mari disse...

Que triste como ela consegue esconder que ainda ama o Edward, seria melhor se ele continuasse vivo mais mesmo assim o trabalho fico exelente
amei amei amei

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