Coração Inquieto - Capítulo 53

“Vamos começar do princípio,” Meu pai disse enquanto olhava meu cinto de segurança.

Eu suspirei, mas o coloquei.

“Agora, esse carro tem alguma potência. Eu quero que você vá com calma. Não faça me arrepender de ir contra a vontade da sua mãe.” Ele levantou uma sobrancelha e deu um sorriso torto.

“Como uma regra geral, pai, você nunca vai contra o que ela quer.” Eu zombei.

Meu pai concordou com a cabeça e deu um tapinha no meu joelho. “Você tem sorte que eu te amo tanto.”

Eu ri e dei partida no carro, chequei todos os espelhos para ter certeza que eu conseguia enxergar e coloquei o carro em movimento.

“Agora, lentamente pise no – RENESMEE!” Meu pai gritou quando eu afundei o pé no acelerador. Rolei os olhos. Eu sabia o que estava fazendo. Dirigir para mim era como um segundo instinto. Era fácil e muito divertido.

“Relaxa, pai,” eu gemi. “Eu sei o que estou fazendo.

“Vá mais devagar!” Ele gritou.

Olhei de relance para sua expressão horrorizada e me inclinei pra a frente rindo. “Não seja molenga.”

“Renesmee Carlie Cullen…” A voz do meu pai foi morrendo quando ele viu que eu fiz a volta perfeitamente.

“Sim?” Perguntei.

Eu o vi sorrir para mim pelo canto do olho, e ele se recostou de volta em seu assento.

“Ok, então você definitivamente é minha filha,” ele respirou fundo e deu um sorriso zombeteiro. “Vire à esquerda aqui.” Ele sussurrou.

Eu me virei para olhar para ele, a confusão estampada no meu rosto. “Errr, a mamãe…”

“Não está aqui. Deixe ela comigo. Agora vamos ver o que essa coisinha consegue fazer… a não ser que você não queira.” Agora eu entendi por que ele estava sussurrando. Ele sabia que ela estaria tentando nos ouvir.

A luz ficou verde e eu fiz a curva. Ele realmente pensou que eu não iria querer? Eu virei para entrar na estrada e sorri quando a encontrei praticamente deserta.

Nós só estávamos dirigindo por alguns minutos quando faróis surgiram atrás de mim. “Fomos pegos.” Eu disse enquanto olhava no retrovisor. Era o carro da minha mãe. Meu pai fechou os olhos e apontou para a nossa frente. “Pegue essa saída e pare num estacionamento. Eu vou dirigir pelo resto do caminho pra casa.”

“Nem pensar!” Eu grunhi. “Eu não vou parar esse carro! Ela vai me pegar.”

“Então diminua e deixe ela te ultrapassar.” Eu fiz como ele disse e é claro, ela deu a volta ao nosso redor. Eu me recusei a levantar os olhos para ela. Eu sabia que ela estava louca. Ela surgiu na minha frente e afundou o pé no seu freio. Eu fiz o mesmo para não atingi-la. Ouvi meu pai engasgar ao meu lado, mas ele relaxou quando percebeu que meus reflexos eram melhores do que ele pensava.

Meu pai suspirou e balançou a cabeça. “Ela vai fazer você ir no limite de velocidade por todo o caminho pra casa.”

Rosnei e me recostei de volta no meu assento. Eu sentia como se fosse capaz de rastejar mais rápido do que estava dirigindo.

Quando estacionei em frente à minha casa, recusei-me a sair do carro. Minha mãe saiu do carro dela e inclinou-se contra ele, me observando. Meu pai e eu saímos ao mesmo tempo e minha mãe lhe lançou um olhar fulminante. Eu acho que nunca a havia visto olhando para ele dessa forma. Eu não achava que ela tinha essa natureza.

“Renesmee, para dentro.” Sua voz estava fria.

“Relaxa, não foi nada. Eu-”

Agora!” Ela rosnou. Eu dei um salto e corri para a porta da frente. Fechei ela e dei a volta para olhar pela janela. Minha mãe ficou parada por alguns segundos olhando para o meu pai. Ele deu um passo na direção dela, mas ela recuou.

“Não,” ela cuspiu.

“Não o quê?”

“Não tente me fazer esquecer que eu estou brava. Estou mais que brava, Edward! Estou fulminando! Eu te pedi para levá-la pela rua! Não para correr pela estrada. E se ela perdesse o controle? E se ela batesse? Ela é meio-humana, ela poderia ter se machucado.”

“Não, ela não poderia. Eu estava com ela. Ela tinha total controle do carro. Se eu tivesse achado que ela estava sob qualquer espécie de perigo eu não a teria deixado ir tão longe.”

“Se você tivesse achado que ela em alguma espécie de perigo?” Minha mãe estremeceu. “Ela estava a 130 Km na estrada! Ela ainda nem tem carteira. Eu sabia que isso era uma má ideia, Edward. Ela é jovem demais para ter esse tipo de responsabilidade. E você também não ajudou. De agora em diante ela não toca mais naquele carro a não ser que eu esteja no banco do passageiro.”

“Não,” Meu pai disse rapidamente e eu pude perceber que ele imediatamente se arrependeu. Minha mãe deu um sorrisinho e cruzou os braços contra o peito.

“Por que não, Edward?” Ela esperou que ele respondesse, mas nós todos sabíamos que ele havia cercado a si mesmo contra a parede. Ela o tinha bem onde queria. Ela era fera.

“Por quê?” Ela perguntou novamente. “Por que você não me quer no carro com ela se algo acontecer? Algo como um acidente? Você sabe que isso não me machucaria. Machucaria a ela. Não importa se eu estou no carro com ela ou se é você que está.”

“Eu entendo, mas é aniversário dela e eu só queria deixá-la passar um pouco dos limites. Ela merecia.” Meu pai caminhou lentamente na direção dela. Desta vez ela o deixou colocar os braços ao seu redor. Ele se inclinou e beijou o pescoço dela.

“Você sabe que passou dos limites na primeira vez em que dirigiu como vampira. Eu não estava com você, então eu não saberia.” Ele murmurou, beijando o outro lado de seu pescoço. Eu tive que me esticar para ouví-lo.

“Tal-talvez eu tenha,” ela disse sem fôlego. Eu franzi o nariz e me afastei da janela, inclinando-me contra a porta para ouvir.

“Ela é uma Cullen, Bella. Ela tem o dom.” Eu mal podia distinguir o que ele estava dizendo. Eu tampouco queria olhar. Cobri meus olhos e abri a porta da frente. Eu provavelmente não devia ter coberto os olhos até que a porta estivesse aberta porque eu bati a cabeça nela. Pude ouvi meus dois pais rindo.

“E ela é uma Swan.” Meu pai zombou.

“Sim, então posso voltar para a minha festa? Ou eu estou de castigo?”

“Não, você não está de castigo. Sim, você pode voltar.”

“Posso dirigir?” Perguntei para a minha mãe.

“Eu acho que seu carro está muito bem onde está por esta noite.” Ela respondeu.

“Ok,” gemi.

“Eu só não quero que você se machuque.” Ela disse enquanto colocava o braço ao meu redor e beijava minha têmpora.

“Eu sei,” Suspirei. “Eu entendo.”

Derek segurou nas minhas mãos e me puxou para longe dos meus pais.

“Menina, eu pensei que sua mãe fosse trazer vocês de volta em cinzas! Ela estava soltando fumaça. Foi estranho – num minuto ela estava babando sobre o quanto você tinha crescido e o quanto ela amava o fato de que você e seu pai eram tão parecidos, e daí,” Derek se inclinou para a frente, seus braços na frente dele como se ele fosse algum tipo de monstro. Seus olhos se estreitaram e sua voz ficou rouca.

“Ela se transformou nessa coisinha maligna. Saiu vapor das orelhas dela e tudo mais!” Eu rolei os olhos, mas o deixei continuar. “Ela estava gritando e berrando sobre como o Edward é irresponsável e que ela não devia ter deixado você sair e que vocês dois estavam mortos. Daí ela saiu correndo pela porta da frente. Seus tios riram, mas seus avós pareciam um pouco preocupados. Por um minuto eu achei que estava em algum filme de horror com vampiros. Eu nunca vou irritar a sua mãe. Nem pensar! Se ela me mandar pular eu não vou nem me incomodar em falar ‘como?’ pra ela. Ah, não!” Os olhos de Derek se arregalaram enquanto ele balançava a cabeça. Eu lancei um olhar por cima do ombro de Derek, para a minha mãe que estava sorrindo para ele. “Eu vou simplesmente começar a pular.”

Minha mãe rastejou para mais perto dele e eu mordi meu lábio superior para evitar um sorriso. Ela se inclinou sobre o ombro dele e ele lentamente virou a cabeça para olhar para ela. O resto da minha família estava assistindo com uma expressão de quem estava se divertindo em seus rostos.

“Pule!” Ela sibilou.

Derek imediatamente começou a pular e todos nós explodimos em gargalhadas.

“Derek,” Minha mãe colocou as mãos sobre os ombros dele para fazê-lo parar. “Estou brincando, querido. Pare.”

“Tudo o que você desejar.” Derek deu um aceno com a cabeça.

“Pare de falar desse jeito.”

“É pra já,” ele acenou de novo.

“Derek, nenhum de nós vai te machucar. Eu sinto muito se te assustei, mas é apenas eu. Você pode relaxar, e não fale comigo como se eu fosse algum ser superior.”

Derek sorriu e relaxou. “Você quem manda, B.”

“B?” Minha mãe repetiu.

“Er.. Umm… Uh… Bell.. …er, te vejo mais tarde, Ness!” Derek acenou com a mão enquanto corria na direção da porta da frente.

“Vá atrás dele,” Minha mãe riu. Eu acenei e alcancei-o antes que ele fosse capaz de descer os degraus da varanda.

“Ela estava brincando,” informei-lhe.

“Eu sei, mas está ficando tarde de qualquer forma. Sua mãe é bem legal. Eu queria que minha mãe fosse tão legal assim.”

Eu dei de ombros. “Ela é jovem.”

“Bem, você pode voltar e informá-la de que eu estou bem.”

“Vou te acompanhar até em casa.” Eu enganchei meu braço no dele enquanto andávamos.

“Mas isso quer dizer que você vai ter que voltar sozinha.”

“Eu consigo tomar conta de mim mesma. Dentre as duas pessoas paradas aqui agora, Derek,” eu zombei, “eu ganharia uma briga. Eu sou mais forte que você.”

“Eu sei,” ele concordou com a cabeça. “Por que você acha que eu nunca vou contra o que você diz?”

“Derek!” Choraminguei.

“Estou brincando, Ness. Eu não ligo se você é a mulher mais forte na Terra, e acredite em mim, filho de peixe peixinho é, mas você ainda é minha melhor amiga, e eu me preocupo com você.”

Eu interrompi nossa caminhada e passei meus braços ao redor do seu pescoço. “Aw, eu te amo, Derek! Você é o melhor amigo que eu poderia querer!”

“Er, Ness, lembra de quando eu disse que filho de peixe peixinho é?” Ele engasgou.

“Sim,” Eu suspirei contra ele.

“Eu estava sendo sincero,” ele tossiu.

“OH!” Eu dei um pulo para longe dele. “Desculpa!”

“Não tem problema, e eu também te amo, mas não da maneira em que seu namorado precisa vir e me comer vivo nem nada do tipo.”

Eu rolei os olhos. “Acredite em mim, quando é uma questão de amizade entre homens e mulheres, Jacob é o rei.”

Derek concordou com um aceno e pegou a minha mão enquanto virávamos para a rua. “Bem, obrigado por me acompanhar até em casa.” Derek me abraçou e beijou minha bochecha.

“Obrigada por ter vindo nessa noite. Eu me diverti muito.”

“Lembre-se de mim quando começar a dirigir aquele seu carro.”

Ri e concordei com a cabeça. “Você será o primeiro que eu vou levar para dar uma volta.”

“Eu sabia que você era legal!” Ele acenou com a mão e foi para dentro. Eu me virei e desci as escadas. Respirei fundo e sorri. Eu podia sentir sentí-lo próximo de mim. Seu aroma pairava no ar.

Me seguindo, stalker? Perguntei-lhe silenciosamente.

“Eu?” Jacob perguntou enquanto saía de trás de uma cerca. “Um stalker? Longe disso,” ele rolou os olhos enquanto caminhava até mim. “Seu pai me enviou para me certificar de que você chegaria em casa a salvo.”

“Eu posso tomar conta de mim mesma, sabe,” insisti.

“Claro, claro.”

“Jake,” Choraminguei.

Ele colocou as mãos sobre os meus ombros e me beijou. “Você pode simplesmente ficar feliz por ele nos ter dado permissão para ficarmos sozinhos? Além do mais,” ele deu de ombros, pegando a minha mão enquanto percorríamos o longo caminho dando a volta no quarteirão até minha casa. “Eu ainda tenho que te dar um presente.”

“Um presente?” Perguntei excitada.

Ele concordou com a cabeça, sorrindo enquanto assistia minha expressão. “Você poderá tê-lo em um segundo. Por enquanto vamos apenas aproveitar o tempo sozinhos.”

“Ok,” suspirei. Ficar sozinha com Jacob era um presente por si só. Eu trocaria qualquer presente que eu jamais tivesse ganhado por passar tempo com o Jacob. Até mesmo o meu carro.

Jacob entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos. As estrelas brilhavam sobre nós e o ar estava frio, mas tolerável.

“Eu não tenho que voltar para a casa dos meus avós?” Perguntei quando Jacob me conduziu pela minha calçada.

Ele não me respondeu, mas me posicionou em frente da porta de entrada e me conduziu para dentro.

“Jacob, eu não quero ent-” Eu fui silenciada pelos lábios dele nos meus. Seus braços desceram pelas minhas costas e apertaram a minha cintura. Ele me levantou e eu passei as pernas ao redor da cintura dele. Minha cabeça estava girando, mas eu não percebi que estávamos no meu quarto até que senti a maciez da minha cama contra as minhas costas. Virei minha cabeça para longe dos lábios de Jacob para que eu pudesse respirar. Seus lábios nunca deixaram a minha pele enquanto se moviam para o meu pescoço. Sem perceber o que eu estava fazendo até que fosse tarde demais, minhas mãos estavam puxando a camisa dele até que ele a tirou por cima da cabeça. Eu a ouvi cair suavemente no chão e então a boca dele estava de volta na minha. Sua língua traçou um caminho pelo meu lábio inferior e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Virei minha cabeça levemente para tentar tomar mais um fôlego.

“É e-este o meu presente?” Eu ofeguei.

Jacob inclinou-se para mais longe de mim e sorriu. “Não seja boba, Ness,” Jacob suspirou e rolou para sair de cima de mim.

Eu fiz um biquinho e ele estendeu a mão para tocá-lo. “Não faça isso, você sabe como eu me sinto com o seu bico.”

“É o meu aniversário, eu não devia ganhar tudo o que eu quero?”

Jacob bufou e tocou a minha bochecha. “Oh, Senhorita Culen, pivetinha mimada.”

“Ei!” Eu gritei e soquei o seu ombro.

“Não, isso não é o seu presente, mas eu não podia deixar de tirar alguma vantagem de nós estarmos sozinhos.”

“Você poderia tirar vantagem de novo se quiser.” Eu lhe lancei um sorriso torto.

“Você quer saber o que eu tenho para você ou não?”

Eu concordei com a cabeça e me sentei. Jacob seguiu meu movimento, e puxou algo do bolso do seu jeans. Ele segurou o presente na sua mão e com a outra ele segurou minha mão direita na dele, tocando o meu bracelete. “Você nunca tirou isso,” ele apontou.

“Não, por que eu tiraria?” Eu baixei os olhos para o bracelete que Jacob tinha me dado de natal. Embora eu fosse pequena, significou muito para mim ganhar algo dele. Eu nunca entendi o significado por trás dele – eu não sabia que havia um significado. Até agora.

“Este bracelete é algo que meus ancestrais deram como um símbolo de devoção, amizade. Eu lhe dei isso para te deixar saber que eu sempre estaria ao seu lado, não importasse o que acontecesse.”

“Obrigada,” eu sorri e olhei para ele mais de perto.

“Mas,” ele pegou minha mão de volta na dele e beijou meu pulso. “Eu quero te dar algo mais, algo que não simbolize a nossa amizade, mas o quanto eu te amo,” Ele abriu a mão e eu engasguei com o nó que se formou na minha garganta.

Pequeno e lindo na mão dele estava um amuleto com um único diamante no formato de um coração, mas não era pelo fato de que era um diamante, era a cor. Combinava com a cor do pêlo dele perfeitamente. “Oh, Jake”, eu engasguei.

“Agora você não apenas possui a minha amizade, mas possui o meu coração, também.” Eu levantei os olhos para ele através das minhas lágrimas. Ele prendeu o amuleto no meu bracelete e eu lancei meus braços ao redor do seu pescoço.

“Eu te amo,” suspirei.

“Você não faz idéia,” ele riu.

10 comentários:

luana disse...

fofo de mais

luana disse...

vc tem razão muito fofo

Luana disse...

ummmm
tabem acvhei fofo ^~^

Jaami disse...

owwn que fofo ^^

miriam vilela disse...

É .......é fofo de mais........ até q Edward chege lá e tire Jacob a ponta-pés do quarto da Ness kkkkkkkk!

Barbara disse...

Que lindo, um amuleto, amei esse capítulo, Adorei esse amuleto, em forma de coração, OMG!!!Que fofinho!!!

Millypoppy disse...

ai que lindo,mas eu nao entendi como edward nao chegou no quarto para expulsar jacob de lá!kkkkkkkkkkk...

Mandinhacullen disse...

ri muito do coitado do derek!!!!!!!!!!!!!!!!!kkkkkkkkkkkkk

Isabella disse...

ele é bobinho, isso é muito engraçadokkkkkk...

Larissa Prates disse...

kkkkkkkk boa boa Miriam

Postar um comentário

blog comments powered by Disqus
Blog Design by AeroAngel e Alice Volturi