Solitário - Capítulo 13: Alistamento

19 de abril de 1861

Faz cinco dias que saí da casa de meus pais, nenhum vestígio de saudade por enquanto. Ok, apenas um pouco.

Consegui – logo vocês entenderão o motivo do “consegui” – passar por uma cidade, Bellaire, que não era muito grande, mas muito perigosa. Por lá, vi muitos confrontos entre cowboys. Em alguns, tive a necessidade extrema de sair correndo, como todos os outros para não virar peneira, como sempre alguém virava. Algumas vezes, os vi enfrentando contra mais de um, como se fossem duplas, até trios.

O jeito que eles se enfrentavam até parecia ser encarado como esporte. Havia diversão no rosto de alguns, e desespero no rosto de outros. Sempre era assim, um por cima, e outro por baixo – e não pensem bobeira com isso, este é um assunto sério.

Esta área do Estado deve ser ocupada apenas por cowboys, como se fosse uma Lei, compreende? Um cowboy para cada três texanos.

E, a meu ver, cada vez mais essa Lei mudava: um para cada dois... e assim por diante. Não vou continuar, até porque creio que há lugares em que, provavelmente, os cowboys eram a maioria do que os outros habitantes “inocentes”.

Passei por todo tipo de ranchos, e conheci todo o tipo de pessoas. Vi vários rostos; em uns, sofrimento, em outros, felicidade, curiosidade pelo novato. Crianças, adultos e idosos. Quantos eu já tinha visto? Perdi a conta faz tempo.

Continuei minha caminhada rumo a alguma cidade onde estivesse sendo feito o alistamento para as tropas da Confederação. Soube, quando passei minha última noite no rancho dos Dílson, que a Confederação esperava que a guerra apenas durasse três meses, sendo o prazo suficiente para que o Sul conseguisse maior autonomia quanto ao Norte. O Sul apenas queria se industrializar, ter maiores investimentos como o Norte. O Sul era dependente demais.

Se havia baixa repentina dos preços dos produtos, quem sofria mais eram os povos do Sul. Se o preço subia rápido de mais, quem mais sofria era o Sul. Se as exportações estragavam, se eram perdidas pelo caminho, se chovia de mais ou de menos, se fazia calor de mais ou de menos, sempre quem recebia os maiores prejuízos eram os povos do Sul.

Eu sou de lá, convivi com a realidade de minha família e sei da realidade de muitas outras famílias que moravam por perto. A vida não é fácil.

E como prova disto, tenho esta minha árdua jornada. Não está sendo fácil, mas chegarei ao meu destino. Inclusive, em minha última parada pela cidade Bellaire, eu encontrei um mapa e um jornal. Eu estava num saloon – não esperem que eu lhes conte como o ambiente é estranho aqui dentro, é horrível. Prefiro voltar ao assunto que realmente interessa.

Conversei com um garçom daquele saloon, e o pedi informações, como para: onde ir para o alistamento, se demorava, se havia outros meios para chegar até lá... esses tipos de informações realmente importantes.

O senhor, muito simpático, apenas me respondeu que estava havendo alistamento numa cidade próxima, quase vizinha a Bellaire. E esta cidade, Pasadena, realmente não ficava distante desta: apenas sete quilômetros – creio ter conseguido andar uns dez em apenas um dia, então, sete me seria médio.

Também me informou do local onde estavam sendo feito o alistamento, a Delegacia da cidade. Apenas precisava ir até lá, escrever o seu nome e fazer alguns exames físicos, para saber qual era o meu estado físico. Caso fosse chamado, a pessoa então teria de ir, querendo ou não.

Creio que não havia muitos que desistiam, visto que estamos no Texas, terra de cowboys loucos com calibres carregados e prontos para disparar em sua direção. E cá entre nós, esta é uma boa razão para não escapar da guerra.

Se eu fosse chamado, eu iria, sem dúvida alguma. E eu espero que isso aconteça, já que eu tenho saúde perfeita, em ótimas condições. Não tenho nenhuma doença nem problema. Estou livre para fazer da minha vida o futuro que eu quiser, e eu quero ser soldado da Confederação.

Se isto não acontecer, não sei para onde irei ou o que vou fazer da minha vida.

Peguei o mapa e marquei num pequeno papel a direção para a cidade, e assim que saí – e sobrevivi aos tiroteios – segui rumo a Pasadena.

Eu estava indo para a direção contrária de Pasadena quando saí de casa, estava indo ao Sul, em direção a Bellaire, e Pasadena fica ao Sudeste. Peguei algumas estradas pequenas que estavam sendo indicadas no mapa, e apenas as segui. Eu esperava realmente me alistar.

Eu sei que terei problemas com minha idade, eles não estão pegando menores de idade, e pior ainda, menores de vinte anos. Eu teria de mentir, eu odiava isso, mas se fosse preciso, eu correria este risco.

Andei, novamente, sob o penoso e cruel sol do Texas. Este é aquele típico sol que é capaz de rachar até pedras num céu sem nuvens. Para minha sorte, meu chapéu continuava intacto em minha cabeça.

Passei por mais alguns ranchos, e em um deles, estava havendo uma briga. Não pensei duas vezes e corri para apartar a briga, já que não havia armas nem nada parecido – apesar de que, se eu fosse realmente me alistar, eu não poderia ter medo nem das armas, muito menos das outras pessoas.

Senti a adrenalina e a coragem crescendo em mim lentamente, possuindo cada centímetro de meu corpo, tanto por dentro, como por fora. Corri, e entrei no meio dos dois senhores. Mas aquilo não foi importante, eles estavam brigando por coisa pouca. Creio que era meio saco de milho que um havia emprestado para o outro, este não lhe podia pagar, e o que emprestou, mesmo sabendo disso, emprestou.

No pesar das contas, ambos estavam errados, mas eu estava certo, logicamente. Avisei-os sobre tudo, expliquei detalhadamente tudo o que eu havia compreendido, e eles concordaram comigo. Resolveram oferecer trégua um ao outro. A senhora do senhor que emprestou o meio saco de milho, veio a mim grata, me questionando se havia algo que eu necessitasse e que ele poderia me dar.

Um cavalo! Sim, um maravilhoso cavalo para me ajudar com minhas pernas – o alimento dele eu pensaria depois.

Eu a propus esta oferta, e ela concedeu sem esforço algum. Ela apenas aceitou, sem sequer olhar para seu marido consultando-o se deveria mesmo o fazer assim, me entregar o cavalo. Para ajudá-la, um escravo veio com ele amarrado, e ele me entregou o lindo cavalo marrom terra.

Este cavalo aparentava ser forte, saudável, eu conseguia ver isso em seus pelos. Ele tinha uma longa crina que estava muito bem escovada, penteada. Eu daria um jeito de cuidar deste cavalo, para que ele, pelo menos, estivesse do mesmo jeito quando eu precisasse o passar para frente – eu não estava pensando em levar este cavalo para a frente de batalha, eu nem sequer sonhava nisso, ele era inocente. O louco era eu, não ele!

Montei nele e retornamos juntamente a minha antiga expedição até Pasadena sob o sol forte.

Em pouco menos de duas horas já estávamos entrando em Pasadena. Esta era uma cidade estranha, mas aparentemente divertida. Havia coragem e tristeza a rondando ao mesmo tempo. Eu conseguia sentir tantos sentimentos fluindo daquele lugar. Era como se... como... como se a energia fosse trazida pelos soldados que vinham para se alistar, e voltavam para se medicar.

Procurei não perder tempo. Tratei de procurar rapidamente onde ficava a maldita Delegacia desta cidade e me alistar. Logo depois, eu teria de encontrar um lugar ou alguém para herdar este cavalo.

Andei pelas pequenas vielas, ruas de Pasadena. Elas eram de terra seca, mas ainda assim construía um lindo fundo de paisagem para as pequenas casas montadas uma ao lado da outra. Havia pouco espaço entre elas, o que me deixou confuso – como podemos morar em lugares tão distantes dos outros nas fazendas, e estes morarem tão perto dos vizinhos? Isto deve ser bem irritante...

Não demorou para mim encontrar uma pequena cocheira com água e um pouco de alimento para os cavalos das pessoas que chegavam até ali. Desmontei do cavalo e apenas o amarrei ali num pequeno canto de madeira. Ele se apressou em se deliciar com água fresca, e não posso esconder, eu também estava faminto e com sede.

Deixei o animal ali, fazendo companhia para outros dois cavalos iguais ao que eu estava montado há pouco tempo atrás. Comecei a caminhar procurando por alguém, e acabei que por encontrar um senhor de idade, de cabelos e barba cinza, prata, e sua barriga bem saliente.

“Boa tarde, senhor...” o cumprimentei, tirando-lhe o chapéu. Acredito que esta seja uma forma agradável de não arranjar encrenca por aqui, apesar de eu nunca me lembrar quando eu arranjei problemas reais.

“Tarde rapaz” o velho me cumprimentou, curiosidade em sua cara. Creio que ele estava se perguntando o por que de eu estar lhe cumprimentando sem motivos.

“O senhor poderia me dizer onde fica a Delegacia da cidade?”

“Vai se alistar?”

“É o que pretendo” lhe respondi com o tórax cheio, barriga para dentro, o mostrando o quão viril e robusto eu sou.

“Que bom, rapaz. A Confederação precisa de jovens fortes como você.”

Então, apenas o respondi com um leve aceno de cabeça, agradecendo-o pelo incentivo. Esperei por sua resposta, e nada.

“Então... o senhor sabe onde é a Confederação?”

“Ow, claro que sei” ele disse as gargalhadas, sua velhice já estava afetando este cérebro velho. Será que eu deveria confiar nele? Ele não me aspirava bons sentimentos... “Fica... bem... hmmm... olha, eu não sei.” Há. Não disse? Velho caduca!

“Ok, obrigado.” Não esperei por sua resposta, apenas me cobri novamente com o chapéu e saí em busca de outro para me auxiliar. Encontrei a umas quatro casas depois da do velho, uma adorável senhorita de pele muito clara. Ela era diferente das demais, parecia ser feita de porcelana. Seus cabelos caiam em longos cachos loiros, mas, sinceramente, não gostei.

Cheguei até a senhorita e a cumprimentei ajoelhando-me um pouco, e retirando novamente o chapéu.

“Boa tarde, senhorita. Eu poderia saber seu nome?”

Percebi que as maçãs de suas bochechas tornaram-se pintadas de um leve vermelho, ele ficava graciosa deste modo.

“Meu nome é Carla Juaquina de La Punta. E o seu?” – ela tinha uma bela voz.

“Jasper Withlock, prazer em conhecê-la madame.” A reverenciei neste momento, mais uma vez sua bochechas tornaram-se a tingir de vermelho, agora, num tom um pouco mais aparente. “Mas, me desculpe a grosseria do momento, eu gostaria de saber a senhorita, por acaso, é daqui desta cidade?”

“Sim. Algum motivo por esta pergunta?” – a expressão de dúvida não combinava com seu claro rosto, pois algumas rugas apareciam, e deste modo, ela não tinha aquele aspecto juvenil e angelical que ela tinha quando sorria envergonhada.

“Para ser sincero, é por que eu já perguntei para aquele senhor lá embaixo e ele não pode me ajudar em nada” lhe disse apontando com o rosto para o senhor, ela apenas seguiu minha visão e encontrou o senhor sentado na pequena cadeira de madeira, no mesmo lugar de quando eu havia lhe perguntado ainda. A cadeira, aliás, de longe parecia que iria estourar a qualquer momento, devido à sua pequenez e a grandiosidade do ser que estava sob ela a pobre coitada.

Carla apenas sorriu em resposta.

“E, desculpe-me a intromissão...” – apenas fiz sinal para que ela continuasse sem se preocupar com pedidos de desculpas agora, afinal, eu só queria me alistar logo para a guerra, não ficar de papo com uma moça de família – “... mas, o que o senhor o perguntou?”

“Você sabe onde fica a Delegacia da cidade?”

“Irá se alistar?” ela me perguntou, e neste momento eu juro que percebi um momento de perplexidade e tristeza correr pelos seus olhos.

“Há algum problema com isso?”

“Não, apenas acho que muitos estão se envolvendo com isso sem ter a necessidade” ela me disse, apenas olhando para baixo, creio que envergonhada por toda a situação em que se encontra: morar numa cidade em que há alistamento para uma guerra, uma guerra de verdade, onde os fracos morrem, e os fortes sobrevivem ao custo do que mais lhes importam. A senhorita, Carla, tinha um ótimo e puro coração.

“Sei, mas eu tenho meus motivos pessoais” lhe respondi, deveras triste, “e por conta deles, eu não irei desistir disto. Já desisti de muito em minha vida, estou cansado disto, quero viver o que eu quero para mim, e não o que os outros querem para mim.”

“Não quer viver?”

“Sim, eu quero, mas quero assim o fazer com a consciência de que não deixei nada para trás para se fazer, se concluir. Sinto que meu lugar é na guerra, então é lá que estarei. Se morrer, pelo menos o farei com o orgulho de não ter me escondido, me camuflado de toda a realidade.”

Ela apenas me olhava, deveria me achar um louco, sem dúvida. Ela pegou uma fita de seu vestido e começou a brincar com ela em seus dedos finos. Assim, como ela estava fisicamente sentada na cadeira de balanço da varanda de uma casa, ela aparentava ser uma boneca, porém, de tamanho real.

“Tudo bem, eu entenderei um dia” e ela sorriu levantando seu rosto para mim. “Bom, sei sim onde a Delegacia fica. Meu pai é o delegado da cidade, o xerife, e está, por comando da Confederação, criando um exército pequeno pelo menos.”

Como estava muito bem vestida, logo me ocorreu que poderia ser filha de alguém importante na cidade.

“E ela fica logo ali, não muito longe.” Carla apontou para mim a posição, o que apenas o segui com o olhar, procurando pelo local. Logo o encontrei, não era um local limpo – como todas as casas por aqui – e de materiais extremamente bons, mas era onde a “justiça” segundo o xerife reinava, portanto, era ali onde eu teria de me encontrar em breve.

“Certo, muito obrigado pela sua informação. Sinto ter de deixá-la aqui para que eu vá me alistar, e sinto por ter de fazer isto sabendo que o seu coração entristece ao saber que há mais voluntários com a finalidade de lutar, e matar se necessário. Me desculpe.” Eu realmente estava transtornado com aquela pequena senhorita, mas eu não poderia fazer nada. Se eu fizesse algo contra, tudo o que passei até hoje, a carta, a caminhada e o conhecimento de várias fazendas, teria sido tudo em vão.

“Tudo bem, senhor Jasper. Está tudo bem.”

“Ok. Foi um prazer conhecê-la, senhorita Carla de La Punta. Foi incrivelmente simpática a sua companhia.”

Ela tornou a tingir suas bochechas de vermelho. “Foi um prazer conhecê-lo também.”

A reverenciei, ainda segurando meu chapéu com uma de minhas mãos, e com a outra, fui até onde a senhorita estava, a tomei pelas mãos, e dei um pequeno beijo na palma de sua mão. O vermelho em suas bochechas se tornou mais fortes ainda.

“Boa sorte.” A soltei, reverenciei novamente e despedi tornando a vestir meu chapéu. Fui até a Delegacia pensando no que eles me perguntariam, e fosse lá o que me fosse proibido, eu teria de mentir muito bem. Eu teria de ser aceito no exército.

Entrei, e logo já vi dois senhores – dois soldados – muito bem vestidos sentados atrás de uma grande mesa. Eles conversavam entre si, mas pararam ao ver que eu estava lá, seja lá por qual razão fosse.

Retirei o chapéu e os cumprimentei.

“Boa tarde, senhores. Vim me alistar para o exército da Confederação. O que preciso para ir à guerra?”

Ambos se entreolharam confusos, creio que eles não esperavam que um jovem como eu viesse assim e lhes dissessem tudo o que estava em minha mente assim, deste modo tão inescrupuloso e certo.

“Bom, rapaz. Qual teu nome?” o primeiro e mais velho soldado me perguntou – ele aparentava ter por volta dos trinta anos, e o segundo, pouco mais novo, por volta dos vinte e cinco anos, tinha madeixas um pouco mais claras que o primeiro. Chamarei eles de primeiro soldado, o mais velho, e segundo soldado, como sendo o mais novo.

“Jasper Whitlock.”

Assim que eu lhe respondi, ele puxou uma pequena ficha de papel e começou a preenchê-la.

“Quantos anos o senhor tem?”

“Vinte.”

“O senhor tem vinte?” – eu tinha altura o suficiente para me passar despercebidamente como um jovem de vinte anos, e não de um rapaz com dezesseis anos, prestes a completar dezessete em maio, pouco mais de um mês.

“Sim, senhor.”

“Tudo bem. Por favor, me acompanhe.” Ele se levantou e fez sinal para que o seguisse. Ele adentrou-se na Delegacia, eu fazendo o mesmo logo atrás. Me pediu para que me encostasse na parede, e pediu ajuda para um outro soldado que, pelo que percebi, era um preguiçoso e não fazia nada além de ficar sentado.

“Certo, estamos realizando alguns exames em você, tudo bem, Sr. Whitlock?”

“Claro, disponha.”

Ele mediu minha altura, me pediu para sentar, levantar, fazer alguns exercícios para ver minha habilidade corporal, e finalmente me fez uma bateria interminável de perguntas sobre meu estado de saúde. O rapaz, o soldado, preguiçoso apenas anotando todas as respostas que o soldado dizia.

Por fim, ele apenas pegou o papel e voltou para a entrada da Delegacia.

“Terminou? Tenho outro para ir!” o segundo soldado perguntou ao primeiro soldado.

“Claro, está livre!”

Então, ele apenas guardou aquele papel e me entregou outro pequeno. Aquele apenas dizia pequenas informações da guerra, inútil.

“Pronto, caro soldado Whitlock. O senhor terá de ir a este endereço aqui embaixo descrito no papel” – eu nem havia reparado no endereço, – “e poderá ir agora mesmo, se preferir. Lá o senhor terá um breve treinamento físico com e sem armas para ir à guerra. Sinta-se a vontade soldado!” E então, com outra continência – eu estava respondendo à sua continência – eu saí de lá, já procurando pelo mapa o lugar certo de onde eu deveria estar para me preparar.

Eu já estava alistado, e agora eu iria para a guerra. Eu estava fazendo a história agora, nem que seja por este pequeno canto do Estado. Eu seria o herói para alguém.

Achei o nome da rua no pequeno mapa, e então fui em sua direção, ansioso e nervoso. Eu ma esperava por isto. Finalmente, este dia chegou. E em breve, eu estaria lutando com ou sem armas...

1 comentários:

Leticia disse...

Ameiiiiii a sua fic muitoo per ainda mais por ser de um dos personagens que eu mais gosto depois do trio bela edward jacob. i tem a alice.

gostei muitooo msm a forma com que escreve é muitoo boaa me deixa querendo mais e mais da ficc PARABENSSSSSS!

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