Coração Inquieto - Capítulo 13

Todos estavam se inclinando para ouvir o que meu pai tinha para falar. Meu avô me segurava mais perto dele, provavelmente ansioso para ouvir o que seu filho tinha a dizer. Eu sorri quando minha mãe olhou para o chão e se escondeu atrás do meu pai. Ele riu e puxou ela para ficar ao seu lado.

“Isso tem sido muito difícil de manter em segredo de todo mundo,” ele pausou e olhou para Alice. “Até mesmo tentar e evitar que você visse nossa decisão.”

Tia Alice ainda estava quicando de animação. “Diga para eles antes que eu diga!”

“Bella, você gostaria de ter a honra?” Meu pai disse, se abaixando para beijá-la.

Todos estávamos em silêncio enquanto ouvíamos minha mãe respirar fundo. “Eu avancei em minhas aulas online, Edward me encorajou a aplicar para algumas faculdades nos EUA para ver se eu conseguia alguma aceitação mesmo sendo março e as aulas já terem começado.” Ela pausou e olhou em volta. Seus olhos ficaram em meu avô e eu olhei para ele. Parecia que ele iria chorar se pudesse. Seu olhar ficou preso no dele enquanto ela terminava de falar.

“Eu fui aceita em Harvard. Estamos nos mudando pra Boston.” Ela mordeu seu lábio inferior.

“Harvard.” Meu avô sussurrou.

Minha mãe mesmo assim o ouviu e assentiu. “E Edward jura que ele não teve nada a ver com isso.”

“Isso mesmo, Bella fez tudo por conta própria.” Ele a puxou e lhe deu outro beijo. “Estou muito orgulhoso de você.”

“Nós todos estamos.” Meu avô se levantou, me colocando na tora de madeira na qual ele estava sentando, e caminhou até minha mãe. Ele a arrancou dos braços do meu pai e a abraçou. “Harvard.” Ele disse novamente com um sorriso.

Enquanto todos tomaram sua vez abraçando e dando os parabéns para minha mãe, eu sentei olhando a areia na minha frente. Eu amava essa ilha, eu estava feliz de estar me mudando para mais perto de minha família, mas eu gostava de ter sido apenas nós três. Estou feliz que provavelmente eu irei para uma escola pública, mas eu gostei de estudar com meu pai.

“Eu também.” Meu pai sussurrou atrás de mim. Eu deveria saber que ele estaria escutando minha reação. “Ela é importante pra mim.” Ele continuou a sussurrar enquanto pisava no tronco de madeira, me levantando em seu caminho, e me sentando em seu colo.

“Estou bem com isso.” Eu suspirei.

“Ok, você pode me contar a verdade agora?” Ele me conhecia muito bem.

Respirei fundo e olhei em seus olhos dourados. “Eu gosto daqui. Não me entenda mal, eu não quero nada mais do que estar mais perto de nossa família, mas me acostumei a ser apenas nós três.”

Ele sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

Os braços do meu pai se apertaram em minha volta, e descansei minha cabeça em seu peito. “Isso é muito doce de sua parte, mas você tem que pensar em si antes dos outros. Te falamos antes que nos mudamos para cá que isso não seria permanente. No momento que sua mãe estiver terminado com seus estudos estamos nos mudando de volta com nossa família.”

Concordei com a cabeça. “Eu sei, e isso está ok, mas iremos viver na grande casa?”

“Não se você não quiser. Eu farei o que fizer você e sua mãe felizes.”

“E se o que me fizer feliz não fizer ela feliz?”

“Você é mais parecida com ela do que você pensa.” Ele suspirou e olhou para ela. “Ela faria qualquer coisa por alguém que ama.” Ele sussurrou suavemente enquanto a observava.

“Então… eu estou indo pra escola?”

Ele concordou. “Eu te matriculei na William McKinley Middle School. É menos de uma milha de onde sua mãe estará estudando.”

“E casa?”

“Você poderia parar de se preocupar? Eu tenho tudo organizado. A casa que encontrei,” ele se inclinou mais perto para sussurrar em meu ouvido. “É definitivamente algo que sua mãe dirá que é exagerado, mas você basicamente terá seu andar da casa pra você. Além de um porão grande o suficiente onde podemos colocar um TV enorme – “

“Maior do que a da sala de estar?”

Meu pai concordou com vontade. “Sim,” ele sibilou. “Mas essa TV será apenas para seus video games, e surround sound pelo quarto. Claro que o quarto será a prova de som, até mesmo para os nossos ouvidos. Dessa forma sua mãe pode estudar em paz e com tranquilidade.”

“Um sistema de home theater apenas para meu Xbox?” Eu apenas consegui cochichar.

Meu pai concordou, sorrindo abertamente.

“Quando estamos nos mudando?”

Nós dois rimos e meu pai beijou minha bochecha. “No momento que eu puder convencer sua mãe a morar em um lugar assim.”

“Eu ajudarei!” Eu disse ansiosa.

“Vou precisar de ajuda.” Ele riu.

“Uma conversinha bem privada acontecendo aqui.” Minha mãe disse enquanto se inclinava para beijar meu pai, e então minha bochecha.

“Ela apenas precisava de uma animada.” Meu pai me balançava em seu colo.

“Estou ok,” eu prometi. “Parabéns mãe.” Me levantei e a abracei.

“E aqui estava eu pensando que teria que te salvar de uma bronca pelo que você está usando debaixo disso.” Minha mãe puxou minha saida de banho.

Fechei minha boca e estreitei meus olhos nela. “Você pode agora.”

“Oh!” Minha mãe cobriu sua boca com a mão. “Desculpe.” Ela sussurrou.

Revirei meus olhos.

“Aliás onde você conseguiu isso?” Meu pai perguntou. Seus olhos começando a encarar a tira laranja aparecendo.

“Quando mamãe e eu fomos de compras alguns meses atrás. Você ficou em casa para conversar com o pessoal da limpeza, e mamãe e eu passamos o dia comprando.”

“Você comprou isso pra ela?” Meu pai engasgou.

“Bem, eu não pensei que ela usaria na frente de… de outras pessoas! Não tem ninguém mais nessa ilha então pensei que não seria um problema. Além do mais ela fica uma gracinha nele.”

Meu pai levantou sua mão esquerda e apertou a ponte do seu nariz. “Depois falamos disso, agora eu quero passar tempo com todos.” Ele disse com um resmungo.

Todos nós voltamos para casa e finalmente eu fui capaz de tirar o alvo laranja dos olhos duros do meu pai. Para agradá-lo eu vesti shorts e um moletom. Sentei no chão da sala de estar entre Claire e Alyssa enquanto ouvíamos todos conversando.

“Então minha filha derrotou você mesmo?” Tio Emmett estava pegando no pé do meu pai.

“Ness fez Bella me distrair.”

“E daí? Ela ainda te derrotou! A melhor parte é que ela é humana!” Tio Emmett jogou sua cabeça pra trás rindo.

“Não enche Emmett.” Meu pai rosnou.

“Todas derrotamos eles. Ness e eu ganhamos do Quil e Jacob.” Claire disse para tio Emmett.

“Eles não são nada além de…” Ele parou enquanto olhava para nós 3.

“Ei Ness, por que você não mostra pra todo mundo no que você tem trabalhado? Leve Esme com você.”

“Ok!” Eu gritei e me levantei.

Passei por minha avó e peguei sua mão. Ela me seguiu até o grande piano negro no canto da sala.

“Ela toca?” Minha avó perguntou.

“Muito bem.” Meu pai respondeu.

Escutei um fraco barulho atrás de mim. Quando olhei todos estavam em volta do banco atrás de mim e de minha avó. Eu nunca tinha tocado para uma platéia antes. Senti que meu coração estava em minha garganta.

Uma onda de calma me tomou e eu relaxei. “Obrigada Tio Jasper.” Suspirei, aliviada.

Ele sorriu para mim e tocou meu ombro.

Levantei minhas mãos para as teclas e deixei a música fluir de mim para meus dedos. Eu sabia que a música que eu estava tocando foi uma que meu pai escreveu, e pelo olhar no rosto de minha avó era para ela. Eu passei para a música que ele escreveu pra minha mãe, e então fui diretamente para a que ele compôs para mim. Eu escrevi uma eu mesma, então eu terminei com ela. Não era nada tão grande assim, mas era um começo. No momento que eu toquei a ultima nota a sala explodiu em aplausos.

“Essa é minha garota!” Meu pai disse orgulhoso.

“Parece que acabamos de adicionar um músico na família.” Os olhos de tia Rosalie estavam brilhando enquanto ela se abaixava para beijar o topo da minha cabeça.

Olhei para minhas mãos, corando um vermelho fogo.

Todos riram.

“Estou tão feliz que isso não se perdeu.” Meu tio Emmett riu e apertou minha bochecha.

“Deixe ela em paz.” Minha mãe o avisou.

“Estou só pegando no pé dela.” Ele deu um soco no braço de minha mãe e entrou na minha sala de jogos. “Então é aqui que toda a diversão acontece.”

“Acho que ele achou as mesas de jogos.” Balancei minha cabeça. Temos uma mesa de sinuca, uma mesa de ping pong, e uma de air hockey alinhadas na parede do meu quarto de brinquedos.

“Parece que sim.” Minha mãe riu.

“ Jogaremos com você!” Meu pai disse alto enquanto passava rápido por tio Jasper, Quil e Jacob.

“Você alguma vez já jogou a outra forma de sinuca aqui?” Tio Emmett perguntou.

Eu olhei para minha mãe no mesmo momento que ela me empurrou pra cozinha.

“Nem pergunte.” Ela resmungou. “Você está morto, Emmett!” Ela falou sobre seu ombro quando ouvi um alto barulho e meu tio xingando.

“Já cuidei disso, Bella.” Meu pai riu. “Ele não estará jogando sinuca tão cedo.”

“Obrigada Edward!” Tia Rosalia sibilou, e puxou Alyssa e Claire pra cozinha atrás de minha mãe.

“Em um dia desses eu vou rasgar a boca dele inteira de seu rosto.” Minha mãe rosnou.

Tia Rosalie riu enquanto andava até a geladeira para nos buscar refrigerante. Jacob entrou casualmente na cozinha. Olhei pra ele, observando ele cruzar seu caminho.

“Quantos tipos de jogos de sinuca existem?” Eu perguntei.

“Tchau.” Jacob se virou rapidamente e saiu correndo da cozinha.

“Apenas um, querida. Não ouça o que seu tio diz. Achamos que ele perdeu metade do cérebro durante sua transformação.” Tia Alice disse. Ela chegou atrás da minha cadeira e passou seus dedos em meu cabelo. Suas mãos se moveram rapidamente e de repente eu tinha duas tranças na minha cabeça. “Fofo.” Ela deu um gritinho e dançou para fora da cozinha.

“Ness, venha aqui por favor.” Meu pai me chamou.

“Não fui eu!” Gritei e said a minha cadeira.

Ouvi meu pai rindo. “Não querida. Eu quero que você jogue um de seus jogos de corrida contra seu tio.”

Aumentei o ritmo indo para minha sala de jogos. “Oh, ok!”

Eu tinha ganhado do tio Emmett em 5 das 6 partidas quando minha mãe me disse que era hora de ir pra cama. Tive sorte que ela me deixou ficar acordada até tarde assim. Já era quase 1:30 am. Ela estava muito ocupada conversando com tia Rose, tia Alice e vovó na varanda para perceber a hora que era. Alyssa já estava dormindo aos pés de tio Emmett, e Quil tinha levado Claire pra cama a uma hora atrás.

Eu bocejei e chutei Alyssa.

“Pare!” Ela gemeu.

“Vem, vamos pra cama.” Bocejei de novo.

Tio Emmett levantou Alyssa com uma mão. Nos apoiamos uma na outra enquanto entrávamos no meu quarto. Ambas muito cansadas para andar mais. Desabamos na minha cama e senti alguém me movendo.

“Boa noite, querida.” Minha mãe sussurrou enquanto me cobria com minha coberta.

“Boa noite, mamãe.” Murmurei.

8 comentários:

BrunaSouzaMats disse...

Eu também acho

Laura Castro' disse...

Esse capítulo ficou ótimo!!
Parabéns.

Myrna A. disse...

Ahhh PQP
Nessie piralha ¬¬
Se fosse ela eu dava uns amassos em Gevin[/sei la como se escreve] na frente do Jacob
Ela bem que poderia crescer neh?
Ter 11 anos eh fodah :@
To amando a fanfic =)

Bruninha disse...

Fofo!

Bbetty_rp disse...

cruzes!a Hora della vai chegar!

miriam vilela disse...

Pensei q o biquini laranja iria causar alguns problemas rsrsrsrsrsrsrs!

Mandinhacullen disse...

deve ser esse novo tipo de jog de siuca!!!!!!!!!!! kkkkkkkkkkkk

Larissa Prates disse...

Insensível ela néh?! O Gavin não deve ser nada perto de Jacob!

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