No Mundo Dos Volturi: Bem Vindo Aos Volturi

As lembranças humanas se apagam com o tempo, não lembro de absolutamente nada da minha vida como mortal. Acho que uma das razões para o esquecimento é que a vida vampírica é muito mais interessante, afinal, quem não gostaria de ser imortal, ter poderes especiais e controlar o mundo? Aposto que ninguém recusaria tal oferta.

Nesses séculos de existência já presenciei muitas mudanças no mundo e posso dizer que me divirto com as futilidades que os humanos se preocupam. Não consigo entender porque tanta preocupação quando a única certeza da vida deles é que a morte chega muito cedo ou muito tarde. Toda essa conversa de levar uma vida perfeita, sem cometer erros que comprometam sua alma. Se estar morto é não ter um coração batendo em seu peito ou sangue correndo em suas veias, então, estou morto, e afirmo: não existe nada além deste mundo e, se minha alma me deixou (isso é se ela realmente algum dia existiu) só ganhei com isso.

Pra quem ainda não sabe quem sou, me apresento: Aro Volturi, membro de um dos clãs mais antigos do mundo Vampiro e responsável por manter a ordem daqueles que vivem em um mundo paralelo a sua realidade.

Não nos considere seres sem piedade só por nos alimentarmos de sangue humano. Necessitamos de suas vidas para manter nosso legado e isso é tão normal quanto beber água ou respirar.

Junto com Marcus e Caius escolhi minha família a dedos; você não tem idéia de como é difícil achar vampiros com habilidades que mereçam fazer parte deste Clã.

O mundo dos Vampiros não tem muitas Leis: a principal é manter o segredo da espécie (imagine o caos que seria se os humanos soubessem da nossa existência;sendo tão ambiciosos iriam todos querer ser transformados e nosso alimento entraria em escassez). Mas ainda assim enfrentamos resistência no cumprimento dessa Lei e somos obrigados a exercer a função e matar um da nossa espécie.

É fascinante ser um observador da não evolução humana, já que com o passar do tempo vocês só arrumam mais jeitos de se auto destruírem, enquanto nós, Vampiros, sabemos apreciar o que há de melhor neste mundo como toda a eternidade a ser aproveitada.

Autora: Raquel Pinha