Olhos Vermelhos: Autocontrole

Meu auto-controle, apesar de grande, não é infinito. Isso eu tenho que admitir.

Me afastei do condado de Ashland o mínimo possível. Estacionei e corri ao centro de Washburn. Mal comecei a procurar, avistei um homem.” Talvez eu deva comprar mais terras de Stuart…” – Pensava.

Não era ele quem eu buscava.Andei mais um pouco e ouvi um grito.Me concentrei na sua direção e rapidamente captei.

Um homem se aproximava de uma jovem.Ela estava chorando e cercada por mais homens.

“Por que está com tanto medo?” Perguntou o que parecia ser o líder. Acho melhor nos apresentarmos.”

Meu nome é Neil e o seu?”. Ela tentou correr mas ele a segurou. Então, ela o arranhou no rosto, fazendo brotar filetes de sangue. Recomeçou a tentar fugir, mas os outros rapazes a seguraram e jogaram-na no chão.

Instantaneamente corri na direção do que parecia ser um beco, onde eles estavam.

Neil já estava tirando o cinto e seus capangas faziam o mesmo.

Tudo ia ficando mais nítido conforme eu me aproximava, mas eles já tinham formado uma roda em volta dela e após o sinal de seu líder, que foi um chute na dama, começaram a espancá-la. A cada chute, a cada cintada que davam nela, meu ódio aumentava.

Eu já avistava a entrada do beco no fim da rua, mas percebi que chegara tarde demais.

Estava na entrada, quando o bando, que estava correndo, quase esbarrou em mim.

Eles pararam, mas antes que percebessem, eu já havia matado os três capangas e os levei para dentro do beco novamente, arrastando Neil comigo.

Ele estava apavorado, então o joguei, controlando minha força para não matá-lo e um só movimento,contra a parede e sutilmente perguntei:

- Por que está com tanto medo?

Comecei a torturá-lo. Quebrei cada articulação de seu corpo que pude, fazendo-o muitas vezes urrar, como um animal. Depois de um tempo, ele apenas choramingava, tamanha a dor que sentia. Bem feito para ele.

Percebi que o tédio voltava em mim, então rapidamente, bebi seu sangue. Foi necessário drenar seus três capangas para me saciar completamente.

Voltei ao carro e com a chave na ignição olhei o retrovisor. Não pude deixar de notar, que pela primeira vez em quase uma década, estava com os olhos vermelhos.

Autor: Gabriel Begnini

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